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FUNDAÇÕES Prof.: Carlos Henrique P. A. Galdino carlos.galdino@ulife.com.br Aula 2 INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO – GEOTÉCNICAS • Métodos de investigação de subsolo; • SPT. Objetivos de Aprendizagem 1. Analisar os principais métodos de investigação de subsolo; 2. Revisão sobre o boletim de sondagem à percussão. 4 Aula passada! Fundações diretas Introdução 6 •As investigações geotécnicas visam basicamente definir: ✓determinação da profundidade e espessura de cada camada do solo e sua extensão na direção horizontal; ✓determinação da natureza do solo: compacidade dos solos grossos e consistência dos solos finos; ✓profundidade da rocha e suas características (litologia, mergulho e direção das camadas, espaçamento das juntas, planos de acamamento, estado de decomposição); Introdução 7 ✓localização do nível d'água (NA); ✓obtenção de amostras (deformadas e/ou indeformadas) de solo e rocha para determinação das propriedades de engenharia; ✓determinação das propriedades "in situ" do solo por meio de ensaios de campo. •As investigações devem possibilitar definir tipos de fundações, capacidade de suporte dos solos e até limitar estruturas quanto as deformações bem como segurança das obras vizinhas. Introdução 8 •Um programa de investigações deve ser executado em etapas, quais sejam: ✓Reconhecimento; ✓Prospecção; ✓Acompanhamento. Introdução 9 •Os métodos usuais de investigação geotécnica do sub-solo podem ser classificadas em: ✓Métodos diretos; ✓Métodos semi-diretos; ✓Métodos indiretos. Introdução 10 •Métodos Diretos: consiste em qualquer conjunto de operações que permitem observar diretamente o solo ou rocha, ou obter amostras representativas das mesmas ao longo da perfuração ✓Poços e trincheiras; ✓Sondagem a trado; ✓Sondagem por lavagem; ✓Sondagem a percussão (SPT); ✓Sondagens rotativas. Métodos Diretos 11 • Poços: ✓perfurados manualmente (pás e picaretas); ✓máxima limitada (NA ou desmoronamento das paredes laterais); ✓diâmetro mínimo (60 cm); ✓visual das camadas do subsolo; ✓coleta de amostras indeformadas. Métodos Diretos 12 •Trincheira: ✓escavadas mecanicamente (escavadeiras); ✓inspeção visual e contínuo do subsolo; ✓coleta de amostras deformadas e indeformadas. Métodos Diretos 13 •Trado: ✓perfuração manual (trado); ✓elemento cortante (broca ou cavadeira); ✓remover o material acumulado (a cada 5 ou 6 rotações); ✓investigações preliminares (ordem de 10m e acima do NA); Sondagem a trado 14 • Porém as informações obtidas são apenas do tipo de solo, espessura de camada e posição do lençol freático, sendo também possível a coleta de amostra deformadas e acima do NA; •Esse processo de perfuração não deve ser usado para solos contendo camadas de pedregulhos, matacões, areias muito compactas e solos abaixo do nível d'água. Métodos semi-diretos 15 •Métodos semi-diretos: são processos que fornecem informações sobre determinada característica do sub-solo, sem contudo, coletar amostras. ✓Ensaio de penetração estática (cone) ✓Ensaio de palheta ✓Ensaio pressiométrico; ✓Prova de carga em placa; ✓Ensaio de permeabilidade “in situ”. Métodos indiretos 16 •Métodos indiretos: fornecem os dados do sub-solo através de certos indicadores tais como resistividade elétrica, velocidade de propagação de onda. ✓Eletro resistividade; ✓Sísmico de refração; ✓Radar. OBS: esses métodos exigem sempre a execução de outros tipos de sondagem (métodos diretos ou semi-diretos). Exercício Próxima aula Fazer um banner explicando o método semi-direto “Prova de carga em placa”. O modelo de banner encontra-se disponível no ulife. A entrega será feita via Ulife até 30/08/2025. 