Cap 8 Sandoval

Prévia do material em texto

FACERB – Faculdade Cenecista de Rio Bonito 
A Macroeconomia é um ramo da teoria econômica que trata da evolução da 
economia como um todo e analisa: 
 
O que determina os grandes agregados macroeconômicos e; 
Como estes agregados se comportam. 
 
 
Agregados 
macroeconômicos 
Renda 
Produto Nacional 
Investimento 
Poupança 
Consumo agregado 
Estoque de moeda 
Balanço de Pagamentos 
Taxa de câmbio 
Taxa de juros 
2 Prof.ª Fabiana Leite 
A macroeconomia trabalha fazendo abstrações, isto é, não se prende aos 
detalhes de cada mercado. Esse modo de trabalhar permite que ela estabeleça 
relações entre grandes agregados e compreenda algumas das interações mais 
relevantes da economia. 
 
Por Exemplo: 
•Relação entre poupança agregada e investimento agregado; 
•Relação entre taxa de juros e consumo; 
•Relação entre nível de renda da economia e consumo agregado. 
 
A macroeconomia cuida do conjunto da economia que é a 
soma de todos os mercados individuais. 
3 Prof.ª Fabiana Leite 
Metas de Política macroeconômica 
 
1) Alto nível de Emprego (Política de estabilização) 
 
Busca garantir um nível de desemprego considerado aceitável para a economia. 
 
Existem dois tipos de desemprego: 
 
Do trabalhador 
Do Capital 
Desemprego 
Capacidade 
Ociosa 
Desemprego é a diferença entre a produção efetivamente realizada e a 
produção potencial da economia, quando todos os recursos estejam 
totalmente empregados. 
 
De Máquinas e 
equipamentos; 
 
De Prédios, galpões; 
 
De Recursos 
naturais. 
4 Prof.ª Fabiana Leite 
A inflação é uma 
espécie de 
doença 
econômica. 
Metas de Política macroeconômica 
 
2) Estabilidade de Preços (Política de estabilização) 
 
O objetivo desta política é controlar o aumento contínuo e generalizado dos preços 
denominado INFLAÇÃO. 
 
A estabilidade dos preços é condição necessária para um crescimento econômico 
contínuo e estável, com melhor distribuição de renda. 
 
Efeitos da inflação: 
 
 Reduz o poder de compra dos trabalhadores; 
 Reduz as vendas das empresas e, portanto, suas receitas e seus lucros. Dessa 
forma, as empresas postergam projetos de investimento e a criação de novos 
postos de trabalho; 
 Com os trabalhadores desempregados e as empresas lucrando menos, o governo 
perde base de arrecadação o que provocará uma redução em sua capacidade de 
investir em infraestrutura e em gastos sociais. 
 5 Prof.ª Fabiana Leite 
Metas de Política macroeconômica 
 
3) Distribuição Equitativa de Renda 
 
Por vezes, o crescimento econômico vem acompanhado de uma má distribuição de 
renda, manifestada em disparidades de ganhos entre as classes sociais. 
A 
B 
C 
D 
E 
Maior qualificação 
Maior Rendimento 
Menor qualificação 
Menor Rendimento 
Escala Social por distribuição da 
Renda Nacional. 
Fator 
educacional 
6 Prof.ª Fabiana Leite 
Metas de Política macroeconômica 
 
Imagem clássica da desigualdade social devida à má distribuição de 
renda. 
7 Prof.ª Fabiana Leite 
4) Crescimento Econômico 
A meta desta política é fazer o produção do país crescer, colocando à disposição da 
sociedade uma quantidade de bens e serviços que supere o crescimento populacional. Os 
instrumentos a serem utilizados pelos policymakers com vistas ao crescimento do produto 
depende da presença ou não de capacidade ociosa na economia. 
 
Metas de Política macroeconômica 
Aumentar o 
Produto 
per capta 
Com capacidade 
ociosa e 
desemprego 
Com pleno 
emprego dos 
recursos 
produtivos 
Políticas de incentivo ao 
consumo e à atividade 
produtiva. 
Aumento da disponibilidade 
de recursos e/ou avanço 
tecnológico 
8 Prof.ª Fabiana Leite 
A renda ou produto per capta é um bom indicador para avaliar o crescimento 
econômico, mas não é o melhor indicador para verificar a melhoria no padrão 
de vida da sociedade. 
 
Um dos índices mais utilizados para avaliar o padrão de vida de uma 
população é o IDH – Índice de Desenvolvimento Humano da ONU. 
 
Este índice é calculado levando-se em consideração: 
 
Educação; 
Saúde; 
Renda; 
 
 
A colocação do Brasil no ranking da ONU conforme o IDH em 2012 foi 85ª 
entre 187 países avaliados. O Brasil teve uma melhora no IDH, com 
crescimento de 24% de 1990 até 2012. 
 
 IDH de 0,730 
9 Prof.ª Fabiana Leite 
Conflitos de Objetivos: dilemas de política econômica trade off 
Formuladores de política econômica precisam saber dosar cada um destes 
objetivos, pois as combinações de políticas afeta de forma diversa os 
diferentes grupos da sociedade. 
 
 
Crescimento Econômico 
(Eficiência) 
 Distribuição de Renda 
(Equidade) 
O crescimento econômico provoca 
uma concentração dos recursos e 
consequentemente da renda nos 
setores mais eficientes, mais 
qualificados, promovendo os 
melhores resultados alocativos. 
 
