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Visao introdutoria ACP

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0 
 
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS ESUDA 
FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA: Uma visão 
introdutória na Abordagem Centrada na Pessoa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECIFE 
2015 
 
1 
 
 Cirleide Santos da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA: Uma visão 
introdutória na Abordagem Centrada na Pessoa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECIFE 
2015 
Monografia apresentada para obtenção 
do título de Psicólogo(a) à banca 
examinadora no Curso de Psicologia da 
Faculdade de Ciências Humanas- 
ESUDA. 
 
Orientadora: Profª. Msc. Maria Claudia 
Pontual Peres. 
 
 
2 
 
Cirleide Santos da Silva 
 
 
 
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA: Uma visão 
introdutória na Abordagem Centrada na Pessoa 
 
 
Monografia apresentada para obtenção do título de Psicólogo à banca 
examinadora no Curso de Psicologia da Faculdade de Ciências 
Humanas, ESUDA. 
 
 
Aprovada em: 
Recife, 17 de Junho de 2015. 
 
Banca Examinadora 
 
 
___________________________________________________________ 
Orientador 
(Maria Claudia Pontual Peres, Mestre em psicologia Clínica, ESUDA) 
 
 
 
 ___________________________________________________________ 
1º Examinador 
(Carlos Antônio de Sá Marinho, titulação, ESUDA) 
 
 
 
___________________________________________________________ 
2º Examinador 
(Luísa Manjorani Cardoso, titulação, ESUDA) 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho de pesquisa a todos 
os profissionais da educação, 
todos os aprendizes que 
sofrem com algum tipo 
de dificuldades na aprendizagem. 
 
 
4 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Em primeiro lugar agradeço a Yhawh Sabaot, criador de toda terra sem sua 
permissão, e vontade não seria possível concluir mais esta etapa da vida. 
Ao meu pai: Jether Marques dos Santos, mãe Cirlene Batista dos Santos e 
também a minha avó e mãe de criação: Maria Soares da Silva todos já falecidos 
mais que estão todos gravados no meu coração. 
Aos meus dois filhos que amo: Marcílio Galdino dos Santos, Hingrid Santos 
da Silva Barros que são duas alegrias, companheiros fieis e razão de meu viver. 
A minha orientadora e Mestre em psicologia clínica: Maria Claudia Pontual 
Peres por sua dedicação constante, notável paciência, compreensão empática, 
conjunto perfeito indispensável pela confecção e conclusão deste trabalho tecido e 
regado em paciência por ela. 
Ao meu marido Marcos Galdino da Silva por ser patrocinador deste feito, por 
sua composição nestes cinco anos de curso, por me auxiliar percorrer este alvo. 
A todos os meus amigos que, direta ou indiretamente contribuíram em apoio 
em meio a tantos obstáculos inseridos neste caminho final. 
Agradeço a amiga Maria Luíza Ferreira Tavares, juntas no mesmo ideal, a 
toda sua família pelo apoio, ajuda nos momentos difíceis que atravessamos em 
concluir este percurso. 
A direção, coordenação e todos que compõem a faculdade ESUDA por 
possibilitar esta formação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O único homem que se educa é aquele 
que aprendeu como aprender, 
que aprendeu como se adaptar e mudar, 
que se capacitou de que nenhum 
conhecimento é seguro, 
que nenhum processo de buscar 
conhecimento 
oferece uma base de segurança. 
(Carl Rogers) 
 
 
6 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho de pesquisa e revisão bibliográfica exploratória deseja trazer uma reflexão 
introdutória, buscando compreender sobre as condições facilitadoras proposta na ACP, como estas 
possam contribuir para uma aprendizagem significativa. O objetivo principal de pesquisa é conhecer 
os principais conceitos da abordagem, e como estes colaboram para o autoconhecimento, e 
aprendizagem com prazer. A motivação e escolha do tema apresentado foram por acreditar neste 
jeito de atuação, e na abordagem. E também ao observar o desafio em sala de aula, quanto ao 
crescente desinteresse de alunos pelos conteúdos pragmáticos dentro dos limites do ensino. Diante 
desta demanda em sala, surgiu a curiosidade em conhecer este fenômeno. A metodologia utilizada 
foi usada obras clássicas traduzidas, alguns artigos ligados ao tema articulado, um DVD da coleção 
pensadores com a biografia do autor desta abordagem centrada. Quantos aos impactos esperados a 
visão foi tecer novos horizontes e perspectivas que venham facilitar cada vez mais o trabalho do 
professor e também ir de encontro às necessidades do aluno. Inicialmente, o primeiro capítulo vem 
mostrar de maneira introdutória a ACP, já o segundo capítulo vem mostrar a visão da aprendizagem 
significativa, sua importância nesta abordagem. Por fim espera-se que este tema de pesquisa suscite 
novas compreensões e novos trabalhos que viabilizem melhorias a aprendizagem. 
 
Palavras-chave: Abordagem Centrada na Pessoa; Condições facilitadoras; aprendizagem 
significativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
ABSTRACT 
 
This research work and exploratory literature review wish to bring an introductory reflection, trying to 
understand about the enabling conditions proposed in the ACP, as they can contribute to a meaningful 
learning. The main purpose of research is to know the main concepts of the approach, and how they 
collaborate to self-knowledge, and learning soon. Motivation and choice of theme were presented for 
believing in this way of acting, and approach. And also to observe the challenge in the classroom, as 
the declining interest of students by pragmatic content within the limits of education. Faced with this 
demand in room came the curious about this phenomenon. The methodology was used classical 
works translated some articles related to articulated theme, a DVD collection of thinkers with the 
author of the biography of this focused approach. As to the expected impacts the vision was weaving 
new horizons and perspectives that will facilitate increasingly the teacher's work and also meet the 
needs of the student. Initially, the first chapter is show in an introductory way the ACP, since the 
second chapter goes to show the vision of meaningful learning, its importance in this approach. Finally 
it is expected that this research topic raises new understandings and new jobs that enable 
improvements learning. 
 
