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SSIISSTTEEMMAA NNEERRVVOOSSOO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TTrroonnccoo EEnncceeffáálliiccoo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anatomia Humana II 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
 
 
 
1 Tronco Encefálico................................................................................................................... 
1.1 Mesencéfalo............................................................................................................... 
1.2 Ponte.......................................................................................................................... 
1.3 Bulbo.......................................................................................................................... 
 
Referências................................................................................................................................
03 
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 3 
 
 
 
 
 
1 Tronco Encefálico 
 
 
 
O tronco encefálico conecta a medula espinal com as estruturas encefálicas localizadas 
superiormente. A substância branca do tronco encefálico inclui tratos que recebem e enviam 
informações motoras e sensitivas para o cérebro e também as provenientes dele. Dispersas na 
substância branca do tronco encefálico encontram-se massas de substância cinzenta 
denominadas núcleos, que exercem efeitos intensos sobre funções como a pressão sangüínea e 
a respiração.3 
 
Na sua constituição entram corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e fibras 
nervosas, que, por sua vez, se agrupam em feixes denominados tractos, fascículos ou lemniscos. 
Dos doze pares de nervos cranianos, dez fazem conexão com o tronco encefálico.1 
 
O tronco encefálico se divide em: bulbo (caudalmente), mesencéfalo (cranialmente) e ponte 
(entre os dois).1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.1 Mesencéfalo 
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O mesencéfalo interpõe-se entre a ponte e 
o cérebro, do qual é separado por um plano que 
liga os corpos mamilares, pertencentes ao 
diencéfalo, à comissura posterior. É atravessado 
por um estreito canal, o aqueduto cerebral, que 
une o III ao IV ventrículo.1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O mesencéfalo se divide em duas partes: dorsalmente, o tecto, que contém os corpos 
quadrigêmeos (colículos superiores e inferiores) e, ventralmente, encontram-se os pedúnculos 
cerebrais.2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
TECTO DO MESENCÉFALO – Na vista dorsal, o tecto do mesencéfalo apresenta quatro 
eminências arredondadas, os colículos superiores e inferiores (corpos quadrigêmeos). O colículo 
inferior se liga ao corpo geniculado medial e o colículo superior ao corpo geniculado lateral.1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PEDÚNCULO CEREBRAL – é dividido pela substância negra em duas partes: base do 
pedúnculo (ventralmente) e tegmento (dorsalmente).2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vistos ventralmente, os pedúnculos cerebrais aparecem como dois grandes feixes de fibras 
que surgem na borda superior da ponte e divergem cranialmente para penetrar profundamente no 
cérebro.1 
 
Substância Negra – é uma camada de substância cinzenta contendo numerosas células 
nervosas fortemente pigmentadas. Localiza entre a base do pedúnculo cerebral e o tegmento do 
pedúnculo cerebral.2 Degenerações dos neurônios dopaminérgicos da substância negra causam 
uma diminuição de dopamina no corpo estriado, provocando as graves perturbações motoras que 
caracterizam a chamada síndrome de Parkinson.1 
 
Visão 
Audição 
 6 
Pedúnculo Cerebelar Superior – ocupa o tegmento ao nível do colículo inferior.2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anotações: 
 
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NÚCLEOS DO MESENCÉFALO 
 
• Núcleo da raiz mesencefálica do nervo trigêmeo (V par craniano) – forma uma região 
dispersa na porção lateral da substância cinzenta central que circunda o aqueduto.2 
 
• Núcleo do nervo troclear (IV par craniano) – está ao nível do colículo inferior.2 
 
• Núcleo do nervo oculomotor (III par craniano) – aparece numa secção transversal. 
Estende-se até o colículo superior.2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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• Núcleo Rubro – ocupa grande parte do tegmento. É uma massa em forma de oval que 
se estende do limite caudal do colículo superior até a região subtalâmica. É circular numa secção 
transversal.2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anotações: 
 
