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20 FACULDADES PEQUENO PRÍNCIPE CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA ANA FLÁVIA MUNIZ DA LUZ VITÓRIA PADILHA DA SILVA OS EFEITOS DA HIPOVITAMINOSE D RELACIONADOS A SAÚDE DO IDOSO CURITIBA 2024 ANA FLÁVIA MUNIZ DA LUZ VITÓRIA PADILHA DA SILVA OS EFEITOS DA HIPOVITAMINOSE D RELACIONADOS A SAÚDE DO IDOSO Projeto de pesquisa apresentado como requisito parcial de avaliação da Disciplina TCC I para a Conclusão de Curso de Graduação em Biomedicina das Faculdades Pequeno Príncipe - FPP. Orientação: Prof.a Me. Janaína Lopes Câmara CURITIBA 2024 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 3 1.1 OBJETIVO GERAL 4 1.1.1 Objetivos Específicos 4 2 REVISÃO DE LITERATURA 5 2.1 VITAMINA D 5 2.1.1 Metabolismo da vitamina D 5 2.2 DIAGNÓSTICO DE HIPOVITAMINOSE D 8 2.3 HIPOVITAMINOSE D EM IDOSOS 9 2.3.1 Consequências da hipovitaminose D em idosos 10 2.4 TRATAMENTO 12 2.4.1 Tratamento farmacológico 12 2.4.2 Tratamento não farmacológico 13 3 METODOLOGIA 14 3.1 PLANO PARA PUBLICAÇÃO 15 4 CRONOGRAMA 16 5 RESULTADOS ESPERADOS 17 REFERÊNCIAS 19 DOCUMENTOS CONSULTADOS 21 1 INTRODUÇÃO A vitamina D é um hormônio esteroide lipossolúvel fazendo parte de diversas funções no nosso organismo, como por exemplo o equilíbrio de cálcio e fósforo. Essa vitamina é produzida após a exposição solar (síntese cutânea), pela ingesta de alimentos específicos ou por suplementação. Apesar da vitamina D ser armazenada em células adiposas, população de lugares majoritariamente frios precisam dispor de fontes alternativas para garantir a sua obtenção e evitar uma hipovitaminose (CÂMARA et al., 2021) A vitamina D regularmente se apresentar de duas maneiras: D2 (ergocalciferol) ou D3 (colecalciferol), respectivamente, uma possui origem vegetal enquanto a outra obtém-se através de exposição a luz solar e dietas enriquecidas. O colecalciferol se apresenta de maneira mais abundante e ativa no organismo. A vitamina D será metabolizada pelo fígado em 25-hidroxivitamina D, que a seguir é convertida pelo rim em sua forma biologicamente ativa, 1,25 dihiidroxivitamina D (RODRIGUES et al., 2021). O baixo valor sérico de vitamina D muitas vezes estão associados a não exposição solar adequada ocasionado consequências à saúde de difícil diagnóstico. Para a confirmação de hipovitaminose D é necessário que os níveis de vitamina D no soro se mantenham reduzidos por um longo período de tempo, considerando-se os níveis séricos de 25(OH)D como o melhor indicador para deficiência. Durante a infância e na adolescência, a carência dessa vitamina esta associados aos problemas no crescimento e desenvolvimento ósseo, como o raquitismo. Já a hipovitaminose D na população idosa acarreta fraqueza muscular e falha na mineralização óssea deixando-os mais enfraquecidos e pré-disposto a fraturas, problema comumente conhecido como osteoporose (RODRIGUES et al., 2021; CRUZ, 2020). Uma forma de adquirir vitamina D é através de suplementos vitamínicos. Essa suplementação, podendo ser associada ou não ao suplemento de cálcio, apontou uma predisposição na redução do enfraquecimento ósseo e, consequentemente, atenuando doenças como a osteoporose (DE MELLO et al., 2010) A importância dessa pesquisa se deve ao fato de que a vitamina D está relacionada a diversos processos metabólicos, imunológicos, ao sistema cardiovascular e sistema endócrino, tendo ênfase na homeostase de cálcio e fósforo absorvidos pelo intestino e manutenção do tecido ósseo. Ou seja, a sua deficiência pode ocasionar diferentes patologias, como a osteoporose em idosos. O tema se demonstra relevante pois evidencia uma importante ação relacionada a insuficiência da vitamina D para a saúde do idoso, estimulando a sociedade a priorizar a prevenção e autocuidado, alcançando assim, melhores resultados de saúde, e proporcionando uma melhor qualidade de vida (DE FREITAS et al., 2023; VILEFORT et al., 2021). 1.1 OBJETIVO GERAL Compreender os efeitos da hipovitaminose D relacionados à saúde do idoso. 