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Resumo P1

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O que é direito internacional: Conjunto de normas, sejam positivadas ou costumeiras que representam direitos e deveres aplicáveis no âmbito internacional, ou seja, DIP consiste no sistema normativo que rege as relações exteriores entre entes estatais.
DIP: Trata de relações jurídicas (direitos e Deveres) entre os estados
DIPR: Trata da aplicação de leis civis, comerciais ou penais de um estado sobre particulares (PJ ou PF)
Objetivos da DIP
Repartição de competência entre os estados soberanos, cada qual com sua delimitação territorial, ao qual a sua jurisdição.
Fixa obrigações aos estados soberanos, de modo que as suas liberdades de atuação são delimitadas
Rege as relações estre as organizações internacionais
SOCIEDADE INTERNACIONAL
A sociedade internacional formada pelos estados, pelos organismos internacionais e pelo homem, apresentado as características em relação às sociedades internas.
Isonomia: Deve haver igualdade entre os sujeitos
Descentralização: Várias são os criadores e destinatários das normas de Dto internacional
Universalidade: Deve abranger o máximo possível de integrantes.
Aberta: Sempre aberta para novos integrantes
Direto: Originário, visam criar um âmbito normativo novo
FONTES DO DIP
Fontes materiais: São fatos sociais, históricos, políticos e econômicos que deflagram a produção das normas.
Fontes formais: São atos estatais, que regulamentam os fatos sociais, as fontes formais do dto internacional são:
Primárias}: (art. 38. Do estatuto da corte internacional de justiça)
São as principais fontes de DIP e as mais aplicadas
Costumes: (art. 38 “B” do ecij) – São atos reiterados dos estados durante certo período de tempo, versando um assunto da mesmas forma. Quem alega o costume deve prova-lo.
O COSTUME E OS NOVOS ESTADOS 
Atualmente os estados nascem por união ou cisão. A doutrina majoritária defende que os novos estados que nascem no seio da sociedade internacional ao integra-lo, deve submeter-se a todos os direitos e obrigações pré existentes. Já a doutrina minoritária entende que o estados pode rechaçar algumas regras costumeiras que violam seus princípios de direitos humanos.
PRINCIPIOS GERAIS DO DIREITO.
Estão em sua maioria positivados nos tratados, mas podemos citar dentre eles o Pacta sunt servanda, a boa fé, respeito e coisa julgada.
NOVAS FONTES DE DIP
Atos unilaterais do estado: Criam direitos a outros estados e obrigações a ele próprio.
Decisões de organizações internacionais: A OIT pode criar atos internacionais, tais como decisões, resoluções, diretrizes diretivas, recomendações, gerando obrigações aos países a eles vinculados.
DIREITO FLEXIVEL
Nasceu no bojo do direito internacional, no meio ambiente, não prevê sanções, não têm juridicidade, mas gera obrigações morais, não se pode dizer ainda, que faz parte das fontes de dto internacional.
SUJEITOS DO DIP
Possuem personalidade jurídica internacional, uma característica que produz 3 capacidades.
Celebrar tratados: 
Capacidade para usufruir de privilégios e imunidades
Capacidade para patrocinar reclamações internacionais
São elas:
O estado: Realidade política, construindo por força da combinação dos elementos:
População
Território
Governo soberano
Reconhecimento do estado: Manifestação unilateral do estado, expressa ou tácita no sentido de admitir a existência de outro estado.
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS (OI)
Conceito: Organizações possuidoras de personalidade jurídica de DIP, formada pela associação de estados.
Características:
Competência para celebrar tratados.
Personalidade jurídica autônoma derivada
Multiplicidade de membros
Duração permanente
Estatuto próprio
Sede própria
Estrutura organizacional:
Assembleia geral (sempre)
Secretaria (sempre)
Conselho permanente (em alguns casos, como o conselho de segurança da ONU)
PROCESSO DECISÓRIO
Método deliberativo 
Voto unitário em assembleia geral (não há diferenciação de voto)
Aplicabilidade eventual do princípio majoritário
Atos revestidos de formalidades (resolução da ONU)
OUTROS SUJEITOS
Indivíduo: O indivíduo não possui personalidade jurídica de DIP. Por outro lado pode se dizer que o indivíduo é destinatário de normas de DIP. Obs: já se reconhece ao indivíduo a titularidade de certos direitos e obrigações e limitação, capacidade para fazer valer os direitos.
Ong’s: Organizações não governamentais, são constituídas pela vontade autônoma de mulheres e homens com objetos comuns. Elas não possuem personalidade jurídicas de DIP, razão pela qual não celebram tratados
CASOS ESPECIAIS
Santa sé: Sediada em Roma a santa-sé (nome oficial do vaticano) é a cúpula de governo da Igreja católica, possui personalidade jurídica de DIP (por força de relações históricas)
A santa sé integra mais de 30 organizações internacionais e mantém relações diplomáticas com mais de 150 estados. O embaixador da santa sé nos estados estrangeiros recebe o título de “Nuncio” palavra que significa embaixador do papa. Nuncatura apostólica é a residência do papa.
Micro estados: Possuem personalidade jurídica de DIP entretanto, parcela de suas competências dos microestados é transferida a outro estados soberanos, tais como emissão de moeda e a segurança de fronteiras, como Mônaco e Andorra.