Keywords: the Person Centered Approach; Facilitating conditions; meaningful learning. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO .................................................................................................... 09 
OBJETIVOS ........................................................................................................ 12 
 Objetivo Geral ................................................................................................ 12 
 Objetivos Específicos ................................................................................... 12 
METODOLOGIA ................................................................................................. 13 
CAPÍTULO 1 - Breve histórico da Abordagem Centrada na Pessoa com 
suas principais teorias .....................................................................................14 
1.1. A importância da tendência atualizante na ACP ..................................... 15 
 1.2. Acerca do Self e Self Ideal ...................................................................... 17 
1.3. Alguns aspectos do campo da experiência ............................................. 18 
 1.4. Principais condições facilitadoras ............................................................ 18 
CAPÍTULO 2 - Aprendizagem Significativa ..................................................... 23 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 29 
REFERÊNCIAS................................................................................................... 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho de revisão bibliográfica de cunho exploratório busca 
trazer uma reflexão introdutória em compreender como as condições facilitadoras 
pela abordagem centrada na pessoa (ACP), contribuem para o processo de 
crescimento, por meio da aprendizagem significativa. Desta forma, o objetivo geral 
desta pesquisa foi conhecer os principais conceitos vinculados na abordagem de 
Carl Rogers, refletindo como estes colaboram para a aprendizagem significativa. 
Diante do exposto, esta pesquisa teve como objetivo refletir e descrever os 
principais conceitos da ACP, em compreender como as condições facilitadoras 
auxiliam na aprendizagem do aluno. A partir disto, buscou-se no pensamento de 
Carl Rogers conhecer as bases que fundamentam sua abordagem, através da 
leitura de suas obras traduzidas e de seus seguidores, bem como, a aprendizagem 
significativa e seu impacto no crescimento pessoal do aluno. 
Mediante esta compreensão, a Abordagem Centrada na Pessoa veio trazer 
uma proposta distinta, que auxilia nas relações humanas, com as quais veio 
possibilitar a autonomia do cliente tanto em terapia, quanto no trabalho de sala de 
aula pelo professor. Trouxe também a humanização, desenvolvimento através de 
atitudes como a consideração positiva incondicional, empatia, e autencidade como 
modo de agir, forma de atuação, ou seja, um jeito de ser. Tais atitudes concebem o 
crescimento, que vale dizer que, sua missão visa facilitar a realização das 
potencialidades humanas existentes. 
 A primeira compreensão vista das atitudes facilitadoras, é a congruência, ou 
autencidade, que retrata a capacidade do terapeuta ser original com seus 
sentimentos em relação a seu cliente. É necessário repassar ao cliente tudo que o 
terapeuta capta, sente do seu cliente de forma cuidadosa, delicada, que venha 
permitir mostrar seu interesse a pessoa do cliente, nesta relação, trazendo assim 
para dentro desta relação o amadurecimento e aceitação entre ambos. Nesta 
relação o psicoterapeuta precisa estar inteiro, seus sentimentos precisam ser vistos 
e presentes fortalecendo esta relação autentica. 
A segunda atitude facilitadora é aceitação positiva incondicional, é uma 
maneira usada pelo psicólogo em considerar seu cliente sem julgamentos, aceitar 
seus sentimentos, opiniões e pensamentos que possam surgir seja como for. Vale 
10 
 
dizer que, aceitar nem sempre é concordar, mas diante da demanda é acolher, 
respeitar e compreender o outro tal como ele é, sem restrições e sem julgar. Pela 
aceitação positiva se acredita, confia no potencial da pessoa a partir de sua 
experiência, é desprender-se de suas “verdades” autoreguladoras aprendidas. 
Aceitar o outro é o psicólogo acolher as experiências do cliente dando-lhe apoio. 
 A terceira atitude facilitadora é usar de uma compreensão empática, 
afetuosa, que define a ideia de se colocar no lugar do outro, ouvir-lhe, atentar aos 
sentimentos e significados dados as experiências vividas, e apresentar a pessoa em 
conflito seu próprio discurso, sua comunicação lhe apropriando da própria escuta e 
fala. De forma empática, acompanhar o cliente, é adentrar no seu mundo subjetivo, 
sem preconceitos, por de lado o próprio eu, mostra-lhe segurança, e não 
surpreender com nada que o cliente fale. 
A abordagem centrada na pessoa não é uma técnica, não existe uma 
sequencia prévia definida. Segundo o autor desta abordagem é um jeito de atuar, e 
em acreditar genuinamente no potencial humano de existir, sendo que caso fosse 
uma forma técnica, perderia a autencidade que esta abordagem propõe. A relação 
da terapia consiste numa relação profunda entre duas pessoas no caso terapeuta-
cliente, nesta relação não existe melhor ou pior. O terapeuta que segue a ACP age 
como facilitador, auxiliando a pessoa a buscar seu próprio caminho, com 
responsabilidade, sabendo que todo ser humano deve ser tratado com um ser de 
valor. 
O interesse e motivação quanto à escolha deste tema deram-se, por acreditar 
neste jeito ser, que propõe esta abordagem. O tema em questão surgiu pela 
observação frente ao desafio visto em sala de aula, quanto ao crescente e 
assustador desinteresse dos alunos pelos conteúdos pragmáticos oferecidos. Diante 
desta demanda, surgiu a partir dela uma curiosidade em conhecer sobre este 
fenômeno recorrente que tem afetado a aprendizagem, e também dificultado o 
trabalho do professor neste espaço. 
Como impacto esperado frente esta temática de pesquisa, viu-se como uma 
proposta em rever, observar e repensar novas possibilidades, tecer novos 
horizontes, bem como, trazer nova perspectiva que possam instigar despertar a 
curiosidade de outros estudantes de Psicologia, em percorrer novos caminhos que 
viabilizem o resgate da aprendizagem significativa nas suas diversas áreas de 
trabalho. Refletir sobre melhorias que habilitem adequadamente a aprendizagem 
11 
 
através de novas pesquisas. Este material de pesquisa encontra-se dividido em dois 
capítulos. O primeiro capítulo aborda de maneira introdutória o histórico da 
abordagem centrada na pessoa, seus principais conceitos tais como, a tendência 
atualizante, o self, e o self ideal, campo experiencial, as condições facilitadoras. 
Para efeito de busca, foi utilizada obras de Carl Rogers, Araújo e Viena, Moreira, 
Kinget e Wood. 
O segundo capítulo de maneira sucinta pontua como é observada a 
aprendizagem significativa, através de diferentes pensadores ligados ao tema. Em 
seguida, será mostrada a importância da aprendizagem significativa, frente à 
experiência trazida do aluno, e atuação do professor neste espaço. Quanto à 
metodologia utilizada buscou-se nesta pesquisa de revisão bibliográfica dialogar 
com as obras do norte americano Carl Rogers e seus seguidores, bem como, 
fundamentar este trabalho, visando uma melhor compreensão sobre a temática 
exposta. Sabendo que, os princípios expostos nesta abordagem são relevantes por 
auxiliarem e possibilitaram sua utilização em várias áreas do conhecimento tais 
como: psicologia, educação, grupos ao qual circulam relações humanas. 
A construção deste trabalho de pesquisa foi organizada a partir de algumas 
obras clássicas de Carl Rogers, entre artigos científicos ligados ao tema. Para início 
de consulta, foi feito leituras em livros do próprio autor, seus seguidores e artigos. 
Foi utilizado o DVD: integrante da Coleção Grandes Educadores, referente à 
bibliografia do autor – o escolhido entre a coleção foi, o DVD da Drª Ana Gracinda 
Queluz, psicóloga escolar. Para que fosse possível organizar as ideais foram 
utilizados, alguns artigos científicos do (BVS-PSI) através dos diretórios: ACP, 
Aprendizagem Significativa, Condições Facilitadoras, Empatia, Congruência, 
Tendência Atualizante. Para obter uma melhor compreensão do tema, foi tomado 
como fonte de inspiração metodológica tecer um diálogocom as obras, traduzidas 
de modo, a construir uma leitura a partir de outros seguidores do mesmo assunto, e 
possibilitar um melhor entendimento a esta questão. 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
 
OBJETIVOS 
 
Objetivo Geral 
 
 Compreender como a Abordagem Centrada na Pessoa contribui para a 
aprendizagem significativa. 
 
