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HDN aula 1e 2 enf doenças transmissíveis

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Enfermagem em doenças transmissíveis 
Prof. Esp. Em Saúde Pública Luciana Santana Martins
Ser saudável e concepção saúde doença nas dimensões individuais e coletivas
O conceito de saúde reflete a conjuntura social, econômica, política e cultural . Ou seja, saúde não representa a mesma coisa para todas as pessoas. Dependerá da época, do lugar da classe social. Dependerá de valores individuais, dependerá de concepções científicas , religiosas , filosóficas. O mesmo pode ser dito das doenças . Aquilo que é considerado doença varia muito(SCLIAR,2007)
Ser saudável e concepção saúde doença nas dimensões individuais e coletivas
Na atualidade, convive-se com uma diversidade considerável de concepções de saúde, entre as quais algumas bastante conhecidas que funcionam como referências mundiais e/ ou nacionais. É o caso, por exemplo, do conceito de saúde assumido em 1948 pela Organização Mundial de Saúde: “Saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença”. 
Ser saudável e concepção saúde doença nas dimensões individuais e coletivas
Se saúde não é apenas ausência de doença, quais são as outras características que nos permitem concluir que um indivíduo não doente seja saudável de fato? 
Ser saudável e concepção saúde doença nas dimensões individuais e coletivas
Compreende-se o que é uma pessoa doente tomando como referência o ponto de vista biológico; no entanto, essa mesma pessoa pode estar perfeitamente bem integrada a seu grupo de relações e inserida nos processos de produção, sendo, do ponto de vista social, uma pessoa considerada saudável, a despeito de seu reconhecido comprometimento físico, EX: pessoas portadoras de deficiências ou limitações temporárias
Ser saudável e concepção saúde doença nas dimensões individuais e coletivas
A saúde é um direito de todos e dever do Estado , garantida mediante políticas sociais e econômicas que visam a redução do risco de doenças e de outros agravos, e o acesso universal e igualitário ás ações e aos serviços para sua promoção , promoção e recuperação (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988).
Ser saudável e concepção saúde doença nas dimensões individuais e coletivas
A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a saúde, a educação, o transporte, o lazer, a renda, a liberdade, o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde de um população expressam a organização social e econômica do país (LEI ORGÂNICA DA SAÚDE, 1990)
Ser saudável e concepção saúde doença nas dimensões individuais e coletivas
O fato é que saúde e doença não são valores abstratos ou situações absolutas, entre os quais se possa interpor uma clara linha divisória; da mesma maneira, não são condições estáticas, já que a mudança, e não a estabilidade, é predominante na vida, tanto do ponto de vista individual quanto do ponto de vista social.
Ser saudável e concepção saúde doença nas dimensões individuais e coletivas
O que se entende por saúde depende da visão que se tenha do ser humano e de sua relação com o ambiente, e este entendimento pode variar de um indivíduo para outro, de uma cultura para outra e ao longo do tempo.
Ser saudável e concepção saúde doença nas dimensões individuais e coletivas
Para pensar e atuar sobre a saúde é preciso romper com enfoques que dividem a questão, ou seja, colocar todo o peso da conquista da saúde no indivíduo, em sua herança genética e empenho pessoal é tão limitado quanto considerar que a saúde é determinada apenas pela realidade social ou pela ação do poder público. 
Ser saudável e concepção saúde doença nas dimensões individuais e coletivas
Interferir sobre o processo saúde/doença está ao alcance de todos e não é uma tarefa a ser delegada, deixando ao cidadão ou à sociedade o papel de objeto da intervenção “da natureza”, do poder público, dos profissionais de saúde ou, eventualmente, de vítima do resultado de suas ações
História natural da doença
História natural da doença é o nome dado ao conjunto de processos interativos compreendendo “as inter-relações do agente, do suscetível e do meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar, passando  pela resposta do homem ao estímulo, até às alteração que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte”. (Leavell & Clark, 1976).
História natural da doença
Agente (agente patológico); qualquer substância ou elemento (nutritivo ,físico , químico ou biológico) cuja ausência ou presença pode desencadear ou perpetuar um processo patológico.