17 Standard Penetration Test (SPT). SPT 19 •Características: ✓Popular; ✓Rotineira; ✓Robusta; ✓Econômica. SPT 20 •O ensaio consiste na medida de resistência dinâmica conjugada a uma sondagem de simples reconhecimento. •A resistência dinâmica é obtida pelo número de golpes necessários para cravar um amostrador padrão; •A sondagem de simples reconhecimento é obtida através da amostra coletada pelo amostrador. Amostrador - Raymond Terzaghi 21 SAPATA 19,76 mm CORPO CABEÇA 152.00 mm76,00 mm 457 mm (mínimo) 3 5 ,0 0 m m D ia 2 2 ,0 0 m m ESFERA DE AÇO ORIFÍCIO ROSCA DE ACOPLAMENTO 5 1 ,0 0 m m 1 ,6 0 m m Amostrador - Raymond Terzaghi 22 Amostrador - Raymond Terzaghi 23 SPT 24 •Martelo 65kg •Altura de queda 75cm SPT 25 SPT 26 •Medida dinâmica: ✓Consiste em contar o número de golpes necessários para cravar 30 cm finais do amostrador. ✓Para tanto são registrados os números de golpes necessários para cravar 3 segmentos de 15 cm, sendo o NSPT o soma dos últimos dois segmentos de 15cm. SPT 27 • Sondagem de simples reconhecimento SPT 28 SPT 29 SPT 30 SPT 31 •O ensaio dinâmico efetuado pela cravação do amostrador no solo é realizado a cada metro. Portanto, tem-se um índice de resistência do solo a cada metro de sondagem. •Devido a cravação do amostrador tem-se a cada metro uma amostra de solo permitindo a obtenção das distintas camadas do subsolo. •Adicionalmente pelo processo executivo da perfuração (trado ou lavagem) pode-se determinar a passagem de uma camada para outra. SPT 32 CLIENTE: OBRA: LOCAL: MUNICÍPIO: SONDAGEM: FOLHA: C O T A R E L . R N R E V E S T I M E N T O A V A N Ç O A T R I T O L A T E R A L P R O F U N . A M O S T R A Número de Golpes 0 a 30 15 a 45 GRÁFICO Penetração 0 a 30 cm Penetração 15 a 45 cm Atrito Lateral em kPa CLASSIFICAÇÃO DO SOLO 10 20 30 40 50 100 150 200 (kPa) TH CA Na: COTA DO FURO: Dext=50,8 mm Dint=34,9 mm PESO 65kg-ALTURA DE QUEDA 75cm REVESTIMENTO D =76,2 mm AMOSTRADOR INÍCIO DA SONDAGEM: TÉRMINO DA SONDAGEM: RELATÓRIO : 5 5 6 8 5 7 8 7 7 8 8 7 9 9 8 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 8 8 10 11 8 10 11 9 10 12 10 11 13 15 14 SPT 33 •Criticas ao ensaio: ✓Diferenças de equipamentos; ✓Variações no procedimento do ensaio; ✓Dependência do operador. SPT – Diferenças no equipamento 34 • Sistema de elevação do martelo: ✓Manual; ✓Automático; ✓Com ou sem gatilho; ✓Sistema Mecanizado. SPT – Diferenças no equipamento 35 • Sistema de elevação manual. SPT – Diferenças no equipamento 36 •Com ou sem gatilho. SPT – Diferenças no equipamento 37 • Sistema de elevação mecanizado. SPT – Diferenças no equipamento 38 • Sistema Mecanizado (sistema importado) SPT – Diferenças no equipamento 39 •Martelo do sistema importado. ss1 1 2 3 4 5 n Q U E D A 1 Q U E D A 2 Q U E D A nPINO SENTIDO DA CORRENTE hq SPT - Normas 40 • IRPT – International Reference Test Procedure; •NBR 6485 (2000); •ASTM; •DIN. SPT - Normas 41 • NBR • Elevação Manual com corda de sisal; • Martelo com 65kg; • Altura de queda 75 cm; • Uso obrigatório de coxim de madeira; • Haste com 3,23kg/m; • Amostrador Raymond Terzaghi padrão. • ASTM • Elevação Mecanizada com gatilho; • Martelo com 63,5 kg, • Altura de queda 76 cm; • Martelo sem coxim de madeira; • Haste AW com 5,63kg/m; • Amostrador Raymond Terzaghi com rebaixo interno. SPT - Hastes 42 Critérios normativos Critérios normativos 44 •NBR 6484/2001: Solo - Sondagens de simples reconhecimento com SPT - Método de ensaio. •NBR 8036/83: Programação de sondagens de simples reconhecimento dos solos para fundações de edifícios. SPT - NBR 8036/83 45 •O número de sondagens deve ser o suficiente para