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A Teoria & o Violão

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A TEORIA 
& 
O VIOLÃO 
 
 
 
POR RAYANE COSTA & RENATA CINTRA 
 
 
 
 
A TEORIA & O VIOLÃO – RAYANE COSTA & RENATA CINTRA Página 2 
ÍNDICE GERAL 
O som e suas propriedades..............................................................................................3 
Música: Definição e seus elementos................................................................................3 
O violão.............................................................................................................................4 
Postura com o instrumento..............................................................................................5 
Afinação............................................................................................................................6 
Notação Musical...............................................................................................................7 
Notas musicais..................................................................................................................7 
Tom e semitom.................................................................................................................8 
Acidentes musicais...........................................................................................................8 
Enarmonia........................................................................................................................9 
Escala Cromática...............................................................................................................9 
Como ler tablatura..........................................................................................................10 
Classificação dos Intervalos............................................................................................11 
Inversão dos intervalos...................................................................................................12 
Escala Diatônica............................................................................................................. .13 
Escala Maior...................................................................................................................13 
Escala Menor Natural.....................................................................................................14 
Escala Menor Harmônica e Melódica.............................................................................14 
Escala Pentatônica..........................................................................................................15 
Escala Pentablues...........................................................................................................15 
Acordes...........................................................................................................................16 
Cifras...............................................................................................................................16 
Como ler o diagrama de acordes....................................................................................16 
Formação de acordes.....................................................................................................17 
Tríades............................................................................................................................17 
Tétrades..........................................................................................................................18 
Acordes com Notas Acrescentadas................................................................................18 
Inversões no Acorde.......................................................................................................19 
Consonâncias e Dissonâncias.........................................................................................19 
Acordes relativos............................................................................................................19 
Campo Harmônico..........................................................................................................20 
Funções harmônicas.......................................................................................................20 
 
 
 É dever de todo músico ter as noções básicas da Teoria 
 
 
 
 
 
 
 
A TEORIA & O VIOLÃO – RAYANE COSTA & RENATA CINTRA Página 3 
 O Som e suas propriedades 
Som é toda vibração percebida pelo ouvido humano. 
Exemplo: Ao pregarmos um prego na parede, o martelo bate no prego, e esse choque 
faz com que o martelo, o prego, a parede e até mesmo o ar em volta dele vibrem, e é 
essa vibração que produz o som que a gente escuta. 
 
Os sons podem ser divididos em duas categorias: 
• Sons tonantes: são os sons com variação de tonalidade entre grave e agudo, como os 
produzidos por instrumentos musicais. 
• Sons não tonantes: são o resultado de vibrações sonoras irregulares como qualquer 
barulho ou ruído, por exemplo, o som de uma cerra elétrica. 
 
Observação: A voz humana é capaz de produzir sons tonantes ou não. 
 
Propriedades do som 
O som assume quatro propriedades: Altura, Intensidade, Duração e Timbre. 
Altura é o que possibilita o som ser grave, médio ou agudo. 
• Sons graves (baixos, mais grossos) 
• Sons agudos (altos, mais finos) 
Exemplo: Uma mulher alcança notas mais altas que um homem. 
 Intensidade é o grau de volume do som, é o que lhe permite ser forte ou fraco. 
A intensidade de uma onda sonora depende da amplitude dessa onda. 
Exemplo: Leia com atenção e observe ‘’ TÁ ‘’ ‘’ TA ‘’ 
O primeiro ‘’TÁ’’ será mais forte que o segundo, que será mais fraco. 
Duração é o tempo em que se prolonga o som. 
O som não dura para sempre, dura apenas enquanto houver vibrações. 
Timbre é a característica do som que nos permite identificar a origem do som. 
Exemplo: Você consegue identificar pela voz se quem está falando é o seu pai ou a sua 
mãe. Ou identificar se o som é de um violão, de uma sanfona ou de uma gaita. 
 
 Música: Definição e seus elementos 
Música: É a arte de combinar os sons simultânea e sucessivamente, com ordem 
equilíbrio e proporção, dentro do tempo. 
 
• É a arte de manifestar os diversos afetos da nossa alma mediante o som. 
 
Os elementos mais importantes que a constituem são: Ritmo, Melodia e Harmonia. 
Ritmo é a combinação dos valores de duração e acentuação dos sons e das pausas no 
discurso musical. Exemplo: “(...) margens plácidas”, o “plá” demora mais que o “cidas”. 
Melodia é a combinação de sons sucessivos, ou seja, um após o outro. 
Exemplo: flauta, um solo, uma pessoa cantando (uma nota por vez). 
Harmonia é a combinação de sons simultâneos, é o agrupamento agradável de sons. 
Exemplo: Os acordes, ou base da música. 
 