Objetivos Específicos 
 
 Examinar os principais conceitos da abordagem centrada na Pessoa 
dialogando com as obras de Carl Rogers e seus seguidores. 
 Refletir como as condições facilitadoras desta abordagem podem contribuir na 
aprendizagem significativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
METODOLOGIA 
 
Segundo Gil (2002), para que seja possível avaliar a qualidade dos resultados 
de uma pesquisa, tornar-se necessário saber dados e fontes de informações onde 
foram obtidas, bem como os procedimentos adotados em base de análise e 
interpretação. A presente pesquisa de revisão bibliográfica de cunho exploratório 
tem como objetivo refletir sobre os principais conceitos da Abordagem Centrada na 
Pessoa, bem como, esta colabora para uma aprendizagem significativa. Esta 
pesquisa consiste em mostrar a importância da aprendizagem significativa que 
auxilia de maneira empática, na vida humana e no crescimento pessoal. 
A construção deste trabalho de pesquisa compreende em partes feitas em 
livros do próprio autor Carl Rogers e artigos científicos. Para inicio de consulta foram 
analisadas algumas obras clássicas do autor traduzida tais como; Um jeito de Ser 
(1983), Liberdade Para Aprender (1971), Psicoterapia e relações Humanas (1975), 
Terapia Centrada no Paciente (1974), Tornar-se Pessoa (1961), De Pessoa Para 
Pessoa (1977) entre outros colaboradores do mesmo tema de pesquisa. O foco 
maior dado em pesquisa foi sobre aprendizagem significativa, sendo que a 
aprendizagem acontece em vários momentos da vida humana, ao falar de 
significativa significa dizer que não é acumular conhecimentos e sim, algo que 
transcenda, e possibilite prazer ao processo de aprender e existir. 
Também como material de pesquisa foi utilizado o DVD de Ana Gracinha 
Queluz Garcia - doutora em Psicologia escolar, uma pequena biografia de Carl 
Rogers em atenção a Educação, a autora do DVD mostra a proposta criativa 
articulada por Ana Queluz ao falar sobre violência escolar onde leciona. Para que 
fosse possível organizar as ideias em pesquisa foram utilizados artigos do BVS-PSI, 
através dos diretórios: ACP, Aprendizagem Significativa, Empatia, congruência, 
Tendência Atualizante. O tempo de construção e leitura dada a esta pesquisa deu-
se entre, Fevereiro á Maio de 2015. 
 
 
 
14 
 
 
CAPÍTULO 1 - Breve histórico da Abordagem Centrada na Pessoa com suas 
principais teorias 
 
Araújo e Vieira (2013) expressam que Carl Rogers psicólogo norte americano, 
destacou-se ao ser pioneiro na teoria. Fez grandes contribuições no campo psíquico 
com seu trabalho, ao privilegiar as relações humanas. Desenvolveu sua teoria 
através da observação e experiência clínica. A partir disso surge nesta época como 
terceira força uma psicologia distinta, dando início à psicologia humanista. Sabendo 
que, nesta época a psicanálise e behaviorismo predominavam na metade do século 
XX. Rogers trouxe um modo de atuar, que diferenciava com as ideias da época, 
suas intervenções não diretivas possibilitavam a autonomia do cliente. 
Moreira (2007) reconhece que Carl Rogers trouxe á psicologia uma relevância 
ao enfatizar as relações humanas na terapia. Suas ideias fortalecia a importância de 
considerar a experiência do cliente como sendo um processo contínuo, não estático. 
A maneira de abordar de Rogers transcende a própria teoria, pelo fato de possibilitar 
resgatar o respeito humano, não apenas na terapia, mas também em todo 
seguimento que trabalha com as relações interpessoais. Tudo isto visa compreender 
o outro, inclinar-se ao mesmo, proporcionando assim seu crescimento. 
Boainain (1998), sobre a psicologia humanista, aponta que esta teoria trouxe 
ao campo terapêutico uma aproximação maior entre terapeuta-cliente. Esta 
interação do terapeuta de fato possibilita um bom desempenho nesta clinica 
mediante a presença autêntica, expressiva, livre de julgamentos, livre de máscaras. 
Por meio desta observação, admite-se que esta troca só é possível entre pessoas 
sinceras. Esta relação de troca mútua não acontece de maneira rígida e sim fluida. 
As condições facilitadoras vieram trazer um trabalho diferente do modelo 
Behaviorista e Psicanalítico. A psicanálise trazia o papel transferencial com 
projeções, regressões a ser interpretado, o Behaviorismo utilizavam estímulo e 
resposta em sua maneira de trabalhar. 
No entanto, Wood (1994) menciona que Rogers foi um psicólogo de destaque 
na abordagem que criou. Em sua época, sua popularidade não era nada diante das 
realizações que fez. Entre 1940-1970, suas ideias foram formuladas, fluíram e logo 
após foram reformuladas. Ao considerar a pessoa como centro, trouxe este 
pensamento para sua prática clínica que resultou numa forma distinta em seu 
15 
 
trabalho. Ao compreender e organizar sua prática em acompanhar o cliente, suas 
intervenções vieram possibilitar o crescimento pessoal, e saúde psíquica com seu 
jeito de atuar. 
 
1.1. A importância da tendência atualizante na ACP 
 Quanto à tendência atualizante, Moreira (2007) argumenta: 
 
Rogers conceitua a tendência atualizante como intrínseca e inerente à 
pessoa, ao considerar o homem como seu próprio arquiteto. Sua proposta 
psicoterapêutica visa proporcionar condições facilitadoras a pessoa para 
que ela utilize plenamente seus recursos. Refere-se a este modelo de 
pessoa como a que exerce completamente as potencialidades de seu 
organismo, sem deixar de evoluir. A tendência atualizante faria brotar a 
enorme capacidade de aprendizagem e criatividade da pessoa, quanto este 
se encontra em uma atmosfera politicamente facilitadora. (p. 184) 
 