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1.2 Ponte 
 
A ponte produz uma proeminente elevação 
com margens bem definidas na face ventral do 
tronco cerebral, entre a medula oblonga e os 
pedúnculos cerebrais do mesencéfalo.2 
A linha mediana da ponte tem uma depressão 
rasa denominada sulco basilar2 (para a artéria 
basilar1). Sua base, situada ventralmente, apresenta 
estriação transversal em virtude de numerosos feixes 
de fibras transversais que a percorrem. Essas fibras 
convergem para cada lado para formar o pedúnculo 
cerebelar médio.1 
 
A parte ventral da ponte é separada do bulbo pelo sulco bulbo-pontino, de onde emergem de 
cada lado a partir da linha mediana o VI, VII e VIII pares cranianos.1 
 
A parte dorsal da ponte não apresenta linha de demarcação com a parte dorsal da porção 
aberta do bulbo, constituindo ambas o assoalho do IV ventrículo.1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OUTRAS ILUSTRAÇÕES DA PONTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 Sulco Basilar 
2 Pedúnculo Cerebelar Médio 
3 Sulco Bulbo-Pontino 
4 Nervo Trigêmeo (V) 
5 Nervo Abducente (VI) 
6 Nervo Vestíbulo-coclear (VIII) 
7 Nervo Facial (VII) 
 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NÚCLEOS DA PONTE 
 
• Núcleo motor do nervo trigêmeo (V par craniano) – está situado na margem lateral do 
quarto ventrículo.2 
 
• Núcleos sensitivos do nervo trigêmeo (V par craniano) – continuação cefálica da coluna 
sensitiva da medula espinhal. As fibras que penetram na ponte vindas do gânglio do trigêmeo 
dividem-se em ramos ascendentes e descendentes.2 
 
• Núcleo do nervo abducente (VI par craniano) – forma parte da substância cinzenta dorsal 
da eminência medial do assoalho do quarto ventrículo, profundamente ao colículo facial.2 
 
• Núcleo do nervo facial (VII par craniano) – está situado profundamente na formação 
reticular, lateralmente ao núcleo do nervo abducente. Emergem pela borda do caudal entre a oliva 
e o pedúnculo cerebelar inferior.2 
 
• Núcleo do nervo vestíbulococlear (VIII par craniano) – o núcleo da divisão vestibular 
ocupam uma grande área na porção lateral do quarto ventrículo. O núcleo da divisão coclear 
localiza-se na porção caudal da ponte.2 
 
A ponte tem um papel fundamental na regulação do padrão e ritmo respiratórios. Lesões 
nessa estrutura podem causar graves distúrbios no ritmo respiratório.3 
 
NERVO TRIGÊMEO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 11 
 
Assoalho do IV Ventrículo 
 
O assoalho do IV ventrículo, ou fossa rombóide, tem forma losângica e é formado pela 
parte dorsal da ponte e da porção aberta do bulbo. O assoalho do IV ventrículo é percorrido em 
toda sua extensão pelo sulco mediano. Lateralmente ao sulco mediano, de cada lado, encontra-
se o colículo facial, formado por fibras do nervo facial. Na parte caudal, observa-se, de cada lado, 
uma pequena área triangular de vértice inferior, o trígono do nervo hipoglosso, correspondente 
ao núcleo do nervo hipoglosso. Lateralmente e inferiormente ao trígono do nervo hipoglosso, 
existe uma outra área triangular de coloração acinzentada, o trígono do nervo vago, que 
corresponde ao núcleo dorsal do nervo vago. Cruzando transversalmente a área vestibular, 
existem finas cordas de fibras nervosas que constituem as estrias medulares do IV ventrículo.1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
 
 
VISTA POSTERIOR DA PONTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LESÕES DA PONTE: 
 
• Alterações da sensibilidade da face 
• Motricidade da musculatura mastigatória ou mímica 
• Alteração do Equilíbrio 
• Alteração no ritmo respiratório 
1 Sulco Mediano 
2 Pedúnculo Cerebelar Médio 
3 Trígono do Nervo Vago (X) 
4 Trígono do nervo Hipoglosso (XII) 
5 Colículo Facial 
Anotações: 
 
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1.3 Bulbo (Medula Oblonga) 
 
O bulbo tem a forma de um tronco de cone, cuja 
extremidade menor continua caudalmente com a 
medula espinhal. O limite superior do bulbo se faz em 
um sulco horizontal visível no contorno ventral do 
órgão, o sulco bulbo-pontino, que corresponde à 
margem inferior da ponte. A fissura mediana anterior 
termina cranialmente em uma depressão denominada 
forame cego.1 
 