Hospedeiro ( hospedeiro humano); é o homem que desenvolverá ou não a doença.
História natural da doença
Meio ambiente; o conjunto de todas as condições e influências externas ao homem que interferem na sua saúde física e mental.
História natural da doença
Período pré patogênese; Envolve as inter-relações entre os agentes etiológicos da doença, o suscetível e outros fatores ambientais que estimulam o desenvolvimento da enfermidade e as condições sócio-econômico-culturais que permitem a existência destes fatores.
História natural da doença
 Período de patogênese; Este período se inicia com as primeiras ações que os agentes patogênicos exercem sobre o ser afetado.
	Leavel e Clark (1976) veem o período de patogênese como se desenvolvendo nos seguintes estágios: interação estímulo-hospedeiro.
História natural da doença
Doença precoce discernível e doença avançada.
Período de patogênese precoce: é o período que houve o rompimento do equilíbrio da saúde, porém, não existe sinais clínicos de que isto ocorreu.
Período de doença precoce discernível: quando foi possível diagnosticar clinicamente a doença ou alterações de condição de saúde do indivíduo dizemos ter encontrado o doença precoce discernível e doença avançada.
História natural da doença
Período da doença avançada: nessa fase a doença já se apresenta em sua forma clínica máxima causando alterações marcantes no organismo.
Período de convalescência: neste período ocorre o desfecho da enfermidade, ou seja, pode ocorrer a recuperação, invalidez, tendência a cronificar e a morte.
História natural da doença
Período dePréPatogênese
Período de Patogênese
Antes do homem adoecer
O curso da doença no homem
Interação de agente da doença: hospedeiro humano
Doença avançada
Fatores ambientais que produzem ESTÍMULO à doença
Patogênese precoce - Morte estado crônico - Invalidez
Interação HOSPEDEIRO ESTÍMULO
Recuperação
História Natural da Doença
Prevenção exige uma ação antecipada, baseada no conhecimento da história natural, a fim de tornar improvável o progresso posterior da doença.
A prevenção depende do conhecimento de inúmeras causas relacionada com a características do hospedeiro , do agente e do meio ambiente.
Prevenção Primária
Prevenção primária é o conjunto de ações que visam evitar a doença na população, removendo os fatores causais, ou seja, visam a diminuição da incidência da doença. Tem por objetivo a promoção de saúde e proteção específica.
Prevenção Primária
Promoção da saúde
É feita através de medidas de ordem geral:
moradia adequada;
escolas;
área de lazer;
alimentação adequada;
educação em todos os níveis.
Prevenção Primária
Proteção específica:
imunizações;
saúde ocupacional;
higiene pessoal e do lar;
proteção contra acidentes;
aconselhamento genético;
controle de vetores.
Prevenção primária
 Aconselhamento Genético (AG) é a adotada pela American Society of Human Genetics (Epstein, 1975). Segundo esta definição, trata-se do processo de comunicação que lida com problemas humanos associados com a ocorrência, ou risco de ocorrência, de uma doença genética em uma família, envolvendo a participação de uma ou mais pessoas treinadas para ajudar o indivíduo ou sua família ;
Prevenção primária
1) compreender os fatos médicos, incluindo o diagnóstico, provável curso da doença e as condutas
disponíveis; 
2) apreciar o modo como a hereditariedade contribui para a doença e o risco de recorrência para parentes específicos; 
3) entender as alternativas para lidar com o risco de recorrência
Prevenção primária
4) escolher o curso de ação que pareça apropriado em virtude do seu risco, objetivos familiares, padrões éticos e religiosos, atuando de acordo com essa decisão;
 5) ajustar-se, da melhor maneira possível, à situação imposta pela ocorrência do distúrbio na família, bem como à perspectiva de recorrência do mesmo.
Prevenção secundária
Prevenção secundária; tem por objetivo evitar a propagação de doenças contagiosas, curar estacionar o processo evolutivo da moléstia, evitar complicações ou sequelas e encurtar o período de invalidez.