 Kinget (1975),enfatiza que o organismo humano se modifica por ter uma 
tendência natural a desenvolver suas potencialidades humanas existentes. Para 
que, a potencialidade natural do sujeito venha surgir, é preciso que exista um clima 
de liberdade experiencial favorável. O clima favorável possibilitará ao organismo a 
se recompor e refazer. Este conceito aponta a noção de que é possível o ser 
humano mudar o pensamento e comportamento. Considera que a tendência à 
atualização faz parte do mundo existencial de cada ser humano. 
Carrenho; Tassinari; Pinto (2010) os autores reiteram que essa concepção ao 
dizer que, na teoria rogeriana os seres humanos possuem capacidade natural de 
autodireção. Esta capacidade visa suprir suas reais necessidades, sendo que, se faz 
necessário compreender as demandas trazidas pelo cliente. Os autores observam 
que, todos os seres humanos são influenciados mediante a ação do ambiente em 
que vivem. Por meio desta compreensão apresentada , quando existe um fenômeno 
dado uma imposição, o ser humano se distancia verdadeiramente do que é, ou 
deseja. 
Os autores argumentam quanto à atualização humana, caso esta atualização 
sofra um desajuste, possivelmente irá desaguar no comportamento causando algum 
problema. Quando a pessoa sofre imposições sejam de que ordem for, distancia-se 
do seu verdadeiro jeito de ser, possivelmente entra em conflitos. É importante 
entender, quando isto acontece, a pessoa acaba por distorcer a visão que tem de si 
mesma, e do mundo que lhe cerca. A partir disto, surgem problemas que podem 
causar sofrimento emocional (CARRENHO; TASSINARI; PINTO, 2010).16 
 
 Santos (2005), ao dar sua contribuição sobre o mesmo assunto citado 
acima, expressa que ao ser dado as condições favoráveis, apropriadas ao ser 
humano, este por sua vez irá fazer suas escolhas de maneira positiva e construtiva. 
Ao fazer sua escolha tanto em terapia, quanto em sala de aula possivelmente 
possibilitará desenvolver na pessoa do cliente sua autonomia. Estar motivado é o 
ponto chave da questão, por possibilitar esta atualização fluir e acontecer. Só que, 
quando a pessoa é sensível ao meio que o cerca, dependendo deste meio as 
condições podem fluir ou serem reprimidas. 
Segundo Gomes (2011), mediante as condições desenhadas por Rogers, 
percebe-se que, o campo de atuação do psicólogo torna-se positivo quando existe o 
ambiente próprio que possibilita a atualização da pessoa. Caso este clima não seja 
adequado, autêntico não é possível fingir o que não acontece. Do mesmo modo, 
acontece com a empatia, congruência, consideração positiva. O autor comenta que 
não existe uma “técnica rogeriana”, e sim um jeito de ser do psicólogo, uma maneira 
de atuar diferenciada, com as quais cada facilitador atuará segundo seu jeito de ser. 
 Segundo o autor supracitado é pontuado que, Rogers veio influenciar várias 
áreas humanas tais como: psicologia, pedagogia, serviço social na visão da ACP. O 
autor comenta que esta abordagem auxilia na relação consigo mesmo, com os 
outros a sua volta. Tal abordagem é aplicável em toda relação interpessoal. Diante 
das condições apresentadas, considera-se que o organismo humano sempre irá 
buscar manter-se em saúde e bem estar, é o mesmo que dizer que este organismo 
tende a atualizar-se sempre. De certa forma, é um jeito natural humano de 
sobreviver, organizar-se frente aos impactos e adversidades existenciais. (GOMES, 
2011) 
Gomes (2011),reforça o que foi supracitado ao expressar que, Rogers ao 
centrar sua teoria na pessoa, veio mostrar sua crença no potencial que cada ser 
humano possui. Esta forma de ver o ser humano compreende que existe uma 
capacidade natural no sujeito em utilizar sua autonomia pelo viés da 
autocompreensão. Diferentemente de outras teorias e modelos de atuação dentro da 
psicologia, isto não significa dizer que esta abordagem seja a melhor entre outras, 
significa dizer que, é mais uma forma importante de atuar, e mostrar entre tantas 
outras um modo de ser e trabalhar. 
 
17 
 
A tendência a atualização é a mais fundamental do organismo em sua 
totalidade. Preside o exercício de todas as funções, tanto físicas quanto 
experienciais. E visa constantemente desenvolver as potencialidades do 
individuo para assegurar sua conservação, seu enriquecimento levando em 
conta as possibilidades e os limites do meio. O termo “enriquecido” pode 
ser entendido no sentido geral, envolvendo tudo aquilo que favoreça o 
desenvolvimento integral do individuo. Além disso, este termo deve ser 
entendido no sentido fenomenológico, portanto subjetivo. O que a tendência 
atualizante procura atingir é aquilo que o sujeito percebe como valorizador 
ou enriquecedor-não necessariamente o que é objetiva e intrinsicamente 
enriquecedor. (KINGET; ROGERS, 1975, p.41) 
 
 
1.2. Acerca do Self e Self Ideal 
Fontana (2002) ao expressar sobre self é o autoconceito que a pessoa tem de 
si mesmo, sua base está ligada ao campo da experiência que passaram pelos 
estímulos tanto do tempo presente quanto do futuro. O self é o processo de 
reconhecimento que possui possibilidade de mudanças. A flexibilidade é que 
fundamenta a teoria rogeriana pelo qual o self saudável é aquele que está pleno e 
consciente. O self ideal é um conjunto de características pelo qual o ser humano 
gostaria de ter, é uma visão ideal de si mesmo. Entre o self e o self ideal existe um 
indicador de insatisfação podendo ser um obstáculo ao desenvolvimento pessoal. 
 
Fatores externos podem contribuir para a dificuldade do novo aprendizado, 
Carl Rogers centraliza no eu (self) do cliente, aborda principalmente a 
percepção. A aprendizagem precisa fazer sentido, em respeito ao 
simbolismo em relação as necessidades internas do cliente. Por isso, a 
aprendizagem na perspectiva de Rogers oferece liberdade para o cliente 
buscar o conhecimento, ampliá-lo de forma que seja interessante, 
motivadora, mediante suas vivências pessoais e focaliza a questão social 
também. Entende que, o cliente esta inserido na sociedade, que possui 
dependência numa relação com o outro, através desta relação construir seu 
self real. (GLASER, 2011, p.77). 
 
Forista (1972),argumenta que, o self irá fixar uma informação aprendida 
partindo de uma realidade. Sendo esta realidade boa ou não, processará uma 
experiência, na qual o cliente poderá ou não acolher. O organismo irá acionar a 
confiança ou falta de confiança vista no comportamento. Na aprendizagem quando o 
organismo sente ameaças, o self sentirá o impacto seja positivo ou negativo. Tanto o 
terapeuta quanto o educador precisa proporcionar um ambiente facilitador que traga 
fluidez. 
 
Quanto mais o eu da pessoa for ameaçado, mais a pessoa exibirá um 
comportamento neurótico defensivo, e sua maneira de ser e comportar-se 
ficará constrangido. Quanto mais o eu for livre de ameaças, mais o individuo 
18 
 
exibirá um comportamento afirmador do eu, e mais ele exibirá a 
necessidade e a execução de um comportamento participante. Uma 
ansiedade específica só irá resolver se o cliente perder o medo de ser a 
potencialidade específica a respeito daquilo por que está ansioso. 
(FORISTA, 1972. p. 170). 
 