1.1.1 Objetivos Específicos · Entender o metabolismo da vitamina D; · Compreender quais são os efeitos da hipovitaminose D relacionados à saúde do idoso; · Associar outras doenças causada pela falta da vitamina D; · Elucidar como detectar a hipovitaminose D em idosos; · Evidenciar as manifestações clínico-laboratoriais dá hipovitaminose D; · Sugerir alternativas para garantir a obtenção de vitamina D. 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 VITAMINA D A vitamina D desempenha um papel importante na regulação do metabolismo, na qual proporciona várias funções nos tecidos e células no organismo. O grupo da vitamina D tem duas formas químicas a vitamina D2 (ergocalciferol) e a vitamina D3 (colecalciferol). É composta por moléculas secosteroides que se forma da 7-deidrocolesterol (7-DHC), e essas são ligadas por reações de ativação e inativação. Nesta cascata está presente a ativação do metabólito calcitriol, e seus precursores colecalciferol, ergosterol e calcidiol. Já os produtos do sistema de degradação da cascata, podem encontrar alguma atividade metabólica. Fisiologicamente a vitamina D permite definir como hormônio esteroidal do sistema endócrino por aspectos bioquímicos e moleculares, de maneira que integram a proteína (DBP) carreadora, receptor VDR e as enzimas das reações enzimáticas e fotolíticas (GALVÃO et al, 2013). Diversas funções são atribuídas a homeostase da regulação fisiológica da mineralização óssea, entre elas ainda estão síntese de antibióticos das células de defesa e interleucinas inflamatórias, mecanismo da autoimunidade, cardiovascular e musculoesquelético e regulação da pressão arterial. Além disso, controlam os processos de multiplicação, manutenção, diferenciação e apoptose celular, possibilitando a ação de modular direta e indiretamente no genoma humano (DE OLIVEIRA et al, 2014) Sendo assim, a vitamina D destaca-se pelos seus impactos na saúde da população pois as condições ambientais, hormonais, genéticas e nutricionais influenciam em seus níveis plasmáticos, variando conforme a pigmentação, latitude, estação do ano, vestuário, idade, uso de protetor solar e condições meteorológicas. Com isso, destaca-se a importância de constantes avaliações laboratoriais da vitamina D para adequar os aspectos clínico-metabólicos do indivíduo (CATARINO et al, 2016). 2.1.1 Metabolismo da vitamina D Entende-se que a vitamina D (25(OH)D) entre as outras vitaminas é a única com função hormonal, visto que pode ser sintetizada pela luz solar na faixa de 290-315 nm, e por fontes de alimentos a 100-200Ul por dia. A vitamina D2 (ergosterol) recebida da irradiação ultravioleta do esterol da membrana de fungos e invertebrados, que é encontrada naturalmente em leveduras e cogumelos. Já a vitamina D3 é por meio natural que são sintetizadas pelo colecalciferol, de fonte animal, que encontra-se nos peixes gordurosos como atum e salmão. Destaca-se que a vitamina D2 difere-se da vitamina D3 devido a fórmula molecular, dado que a vitamina D2 é composta por 28 carbonos, um metil extra no grupo e dupla ligação nos carbonos 22 e 23 (ALVES et al, 2013). A absorção através da pele é variada, porque essa depende de fatores como por exemplo a pigmentação, mas quando o indivíduo recebe luz solar (radiação ultravioleta B (UVB) direta dá início a síntese endógena onde ocorre na camada da epiderme (local que armazena 7-deidrocolesterol (7-DHC)). Outra variável por exemplo é o eixo da Terra em sua incidência da luz solar, pois na região nórdica, os níveis reduzem cerca de 20% na população de uma estação a outra. Questões nutricionais correlacionam indiretamente a 25(OH)D - vitamina D com valores séricos, sendo menor em pessoas obesas, isso é explicado por atividades físicas e exposição solar ingerida, essa é incorporada em quilomícrons, e infiltrado no sistema linfático que adentram na circulação venosa. Ademais, a origem da vitamina D da dieta ou da pele é estático e necessita de algumas etapas, primeiramente acontece a hidroxilação no fígado, da 25-hidroxilase, a 25-hidroxivitamina D (25(OH)D), que é parcialmente