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* * * OBTENÇÃO HIGIÊNICA DO LEITE Sibelli Ferrão * * * LEITE DE QUALIDADE Sabor agradável, alto valor nutritivo, ausência de agentes patogênicos e contaminantes, reduzida CCS e baixa carga microbiana * * * Substrato para crescimento de MO Obtenção Higiênica Baixa Temperatura Pagamento por qualidade QUALIDADE DO LEITE * * * QUALIDADE DO LEITE Fatores zootécnicos: manejo, alimentação, genético Qlde leite cru Obtenção do produto qualidade higiene ordenha microbiológica temp. após ordenha temp. durante transporte * * * Tempo X Temperatura - resfriamento após a ordenha - transporte em caminhões isotérmicos - qualidade microbiológica Tempo de Prateleira – “Shelf-life” - ação de enzimas proteolíticas e lipolíticas QUALIDADE DO LEITE * * * Padrão Microbiológico Art. 540 – RIISPOA QUALIDADE DO LEITE * * * Efeito dos MO mesófilos Lactobacillus LACTOSE Spreptococcus Lactococcus Enterobactérias ÁCIDO LÁTICO QUALIDADE DO LEITE * * * Efeito dos MO psicrotróficos Pseudomonas, Bacillus, Listeria, Yersinia, Micrococcus, Clostridium Produção de enzimas lipolíticas e proteolíticas - perda consistência na formação coágulo - gelatinização do leite UHT Presença - deficiência na higiene de ordenha - tempo de estocagem / tanque expansão * * * FONTES: - ubíquos - qualidade da água - solo - limpeza de equipamentos - superfície de tetos e úbere – práticas de ordenha - cama para animais - contaminação pós-pasteurização * * * Segurança pasteurização RIISPOA- Art. 509 “Nas localidades onde existir usina de beneficiamento de leite não é permitida a venda de leite cru...” QUALIDADE DO LEITE * * * Inglaterra – não há restrições para venda Inspeção oficial na propriedade para monitoramento - controle qualidade leite nos tanques - controle sanidade rebanho Ex: vaca sadia: 1000 UFC/mL vaca com mamite: 10.000 UFC/mL QUALIDADE DO LEITE * * * Indicadores de qualidade higiênico –sanitária do leite Contagem de células somáticas (CCS) Sáude da glândula mamária (mastite subclínica) Infecção intramamária Mastite (processo inflamatório) Aumento da contagem de células somáticas (CCS) * * * Indicadores de qualidade higiênico –sanitária do leite INDIVÍDUO REBANHO * * * O que é a Contagem de Células Somáticas? * * * Contagem de Células Somáticas Presença de células epiteliais e de defesa - Epiteliais: descamação normal do tecido interno de revestimento e secreção da glândula mamária. Representam 2 a 25% - Defesa: agressão do úbere (infecção). células brancas de origem do sangue, linfócitos, monócitos, macrófagos. Representam 75 a 98% * * * * * * * * * EFEITO DO NÚMERO DE LACTAÇÕES NA CONTAGEM DE CÉLULAS SOMÁTICAS * * * EFEITO DO ESTÁGIO DE LACTAÇÃO SOBRE A CONTAGEM DE CÉLULAS SOMÁTICAS * * * Baixa Contagem de Células Somáticas Para que serve a CCS? - Medida indireta: infecção subclínica na glândula mamária. Implantação de programa de controle de mastite - Pagamento por qualidade de leite - Legislação sanitária - Critérios: comercialização de leite * * * CAUSAS DE ALTAS CONTAGENS DE CÉLULAS SOMÁTICAS NO LEITE Infecções da glândula mamária Principal causa CCS - leite de tanque Prevalência da infecção Produção de leite * * * Interpretação e estimativa da influência do número de células somáticas na produção de leite de rebanhos Indicadores de qualidade higiênico –sanitária do leite * * * * * * Mais vacas são tratadas contra mastite e o risco de contaminação do leite por antibiótico é maior Rebanhos com CCS de 400.000 a 750.000 céls/mL Risco de resíduos de antibióticos = 2,2 vezes maior Rebanhos com CCS > 750.000 céls/mL Risco de resíduos de antibióticos = 4,7 vezes maior REBANHOS COM CCS ELEVADAS * * * Baixa Contagem de Células Somáticas Metas: - Mastite clínica seja inferior a 1% do total de animais em lactação - Mastite subclínica seja inferior a 20% do total de animais em lactação Vacas com elevada CCS produzem até 25% menos leite que