A TEORIA & O VIOLÃO – RAYANE COSTA & RENATA CINTRA Página 4 
O Violão 
DEFINIÇÃO 
O violão é um instrumento musical de cordas pulsadas, com cordas de nylon ou aço, 
corpo oco e chato, em forma de oito, feito de madeira. O seu braço possui trastes que 
o tornam um instrumento temperado. As versões mais comuns possuem seis cordas, 
mas há violões com outras configurações, como o violão de sete cordas por exemplo. 
HISTÓRIA 
Não se sabe ao certo a sua origem acreditasse que seja um instrumento derivado do 
Alaúde levado para a península Ibérica através das invasões mulçumanas ou que 
sofreu diversas transformações e adaptações a partir de um instrumento grego 
denominado Kethara Grega. Sua configuração moderna foi confeccionada na Espanha.A origem lingüística do nome ‘’violão’’ foi o termo viola, acrescido da desinência de 
grau ‘’ão’’, o instrumento ganhou esse nome por ser parecido ao instrumento 
português, porém maior. 
UTILIZAÇÃO 
O violão pode ser tocado de diversas maneiras, tanto para acompanhamentos de voz 
como para o solo, onde o intérprete executa a melodia da música sem cantar. Entre os 
gêneros que mais o utilizam está a música erudita, o flamenco espanhol, a MPB, a 
bossanova, entre outros. 
TIPOS DE VIOLÕES 
Existem dois tipos de violões, aqueles que usam apenas cordas de nylon e possui um 
número reduzido de modelos. E os que usam cordas de aço, estes que por fim 
possuem um universo de modelos. A qualidade sonora destes instrumentos depende 
da combinação entre as cordas utilizadas e a caixa de ressonância. 
PARTES DO VIOLÃO 
O violão é divido em duas partes: corpo e braço. Porém há sub-partes. 
Corpo (caixa de ressonância): tampo, tróculo, boca, cavalete, rastilho. 
Braço: Extensão da escala divida pelos trastes e casas, pontos de oitava, pestana. 
Cabeça ou mão: tarraxas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIOLONISTA 
Pessoa que toca violão. 
A TEORIA & O VIOLÃO – RAYANE COSTA & RENATA CINTRA Página 5 
Postura com o instrumento 
POSTURA 
Deve-se sentar em uma cadeira, procurando se sentar bem apoiado com a coluna 
ereta e a cabeça erguida, colocando o violão sobre a perna esquerda. 
Sempre que precisar curve-se e depois volte à posição inicial. 
MÃO ESQUERDA 
A mão esquerda, responsável pela execução de solos e acordes, deve manter distância 
em relação à parte de baixo do braço do instrumento, digitando com a ponta dos 
dedos na diagonal (a mão deve ficar em posição de arco) evitando que a ‘’barriga’’ dos 
dedos fiquem para dentro. O polegar deve ficar escondido atrás do braço do violão. 
MÃO DIREITA 
A mão direita é posicionada sobre as cordas na boca sonora para executar batidas e 
dedilhados com o braço apoiado sobre o corpo do instrumento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SIMBOLOGIA DOS DEDOS 
Os dedos da mão esquerda são enumerados de 1 a 4. 
Dedo 1 indicador, dedo 2 médio, dedo 3 anelar, dedo 4 mínimo. 
 
Os dedos da mão direita são chamados de acordo com a inicial de seus respectivos 
nomes: P polegar, I indicador, M médio e A anelar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A TEORIA & O VIOLÃO – RAYANE COSTA & RENATA CINTRA Página 6 
Afinação 
As cordas do violão são contadas de baixo para cima, isto é, da mais aguda para a mais 
grave. São afinadas em suas respectivas notas: 
 
6ª corda MI (E) 
5ª corda LÁ (A) Bordões 
4ª corda RÉ (D) 
3ª corda SOL (G) 
2ª corda SI (B) Primas 
1ª corda MI (E) 
 
Dica para memorização dos nomes das cordas ‘’crie uma frase’’ 
Exemplo: MI chamaram LÁ na praia para ver a maRÉ num dia de SOL 
 e SI eu não fosse ficariam triste sem MI chamaram... 
 
Para afinar o violão é bom ter em mãos uma referência como, por exemplo, um 
diapasão. 
 
 
 5ª casa 
 
 
 
 
 5 4 3 2 1 
 
Afina-se a 6ª corda MI bordão, em seguida: 
Aperta a 6ª corda na 5ª casa e terá o som que deve ter a quinta corda solta. 
Aperta a 5ª corda na 5ª casa e terá o som que deve ter a quarta corda solta. 
Aperta a 4ª corda na 5ª casa e terá o som que deve ter a terceira corda solta. 
Aperta a 3ª corda na 4ª casa e terá o som que deve ter a segunda corda solta. 
Aperta a 2ª corda na 5ª casa e terá o som que deve ter a primeira corda solta. 
 
Como me certificar de que as cordas realmente estão afinadas ? 
1. Quando você tocar a 6ª corda na 5ª casa, se a 5ª corda vibrar ela estará afinada. 
2. Puxando as duas cordas, 6ª corda apertada na 5ª casa, e a quinta corda solta às 
vibrações serão uniformes. 
3. A sexta e primeira corda, respectivos MI, terão o mesmo som só que em oitavas 
diferentes. 
 
Para o principiante o melhor a se fazer é pedir socorro a alguém experiente, com o 
tempo, acostuma com as diversas formas de afinar. 
Hoje em dia há vários tipos de afinadores digitais, afinadores on line e até aplicativos, 
o bom mesmo é aprender afinar de ouvido para não ser dependente destes. 
 
A TEORIA & O VIOLÃO – RAYANE COSTA & RENATA CINTRA Página 7 
Notação musical 
Refere-se à parte gráfica, ou seja, a parte escrita da música, permitindo assim que um 
intérprete a execute de maneira desejada pelo compositor ou arranjador. 
A mais usada no mundo é a partitura, é completa, composta do ritmo, da melodia e 
harmonia da música. No violão popular, costuma-se usar as cifras e as tablaturas. 
 