hidrossolúvelcom um tempo de meia-vida curto, esta circulação é feita com proteínas de ligação. A hidroxilação a nível renal leva a formação da 1-α-hidroxilase (CYP27B1) a 1,25- dihidroxivitamina D (calcitrio) que ativa a própria vitamina D (figura 1) (ALVES et al, 2013). Como visto anteriormente a vitamina D tem muitas características químicas e estruturais, em razão que sucedem a estágios de ativação, como no caso a atividade da 1-hidroxilase - 1,25(OH)2D, que refere-se à regulação de mais de 200 genes, podendo justificar muitos dos benefícios pleiotrópicos que estão associados à vitamina D3, porém também pode ser consequência de desenvolvimento de diversas patologias. Na forma ativa tem como ação interagir com o receptor nuclear, pois no intestino estimula a absorção do cálcio. Quando o cálcio atinge a corrente sanguínea este é regulado por hormônios pelo feedback negativo, pois o paratormônio aciona os FIGURA 1: metabolismo da vitamina D Fonte: ALVES et al (2013) osteoclastos para matriz óssea, para que no final estas liberem minerais no organismo. Tanto quanto a calcitonina tem ação de ativar os osteoblastos e transportar minerais para matriz. Portanto, a quantidade suficiente de absorção de cálcio é aumentada em 30-40% e de fósforo em 80%. Mas ao contrário, os níveis baixos de vitamina possibilita a absorção de apenas 10-15% do cálcio (Ca) e 60% de fósforo (P) (CASTRO, 2011). No sistema musculoesquelético, os osteoblastos fazem interações com o receptor na vitamina D, esses se modificam em osteoclastos maduros, decompondo a matriz e estimulando o cálcio. No sistema renal, os rins provocam a reabsorção de cálcio na porção do glomérulo que produz um líquido chamado por filtrado glomerular, assim também o gene CYP27B1 avalia os índices séricos de paratormônio, fósforo e fator de crescimento do fibroblasto (BARRAL, 2007). Por outro lado, a inativação das moléculas 25(OH)D e da 1,25(OH)2D acontece um processo de catalização da enzima mitocondrial (24-hidroxilase (CYP24A1) da família do citocromo P450, atuando na hidroxilação dos carbonos 23 ou 24, presente em maior quantidade no intestino e rins, mas em baixas quantidades em células como fibroblastos, linfócitos, macrófagos e células queratinizadas. As precursoras intermediárias nesta etapa tendem a permanecer ativa a expressão do gene 24-hidroxilase (CYP24A1), provocando também a inibição da proliferação celular, estrutura óssea e dos processos de reparos de fraturas (MAEDA et al, 2014). 2.2 DIAGNÓSTICO DE HIPOVITAMINOSE D Para que ocorra o diagnóstico de hipovitaminose D, é necessário a realização de exames laboratoriais, sendo o doseamento de 25-hidroxivitamina D no soro considerada a medida clínica padrão. A 25(OH)D sérica é o principal metabolito dessa vitamina em circulação, pois expressa o nível de absorção de vitamina D a partir da alimentação e da exposição solar de maneira combinada (ALVES et al, 2013). Para a determinação plasmática de 25(OH)D, o método de cromatografia líquida com espectrometria de massa é considerado o mais indicado. Esse método permite mensurar separadamente a 25(OH)D2 e a 25(OH)D3. Contudo, essa técnica pode não ser disponível a todos os laboratórios por ser um exame alto custo e demorado, apresentando a cromatografia líquida de alta pressão como uma segunda opção. Além disso, pode-se utilizar outros meios de determinação como: radioimunoensaio (RIA), imunoensaios automatizados quimioluminescentes e ensaiosimunoenzimáticos. Entretanto, esses ensaios apresentam maiores níveis de falha em decorrência de falta de um controle regulatório fisiológico preciso, a inclusão de metabólitos contaminantes na análise, entre outros (ALVES et al, 2013, CASTRO, 2011). Não há um consenso na literatura de quais os níveis séricos considerados ideias de vitamina D. Contudo, a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) em 2020, estabeleceu os parâmetros (tabela 1) para classificação dos níveis de vitamina D como: deficientes, insuficientes ou suficientes em vitamina D. Para a população saudável até 65 anos de idade