animais sadios * * * EFEITOS DA MASTITE SOBRE O LEITE E SEUS DERIVADOS * * * MÉTODOS INDIRETOS CALIFORNIA MASTITIS TEST Leite + Reagente aniônico Rompe a célula Reage com DNA VISCOSIDADE REAÇÃO * * * Leite normal Leite com coagulações * * * * * * * * * * * * * * * MÉTODOS INDIRETOS WISCONSIN MASTITIS TEST PRINCÍPIO DO CMT DETERGENTE ANIÔNICO NEUTRO + LEITE VISCOSÍMETRO MÉTODO - CUIDADOS LEITURA - TABELA * * * MÉTODOS INDIRETOS * * * Relação entre score de CMT, WMT e Contagem de Células Somáticas FONTE: Philpot & Nickerson (1991). * * * MÉTODOS INDIRETOS Infra Vermelho - monitora anomalias de temperatura das vacas quando elas entram para serem ordenhadas * * * MÉTODOS INDIRETOS Termografia e ultrasom - monitora anomalias de temperatura das vacas * * * MÉTODOS DIRETOS MICROSCOPIA DIRETA Método Referência IDF (IDF 148:1991) Solução de azul de metileno Contadas por microscopia LEITURA E INTERPRETAÇÃO * * * MÉTODOS DIRETOS CONTAGEM ELETRÔNICA RÁPIDA, EFICIENTE, MODERNA MÉTODO MAIS USADO FLUORESCÊNCIA ÓPTICA CORANTE CÉLULA - LUZ FLUORESCENTE * * * Coleta das amostras * * * Análise Laboratorial * * * Análise Laboratorial * * * DCC - Contador eletrônico de células somáticas DeLaval - Lançamento em maio de 2007 - Resultado da CCS em no máximo 45 segundos * * * Amostras frescas – não mais que 8 horas Adição de reagente e espera de 45 minutos Leitura: Ex: 0,71 = 710.000 céls/mL * * * Indicadores de qualidade higiênico –sanitária do leite CBT – Contagem Bacteriana Total Quantifica a contaminação total do leite Indica a higiene de produção Crescimento: tempo e temperatura de armazenamento * * * De onde vem a contaminação do leite?? * * * De onde vem a contaminação do leite?? Carga microbiana do leite Contaminação inicial Taxa de multiplicação microbiana Equipamentos e utensílios de ordenha Água Tetos Glândula (mastite) Tempo de armazenagem Temperatura de armazenamento * * * CBT < 100.000 UFC/mL - Boas condições de higiene e de saúde da glândula Alta CBT Mastite causada por coliformes, estreptococos ambientais Ordenha de vacas com tetos sujos Falhas na limpeza de equipamentos e utensílios de ordenha Deficiência no resfriamento rápido do leite Interpretação dos resultados * * * Interpretação dos resultados Alta CBT Alterações de propriedades físico-químicas e sensoriais Dificuldades de processamento pela indústria Presença de enzimas lipolíticas e proteolíticas Diminuição do shelf-life do produto e sua competitividade no mercado * * * Indicadores interessantes de qualidade de leite podem incluir: - CBT = < 100.000 UFC/mL; - CCS (leite do tanque): < 400.000 células/mL; - CCS do rebanho abaixo de 100.000 células/mL: vacas sadias acima de 200.000 células/mL: provável mastite subclínica (Recomendações do CBQL) - Ausência de resíduos de antibióticos – leite dentro dos padrões legais * * * Exemplos de Limites Regulamentares para CBT Comunidade Européia e USA Canadá e Nova Zelândia < 100.000 céls/mL 200.000 céls/mL ** * * * * Exemplos de Limites Regulamentares para CCS Austrália, Nova Zelândia e Comunidade Européia Canadá Estados Unidos 400.000 céls/mL 500.000 céls/mL 750.000 céls/mL BRASIL ? * * * INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 51 Sul, SE e CO – 01/07/2005 NE e NO – 01/07/2007 01/07/2010 Fixar os requisitos mínimos que devem ser observados para a produção, a identidade e a qualidade do leite * * * Requisitos microbiológicos e de CCS a serem avaliados pela Rede Brasileira de Laboratórios de Controle da Qualidade do Leite – IN 51 Fonte: BRASIL, 2002 * * * Leite tipo A – Granja leiteira Leite tipo B – Mantido no máx. 48 h/4°C Transportado para estabelecimento industrial – máx. 7°C INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 51 * * * Leite tipo C 1° ordenha: receber até 10h após ordenha (7°) 2° ordenha: refrigerado na propriedade, máx. 10°C posto resf.: permanecer máx. 24h / 4°C indústria: máx. 12h / 7°C INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 