1.3. Alguns aspectos do campo da experiência 
Fontana (2002) analisa a importância da experiência do cliente neste contexto 
de autoconstrução. Segundo o autor, o ser humano em geral possui dentro de si 
necessidades básicas orgânicas de sobrevivência como, alimentos, abrigo entre 
outras coisas mais. E também os seres humanos possuem sentimentos, emoções e 
sensações a serem também consideradas como base do funcionamento psíquico. A 
pessoa quando recebe algum tipo de acolhimento, desenvolve dentro de si um 
quadro mental congruente como alguém merecedor. 
Rogers (1974), ao tomar ciência do ponto de vista do cliente, expressa que 
refletir sobre suas experiências, possibilita um olhar e atitude diferenciada que, irá 
transmite um cuidado ao cliente. O papel do psicólogo nesta abordagem é apoiar e 
ajudar. Este tipo de cuidado é importante. Sabendo que, o cliente sofre durante o 
processo terapêutico para reorganizar o seu eu. Esta relação terapêutica, tão 
importante, acaba por trazer sentido e segurança ao cliente em conflito. 
 
Vê-se que, na experiência do cliente, de modo particular se os problemas 
foram explorados em profundidade, a única parte estável da experiência é a 
hora fixada para o contato com o terapeuta. Neste sentido, a terapia 
centrada no cliente é experimentada como apoio, como uma ilha de 
constância no mar de dificuldades caóticas, embora seja de “apoio” ou de 
aprovação no sentido superficial. É esta constância e esta segurança que 
permitem ao cliente fazer a experiência da terapia. (ROGERS, 1974.p. 82). 
 
Forista (1972),vem apontar que quando ocorre um conflito na mente humana, 
este conflito pode afetar de forma direta, quanto indireta a vida da pessoa. Isto quer 
dizer que na maioria dos casos as palavras podem gerar conflitos tanto quanto as 
ações postas. O campo da experiência é abastecido por crenças, valores, que são 
aquecidos por sentimentos, emoções que podem atuar no comportamento. A 
experiência pode fermentar o sujeito através do temor, excitação, alegria ou 
desprazer. O autor considera que todo organismo opera de forma dinâmica e 
organizado. Diante isto, o organismo desorganizado experimenta variações no 
campofenomenal causando alterações na pessoa. 
 
19 
 
1.4. Principais condições facilitadoras. 
La Rosa (2003), ao discorrer sobre as condições facilitadoras, comenta que, 
as três condições da abordagem centrada na pessoa são de ordem psicológica e 
afetiva. Sendo que, tais condições permitem, não apenas o psicólogo, mas o 
educador revelar-se com entusiasmo, empatia, congruência e sentimentos positivos 
e permitindo-lhes aproximar-se do cliente. Na prática este trabalho faz toda 
diferença, requer um ambiente verdadeiro, com aceitação, apreço, confiança nesta 
relação. As condições facilitadoras na educação requer que, o educador demonstre 
que aceita seu aluno tal como ele é. Ao aceitar o aluno como ele é, tanto psicólogo 
quanto o professor, são percebidos nesta abordagem como profissionais 
libertadores. 
Wood (1994), quanto ao clima facilitador da teoria rogeriana, o autor expressa 
que o clima facilitador permite, tanto o cliente na terapia, quanto ao aluno em sala de 
aula, estarem mais próximos de seus facilitadores. Rogers, ao criar sua teoria 
trouxe um diferencial por meio da sua prática clinica. O autor articula que quando 
existe este clima de troca, esta troca torna-se calorosa, possibilita o outro a se 
trabalhar melhor. Ao passar compreensão e segurança ao cliente faz com que, a 
pessoa perceba que é aceita tal como ela é. Sendo assim, possivelmente, o cliente 
irá abandonar suas resistências, e perceber o sentido desta comunicação. 
Rogers e Kinget (1975) ao apontarem sobre as condições facilitadoras 
nomeiam seis condições, entretanto destacam três destas condições que são 
empatia, congruência e aceitação incondicional como as mais importantes. Para que 
possa ocorrer o clima facilitador, o terapeuta precisa desenvolver habilidades que 
tragam fluidez na relação com seu cliente. As três condições são vistas como 
elementos importantes para que haja elaboração do cliente diante de sua 
problemática. É Interessante pontuar que, tanto na relação pais-filhos, professor-
aluno ou em grupo, sendo que tais condições podem movimentar o potencial de 
cada pessoa de maneira diferente. 
Silva e Aquino (2004) expõem que Rogers trouxe para a psicologia uma 
proposta distinta e inovadora, ao qual vem ressaltar a pessoa como centro na 
terapia. Rogers reconhece a importância das experiências do cliente que foram 
acumuladas ao longo da vida. Tais experiências irão facilitar ou inibir o crescimento 
do sujeito em terapia, que procura por ajuda. Para acontecer um crescimento 
significativo, se faz necessário um clima facilitador. Este clima propõem as 
20 
 
condições necessárias que possibilitem uma mudança construtiva de vida são elas: 
autencidade, empatia, consideração positiva incondicional que serão citadas a 
seguir. 
A importância da congruência dita na teoria de Rogers: 
 
Se o terapeuta adotar internamente em relação ao seu cliente uma atitude 
de profundo respeito, aceitação total do seu cliente tal como ele é, de 
confiança nas suas potencialidades para resolver os seus próprios 
problemas; se essas atitudes estiverem impregnadas de suficiente calor 
para se transformarem numa simpatia ou afeição profunda pela pessoa; se 
atingir um nível de comunicação onde o cliente possa se perceber que o 
terapeuta o compreende e os sentimentos que esta a experimentar ele o 
aceita, a partir dai inicia a terapia. (ROGERS, 1997, p.76) 
 
Rogers e Rosenberg (1977) argumentam que quando o psicólogo é autentico, 
ele é conhecido como alguém genuíno, coerente ou transparente ao seu cliente. 
Desta forma o psicólogo age de maneira sincera, real consigo mesmo e com o seu 
cliente, esta relação terapêutica rompe com as barreiras pessoais e interpessoais 
“[...] a importância do terapeuta, pois seus verdadeiros sentimentos e atitudes são 
comunicados ao cliente de algum modo, deliberado ou não [...]” (p. 51). 
 
Sobre a condição empática, Rogers e Rosenberg (1977, p.69) comentam que: 
 
Deveríamos reexaminar e reavaliar uma maneira muito especial de ser em 
relação à outra pessoa, e que tem sido chamada de empática. Creio que 
geralmente damos muito pouco valor a um elemento extremamente 
importante, tanto para a compreensão da dinâmica da personalidade como 
para a produção de mudanças na personalidade e no comportamento. 
 