o ideal seria valores entre 20 e 60 ng/mL e para a população considerada de risco entre 30 e 60 ng/mL. Ou seja, níveis séricos abaixo de 20 ng/mL são considerados insuficientes e propensos ao surgimento de doenças relacionadas a hipovitaminose D e valores acima de 100 ng/mL indicam risco de intoxicação. Para idosos, grupo que mais apresenta pacientes com risco de fraturas e casos de osteoporose, indica-se que os níveis de 25-hidroxivitamina D séricos estejam acima de 30 ng/mL (CANDIDO, 2020). Tabela 1: valor de referência da vitamina D sérica Classificação Valor de referência Deficiência Inferior a 20,0 ng/mL Valores normais para a população geral Entre 20,0 e 60,0 ng/mL Valores ideais para população de risco* Entre 30,0 e 60,0 ng/m Risco de intoxicação Superior a 100,0 ng/mL Fonte: SBPC/ML (2020) * Entende-se por população de risco: idosos (acima de 65 anos), gestantes, indivíduos com fraturas e quedas frequentes, pós-cirurgia bariátrica, em uso de fármacos que interferem no metabolismo da vitamina D, doenças osteometabólicas (osteoporose, osteomalácia, osteogênese imperfeita, hiperparatireoidismo primário e secundário), sarcopenia, diabetes mellitus tipo 1, doença renal crônica, insuficiência hepática, anorexia nervosa, síndrome de má absorção e câncer. A população idosa, em maior frequência, apresentam as caraterísticas que contribuem para uma concentração sérica baixa, como por exemplo a baixa ingestão alimentar e menor absorção intestinal, atividades ao ar livre menos recorrentes e possuem uma menor síntese cutânea de vitamina D (CANDIDO, 2020). De maneira geral, os exames laboratoriais de rastreio da vitamina D não são recomendados a maioria da população, mas sim, aos grupos considerados de risco ou com quadro clínico pertinente, como idosos com histórico de quedas e fraturas e aqueles portadores de osteoporose (CASTRO, 2011). 2.3 HIPOVITAMINOSE D EM IDOSOS No âmbito da saúde é essencial a vitamina D para manter o equilíbrio para diversas funções fisiológicas, desta forma vários estudos mostram aspectos significativos na saúde global, igualmente as avaliações epidemiológicas são importantes para ter um parâmetro dos níveis séricos de 25- hidroxivitamina D (25OHD), tal grupo etário que precisa de uma atenção especial é os idosos, em razão disso nessa fase a ativação da 25 - hidroxivitamina D na epiderme diminui acúmulo de 7-desidrocolesterol como consequência a atrofiação da epiderme e da derme (OLIVEIRA, 2015). Dessa forma, o cálcio vem se mostrando como o mineral com maior carência e deficiência na etapa de mineralização óssea. A situação nutricional do paciente pode prejudicar muitas vezes o processo de envelhecimento, são motivos de inativação, e não trabalha tanto no fortalecimento muscular, e associa hipovitaminose D no desenvolvimento de fraqueza dos músculos e fraturas com maior facilidade. Bem como, alterações no estilo de vida, tais como menor exposição a luz solar, devido a restrições de atividades exterior ou por mobilidade, isolamento social, vestuários, aumento da gordura corporal, e falta de transportes. Posto isso, ainda existem chances dos idosos desenvolverem doenças crônicas, por exemplo distúrbios cardiovasculares, respiratórios, câncer e diabetes (ROLIZOLA, 2022). Entre a terceira idade, a redução da expressão do receptor nos ossos, rins, músculos e intestino pela vitamina D tem adicionado alterações que influenciam os hormônios - estrogênios e hormônio de crescimento no receptor, que normalmente altera com o aumento da idade. Contrariamente, o Fatores de Necrose Tumoral Alfa é responsável pelo desgaste ósseo, através da diferenciação e maturação dos osteoclastos. Por isso o envelhecimento parece alterar a ação da vitamina D (OLIVEIRA, 2015). Além disso, a regulação dos níveis Paratormônio (PTH) é influenciada pela vitamina D diretamente ligada ao metabolismo do fósforo e cálcio. Desse jeito, a osteoporose é uma das consequências da hipovitaminose Dem idosos, ocorre porque a enzima 1α-hidroxilase e o desenvolvimento da 1,25(OH)2D podendo inibir a síntese de PTH nas glândulas. Então, a menor concentração de cálcio, é inversamente ao aumento dos níveis de PTH, que leva a alta atividade dos osteoclastos (reabsorvem a degradação enzimática de colágeno). Assim, nos idosos o ácido clorídrico libera fósforo e cálcio no espaço extracelular, que causa a tão porosidade no osso, diminuindo a densidade óssea e o desenvolvimento da osteoporose (BELLAN et al. 2015). 