Prevenção secundária
 Diagnóstico precoce:
 
inquéritos para descoberta de casos na comunidade;
exames periódicos, individuais, para detecção precoce de casos;
isolamento para evitar a propagação de doenças;
tratamento para evitar a progressão da doença.
Prevenção secundária
Limitação da incapacidade:
evitar futuras complicações;
evitar sequelas
PREVENÇÃO TERCIÁRIA
A prevenção terciária tem como objetivo reabilitar o paciente portador da doença, que tenha sido submetido ou não a algum tratamento, impedindo a sua incapacidade social, laboral ou familiar. 
Prevenção terciária
Prevenção terciária:
reabilitação (impedir a incapacidade total);
fisioterapia;
terapia ocupacional;
emprego para o reabilitado.
INTER RELAÇÕES ENTRE SAÚDE E DESNVOLVIMENTO SÓCIO ECONÔMICO
Muitos acreditam que desenvolvimento é sinônimo de maior produtividade e de aumento de renda per capita, no entanto isso não acontece quando o desenvolvimento ocorre independente da melhoria do nível educacional, de saúde e quando utiliza material humano desnutrido ou desvitalizado por doenças constantes.
INTER RELAÇÕES ENTRE SAÚDE E DESNVOLVIMENTO SÓCIO ECONÔMICO
 
 Ciclo econômico da doença 
 Baixa produção de bens e serviços- salários de subsistência- nutrição deficiente , educação insuficiente, habitação inadequada = doença – energia humana de baixa qualidade - baixa produção de bens e serviços.
Ciclo econômico da Doença
INTER RELAÇÕES ENTRE SAÚDE E DESNVOLVIMENTO SÓCIO ECONÔMICO
Doença- grande investimento na saúde-baixo investimento em medicina preventiva e em saúde pública = mais doença = baixa produção de bens e serviços
INTER RELAÇÕES ENTRE SAÚDE E DESNVOLVIMENTO SÓCIO ECONÔMICO
Pode se dizer que doença é a causa e o efeito, da pobreza, da desnutrição, das más condições de habitação e ignorância.
O ciclo econômico da doença fecha se constantemente levando o indivíduo a ser um doente crônico, a comunidade a viver em risco constante e o país para um sub desenvolvimento econômico e social.
INTER RELAÇÕES ENTRE SAÚDE E DESNVOLVIMENTO SÓCIO ECONÔMICO
Ciclo dinâmico da saúde
Investimento- desenvolvimento econômico- paz social- segurança nacional- saúde – educação – alimentação- investimento – humanos (serviços) e patrimonial( bens) = saúde
Ciclo dinâmico da doença
INTER RELAÇÕES ENTRE SAÚDE E DESNVOLVIMENTO SÓCIO ECONÔMICO
O país que não investe em promoção e prevenção acaba gastando dinheiro público para remediar o que não soube prevenir.
Pedro tem 45 anos de idade e é assintomático do ponto de vista clínico. Ele procurou um centro de saúde para fazer uma avaliação clínica a fim de verificar sua condição de saúde. Pedro é sedentário, sem história de tabagismo e etilismo, e há antecedentes de hipertensão arterial em vários membros de sua família. Contudo, não há registro de pressão arterial elevada em seu prontuário médico. Considerando o caso clínico acima, julgue os itens que se seguem, acerca das possíveis fases da história natural da hipertensão. 
atividade
atividade
A) O sedentarismo pouco contribui para o agravamento da doença, visto que o paciente apresenta histórico familiar de doença hipertensiva. 
B) A história natural da doença é classificada como fase inicial desde que o exame físico realizado por esse paciente apresente resultado normal. 
atividade
C) Se, em ao menos três aferições realizadas em dias diferentes, a pressão arterial desse paciente estiver elevada, a doença é caracterizada em fase pré-clínica. 
D) Na hipótese de se verificarem alterações específicas de hipertensão arterial no fundo do olho do paciente, mesmo se, durante a consulta, a pressão arterial aferida for normal , caracteriza se a fase clínica da doença.
Eu ouço e esqueço,
Eu vejo e lembro, 
Eu faço e entendo.

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