Notas musicais 
Notas são símbolos usados para representar os sons. 
As notas para escrita musical são: DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI 
Elas são organizadas por ordem gradual de altura, tanto em ordem ascendente como 
descendente, e se repetem em alturas diferentes por toda extensão da escala do 
instrumento. A essa organização de altura das notas damos o nome de ESCALA. 
Por serem sete as notas naturais, começando a partir de qualquer uma delas, sempre a 
oitava será a repetição da primeira. DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI DÓ 
 I II III IV V VI VII VIII 
 DÓ 
 SI 
 LÁ Comparando essa escala a degraus de 
 SOL uma escada, conforme subimos as notas 
 FÁ vão ficando mais agudas, se descemos as 
 MI notas vão ficando mais graves. 
 RÉ 
 DÓ 
 
 
 
Concluímos assim que a nota a frente sempre será mais aguda que a anterior, assim 
também como, a nota atrás sempre será mais grave que a nota que está a sua frente. 
 
Oitava é o nome que damos a distância entre duas notas com mesmo nome. 
 
Veja uma das possibilidades de encontrar essa escala no braço do instrumento: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Entre todas as notas teremos um intervalo de um tom, exceto as notas que acabam 
com a letra ‘’i’’, MI e SI, que terão intervalo de semitom entre elas e a próxima nota. 
 
 DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI DÓ T = tom 
 
 T T S T T T S S = semitom 
A TEORIA & O VIOLÃO – RAYANE COSTA & RENATA CINTRA Página 8 
Tom e semitom 
Tom é a maior distância entre duas notas, é formada por dois semitons. 
Semitom é a menor distância entre duas notas. 
No violão, o semitom ocorre de uma casa para outra. 
 
 
 
 
 
Acidentes musicais 
As notas musicais podem ser alteradas de forma ascendente ou descendente, usando 
os respectivos sinais: 
# sustenido: eleva a altura da nota em um semitom, tornando-a mais aguda.b bemol: abaixa a altura da nota em um semitom, tornando-a mais grave. 
 
Exemplo: Se subirmos um semitom de DÓ, obteremos DÓ# (dó sustenido) 
 
 Se descermos RÉ em um semitom, obteremos RÉb (ré bemol) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A TEORIA & O VIOLÃO – RAYANE COSTA & RENATA CINTRA Página 9 
Concluímos então que o meio-tom entre DÓ e RÉ pode receber dois nomes. 
O mesmo ocorrerá com todos outros meio-tons existentes entre as notas naturais, veja 
esses meio-tons representados pelas lacunas: DÓ__RÉ__MI - FÁ __SOL__LÁ__SI 
Exemplo: Entre RÉ e MI podemos obter RÉ# ou MIb 
 Entre FÁ e SOL podemos obter FÁ# ou SOLb 
 Entre SOL e LÁ podemos obter SOL# ou LÁb 
 Entre LÁ e SI podemos obter LÁ# ou SIb 
 
ATENÇÃO: MI e SI não admitem sustenidos, assim como FÁ e DÓ não admitem bemóis. 
Isso se dá pelo fato do violão ser um instrumento temperado, ou seja, ajustado para 
trabalhar a gama de doze sons diferentes que foram fixados e equilibrados em sua 
afinação. O MI# e SI# tem som de FÁ e DÓ, respectivamente. 
 
Diz-se que o sustenido e o bemol são acidentes musicais porque uma nota que os 
apresente não será mais considerada uma ‘’nota natural’’, mas uma nota alterada, ou 
melhor, acidentada. 
 
Completamos assim a serie de doze notas musicais, isto é, as sete naturais acrescidas 
das cinco intermediárias. 
 
Existem mais três acidentes: 
 bequadro: anula o efeito dos acidentes (só é utilizado na partitura). 
bb dobrado bemol: altera a nota um tom abaixo. 
 dobrado sustenido: altera a nota um tom acima. 
 
No violão, não costuma-se usar o dobrado sustenido e o dobrado bemol, porque é 
mais fácil dizer, por exemplo, MI do que RÉbb. 
 
Enarmonia 
É quando se tem nomes diferentes para um mesmo som. 
As notas intermediárias são notas enarmônicas. Ex.: DÓ# e RÉb terão o mesmo som. 
 
Escala Cromática 
É a escala que compreende as doze notas. 
DÓ– DÓ# – RÉ – RÉ# – MI – FÁ – FÁ# – SOL – SOL# – LÁ – LÁ# – SI – DÓ 
 
No caso da escala ser descendente, costuma-se bemolizar as notas: 
DÓ – SI – SIb – LÁ – LÁb – SOL – SOLb – FÁ – MI – MIb – RÉ – RÉb – DÓ 
 
 
 CROMATISMO NO INSTRUMENTO 
 
 
 
 
A TEORIA & O VIOLÃO – RAYANE COSTA & RENATA CINTRA Página 10 
Como ler tablaturas 
A tablatura é uma forma de escrita onde as cordas são representadas por linhas sendo 
a 1ª linha a 1ª corda. Com números que representam as casas a serem pressionadas, o 
número 0 (zero) indica tocar a corda solta. Número sobre outro indica tocar juntos. 
 
E--1--------------0--1--1---0---0------------------- corda 1 MI 
B--3-----3--3--3-------------------3---1------------ corda 2 SI 
G--2---2-------------------------------------------- corda 3 SOL 
D--0------------------------------------------------ corda 4 RÉ 
A---------------------------------------------------- corda 5 LÁ 
E---------------------------------------------------- corda 6 MI 
 
Além dos números podem aparecer letras e símbolos na tablatura que representam 
técnicas. As mais comuns são: 
h hammer on: consiste em ‘’martelar’’ fazendo soar a nota sem auxilio da mão direita. 
p pull off: soltar rapidamente uma corda para que ele continue soar com outra nota. 
b bend: empurrar a corda para cima aumentando a tensão, gerando uma nota aguda. 
s ou / slide: deslizar o dedo para fazer uma variação de som. 
h harmônico: 
x tocar a corda abafando-a, som percussivo. 
 