2.3.1 Consequências da hipovitaminose D em idosos A hipovitaminose D é uma consequência mundial prevalentemente na população idosa que causa diminuição da densidade óssea na velhice, provocando dor e custos elevados, afetando principalmente mulheres idosas (pós-menopausa) declínio da massa óssea e alterações hormonais (estrogénios). Sendo uma vitamina com ação em vários tecidos e células com papel importante na fisiologia. Seu maior problema encontra-se na regulação do metabolismo de cálcio total/iônico e fósforo que são determinantes nas patologias como osteoporose e osteomalácia, inclusive a inibição da renina e aterosclerose contra enfermidades cardiovasculares, neurológicos, imunológicos e risco de infeções (figura 2). Demais, a doença osteomalácia é consequência dos valores da 25(OH)D inferiores a 10 ng/ml (25 nmol/l), provoca deficiência na matriz de colágeno que diminui a estrutura do esqueleto e provoca as fraturas (RAFAELLI et al, 2015). FIGURA 2: função da vitamina D na metabolização do cálcio e fosforo Fonte: OLIVEIRA (2015) Inclusive, outras doenças relacionadas a baixo valor estão a síndrome da fragilidade, sarcopenia, fraqueza, cansaço, lentidão, inibição da renina, aterosclerose, enfermidades cardiovasculares, neurológicos, imunológicos, risco de infecções e má performance física aumenta o número de quedas e complicações na saúde. Como analisado a vitamina D desempenha ação metabólica complementa na massa mineral e ajuda a prevenir fraturas, fortalecimento e resistência muscular (ORTEGA et al, 2020). Logo, para reduzir os ricos é fundamental alguns cuidados nas fases mais avançadas da vida sendo elas trabalhadas por medidas de saúde pública, observadas nos parâmetros de reposição, tratamento, atividades, educação, dietas nutricionais e qualidade de vida para os próprios pacientes quanto para a sociedade em geral (GUILHERME, 2009). 2.4 TRATAMENTO A carência de vitamina D pode acarretar diferentes patologias ao sistema autoimune, promover o desenvolvimento de neoplasias, desequilíbro do sistema neuromuscular e dentre outros problemas, com ênfase na população idosa por serem categorizados como um grupo de risco. Caso haja o diagnóstico de hipovitaminose D, é indicado para que o paciente faça uma suplementação dessa vitamina associado a uma dieta balanceada exposição solar (DE MELLO et al., 2010). Não é possível definir a quantidade exata de vitamina D ingerida diariamente necessária para manter as concentrações séricas de 25(OH)D dentro de níveis adequados, por não ser a única fonte deste nutriente. Com mais de 70 anos as necessidades de vitamina D sobem para 800 IU/dia. Para que os níveis permaneçam superior à 30 ng/ml podem ser necessários suplementos de vitamina, além de uma dieta balanceada e exposição ao sol (MAEDA et al, 2014). 2.4.1 Tratamento farmacológico A suplementação de vitamina D pode ser feita através do o colecalciferol (vitamina D3) ou o ergocalciferol (vitamina D2). Apesar de ambos os suplementos apresentarem uma mesma absorção, o tratamento com colecalciferol demonstram ser mais efetivo. Pacientes tratados com vitamina D3 apresentam um crescimento contínuo nos níveis séricos de 25(OH)D, atingindo valores máximos após 14 dias de uso. Por outro lado, aqueles tratados com vitamina D2 expressaram um decaimento nos níveis séricos de 25(OH)D, exibindo os mesmo valores encontrados antes do tratamento. Essa suplementação tem se mostrado eficaz na redução de quedas em pacientes idosos, em consequência de uma melhora muscular (ALVES et al, 2013; CRUZ, 2020). De acordo com Maeda e colaboradores (2014), a dose de suplemento recomendada para a população acima de 70 anos é de 700 a 800 IU diárias, por via oral. Porém o uso descontrolado e sem um acompanhamento médico desses fármacos, podem levar o indivíduo a quadros de intoxicação. Pode-se encontrar 5 formas ativas para suplementação de vitamina D: colecalciferol, calcitriol, alfacalcidol, calcifediol e paricalcitol, sendo o calcitriol considerado a forma mais ativa da vitamina D (ALVES et al, 2013). 