Kinget (1975), ao falar sobre “empatia”, expõe que este termo criado pela 
psicologia Rogeriana, transmite uma capacidade do psicólogo ou educador em fazer 
emergir o mundo interno do cliente. Sando assim, o terapeuta participa da 
experiência trazida pelo cliente-aluno, pelo qual ocorrerá uma troca, disposição e 
comunicação verbal e não verbal. Isto implica dizer que, ser empático é ter a 
capacidade, seja terapeuta ou educador, de se colocar no lugar do outro. É se 
inclinar e perceber o mundo a partir da visão do cliente. 
Araújo e Freire (2014), ainda sobre a empatia expressam que este termo é 
considerado como sendo a capacidade em se colocar no lugar do outro. Ser 
empático é escutar atentamente, por meio de uma escuta acolhedora que permeia 
um clima de consideração positiva. O psicólogo por meio da empatia, e escuta 
21 
 
acolhedora é visto como alguém interessado no que o cliente traz. A escuta oferece 
qualidade, que auxilia a perceber o campo fenomenológico a ser compreendido. A 
empatia está aliada á autencidade em perceber o cliente como ele se percebe. 
Quanto à aceitação incondicional positiva os autores Carrenho, Tassinari e 
Pinto (2010, p.80) comentam: 
 
Congruência, sem a capacidade de ter uma consideração incondicional 
positiva, certamente me faria expressar o que sinto ou minhas percepções 
de forma descuidada ou a partir de determinado ponto de vista que não seja 
o da própria pessoa, me faria cair no golpe das verdades absolutas. Aceitar 
o outro incondicionalmente é termos a capacidade de enxergarmos essa 
pessoa como única, é ter a certeza de que as verdades são relativas e que 
as minhas verdades servem apenas a mim. É ter a capacidade de crer no 
outro ainda que ninguém creia. É ter confiança nessa pessoa que busca 
ajuda, ainda que ninguém confie. É também ter a chance de me despir dos 
meus conceitos e preconceitos para estar com ela. 
 
Glaser (2011) explica que o olhar cuidadoso da abordagem centrada na 
pessoa trazida por Rogers, entre terapeuta-cliente, configura um caminho que 
comporta mudanças de cunho significativo. Esta nova direção permite ao cliente 
mediante ação positiva incondicional que, ele sinta-se aberto, aceito e construa uma 
nova experiência de vida. Por intermédio desta nova maneira de observar a si e ao 
mundo se faz necessário, que o cliente não sinta que seu novo comportamento não 
seja algo ameaçador. Agindo assim, o psicólogo faz com que o cliente sinta-se parte 
de sua autorealização. 
Morato (1999),argumenta sobre a importância da experiência humana trazida 
no trabalho terapêutico de Rogers e sua atuação clinica. A autora considera o 
campo experiencial, ou seja, a história de vida do cliente como bagagens de suas 
vivências e conflitos. O facilitador seja em terapia, ou em sala de aula precisa 
assegurar um ambiente propício por meio da atenção, consideração positiva 
incondicional e autencidade. Fazendo assim este ambiente é enriquecido em 
promover mudanças significativas. 
O facilitador da aprendizagem (Rogers, 1971, p.106) expressa em dizer: 
 
Talvez a mais básica dessas atitudes essenciais seja a condição de 
autencidade. Quando o facilitador é uma pessoa real, se apresenta tal como 
é, entra em relação com o aprendiz, sem ostentar certa aparência ou 
fachada, tem muito mais probalidade de ser eficiente. Isto significa que os 
sentimentos que experimenta estão ao seu alcance, estão disponíveisao 
seu conhecimento, que ele é capaz de vivê-los, de fazer deles algo de si, e, 
eventualmente, de comunica-los. Significa que se encaminha para um 
22 
 
encontro pessoal direto, com o aprendiz, encontrando-se com ele na base 
de pessoa-a-pessoa. Significa que esta sendo ele próprio, que não se está 
negando. 
 
Crema (1995) também menciona sobre a considerável atuação do facilitador 
dizendo que, seja psicólogo ou professor, estes irão prepararem o solo fértil na 
mente, pelo qual o ser humano irá atualiza-se, dando espaço a sua própria saúde 
pessoal, liberando forças internas dentro do próprio organismo. 
 
Neste sentido não há um terapeuta; há um facilitador, deste clima favorável 
e de terreno fecundo a partir do qual cada um cresce por si mesmo, como 
qualquer planta. O facilitador é um “jardineiro” de seres humanos. . (p.42) 
 
Já Glaser (2011) coloca o jeito de ser do facilitador como algo relevante, de 
excelência, de destaque, por possibilitar um ambiente favorável ao crescimento 
natural humano. O autor destaca que, todo ser humano se difere um do outro, e para 
obter sucesso seja na terapia, ou em sala de aula, é preciso conhecer bem o cliente-
aluno, sua forma de existir, bem como cada um funciona no mundo. Ao centrar-se 
na pessoa, irá acontecer dentro de cada ser uma abertura, aproximação pelo qual o 
muro de autoproteção é dissipado, dando assim lugar a um novo modo de existir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
CAPÍTULO 2 - Aprendizagem Significativa 
 
Franco (2009) exprime sobre o conceito de aprendizagem considerando ser 
um tema que possui uma grande amplitude. Conceituar aprendizagem é dizer que 
por meio dela acontece um processo causador de mudanças que podem ser boas 
ou não. O aprendizado dar-se quando o terapeuta- educador vão ao encontro da 
pessoa. Ao inclina-se as experiências que foram acumuladas ao longo da vida, tanto 
terapeuta-educador precisam reconhecer as bases que fortalecem a construção do 
eu de cada pessoa, e seu funcionamento. Tais experiências envolvem fatores, 
cognitivos, emocionais, efetivos, neurológicos, relacionais e ambientais a serem 
compreendidos. 
Engers e Morosini (2007) explanam ao pontuar que aprendizagem ela 
acontece em todo tempo da vida. Sendo que, tem um significado social, cultural, 
familiar pelo qual se constrói a base humana. Toda e qualquer aprendizagem não é 
separada da vida humana, ela acontece em diferentes momentos, forma de 
interesse e necessidades. Ao trazer condições favoráveis ao aprendizado, é 
possibilitar um sentido a vida. Neste contexto um ambiente acolhedor tem uma 
dinâmica importante para que ocorram mudanças significativas. 
 Helena e Abrahão (2008) percebem que a aprendizagem significativa vai 
depender do ambiente adequado para acontecer. Quando existe uma consideração 
positiva afetuosa envolvida, tudo se torna mais fácil. Os autores chamam a atenção 
ao dizer que, todo ser humano é movido por diferentes interesses e desejos. 
Compreendem que, tais interesses movimentam a realizar tarefas das mais diversas. 
Entendem que, o desejo é complexo, tem procedimentos, são independentes, e que 
é preciso entendê-los. Faz-se necessário descobrir onde mora tais interesses na 
pessoa. Ao descobrir tal recurso, exige que exista um clima favorável para o ensino 
acontecer de forma prazerosa. 
Para Morato (1999), um dos aspectos importantes que chama atenção à 
questão da aprendizagem significativa é que o professor em sala de aula tenha uma 
melhor compreensão do seu aluno, bem como, este aluno chega para aprender. 
Isto evolve sua atuação empática em sala de aula, quando ao repassar conteúdos. 
Mediante esta colocação é necessário que esta proposta venha contemplar o lado 
cognitivo, e também afetivo que estão envolvidos neste processo. Esta atuação não 
24 
 