Exercícios de coordenação e articulação 
Com auxilio da tablatura, executar as digitações abaixo, onde cada dedo da mão 
esquerda deverá ser responsável por uma casa, sem parar de uma corda para outra. 
Deve-se alternar movimentos com os dedo I e M na mão direita ou palhetas. 
 
DIGITAÇÃO 1 2 3 4 
E------------------------------------------------------------1—2—3—4-- 
B-------------------------------------------------1--2--3--4---------- 
G--------------------------------------1--2--3--4--------------------- 
D--------------------------1--2--3--4--------------------------------- 
A--------------1--2--3--4--------------------------------------------- 
E--1--2--3--4--------------------------------------------------------- 
 
DIGITAÇÃO 4 3 2 1 
E--4--3--2--1-------------------------------------------------------- 
B-------------4--3--2--1--------------------------------------------- 
G------------------------4--3--2--1---------------------------------- 
D-----------------------------------4--3--2--1----------------------- 
A----------------------------------------------4--3--2--1------------ 
E---------------------------------------------------------4--3—2—1--- 
 
OUTRAS DIGITAÇÕES 
1 2 4 3 1 4 3 2 2 3 4 1 3 1 4 2 3 4 2 1 4 2 3 1 1 2 2 1 3 1 4 1 
1 3 2 4 2 1 3 4 2 4 1 3 3 2 1 4 4 1 2 3 4 3 1 2 1 3 2 3 3 2 4 2 
1 3 4 2 2 1 4 3 2 4 3 1 3 2 4 1 4 1 3 2 4 3 2 1 1 4 2 4 3 4 43 
1 4 2 3 2 3 1 4 3 1 2 4 3 4 1 2 4 2 1 3 
 
A TEORIA & O VIOLÃO – RAYANE COSTA & RENATA CINTRA Página 11 
Classificação dos Intervalos 
Intervalo é a distância entre duas notas, ou seja, o espaço existente entre dois sons. 
É impossível obtermos um intervalo tendo somente uma nota como referência. 
 
Os intervalos podem ser: Simples e Compostos. 
 
 
 
Simples: quando se acham contidos dentro de uma oitava. 
Compostos: quando ultrapassam uma oitava. 
 
Como classificar os intervalos? 
• Primeiro classificamos de acordo com o número de notas contidas no intervalo. 
Exemplo: 
DÓ-RÉ é classificado como uma 2ª, pois contém duas notas de DÓ até RÉ. 
DÓ-SOL com uma 5ª, pois contém cinco notas de DÓ até SOL (DÓ RÉ MI FÁ SOL). 
É importante não se esquecer de contar a nota de partida como a primeira. 
 
Os acidentes (#) e (b) não interferem na atribuição numérica do intervalo. 
 Exemplo: DÓ#-RÉ é classificado como intervalo de 2ª 
 DÓ#-RÉ# é classificado como intervalo de 2ª 
 DÓ-RÉb é classificado como intervalo de 2ª 
 
• Após a classificação numérica atribuimos uma outra classificação que leva em conta o 
número de tons e semitons que são compostos. (qualificação dos intervalos) 
 
Os intervalos podem ser: maiores, menores, justos, diminutos ou aumentados. 
Intervalos justos: intervalos de 1ª , 4ª , 5ª e 8ª . 
Intervalos maiores ou menores: intervalos de 2ª , 3ª , 6ª e 7ª . 
 
Segue tabela com número de tons e semitons que são compostos: 
 
 Intervalo Maior Intervalo menor Intervalo Justo 
 
2ª: 1 tom 2ª: 1 semitom 1ª: 
3ª: 2 tons 3ª: 1 tom e 1 semitom 4ª: 2 tons e 1 semitom 
6ª: 4 tons e 1 semitom 6ª: 3 tons e 2 semitons 5ª: 3 tons e 1 semitom 
7ª: 5 tons e 1 semitom 7ª: 4 tons e 2 semitons 8ª: 5 tons e 2 semitons 
 
Exemplo: DÓ-RÉ intervalo de 2ªM: 1 tom, DÓ-RÉb intervalo de 2ªm: 1 semitom 
 
Intervalos diminutos: são os intervalos que tem 1 semitom cromático a menos que os 
justos ou menores. Exemplo: DÓ-SOL 5ª justa → DÓ-SOLb 5ª dim 
Intervalos aumentados: são os intervalos que tem 1 semitom cromático a mais que os 
justos ou maiores. Exemplo: DÓ-FÁ 4ª justa → DÓ-FÁ# 4ª aum 
A TEORIA & O VIOLÃO – RAYANE COSTA & RENATA CINTRA Página 12 
INTERVALOS COMPOSTOS: OBTIDOS APARTIR DE UMA OITAVA. 
DO-RÉ intervalo de 9ª DÓ-SOL intervalo de 12ª 
DÓ- MI intervalo de 10ª DÓ-LÁ intervalo de 13ª 
DÓ-FÁ intervalode 11ª DÓ-SI intervalo de 14ª 
 