2.4.2 Tratamento não farmacológico Além do tratamento farmacológico, recomenda-se outras ações para complementar o tratamento de hipovitaminose D, envolvendo a alimentação e a exposição do paciente ao sol em horário e pelo tempo adequado (LIMA et al, 2019). É recomendado a população idosa que haja uma exposição solar diária entre 5 a 30 minutos, entre 10h a 15h, se possível, evitar o uso de protetor solar. Lembrando que os níveis de exposição dependem de fatores como latitude, estação do ano, poluição do ar, quantidade de protetor solar aplicado, pigmentação da pele e idade (CANDIDO, 2020; ROLIZOLA, 2022). Apesar da dieta alimentar ser um dos métodos menos eficazes, ele se demonstra importante em idosos que vivem em clima temperado. Esses alimentos incluem óleo de fígado de bacalhau e peixes gordurosos (salmão, atum, sardinha e cavala). No Brasil, esses alimentos apresentam um baixo índice de consumo por não fazer parte dos hábitos alimentares da população (CANDIDO, 2020; CRUZ, 2020). Diferente da parte farmacológica, exposição prolongada ao sol e excesso de ingestão de alimentos naturalmente ricos em vitamina D não causam intoxicação, porém podem acarretar outros problemas como queimaduras e aumentar o risco de câncer de pele (CRUZ, 2020). 3 METODOLOGIA O presente estudo proporciona uma explicitação do tema através da familiaridade e aprimora as ideias pela diversa coleta de dados, o que inclui levantamento bibliográfico, análise de exemplos e outros que promovam a compreensão do tema. Para tal, consiste na elaboração de etapas dessa revisão: elaboração da pergunta norteadora, com base nos principais problemas acerca do tema, definição dos critérios, análise e síntese dos dados, interpretação dos resultados e apresentação final da revisão (MARCONI; LAKATOS, 2017). O projeto se baseia na metodologia exploratória (revisão literatura). Segundo Lunetta e Guerra (2023) essa revisão proporciona a explicitação do tema através da familiaridade e aprimora as ideias pela diversa coleta de dados, o que inclui levantamento bibliográfico, análise de exemplos e outros que promovam a compreensão do tema para a apresentação das atividades ao público-alvo. Na qual, será refletido o tema acerca dos efeitos da hipovitaminose D relacionados à saúde do idoso, analisando como evitar a hipovitaminose D em idosos, quais são as doenças causadas pela falta de vitamina D, se existem riscos de desenvolver outras doenças devido a falta da vitamina D, e ainda como detectar os sinais e sintomas da hipovitaminose D. A abordagem a ser utilizada é a qualitativa, que tem como fundamento o pesquisador incluir o contexto de estudo e o compreender. Nesta abordagem a coleta de dados deve ocorrer no contexto a ser estudado e têm de ser descritivos, sendo analisados de maneira indutiva (SAMPAIO, 2022). Primeiramente, serão elaboradas: introdução, objetivos, objetivos específicos, em seguida, serão definidas a metodologia (explicitação do tipo de pesquisa utilizado no trabalho, dos dados utilizados e a inserção de palavras-chave) e o cronograma (elaborado em forma de tabela para a melhor visualização do planejamento) (MARCONI; LAKATOS, 2017). Para a fundamentação teórica, ocorrerá pesquisas em artigos, livros e sites oficiais a fim de compor um embasamento teórico para o material produzido. A pesquisa acontecerá através de bases de dados científicas (Scielo, BVS, PubMed, Science Direct) e livros técnico-científicos. As palavras-chave utilizadas paranossa pesquisa na base de dados serão: hipovitaminose D, idoso, metabolismo e doenças. Serão aplicados o filtro ano (2000 em diante) para delimitar as datas de publicação, e os operadores booleanos (AND e AND NOT) nas buscas. Em seguida, nas referências bibliográficas utilizara-se de fontes confiáveis com a descrição dos tópicos: metabolismo da vitamina D, hipovitaminose D relacionados à saúde do idoso, doenças causadas pela hipovitaminose D, manifestações clínico-laboratoriais e obtenção de vitamina D. 3.1 PLANO PARA PUBLICAÇÃO É de interesse das autoras a publicação deste artigo em periódicos de revista, onde será anexado um resumo, carta de apresentação e um termo de responsabilidade assinado por ambas as alunas e orientadora. 