envolve apenas a educação, mas também diferentes trabalhos que atuam com 
cuidado humano. 
Para La Rosa (2003) tanto a verdade, o afeto, o amor, são observados como 
apoio, amparo e suporte para que o aluno tenha saúde psíquica e provoque 
mudanças de vida. A aprendizagem significativa envolve curiosidade para expandir 
novos conhecimentos, ideais e ampliar a real potencialidade do aluno. O professor 
nesta abordagem é o facilitador que fornece estratégias, propicia liberdade para que 
esta aprendizagem significativa aconteça. 
Rogers (1971, p.5), comenta que em aprendizagem: 
 
Os elementos envolvidos em tal aprendizagem significativa ou experimental. 
Tem ela a qualidade de um envolvimento pessoal- a pessoa, como um todo, 
tanto sob o aspecto sensível, quanto sob o aspecto cognitivo, inclui-se no 
fato da aprendizagem. É ela autoiniciante. Mesmo quando o primeiro 
impulso ou estímulo vem de fora, o senso de descoberta, do alcançar, do 
captar e do compreender vem de dentro. É penetrante. Suscita modificação 
no comportamento, nas atitudes, talvez mesmo até na personalidade do 
educando. É validada pelo educando. Este sabe se está indo ao encontro 
das suas necessidades, em direção ao que quer saber, se a aprendizagem 
projeta luz sobre a sombria área de ignorância da qual tem ele experiência. 
O lócus da avaliação, pode se dizer, reside, afinal, no educando. Significar é 
a sua essência. Quando se verifica a aprendizagem, o elemento de 
significação desenvolve-se, para o educando, dentro da sua experiência 
como um todo. 
 
 Cipriano (2007) explica sobre aprendizagem significativa ao argumentar que 
na abordagem centrada é disponibilizado ao aluno ao mesmo se desprender, sentir-
se seguro, confiar mais em si mesmo, fazer descobertas, bem como usar de 
autocrítica. O aprendiz é convidado a expressar-se sem qualquer julgamento prévio 
depreciativo. Dessa forma, isto possibilita para que o aluno faça suas próprias 
escolhas e seja incluído na formulação de si mesmo, tornando-se autor de sua 
própria existência, isto demanda em sua autonomia e sentido de vida. 
No entanto, Silva (2004) aponta o campo experiencial da pessoa dizendo que, 
é por meio da relação terapeuta-cliente, professor-aluno, na qual for aplicada esta 
abordagem é importante compreender que, tanto cliente ou aluno, carregam em si 
mesmas experiências que foram acumuladas de maneira próprias. Esta pessoa se 
movimenta mediante sua forma interna de ser, pelo qual sua realidade interna irá 
guia de seu comportamento. Tal vivencia observada remete ao campo fenomenal, 
entender a história de vida ajuda compreender como o Eu da pessoa se comunica. 
25 
 
La Rosa (2003) também observa o campo das experiências e percepções 
humanas, incluindo que estão ligados ao campo fenomenológico existencial que, por 
meio deste campo atuam as ideias e comportamento do ser humano. A ideia de 
Rogers veio somar em áreas distintas, tanto na terapia clinica, como na educação. 
Para que ocorra uma aprendizagem significativa é preciso haver interesse do 
facilitador em proporcionar um envolvimento pessoal com seu aluno em acolher 
suas experiências dando melhor significado. Para acontecer uma boa 
aprendizagem é preciso depositar no aluno confiança que este possa aprender por 
si mesmo. 
 
A educação por meio desta perspectiva é vista como um processo de 
diferenciação crescente no campo fenomenal do aluno. A diferenciação é 
algo que só pode ser realizada pelo próprio aluno. Ninguém o pode 
substituir. Como um organismo vivo que procura nesses campos os meios 
para se mantiver e progredir, diferencia unicamente aqueles aspectos que 
são necessário, úteis na realização desse objetivo. As modificações do 
campo não precisam ser motivadas. De fato, não se podem impedir. Como 
organismo vivo tende ao crescimento, desenvolve-se exige apenasmeios, 
oportunidades praticáveis e sociais aceitáveis para isto acontecer e 
desenvolver-se (ROGERS, 1974.p.379). 
 
La Rosa (2003) sobre a terapia centrada na pessoa, o autor aponta que 
quando existe apreço, aceitação, confiança esta disposição é observada pelo aluno, 
pelo qual o mesmo sente que o professor se mostra interessado pelo que este aluno 
sente. O professor que manifesta tal apreço deve aceitar os momentos difíceis, 
apáticos, conflitosos do aluno até chegar à aplicação do saber. Isto demanda 
aceitação ao aluno como ele é, sabendo que existem possibilidades a serem 
desenvolvidas. Quando o professor compreende, valoriza a potencialidade do aluno, 
este aluno por fim irá mudar significativamente. Por meio desta pratica o professor 
torna-se agente libertador e aprendizagem flui. 
Para La Rosa (2003), comenta sobre aprendizagem significativa dizendo ser 
um processo que começa com o nascimento e só finda com a morte. Isto quer dizer 
que em todo momento o ser humano está de alguma forma aprendendo. À medida 
que vai adquirindo um aprendizado seu comportamento vai sendo modelado por 
meio de sua ótica de mundo. O homem interage com várias direções, na escola, 
sociedade, família entre outros, toda esta organização irá compor um rico repertório 
da sua experiência. 
26 
 