Um intervalo simples sempre terá um intervalo composto que corresponda a ele, por 
temos uma oitava, ou seja, é a repetição da nota só que mais aguda. 
Exemplo: INTERVALO SIMPLES INTERVALO COMPOSTO 
 DÓ-RÉ intervalo de 2ªM DÓ-RÉ intervalo de 9ª M 
 DÓ-RÉb intervalo de 2ª m DÓ-RÉb intervalo de 9ª m 
 
Abreviações: 
M – maior m – menor J – justa aum – aumentada dim – diminuta 
 
Os intervalos compostos mais importantes são: intervalo de 9ª, 11ª e 13ª. 
Elas aparecerão como notas acrescentadas aos acordes corriqueiramente, os 
intervalos compostos não são comuns de serem utilizados na cifra porque já fazem 
partes das estruturas básicas do acordes TRÍADES e TETRÁDES. 
 
Inversão dos intervalos 
Entre DÓ e RÉ temos um intervalo de 2ª maior, mas qual o intervalo entre RÉ e DÓ? 
 
Quando invertemos a ordem das notas, ou seja, quando pegamos a nota mais aguda e 
transformamos na mais grave, invertemos o intervalo. 
Vejamos a tabela de inversões: 
 INTERVALOS 
 
 
 
 INVERSÕES 
 
 
 
 
Intervalos de 2ª quando invertidos viram intervalo de 7ª 
DÓ-RÉ = segunda >> RÉ-DÓ = sétima 
Intervalos de 3ª quando invertidos viram intervalo de 6ª 
DÓ-MI = terça >> MI-DÓ = sexta 
Intervalos de 4ª quando invertidos viram intervalo de 5ª 
DÓ-FÁ = quarta >> FÁ-DÓ = quinta 
 
Como você deve ter notado na tabela, o intervalo de 8ª não pode ser invertido. 
 
Na inversão dos intervalos, os maiores se transformam em menores e vice-versa. 
Os aumentados em diminutos e vice-versa, e os justos permanecem justos. 
Exemplo: DÓ-RÉ = segunda maior >> RÉ-DÓ = sétima menor 
 DÓ-RÉb = segunda menor >> RÉb-DÓ = sétima maior 
 DÓ-FÁ = quarta justa >> FÁ-DÓ = quinta justa 
 DÓ-FÁ# = quarta aumentada >> FÁ#-DÓ = quinta diminuta 
A TEORIA & O VIOLÃO – RAYANE COSTA & RENATA CINTRA Página 13 
Escala Diatônica 
Escala Diatônica é uma escala de sete notas (na verdade oito, contando com a 
repetição da primeira nota após o último intervalo), com intervalos específicos, cinco 
intervalos de um tom e dois intervalos de semitom entre as notas. 
 
Escala Maior 
É uma escala diatônica em modo maior, onde a seqüência de tons e semitons obedece 
à seguinte ordem: Tom – Tom – Semitom – Tom – Tom – Tom – Semitom. 
 
Roteiro para construção da Escala Maior: 
Passo 1 - eleger uma nota inicial que será chamada de ‘’TÔNICA’’, ou seja, a nota que 
nomeará a escala, ponto de partida; 
Passo 2 - apresentação ordenada das notas até sua oitava; 
Passo 3 - aplicar a partir da tônica no sentido ascendente os intervalos T T S T T T S; 
Passo 4 - quando necessário empregar os acidentes para obtenção da seqüência 
intervalar citada acima. 
 
 *A escala fundamental do modo maior é a escala de DÓ MAIOR uma vez que obedece 
a esses requisitos sem necessidade de nenhuma alteração de altura. 
 ESCALA DE DÓ MAIOR DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI DÓ 
 
 T T S T T T S 
 
Vejamos um exemplo tomando a nota SOL como a tônica: 
 ESCALA DE SOL MAIOR SOL LÁ SI DÓ RÉ MI FÁ# SOL 
 
 T T S T T T S 
Para seguir os intervalos requisitados, tivemos que alterar a nota FÁ um semitom 
acima, tornando-a em um FÁ#, porque o intervalo entre MI e FÁ é de um semitom. 
 
Em outras escalas, para manter a relação de intervalos, é necessário reduzir a altura de 
algumas notas em meio tom (fazer o uso do bemol). 
Exemplo: ESCALA DE FÁ MAIOR FÁ SOL LÁ SIb DÓ RÉ MI FÁ 
 
 T T S T T T S 
 
 
 
 
 
 
Dica para decorar quatro escalas maiores: 
1 - A escala de DÓ não tem nenhum acidente. 
2 - A escala de SOL só tem um acidente, FÁ#. 
3 - A escala de FÁ é a única escala que tem um bemol, na nota SI. 
4 - A escala de SI tem sustenido em todas as notas, menos nas duas notas que acabam 
com a letra ‘’i’’ (MI e SI). 
 
A TEORIA & O VIOLÃO – RAYANE COSTA & RENATA CINTRA Página 14 
Escala menor natural 
É uma escala diatônica cujo terceiro grau está a um intervalo de terça menor (um tom 
e um semitom) acima da tônica. 
Seqüência de intervalos: Tom – Semitom – Tom – Tom – Semitom – Tom – Tom 
 
ESCALA DE DÓ MENOR NATURAL ESCALA DE LÁ MENOR NATURAL 
 
DÓ RÉ MIb FÁ SOL LÁb SIb DÓ LÁ SI DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ 
 
 T S T T S T T T S T T S T T 
 
Ué, a escala de LÁ menor natural compreende as mesmas notas que a escala de DÓ 
maior? Sim, ela é relativa da maior, ou seja, podemos encontrar essa ordem de 
intervalos ( T S T T S T T) a partir do VI grau (6ª nota) da Escala Maior. Para se descobrir 
a tonalidade maior a partir da escala menor vai-se pelo III grau (3ª nota). 
 