Como no processo de crescimento 
econômico os setores e trabalhadores 
menos qualificados- devido a sua 
ineficiência- atraem menos renda, o 
governo promove programas para 
distribuição de renda que só são 
possíveis graças ao sistema tributário. 
Com isso, tributa-se as empresas e 
trabalhadores mais produtivos para 
transferir aos que têm menores 
oportunidades. 
“Teoria do 
Bolo” 
Delfim Netto 
10 Prof.ª Fabiana Leite 
Instrumentos de Política Macroeconômica 
 
A política macroeconômica (fiscal, monetária, cambial ou comercial e de rendas) é 
a atuação do governo com o objetivo de modificar a capacidade produtiva 
(produção agregada) e a capacidade de consumo (demanda agregada) da 
economia, de forma que os recursos produtivos sejam plenamente empregados 
associados à baixas taxas de inflação e uma distribuição de renda mais equitativa. 
 
1) Política Fiscal 
Instrumentos 
Política tributária 
Política de gastos 
ou orçamentária 
Arrecadação de 
tributos 
Controle de despesas 
públicas 
11 Prof.ª Fabiana Leite 
Instrumentos de Política Macroeconômica 
 
 
2) Política Monetária 
 
Trata-se da atuação do governo sobre : 
 
Quantidade de moeda; 
 
Crédito, e 
 
Taxas de juros. 
12 Prof.ª Fabiana Leite 
Controle da moeda pelo Banco Central (BC) 
Controle de 
Emissões 
Compulsório ou 
Reservas 
Obrigatórias 
Redesconto 
•Controla o volume de moeda manual da economia por 
força de Lei; 
•Determina a necessidade de novas emissões. 
Emissão representa a autorização para que moedas 
fabricadas pela casa da moeda entrem em circulação. 
É um percentual dos depósitos à vista e à prazo que o BC exige 
dos os bancos. Este valor é mantido em uma conta de Reserva 
Bancária, onde os bancos depositam também as reservas 
voluntárias. Funciona como uma espécie de seguro contra crises 
de liquidez. 
É uma taxa que o BC cobra para realizar empréstimos ao 
setor bancário. 
Open Market 
(mercado aberto) 
São operações de compra e venda de títulos públicos feitas 
pelo banco central no mercado com a participação das 
instituições financeiras dealers do mercado. 
13 Prof.ª Fabiana Leite 
Quanto maior for a esta taxa, 
mais caro ficam os 
empréstimos. 
Quando o BC compra títulos, 
aumenta a oferta de moeda. 
Quando o BC vende títulos, reduz a 
oferta de moedas. 
Quanto maior for este 
percentual, menor é a 
capacidade dos bancos de 
concederem empréstimos. 
Controle da moeda pelo Banco Central (BC) 
14 Prof.ª Fabiana Leite 
Política Fiscal 
ou Monetária 
Expansionista 
Contracionista 
Busca estimular o consumo 
e a atividade produtiva da 
economia, visando o 
crescimento e a redução de 
desemprego. 
Busca desestimular a 
atividade econômica 
visando uma redução da 
inflação. 
Possibilidadesde Política Fiscal e Monetária 
15 Prof.ª Fabiana Leite 
Instrumentos de Política Macroeconômica 
 
3) Política Cambial ou Comercial 
 
É a atuação do governo sobre as variáveis do setor externo. 
Política Cambial 
Política Comercial 
É o controle do Governo sobre a taxa de 
câmbio da economia. 
 
É a ação do governo buscado incentivar ou 
desestimular as exportações ou 
importações através de: 
• Barreiras Fiscais; 
• Barreiras Sanitárias; 
•Cotas de importação; 
•Conteúdo nacional mínimo, etc. 
 
 
16 Prof.ª Fabiana Leite 
Instrumentos de Política Macroeconômica 
 
3) Política Rendas 
 
Trata-se de controles sobre preços e salários. Quando o governo atua desta 
forma, os agentes econômicos ficam impossibilitados de agirem baseados 
no mecanismo de preços que é o instrumento que sinaliza qual são as 
melhores oportunidades de alocação eficiente de recursos. 
 
Ex: Salário-mínimo, limite máximo para preços da gasolina e do diesel, preço 
mínimo garantido para produtos agrícolas, etc. 
 
17 Prof.ª Fabiana Leite 
MERCADOS 
VARÁVEIS 
DETERMINADAS 
(Endógenas) 
PARTE REAL 
Mercado de bens e 
serviços 
Produto Nacional 
Nível Geral de Preços 
Mercado de trabalho 
Nível de empregos 
Salários Nominais 
PARTE MONETÁRIA 
Mercado Financeiro 
(Monetário e de Títulos) 
Taxa de juros 
Estoque de moeda 
(quantidade de moeda 
necessária p/ as 
transações) 
Mercado de Divisas 
Taxa de câmbio 
Estoque de reservas 
cambiais 
18 Prof.ª Fabiana Leite 
IMPORTANTE: 
 
1) Condição Coeteris Paribus – Significa que ao observamos o comportamento 
entre as variáveis que pertencem ao modelo analisado, consideramos que 
tudo o mais que esteja fora e que possa interferir no resultado da análise se 
mantenha constante. 
 
2) Variáveis Determinadas Institucionalmente (Exógenas) – são variáveis que 
estão no modelo, mas que não são determinadas por ele, mas, ao contrário, 
determinam o resultado de outras variáveis. Gasto Público e Oferta de 
Moeda 
19 Prof.ª Fabiana Leite