Gohn (2003) considera que a autoaprendizagem acontece mediante 
característica que foram acumuladas, aprendidas pelo aluno. Quando o aluno tem 
interesse na disciplina, este irá relacionar sua necessidade em aprender, frente às 
informações que ligam seu presente no seu dia-a-dia. Desta forma, o aluno irá 
procurar registros na própria vida o que venha possibilitar a aquisição da própria 
aprendizagem. Sabendo que o próprio aluno irá reunir em si mesmo as condições 
precisas para sobressair-se e crescer. 
 A aprendizagem centrada no aluno compreende o ser humano como aquele 
que tem um potencial para atualizar seu próprio conhecimento. Existe dentro de 
cada pessoa uma força motriz interior para atualizar-se, esta força é alimentada pelo 
próprio dinamismo que cada pessoa possui. As escolhas feitas ao longo da vida do 
aluno podem fazer surgir o potencial humano existente. [...] Tudo o que podemos 
fazer é manter os procedimentos autodidáticos do aluno no bom caminho, ou 
recoloca-los em sua necessidade [...] (GOHN, 2003, p. 31). 
Rogers (1971) chama atenção sobre a aprendizagem ao apontar que, a 
mesma vai de encontro à realidade de vida de cada pessoa. Esta realidade poderá 
ser a mola propulsora de ações dinâmicas, ou não. Isto implica dizer que, cada ser 
humano reagirá de maneira diferente. A aprendizagem significativa molda-se ao 
interesse pessoal de cada aluno. Este modelo de aprendizagem tem por finalidade o 
envolvimento da pessoa, seu jeito de ser no mundo, em seus aspectos sensíveis, 
cognitivos, afetivo, ela é autoiniciante, possibilita o senso de descoberta. 
 Pourtois e Desmet (1997),chamam a atenção sobre a importância da 
aprendizagem, ao comentarem que, em meio a relação professor-aluno, esta 
relação pode possibilitar autodescoberta e mudança no aluno. É através desta 
relação que, tal relação possibilita uma autodescoberta. O próprio aluno é convidado 
a descobrir-se pela facilitação do professor em sala, o que o próprio aluno deseja, 
necessita. Para os autores o saber só é bem adquirido quando é fonte de desejo e 
esforço do próprio aluno. Sendo que o professor tem por trabalho tornar esta 
conquista possível. 
Segundo Rogers (1971), a aprendizagem significativa está relacionada ao 
princípio da autosatisfação. O que enriquece tal aprendizagem configura-se na 
forma de ensinar, em possibilitar que aconteça uma mudança significativa no aluno, 
sua forma de perceber a este processo que o envolve. Quando o aluno sente-se 
ameaçado surgem dentro dele reações que o reprimem, quando isto acontece o 
27 
 
professor não chega ao objetivo esperado. Uma aprendizagem ameaçadora não 
contribui com um resultando positivo. Ao contrário disso, o apoio, a compreensão 
empática atua de maneira assertiva em remover o temor e a repressão. 
Queluz (1984) chama a atenção sobre liberdade experiencial ligada ao tema 
aprendizagem significativa, bem difundida pelo autor da abordagem centrada na 
pessoa, ao dizer que a diretividade sai de cena, dando espaço a liberdade de 
escolha que todo ser humano possui. Sobre o conceito de liberdade, expressa que 
este termo é essencial, importante nesta abordagem. Sendo que, refere-se à 
escolha do próprio caminho, direção de vida. O termo liberdade experiencial na 
atuação do psicólogo ou professor, ou em qualquer área das relações humanas 
buscarem trazer uma nova maneira peculiar ao dizer que, cada um tem seu tempo e 
momento. A escolha é subjetiva, esta ligada ao aqui e agora, é feita de maneira 
consciente responsável e pessoal. 
 Queluz (1984) aponta a aprendizagem significativa como algo ligado ao 
desejo, interesse do aluno. Carl Rogers por meio de sua prática como psicólogo 
observou que toda pessoa é consciente de si mesma, conhecedora da sociedade 
em que vive. A autora também comenta que, todo ser humano vive em estado de 
aprendizagem contínua. Faz-se necessário, considerar a história de vida do aluno, 
sendo que, cada experiência é um elemento cheio de conteúdos que foram 
construídos de maneira positiva ou não. O professor precisa se inteirar da realidade 
que afeta o aluno, e atuar livremente ao lado desse aluno, aumentando assim o 
interesse em aprender. 
 
O professor precisa entender os problemas que ocorrem com a 
aprendizagem, usar essas dificuldades de forma positiva, como estimulo 
para um novo passo, evitando que, de uma simples dificuldade, se crie 
bloqueios á aprendizagem. Num ambiente livre de ameaças, onde a 
curiosidades seja estimulada, onde a criança possa agir com confiança e 
coragem, e entender que erros são comuns, ela poderá desempenhar-se 
cada vez melhor. (QUELUZ, 1984.p.13) 
 
Rogers (1971), assim expressa sobre aprendizagem comentando que, é um 
processo está ligado ao ser humano, enquanto ele existir. O professor em sala 
precisa dar conta que, o aluno aprende tudo que perpassa seu interesse, 
necessidade e refere-se ao desejo de cada um. Por este motivo, a passividade, falta 
de compreensão vivida em sala de aula, possibilita o desinteresse do aluno, sendo o 
desinteresse o maior inimigo de uma aprendizagem positiva. É de suma importância 
28 
 
que o professor ache o fio condutor que desperte a curiosidade do aluno, reformule 
seu conhecimento, permitindo em si mesmo uma maior aproximação frente ao 
aluno. 
Queluz (1984) explana a aprendizagem significativa argumentando ser um 
processo dinâmico, e não estático que requer interesse, concentração, empenho e 
motivação do próprio aluno. A motivação é pessoal, por esta razão é importante a 
relação professor-aluno em sala de aula. Sendo esta relação ancorada na 
participação e cooperação entre professor-aluno, o resultando é enriquecedor. Nesta 
abordagem o aluno tem participação ativa e interventiva na escola. Isto, portanto não 
significa dizer que, o professor abdique de sua responsabilidade, mas permite ao 
aluno ter um papel ativo na construção da sua própria aprendizagem, sendo 
corresponsável pela mesma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Toda e qualquer área do conhecimento humano percebe-se que, vem 
recheada de concepções tanto, históricas, culturais, sociais, econômicas e políticas 
que refletem e influenciam nas experiências de cada ser humano no mundo. O 
ensino atual seja público ou privado esta enriquecido de ofertas com disciplinas 
variadas,que viabilizam o despertar do aprendiz. A educação sofre com variadas 
mudanças na sociedade, mediante interesses que influenciam de alguma forma a 
comunicação em geral. 
Os conteúdos pragmáticos apontam anos a fim, para a questão que estejam 
sempre adequados ao currículo exigido, só que a sociedade está em constantes 
mudanças de valores, pelo qual o ensino muitas vezes precisa ajustar-se a realidade 
corriqueira atual. No entanto acompanhar as mudanças nem sempre é uma tarefa 
das mais fácies, por implicar em meio a estas tarefas interesses distintos, de um 
lado vemos o professor em suas demandas e do outro lado o aluno na mesma 
situação, ambos ligados no mesmo ambiente e distinto em suas necessidades e 
atuações. 
O convite possível e especial de Carl Rogers em sua abordagem centrada na 
pessoa é: “aprender a aprender,” e adaptar-se, mudar. Diante do foi exposto ao 
leitor, o que sinaliza é repensar sobre este dizer, que venha diminuir esta falta de 
interesse que gera perdas na educação construtora do futuro. A abordagem 
centrada na pessoa possibilita inclinar-se, tecer novas possibilidades e direções, 
bem como, trazer um significado que mude a vida pelo pensamento e ações 
positivas, ou seja, uma aprendizagem que seja por interesse e prazer e não por 
imposições. 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
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