ESCALAS RELATIVAS 
São escalas que possuem as mesmas notas entre si e modos diferentes (maiores ou 
menores), ou seja, suas construções partem de tônicas diferentes. 
• Podemos achar a escala menor a partir do VI grau da escala maior. 
• Podemos achar a escala maior a partir do III grau da escala menor. 
 
É importante frisar que toda tonalidade maior tem como seu tom relativo uma 
tonalidade menor, e toda tonalidade menor tem como seu tom relativo uma 
tonalidade maior. Ex: SOL maior e MI menor, RÉ maior e SI menor, etc. 
Isso é extremamente útil! Significa que podemos utilizar uma escala menor relativa 
para fazer um solo numa música cuja tonalidade é maior e vice-versa. 
 
Escala menor harmônica e melódica 
Escala Menor Harmônica - tem sua sétima nota elevada em um semitom. 
 DÓ RÉ MIb FÁ SOL LÁb SI DÓ 
 
 T S T T S TOM S 
 E MEIO 
Escala Menor Melódica - tem sua sexta e sétima nota elevadas em um semitom. 
DÓ RÉ MIb FÁ SOL LÁ SI DÓ 
 
 T S T T T T S 
 
OBSERVAÇÃO: 
 As escalas menores harmônica e melódica se tocadas no sentido descendente (agudo-
grave) é igual à escala menor natural. 
 
Respectivos intervalos: 
Harmônica: Tom – Semitom – Tom – Tom – Semitom – Tom e meio – Semitom 
Melódica: Tom – Semitom – Tom – Tom – Tom – Tom – Semitom 
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Escala Pentatônica 
Pentatônica vem da junção de duas palavras ‘’penta’’ cinco, ‘’tônica’’ (tom) se refere a 
movimentar pela tônica. As mais usadas são as pentatônicas maiores e menores. 
 
Para descobrir as notas que fazem parte da escala pentatônica basta determinar a 
primeira nota, que chamamos de tônica, e seguir a estrutura intervalar. 
 
Estrutura intervalar pentatônica maior: Tom – Tom – Tom e meio – Tom 
Estrutura intervalar pentatônica menor: Tom e meio – Tom – Tom – Tom e meio 
 
Exemplo: Quais notas fazem parte da escala pentatônica MAIOR de LÁ? 
 LÁ + 1 tom = SI 
 SI +1 tom = DÓ# 
 DÓ# + 1 tom e ½ meio = MI 
 MI + 1 tom = FÁ# 
 Logo, temos a escala formada: LÁ SI DÓ# MI FÁ# 
 
Vejamos outro modo para construção da escala pentatônica: 
 
Para obtermos a escala pentatônica maior, devemos montar a escala diatônica maior e 
eliminar o IV e VII graus. 
 
ESCALA DE DÓ MAIOR DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI DÓ 
 I II III IV V VI VII VIII 
 
ESCALA PENTATÔNICA DE DÓ MAIOR DÓ RÉ MI SOL LÁ 
 
 
Para obtermos a escala pentatônica menor, devemos montar a escala menor e 
eliminar o II e VI graus. 
 
ESCALA DE DÓ MENOR DÓ RÉ MIb FÁ SOL LÁb SIb DÓ 
 I II III IV V VI VII VIII 
 
ESCALA PENTATÔNICA DE DÓ MENOR DÓ MIb FÁ SOL SIb 
 
 
Escala Pentablues 
A escala blues (ou Pentablues) é a escala pentatônica acrescida de uma nota. 
Essa nota ficou conhecida como “blue note“, e é a terça bemol no caso da pentatônica 
maior, ou a quinta bemol no caso da pentatônica menor, em relação à tônica. 
Exemplo: 
 ESCALA PENTATÔNICA DE DÓ MAIOR ESCALA PENTABLUE 
 DÓ RÉ MI SOL LÁ DÓ RÉ (MIb) MI SOL LÁ 
 Tônica: DÓ – Terça de DÓ: MI – Terça bemol (blue note): MIb 
 
 ESCALA PENTATÔNICA DE DÓ MENOR ESCALA PENTABLUE 
 DÓ MIb FÁ SOL SIb DÓ MIb FÁ (SOLb) SOL SIb 
 Tônica: DÓ – Quinta de DÓ: SOL – Quinta bemol (blue note): SOLb 
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Acordes 
Acorde é o conjunto de três ou mais sons ouvidos simultaneamente. 
Acorde arpejado é quando as notas de um acorde são tocadas sucessivamente. 
No violão usa-se dizer, também, acorde dedilhado. 
 