4 CRONOGRAMA Atividades 2024 Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Desenvolvimento do projeto X X X X Definição do tema X Definição de metodologia e Cronograma X Embasamento teórico X X Apresentação do Projeto X Revisão bibliográfica X X X X X X X X X Desenvolvimento da pesquisa X X X X Coleta dos dados X X X Análise dos dados X X X Entrega versão parcial escrita X Pré-banca X Entrega do TCC versão final X Entrega do TCC versão biblioteca X Submissão para publicação X Apresentação do artigo X 5 RESULTADOS ESPERADOS A hipovitaminose D em idosos representa um importante desafio de saúde pública, com implicações significativas para a qualidade de vida e a funcionalidade desta população. A deficiência de vitamina D está associada a uma série de condições adversas, incluindo a osteoporose, aumento do risco de quedas, fragilidade óssea, e uma maior predisposição a doenças crônicas, como doenças cardiovasculares e diabetes. Os fatores que contribuem para a hipovitaminose D em idosos são múltiplos e interligados. Entre eles, destacam-se a menor capacidade da pele de sintetizar vitamina D a partir da exposição solar, alterações na dieta e na absorção de nutrientes, e a presença de doenças crônicas que podem interferir no metabolismo da vitamina D. Adicionalmente, a mobilidade reduzida e o menor tempo ao ar livre, comuns em muitos idosos, exacerbam ainda mais este quadro. Suplementação de vitamina D e orientações sobre exposição solar segura podem desempenhar um papel crucial na prevenção e manejo da hipovitaminose D. O diagnóstico desta deficiência ocorre por meio de exames laboratoriais, através do doseamento de 25-hidroxivitamina D sérico. A intervenção mais adequada para uma hipovitaminose D em idosos é a suplementação, de acordo com as necessidades individuais, além de levar em conta fatores como a exposição solar limitada e as condições de saúde específicas do idoso. Desse modo, as alunas consideram o tema de grande importância e enriquecedor para a vida acadêmica e profissional. Quanto ao desenvolvimento de pesquisa, presume-se que o tempo e os recursos serão muito bem aproveitados nesta etapa. Porém, sem ignorar a possibilidade de problemas a serem enfrentados, de modo a tentar suas expectativas e interesse pelo tema abordado no trabalho. Ao final, procura-se superar todos os obstáculos, acarretando um trabalho apropriadamente desenvolvido, onde erros deverão ser constantemente revisados e corrigidos. Ao ser finalizada toda a pesquisa, haverá a possibilidade de demonstrar de maneira clara e objetiva o material desenvolvido sobre os efeitos da hipovitaminose D relacionados a saúde do idoso pelas alunas, através da elaboração do artigo. De um modo geral, espera-se seguir entusiasmado ao decorrer do projeto pelo aprofundamento do tema proposto, disposto a aprender e transmitir as informações adquiridas. Em reconhecimento a todo esse esforço, o retrospecto deverá ser positivo, onde acreditamos alcançar bons resultados, com real repasse de informação à comunidade, bem como desenvolvimento pessoal, na formação de futuros pesquisadores, que efetivamente possuem a base e o conhecimento necessários para a criação e projeção de projeto de cunho científico. REFERÊNCIAS ALVES, Márcia et al. Vitamina D–importância da avaliação laboratorial. Revista Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, v. 8, n. 1, p. 32-39, 2013 BARRAL, Danilo et al. Vitamina D: uma abordagem molecular. 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