fornecer um quadro, o melhor possível, da provável variação das camadas do subsolo do local de estudo. •Mínimo 2 sondagens para uma área (projeção) de até 200m². •Mínimo 3 sondagens para área (projeção) entre 200 e 400m². • Para área1200m². SPT - NBR 8036/83 46 •Em quaisquer circunstâncias o número mínimo de sondagens deve ser: a) dois para área da projeção em planta do edifício até 200 m²; b) três para área entre 200 m² e 400 m². •Nos casos em que não houver ainda disposição em planta dos edifícios, como nos estudos de viabilidade ou de escolha de local, o número de sondagens deve ser fixado de forma que a distância máxima entre elas seja de 100 m, com um mínimo de três sondagens. SPT - NBR 8036/83 47 •As sondagens devem ser localizadas em planta e obedecer às seguintes regras gerais: a) na fase de estudos preliminares ou de planejamento do empreendimento, as sondagens devem ser igualmente distribuídas em toda a área; na fase de projeto podem-se localizar as sondagens de acordo com critério específico que leve em conta pormenores estruturais; b) quando o número de sondagens for superior a três, elas não devem ser distribuídas ao longo de um mesmo alinhamento. SPT - NBR 8036/83 48 •A distância entre os furos de sondagem deve ser de 15 a 25m, evitando que fiquem numa mesma reta e de preferência, próximos aos limites da área em estudo. Exercício 1 Pede-se indicar o número mínimo de furos de sondagem de simples reconhecimento de acordo aos padrões técnicos para os seguintes casos: a) Se APP = 180 m2; b) Se APP = 300 m2; c) Se APP = 750 m2; d) Se APP = 2.250 m2. 49 OBS. APP = Área de projeção em planta de um edifício em m2. Exercício 2 Com base na tabela de valores do ensaio de SPT de um determinado furo de sondagem, indicado na Tabela abaixo, calcular os valores de N. 50 Exercício 3 A escolha do tipo de fundações depende de diversos fatores, entre eles a topografia do terreno, localização, características dos solos e características da obra. O perfil de sondagem S1 é característico de algumas praias do litoral catarinense onde estão sendo executadas algumas das edificações mais altas do Brasil. Com base no perfil de sondagem S1, a assinale a única alternativa verdadeira. 51 52 Exercício 3 53 Exercício 3 Para que serve o NSPT para as fundações? 55 Relação entre tensão admissível (qa) e o NSPT (Empíricos) 56 Relação entre tensão admissível (qa) e o NSPT (Empíricos) 57 Método semi-empírico 𝑍 = 2,5 × 𝐵 𝑍 = 1,5 × 𝐵 𝑍 = 4,0 × 𝐵 •Sapata Retangular: •Sapata Circular: •Sapata Corrida: 𝜎𝑠 = ഥ𝑁𝑆𝑃𝑇 50 (𝑀𝑃𝑎)•Tensão admissível: B Z Exercício 4 Para a construção de um edifício de dez andares, foram realizadas sondagens a percussão SPT, cuja sondagem representativa está apresentada abaixo. Calcular qual será a tensão admissível do solo para sapatas retangulares (neste caso quadrada) apoiadas, com lado de 3m, na cota -2m. 58 Exercício 4 59 Exercício 5 Determinar a taxa admissível do solo na base de uma sapata quadrada de 2m (B=L), assente no horizonte de argila siltosa com N do SPT igual a 5, pela fórmula de Terzaghi. 60 Dúvidas e/ou questionamentos? Literatura recomendada 62 •CAPUTO, A.N.; CAPUTO, H.P. Mecânica dos Solos e Suas Aplicações, Volume 1. Rio de Janeiro: LTC, 2015 (ebook). (Capítulo 14) •KNAPPETT, J.A.; CRAIG, R.F. Mecânica dos Solos. Rio de Janeiro: LTC, 2018 (ebook) (capítulo 6) Próxima aula •PINTO, C.S. Curso Básico de Mecânica dos Solos. São Paulo: Oficina de Textos, 2006. (Capítulo 5 e 8) •CAPUTO, A.N.; CAPUTO, H.P. Mecânica dos Solos e Suas Aplicações, Volume 1. Rio de Janeiro: LTC, 2015 (ebook). (Capítulo 10) Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63