Cifras 
Cifras são símbolos criados para representar o acorde de uma maneira pratica. 
É o sistema predominante usado em musica popular para qualquer instrumento. 
No sistema de cifras, cada nota é representada por uma letra, cada acidente por um 
símbolo, cada acréscimo por um número. 
Na cifra os nomes das notas são substituídos pelas sete primeiras letras do alfabeto: 
 
Caracteres: 
# = sustenido M ou maj = maior aum = aumentado / = nota no baixo 
b = bemol - ou m = menor º ou dim = diminuto 7 = sétima 
 
Vejamos alguns exemplos de cifra, para melhor entendimento: 
A# = Lá sustenido 
Cm7 = Dó menor com sétima 
D/F# = Ré com baixo em Fá sustenido 
Bb7M = Si bemol com sétima maior 
A9 = Lá com nona, 
c 
OBSERVAÇÃO: Numa cifra, quando se escreve apenas a letra "7", refere-se a sétima 
"menor", quando a sétima for maior o 7 é acompanhando de um ‘’M’’ ou ‘’+’’.m baixo 
Sol 
Como ler o diagrama de acordes 
 O diagrama de acordes é nada mais nada menos que a 
 representação do braço do violão onde as linhas verticais 
 representam as cordas e as linhas horizontais os trates; os 
 números indicam os dedos da mão esquerda, as bolinhas 
 as cordas a serem tocadas, o X cordas que não deve tocar, 
 a letra ao topo representa o acorde formado. 
 Se aparecer um número sob a primeira casa, indica a 
 partir de qual casa do violão deve ser montado o acorde. 
 Se aparecer um ‘’traço’’ representa a pestana, onde se deve prender todas 
 as cordas com o dedo indicador. *PIMA dedos da mão direita 
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Formação de acordes 
Os acordes nada mais são que a combinação de notas de uma determinada escala. 
Os acordes mais freqüentes são as Tríades, assim chamados porque são formados por 
três notas. Outras notas podem ser adicionadas a tríade, como a 7ª por exemplo, 
tendo assim um acorde de quatro notas denominado tétrade. 
 
Tríade 
A tríade é formada pelo agrupamento de três notas (1ª , 3ª e 5ª ) separadas por 
intervalos de terças e pode ser maior, menor, diminuta ou aumentada. 
Tríade maior ( 1, 3, 5) 
Para montarmos o acorde tríade maior de uma nota, precisamos: 
1) Escrever ou mentalizar a escala da nota a ser construída. 
2) Em seguida, unimos o I grau da escala (1ª nota, também chamada de “tônica”), III 
grau da escala (3ª nota da escala), e V grau da escala (ou seja, à quinta nota da escala). 
 
Por exemplo, se eu quero montar o acorde de Dó Maior, mentalizo a escala de Dó: 
 DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI DÓ 
 I II III IV V VI VII VIII 
 
Junto o I, III e V grau: Dó + Mi + Sol. Pronto! Temos agora o acorde de Dó Maior (C). 
 
Se quero o acorde de Ré Maior : 
 RÉ MI FÁ# SOL LÁ SI DÓ# RÉ 
 I II III IV V VI VII VIII 
 
Junto I, III e V grau: Ré + Fá# + Lá.Pronto! Temos o acorde de Ré maior (D). 
 
Tríade menor (1, b 3, 5) 
A montagem de um acorde menor é bem parecida com a montagem do acorde maior, 
exceto por um movimento: diminuiremos meio-tom da terceira nota da escala. 
Por exemplo: Escala de Dó Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó 
 Notas a serem unidas Dó + Mi + Sol 
 Diminue meio-tom da terceira nota da escala ‘’Mi’’ 
 Tríade Menor de Dó (Cm): Dó + Mib + Sol 
 
Tríade diminuta (1, b 3, b 5) 
A montagem de um acorde diminuto é parecida com a dos acordes menores, mas tem 
uma alteração a mais. Se na montagem do acorde menor, utilizamos as notas 1, 3 e 5 
da escala, e diminuímos meio-tom da terça, no acorde diminuto, diminuiremos meio-
tom da terça e da quinta nota da escala. 
Escala de Dó: Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó 
Acorde diminuto de Dó (C º): Dó + Mib + Solb 
 
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Tríade aumentada (1, 3, 5#) 
No caso dos acordes aumentados, há apenas uma diferença com relação aos acordes 
maiores: Precisamos elevar meio-tom do V grau da escala, ou seja, eu monto a escala 
maior, normalmente, e elevo meio-tom da quinta nota da escala. 
Escala de Dó: Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó 
Acorde aumentado de Dó (C5+): Dó + Mi + Sol# 
 
Tétrades 
São acordes formados pelo agrupamento de quatro notas. 
Entre estas estão todas as tríades, acrescidas de uma 4ª nota a sétima. 
Podendo a sétima ser menor (7), maior (7+), diminuta ou aumentada. 
Acorde Maior com Sétima menor (7) 
É composta pelos seguintes graus da escala: T + 3 + 5 + b7. 
Escala de Dó: Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó 
Acorde de Dó Maior com 7ª Menor (C7): Dó + Mi + Sol + Si bemol 
 
Acorde Menor com Sétima maior (7+ ou 7M) 
T + 3 + b5 + 7 
Escala de Dó: Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó 
Acorde de Dó Menor com 7ª Menor (Cm7): Dó + Mib + Sol + Si 
 
Tétrade diminuta 
Se na tríade diminuta, utilizamos os graus T + b3 + b5, na tétrade diminuta, incluiremos 
o sétimo grau com um dobrado bemol. Um dobradobemol é a diminuição de um tom 
inteiro de uma nota. Utilizaremos na tétrade diminuta os graus T + b3 + b5 + bb7. 
Exemplo: 
Escala de Dó: Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó 
Sétima: Si - Bemol: Sib - Dobrado bemol: Lá 
Acorde Dó Diminuto: Dó + Mib + Solb + Lá 
 
Acordes com notas acrescentadas 
Acordes com Nona (9) T + 3 + 5 + 9. exemplo: C9 = Dó + Mi + Sol + Ré 
Acordes com Sexta (6) T + 3 + 5 + 6. exemplo: C6 = Dó + Mi + Sol + Lá 
Como você já deve imaginar, um acorde com sétima e nona é um acorde com uma 
tríade, com a inclusão da sétima e da nona nota da escala. 
 