 
Na face lateral do bulbo, encontramos dois sulcos que delimitam as áreas anterior, lateral e 
posterior do bulbo. Estes sulcos são: sulco lateral anterior e sulco lateral posterior.1 
 
De cada lado da fissura mediana anterior existe uma eminência alongada, a pirâmide, 
formada por um feixe de fibras nervosas descendentes que ligam as áreas motoras do cérebro 
aos neurônios motores da medula. Na parte caudal do bulbo, fibras deste tracto cruzam 
obliquamenteo plano mediano em feixes interdigitados que obliteram a fissura mediana anterior e 
constituem a decussação das pirâmides.1 
 
Lateralmente às pirâmides, entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior, observa-se 
uma eminência oval, a oliva, formada por uma grande massa de substância cinzenta. 
Ventralmente à oliva emergem, do sulco lateral anterior, os filamentos radiculares do nervo 
hipoglosso (XII par craniano). Do sulco lateral posterior, emergem os filamentos radiculares, que 
se unem para formar os nervos glossofaríngeo (IX par craniano) e vago (X par craniano) além dos 
filamentos que constituem a raiz bulbar do nervo acessório.1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 14 
VISTA ANTERIOR DO BULBO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 Sulco bulbo-pontino 
2 Fissura mediana anterior 
3 Forame cego 
4 Sulco Lateral Anterior 
5 Pirâmides 
6 Decussação das pirâmides 
7 Olivas (XII) 
8 Nervo glossofaríngeo (IX) 
9 Nervo vago (X) 
10 Nervo acessório (XI) 
11 Nervo do hipoglosso (XII) 
 
 15 
O sulco mediano posterior termina a meia altura do bulbo. Entre este sulco e o sulco lateral 
posterior está situada a área posterior do bulbo, continuação do funículo posterior da medula e, 
como este, dividida em fascículo grácil e fascículo cuneiforme. Estes fascículos são constituídos 
por fibras nervosas ascendentes, provenientes da medula, que terminam em duas massas de 
substância cinzenta, os núcleos grácil e cuneiforme. Terminam cranialmente em duas eminências, 
o tubérculo do núcleo grácil (medialmente) e o tubérculo do núcleo cuneiforme (lateralmente).1 
 
Em virtude do IV ventrículo, os tubérculos do núcleo grácil e cuneiforme afastam-se 
lateralmente e gradualmente continuam para cima com o pedúnculo cerebelar inferior (corpo 
restiforme).1 
 
No bulbo localiza-se o centro respiratório, muito importante para a regulação do ritmo 
respiratório. Localizam-se também o centro vasomotor e o centro do vômito. A presença dos 
centros respiratórios e vasomotor no bulbo torna as lesões neste órgão particularmente 
perigosas.1 
 
Em razão de sua importância com relação às funções vitais, o bulbo é muitas vezes 
chamado de centro vital. Pelo fato de essas estruturas serem fundamentais para o organismo, 
você pode compreender a seriedade de uma fratura na base do crânio. O bulbo é também 
extremamente sensível a certas drogas, especialmente os narcóticos. Uma dose excessiva de 
narcótico causa depressão do bulbo e morte porque a pessoa pára de respirar.3 
 
 
VISTA POSTERIOR DO BULBO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12 Fissura Mediana Posterior 
 13 Sulco Lateral Posterior 
 14 Fascículo Grácil 
 15 Fascículo Cuneiforme 
 16 Núcleo Grácil 
 17 Núcleo Cuneiforme 
 18 Pedúnculo Cerebelar Inferior 
 
 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
 
 
1 MACHADO, Ângelo. Neuroanatomia Funcional. 2ed. São Paulo: Atheneu, 2002. 
 
2 GRAY, Henry. Anatomia. 29ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 1998. 
 
3 HERLIHY, Bárbara; MAEBIUS, Nancy K. Anatomia e Fisiologia do Corpo Humano Saudável e 
Enfermo. 1ed. São Paulo: Manole, 2002.