51 * * * Fonte: BRASIL, 2002 * * * Fonte: BRASIL, 2011 Requisitos microbiológicos e de CCS– IN 62 * * * Requisitos – IN 62 - Esta instrução suprime os Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade dos leites tipos "B" e "C“ Índice Crioscópico: - 0,530 a – 0,550ºH Continua a obrigatoriedade da realização de análise para pesquisa de resíduos de inibidores e antibióticos no leite * * * * * * * * * * * * * * * Pagamento por Qualidade Sistema de Pagamento: complexo e diversificado - composição do leite - qualidade higiênica - sazonalidade/volume de produção - parâmetros físico-químicos * * * Pagamento por Qualidade Composição do leite - Gordura - Proteína queijos - Lactose, sólidos totais e sólidos não gordurosos: papel secundário * * * Pagamento por Qualidade Qualidade higiênica - Contagem Bacteriana Total (CBT) - Contagem de células Somáticas (CCS) - Alizarol, Redutase, álcool, contagem de psicrotróficos * * * Rede Brasileira de Laboratórios de Controle da Qualidade do Leite * * * * * * Pagamento do Leite – CCPR/Itambé * * * Pagamento do Leite – CCPR/Itambé * * * POOL LEITE ABC Constituído em Dezembro de 1999, pelos produtores da Cooperativa Agropecuária Castrolanda/PR PRODUTORES: 430 • PRODUÇÃO ANUAL : 190 MILHÕES DE LITROS • CRESCIMENTO MÉDIO ANUAL : 7% • MÉDIA POR PRODUTOR : 1.200 LITROS / DIA NÚMERO DE VACAS: 26.500 • MÉDIA / VACA / ANO : 7.100 LITROS • RAÇAS : HOLANDESA - JERSEY - PARDO SUIÇO • ORDENHA MECÂNICA : 100% • GRANELIZAÇÃO : 100% * * * CONTROLE DA QUALIDADE • CCS - Gordura - PT - 3 análises/produtor/mês • CBT - 2 análises / produtor / mês • Pesquisa de Inibidores - 1 análise / produtor / mês • Inibidores e Crioscopia - diariamente a nível de indústria • Controle de temperatura - a cada coleta POOL LEITE ABC * * * * * * * * * POOL LEITE ABC * * * POOL LEITE ABC * * * POOL LEITE ABC * * * POOL LEITE ABC * * * POOL LEITE ABC * * * Por que produzir leite com qualidade? “A qualidade é exigência de toda a cadeia produtiva. Para se alcançar este objetivo, todos os elos que compõem a cadeia (produtores, indústria e consumidores) devem estar comprometidos com o mesmo objetivo” * * * FIM!!!!!!!!!! * * * QUALIDADE NA CADEIA PRODUTIVA DO LEITE * * * * * * QUALIDADE NA CADEIA PRODUTIVA DO LEITE 1- Qualidade da Água Pode contaminar o leite Qualidade: - substâncias orgânicas - substâncias inorgânicas - bactérias – coliformes fecais * * * Água de enxágüe de uma linha de vácuo Utilização de água na propriedade rural * * * Demanda de água na Bovinocultura * * * QUALIDADE NA CADEIA PRODUTIVA DO LEITE 2- Local Apropriado/Ambiente Tranqüilo Pisos: cimento áspero ou material antiderrapante, declive, sem cantos vivos Localização: áreas livres de odores e distantes de lixo - Escoamento sanitário: água e dejetos devem ser escoados, evitando mal cheiro e foco de insetos * * * * * * Local Apropriado/Ambiente Tranqüilo * * * Local Apropriado/Ambiente Tranqüilo * * * 3- Animais Sadios - Legislação vigente: brucelose, tuberculose, febre aftosa - Mastite: programa de prevenção e controle, priorizando procedimentos adequados de higiene QUALIDADE NA CADEIA PRODUTIVA DO LEITE * * * * * * * * * Ordenhador elo entre o animal e a máquina Manual – aumento de pressão dentro da glândula Mecânica – diminuição de pressão fora da glândula 4- Ordenha/Ordenhador QUALIDADE NA CADEIA PRODUTIVA DO LEITE * * * Ordenha/Ordenhador * * * Ordenha/Ordenhador * * * Manejo de Ordenha - operações dentro e fora da sala de ordenha - condução dos animais - stress, sombra, aspersores - animais no máximo 1 hora no curral de espera – controle de mastite - diminuição leite residual - diminuição tempo de ordenha * * * * * * Manejo de Ordenha * * * Pontos Críticos a) higiene das mãos do ordenhador - Staphylococcus aureus - lavagem das mãos desinfecção - uso de luvas de látex ou vinil * * * Higiene das mãos do ordenhador * * * Higiene das mãos do ordenhador * * * b) lavagem dos tetos com água corrente - só em caso de tetos visualmente sujos c) imersão dos tetos em solução desinfetante (pré-dipping) - hipoclorito de sódio 2% - iodo 0,3% - clorexidina 0,3% d) secagem dos tetos com papel toalha descartável * * * Lavagem dos tetos * * * Lavagem dos tetos * * * Lavagem dos tetos * * * Pré-dipping * * * Secagem dos tetos * * * * * * e) retirada dos primeiros jatos - caneca telada ou fundo preto - objetivos: diagnosticar mastite clínica estimular “descida” do leite retirar jatos com maior [MO] * * * * * * * * * f) ordenha manual g) ordenha mecânica - colocação das teteiras - máximo 1,5’ após a retirada dos primeiros jatos h) ajuste das teteiras durante a ordenha * * * * * * * * * * * * * * * h) retirada das teteiras - terminado o fluxo leite fechamento do vácuo i) imersão dos tetos após a ordenha (pós-dipping) j) desinfecção das teteiras * * * * * * Solução de Iodo a 1% * * * * * * - Limpeza adequada: remoção cuidadosa dos resíduos do leite - Cuidado com resíduos: detergentes e desinfetantes 5- Higiene do Local e Utensílios QUALIDADE NA CADEIA PRODUTIVA DO LEITE * * * Higiene do Local e Utensílios Fonte: Portugal et al., 2002 * * * Higiene de Utensílios * * * Higiene de Utensílios * * * Higiene de Utensílios * * * Higiene de Utensílios * * * Higiene de Utensílios * * * Higiene de Equipamentos * * * * * * * * * * * * * * * * * * Verificação da Higiene dos Equipamentos * * * * * * Higiene do Local – Sala de Ordenha * * * Higiene do Local – Sala de Ordenha * * * Higiene do Local – Sala de Ordenha * * * Higiene do Local – Sala de Ordenha * * * Higiene do Local – Sala de Ordenha * * * Higiene do Local – Sala de Ordenha * * * * * * * * * Higiene do Local – Sala de Ordenha * * * Higiene do Local – Sala de Ordenha * * * Higiene do Local – Sala de Ordenha * * * Higiene do Local – Sala de Ordenha * * * * * * * * * * * * * * * - Filtragem: retirada das sujidades mais grosseiras Resfriamento imediatamente apósa ordenha - Opções: latões imersos em tanques com água gelada ou armazenamento em tanques de expansão (recomendável) 6- Filtragem, Resfriamento e Transporte QUALIDADE NA CADEIA PRODUTIVA DO LEITE * * * Filtragem do leite após a ordenha * * * Filtragem do leite antes de entrar no tanque * * * Sujidade do filtro após a ordenha * * * Filtragem * * * * * * * * * * * * Resfriamento * * * Resfriamento * * * Estoca o leite, dispensando o uso do latão Deve resfriar o leite até 10o C na1a hora, e até 4o C na segunda hora após a ordenha Material: aço inoxidável - Componentes: agitador, válvula de saída, refrigerador e termostato - Tipos: cilíndrico e horizontal, de 250 a 6.000 L Tanques de Expansão * * * O leite pode ser transferido ao tanque manualmente ou mecanicamente A limpeza deve ser feita a cada esvaziamento do tanque, com utilização de água corrente, escovas apropriadas e detergentes específicos Coleta: caminhão isotérmico, 2 em 2 dias - Leiteiro X “operador” = TÉCNICO Tanques de Expansão * * * Tanques de Expansão * * * Tanques de Expansão * * * Tanques de Expansão * * * Tanques de Expansão * * * - Baixa temperatura e menor manipulação do leite, inibindo a proliferação bacteriana, reduzindo o fornecimento do leite ácido - Melhor remuneração ao produtor/aumento da competitividade - Permite o transporte de leite a distâncias mais longas - Redução do custo operacional dos postos e plataformas de recepção Tanques de Expansão - VANTAGENS * * * Preço ainda inacessível a maioria dos produtores - Alto gasto com energia elétrica - Assistência técnica distante dos produtores rurais - Risco de crescimento de psicrotróficos Tanques de Expansão - DESVANTAGENS * * * Transporte * * * Transporte * * * Transporte * * * Transporte * * * Recepção Resfriamento/Armazenamento - Tratamentos térmicos 7- Indústria QUALIDADE NA CADEIA PRODUTIVA DO LEITE * * * * * * * * * * * * * * * FIM!!!
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