T 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Do Ré Mi Fá Sol Lá 
 
Acorde de Dó Maior com Sétima menor e Nona: Dó + Mi + Sol + Si bemol + Ré 
 
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Inversões no acorde 
Normalmente o baixo de um acorde é a nota que dá nome ao acorde, mas pode 
acontecer de uma outra nota da tríade que compõe o acorde fazer a função de baixo. 
Quando isso acontece dizemos que o baixo está invertido. Indicamos esse acorde na 
cifra depois de uma barra ( / ). As inversões mais comuns são de 3ª, 5ª notas no baixo, 
mas pode-se usar a 7ª também. 
Exemplo: Mi - Terça no baixo C /E 
Notas que compõem o acorde de Dó Sol - Quinta no baixo C /G 
 C = Dó + Mi + Sol 7ª = Si bemol Sib - Sétima no baixo C /Bb 
 
Consonâncias e Dissonâncias 
Em cada escala diatônica há sete notas, mais a repetição da primeira, e destas sete 
notas, algumas são mais agradáveis e harmoniosas entre si. 
Atrás desse vago parâmetro de subjetividade, existem fórmulas físicas que 
demonstram que entre algumas notas, há uma freqüência harmônica diferente das 
demais notas, mas, em suma, podemos dizer que algumas notas causam uma sensação 
de instabilidade ao nosso ouvido, ou um pouco de tensão. Consonâncias são as notas 
que se casam perfeitamente entre si, sem deixar uma sensação estranha, de 
desafinação, enquanto as dissonâncias são aqueles intervalos que parecem soar meio 
estranhos. 
De forma informal, consideram-se consonantes os graus T, III, IV, V e VI de uma 
escala, enquanto os graus II, IV Aumentado, V Diminuto e VII são vistos (ou melhor, 
ouvidos) como dissonantes. Em termos mais práticos, se num acorde de Dó 
Maior, você utilizar a nota Ré, Fá#, Sol bemol, ou Si, terá um acorde dissonante. 
 
Além disso, se você utilizar num acorde qualquer nota de sua escala, porém alterada 
(ou seja, com um acidente), isso será uma dissonância. Por exemplo, se num acorde de 
Dó (maior ou menor), você incluir um Lá#, ou um Ré bemol, esta nota será uma 
dissonância e o acorde se tornará um acorde dissonante. 
 
Este assunto é mais completo e complexo que isso, mas é só pra dar uma luz. 
 
Acordes relativos 
Todo acorde maior possui um acorde relativo menor, vice-versa. 
Isso pode ser explicado pelas ‘’notas’’ que formam cada acorde. 
Exemplo: O acorde de Dó Maior C é formado pelas notas DÓ+MI+SOL 
 O acorde de Lá menor Am é formado pelas notas LÁ+DÓ+MI 
 
 
 Logo, DÓ e MI são comuns aos dois acordes. 
 
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Campo Harmônico 
É um conjunto de acordes formados a partir das notas de uma mesma escala. 
Onde os I, IV e V graus serão maiores, II, III e VI graus menores e o VII grau diminuto. 
Exemplo: 
 Escala de Dó: DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI DÓ 
I II III IV V VI VII VIII 
 Campo Harmônico: C Dm Em F G Am Bº 
 
FÓRMULA DO CAMPO HARMÔNICO TRÍADE MAIOR: CADA GRAU É CRIADO COM 
SOBREPOSIÇÃO DE TERÇAS MAIORES OU MENORES MAS UTILIZANDO APENAS AS 
NOTAS DA ESCALA DIATÔNICA. 
ESCALA NATURAL/DIATÔNICA DE C (DÓ) 
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI 
 I II m III m IV V VI m VIIm5- (GRAU) 
O I GRAU É CHAMADO DE TÔNICA: 3M+3m = C 
O II GRAU É CHAMADO DE SUPERTÔNICA: 3m+3M = Dm 
O III GRAU É CHAMADO DE MEDIANTE: 3m+3M = Em 
O IV GRAU É CHAMADO DE SUBDOMINANTE: 3M+3m = F 
O Vº GRAU É CHAMADO DE DOMINANTE: 3M+3m = G 
O VI GRAU É CHAMADO DE SUPERDOMINANTE: 3m+3M = Am 
O VIIº GRAU É CHAMADO DE SENSÍVEL: 3m+3m = Bm5- 
 
• No campo harmônico de uma tonalidade com tétrades, os graus I e IV terão Sétima 
Maior, enquanto os demais graus terão sempre Sétima Menor. 
Exemplo: C7M Dm7 Em7 F7M G7 Am7 Bº 
 
Funções harmônicas 
TÔNICA – causa a sensação que a música chegou a um ponto de descanso. 
Exemplo: I Grau da escala: C. Toque a seqüência dos acordes Dm, G7 e C. 
 
DOMINANTE – cria expectativa no ouvinte, é atrativa, causa certa tensão. 
Exemplo: V Grau da escala: G. Toque a seqüência dos acordes C, F, G7. 
 
SUBDOMINANTE – sensação de ampliação do espaço onde a música acontece. 
Exemplo: IV Grau da escala: F. Toque a seqüência dos acordes C, G7, C F.

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