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OBESIDADE E SÍNDROME 
METABÓLICA
 • Obesidade: IMC Z-score >+2 para sexo e idade (ou >+3 se paciente 5 anos) 
p 85 a 
97
Z-score 
+1 a +2 
Risco de 
sobrepeso Sobrepeso
p 97 a 
p 99,9
Z-score 
+2 a +3 Sobrepeso Obesidade 
> p99,9 Z-score 
>+3 Obesidade Obesidade grave 
 • A principal diferença ocorre entre as pessoas 
abaixo ou acima de 5 anos;
 • Os cortes de Z-score e percentil serão os 
mesmos nas duas faixas etárias.
 • Acima do Z-score +1 (equivalente ao p85), 
denota-se alteração ao exame do paciente;
 • Contudo, se o paciente for menor que 5 anos, 
considera-se risco de sobrepeso;
 • Enquanto que crianças com mais de 5 anos, já é 
considerado sobrepeso.
 • OBS.: Este é um dos pontos mais abordados pelas 
bancas de residência médica!
 • A seguir, observe o gráfico abaixo:
Jhonatan Ribeiro (Parceria UNIMAX) - jhonatan.ribeiro882@al.unieduk.com.br - 33856364854
OBESIDADE E SÍNDROME METABÓLICA 2
2. ETIOLOGIA 
 • Doença de espectro multifatorial (genética, 
ambiental e comportamental);
2.1 Causas exógenas (95% dos casos):
 • História familiar de obesidade;
 • Início em indivíduos > 5 anos;
 • Idade óssea normal ou avançada (a aromatização 
periférica dos estrógenos acelera o crescimento);
 • Estatura normal-alta.
2.2 Causas Endógenas (5%) – Causas 
orgânicas:
 • Genéticas:
 • Exemplo: Síndrome de Prader-Willi (quando 
pequeno pode ter hipotonia, dificuldade de 
sucção e falha de ganho ponderal, evoluiu com 
redução do metabolismo entre os 2 e 4 anos e 
depois apresenta descontrole no mecanismo de 
saciedade e fome);
 • A baixa estatura pode estar associada;
 • É contraindicação à realização da cirurgia 
bariátrica.
 • Síndrome de Cushing;
 • Deficiência de GH – cursa com baixa estatura;
 • Hiperinsulinismo;
 • Hipotireoidismo.
2.3 Sinais de alarme para causas 
endógenas:
 • Sem história familiar;
 • Início antes dos 5 anos de idade;
 • Comprometimento cognitivo;
 • Idade óssea atrasada;
 • Dismorfismos ou sinais de doenças endócrinas.
Atenção: Obesidade + baixa estatura = causas 
endócrinas!
 
Fonte: OMS
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PUERICULTURA3
 • A resistência à insulina e DM2 estão relacionados 
ao sobrepeso e obesidade, o paciente pode 
apresentar Acantose nigricans (parte posterior do 
pescoço, axila e virilha).
 • Hipertensão ainda na infância;
 • Dislipidemia;
 • Esteatohepatite não alcoólica.
 • Outras:
 • Ortopédicas, apneia obstrutiva do sono.
 • Nesse contexto, é de suma importância 
detectar as complicações que podem acometer 
o paciente obeso na avaliação inicial!
3. COMPLICAÇÕES ASSOCIADAS À OBESIDADE 
4. AVALIAÇÃO INICIAL
 • Glicemia de jejum – procurando DM2;
 • Aferir a PA – buscando hipertensão;
 • Colesterol total e frações;
 • TGP/ ALT – sinais de esteatohepatite não alcoólica.
5. MANEJO 
5.1 A principal chave para o manejo é 
promover mudança do estilo de vida;
 • Melhorar dieta;
 • Frutas e legumes;
 • Evitar industrializados e ultraprocessados.
 • Exercícios Físicos:
 • Lúdicos  Estimular brincadeiras ativas;
 • Pelo menos 1h/dia (moderada a intensa).
 • Tempo de tela:
 • Máximo de 2h/dia.
5.2 Metas:
 • IMC p95 
 • manter o peso se criança entre 2 e 7 anos sem 
comorbidades.
 • demais casos: redução gradual do peso.