TRATADOS INTERNACIONAIS
Definição – ato jurídico por meio do qual se manifesta o acordo de vontades entre duas ou mais pessoas internacionais. A palavra tratado se refere a um acordo regido pelo direito internacional, qualquer que seja a sua denominação.
Designa todo acordo concluído entre dois ou mais sujeitos de direito internacional, destinado a produzir efeitos jurídicos (ou de direito) e regido pelo direito internacional.
Tratado é o acordo internacional celebrado por escrito entre dois ou mais Estados ou outros sujeitos de Direito Internacional, sob a égide do Direito Internacional, independentemente de sua designação específica.
Tratado: é utilizado para os acordos solenes, por exemplo, tratado de paz.
Convenção: é o tratado que cria normas gerais, por exemplo, convenção sobre mar territorial.
Declaração: é usada para os acordos que criam princípios jurídicos ou "afirmam uma atitude política comum" (como a Declaração de Paris de 1856).
Ato: quando estabelece regras de direito (Ato Geral de Berlim de 1885). Entretanto, existem atos entre Estados que não são tratados (Ata de Helsinki de 1975), já que não produzem efeitos jurídicos obrigatórios; eles tem um caráter normativo no aspecto político ou moral.
Pacto: foi utilizado pela primeira vez no Pacto da Liga das Nações.É um tratado solene (Pacto de Renúncia a Guerra de 1928).
Estatuto: empregado para os tratados coletivos, geralmente estabelecendo normas para os tribunais internacionais (Estatuto da CIJ).
Protocolo: normalmente pode ter dois significados: 
Protocolo de uma conferência, que á a ata de uma conferência;
Protocolo- acordo, que e um verdadeiro tratado em que são criadas normas jurídicas (Protocolo de Aquisgrana, de 1818, sobre os ministros residentes, utilizado, neste caso, como suplemento a um acordo já existente).
Acordo: é geralmente usado para os tratados de cunho econômico, financeiro, comercial e cultural.
Concordata: são os assinados pela Santa Sé sobre assuntos religiosos.
-Tratam de matéria que seja de competência comum da Igreja e do Estado.
Do ponto de vista material, a concordata regulamenta matéria de ordem interna (organização do culto, disciplina, eclesiástica, relação dos fieis com o governo).
- Do ponto de vista formal, é um tratado
Concluído entre dois sujeitos de Direito Internacional.
Compromisso: utilizado para os acordos sobre litígios que vão ser submetidos a arbitragem.
Troca de notas: são os acordos sobre matéria administrativa.
Tem mais de um instrumento.
Acordos em forma simplificada: ou acordos executivos – são aqueles que não são submetidos ao Poder Legislativo para a aprovação.
Muitas vezes, feitos por troca de notas. 
São concluídos pelo Poder Executivo.
Carta: É o tratadoem que se estabelecem direitos e deveres (Carta Social Europeia). 
E uma forma solene.
 Utilizado também para os instrumentos constitutivos de organizações internacionais (Carta da ONU).
Convênio: palavra utilizada para os tratados que versam sobre matéria cultural ou transporte.
 Acordo de sede: acordo em que um Estado permite a instalação física de uma organização internacional em seu território.
ELEMENTOS:
“acordo de vontades” – acordo, compromisso, sob qualquer forma.
“sujeitos de DI” – entes com personalidade jurídica internacional e, portanto, capacidade para celebrar tratados.
“efeitos jurídicos” – vontade de se comprometer juridicamente.
“regidos pelo Direito Internacional” – submetidos a regras costumeiras relativas à celebração, validade e término dos tratados.
CLASSIFICAÇÃO
Qto. às partes: bilaterais; multilaterais
Qto. à natureza jurídica: Tratado contrato; buscam regular interesses recíproco entre as partes. Podem ser executados, quando devem ser logo executados e que dispõem sobre a matéria de uma vez por todas. Podem também ser executórios, aqueles que preveem atos a serem executados regularmente, ou seja toda vez que se apresentem as condições necessárias. Tratado lei; geralmente celebrados entre muitos Estados, com o objetivo de fixar normas de DIP. Tratado normativo; aqueles que criam uniões internacionais administrativas (OMS, OIT etc.)
CONDIÇÃO DE VALIDADE:
Capacidade das partes;
Agentes habilitados (carta de plenos poderes – dispensada aos chefes de Estado, de Governo e Ministério das Relações Exteriores);
Consentimento mútuo;
Objeto lícito e possível.
RATIFICAÇÃO:
Art. 19 da Convenção: Não há mais a necessidade de aprovação integral.
Ratificação: ato administrativo segundo o qual o chefe de Estado confirma um tratado firmado em seu nome ou em nome do Estado, declarando aceito o que foi convencionado pelo agente signatário.
Embora o tratado só entre em vigor após a sua ratificação, um Estado deve abster-se da prática de qualquer ato capaz de frustrar o seu objeto e finalidade.
Ratificação expressa - Carta de ratificação
Ratificação Tácita – atos de cumprimento do tratado.
A dispensa da ratificação ocorre quando o próprio tratado assim dispõe; nos acordos celebrados para cumprimento ou interpretação de tratado devidamente ratificado.

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