 • Redução gradual do peso:
 • Adolescente após estirão: 0,5 kg/semana;
 • Outros: perda de 15 g/dia ou 450 g/mês → não 
pode ser acentuada pois é fase de crescimento!
 •
 • Com comorbidade = redução gradual do peso;
 • Adolescentes pós-estirão: 0,5 kg/semana;
 • Outros: perda de 15 g/dia ou 450g/mês.
 • Não pode ser acentuada, fase de 
crescimento!
5.3 Outras opções de tratamento;
 • Somente é indicada aos casos em que o paciente 
apresenta comorbidade associadas à obesidade 
grave e já foi feita a mudança do estilo de vida por 
pelo menos 6 meses, sem sucesso;
 • Alternativas:
 • Medicamentoso:
 • Liraglutida e Semaglutida: análogo de GLP-
1 (modulação do apetite) – indicado para 
pacientes a partir de 12 anos de idade;
 • Orlistate – liberada a partir de 12 anos, 
interfere na absorção de gordura no intestino. 
Pode causar diarreia.
 • Uso off label: Sibutramina, Topiramato, 
Metformina.
5.4 Cirurgia bariátrica;
 • A seleção dos pacientes deve ser individualizada;
 • Indicação:
 • Pela SBCB: Adolescentes > 16 anos com IMC 
≥ 35 kg/m2 com comorbidades associadas, 
falha em tratamentos anteriores e crescimento 
consolidado;
 • Pela American Society for Metabolic and 
Bariatric Surgery: IMC > 35 kg/m2 ou >120% do 
p95 com comorbidade, ou IMC > 40 kg/m2 ou 
>140% do p95 sem comorbidades.
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OBESIDADE E SÍNDROME METABÓLICA 4
 • Os valores dos lipídios variam com idade e sexo;
6.1 Principais etiologias de dislipidemia 
na infância:
 • Primárias;
 • Hipercolesterolemia familiar;
 • Hipertrigliceridemia familiar.
 • Secundárias;
 • Dietética  Ingesta excessiva de gorduras 
saturadas, gordura trans ou carboidratos.
 • Obesidade;
 • DM2;
 • Síndrome nefrótica;
 • Hipotireoidismo;
 • Doença hepática;
 • Algumas medicações.
OBS.: Aproximadamente 20% das meninas e 50% 
dos meninos com hipercolesterolemia familiar 
heterozigótica terão um evento coronariano antes 
dos 50 anos de idade!
6.2 Rastreio:
 • ou 
= 240 mg/dl) ou desconhecida;
 • Portador de doença ou uso de medicamento 
que alteram o perfil lipídico;
 • Pacientes com fatores de risco cardiovascular:
 • HAS;
 • DM;
 • Obesidade;
 • Tabagismo passivo;
 • Kawasaki;
 • Doença renal crônica;
 • HIV;
 • Transplante cardíaco;
 • Outras.
Aceitável 
(mmol/L) 
Limítrofe 
(mmol/L) 
Alterado 
(nmol/L) 
Colesterol 200
LDL 130
Trig
9 anos)
75-99 
(até 9 anos)
90-129 
(>9 anos)
> 100 
(até 9 anos)
> 130 
(> 9 anos)
6.3 Resultado do exame:
 • Teste alterado? Repetir exame em jejum após 2 - 
12 semanas;
 • Se normal;
 • Não há necessidade de investigação adicional;
 • Continuar o rastreio normalmente.
 • Se limítrofe;
 • Proceder com mudança do estilo de vida;
 • Repetir os exames em 1 ano.
 • Se anormal;
 • Avaliar causas secundárias;
 • Proceder com a mudança do estilo de vida.
6.4 Tratamento:
 • Para todos;
 • Mudança do estilo de vida;
 • Melhora da alimentação;
 • Atividade física.
 • Medicamentoso;
 • Estatina: iniciado após 6 meses de tratamento 
comportamental, sem melhora satisfatória, 
com LDL:
 • > 190 mg/dL;
 • > 160 mg/dL, com fatores de risco associados;
 • > 130 mg/dL, com diabetes mellitus associada. 
Fibrato: somente se hipertrigliceridemia > 
500 mg/dL.
6. DISLIPIDEMIA 
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