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As 5 Forças de Porter

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As 5 Forças de Porter 
 
O modelo de análise das 5 Forças de Porter publicado em 1979 na Harvard 
Business Review é utilizado até hoje em análises de mercado, tanto para 
determinar a atratividade (valor) desse mercado, como para se obter informações 
para fundamentar um planejamento estratégico de lançamento de um novo 
produto ou serviço, ou para um reposicionamento no mercado 
 
Embora o ambiente de negócios, hoje, seja muito mais sofisticado do que há 30 
anos, quando do lançamento do artigo, os princípios básicos do modelo continuam 
válidos e permitem uma análise rápida e simples do ambiente de competição, sem 
a necessidade de se ser um especialista em planejamento estratégico, para se 
fazer essa análise. 
 
Segundo o modelo de Porter, as forças que influenciam as estratégias do negócio 
são: 
 
Ameaças a Novos Entrantes. Isto é, as ameaças relacionadas com a 
possibilidade e a viabilidade da entrada de novos competidores no mercado, ou 
seja, as Barreiras de Entrada. A perspectiva de análise desta força é a de avaliar a 
possibilidade de terceiros entrarem no mercado. Por exemplo, a necessidade de 
ter economia de escala para entrar no mercado ou proteção à tecnologia ou taxas 
ou cotas de importação. 
 
 
Fornecedores. O poder de barganha dos fornecedores. Um exemplo, seria 
quando existem poucos fornecedores que atendem um mercado, o que na prática 
lhes possibilita ter um maior controle sobre os preços praticados, podem 
desenvolver cartéis, ou mesmo restringir a possibilidade de escolha de 
fornecedores e negociação de melhores condições de fornecimento, com isso o 
poder de barganha dos fornecedores aumenta. 
 
 
Clientes. O poder de barganha dos clientes. Aqui a perspectiva é do lado do 
cliente, o quanto é fácil, para o cliente, trocar de fornecedor ou barganhar o preço 
e condições de fornecimento. Se no mercado existirem muitos produtos ou 
serviços atendendo o mesmo nicho de mercado, com certeza será fácil para o 
cliente trocar de fornecedor. Outro exemplo seria o caso inverso, existem poucos 
clientes que compram nesse nicho de mercado, e se você perder esse cliente, 
para quem irá vender, se os outros clientes já estiverem bem atendidos? 
 
Produtos ou Serviços substitutos. A existência de produtos ou serviços 
substitutos. A possibilidade de os clientes terem suas necessidades atendidas por 
produtos ou serviços similares ou que ao final o resultado seja o mesmo, é um 
fator a considerar. Por exemplo, um fabricante de um software que automatiza um 
processo de um cliente. Se esse software extrapolar o preço ou condições de sua 
utilização, o cliente pode mudar o controle do processo produtivo para manual, 
ou terceirizar esse controle de modo que envolva, inclusive, o sistema 
informatizado. 
 
Todas estas forças influenciam o comportamento do Mercado e a Rivalidade. 
 
Sobre o Mercado e a Rivalidade. Se juntamente com a companhia existem vários 
competidores com o mesmo tipo de produto ou serviço, e com a mesma 
atratividade de preço, condições, qualidade e mesmo posicionamento, certamente 
a posição de poder da empresa neste ambiente não será boa. Por outro lado, se 
entrar no mercado com um diferencial que não seja acompanhado pelos 
concorrentes, o poder desta companhia, dentro deste mercado, será maior. 
 
As ameaças a novos entrantes, ou barreiras de entrada, podemos citar, como 
exemplo, para análise: 
 
• A economia de escala 
• Custo e tempo de entrada no mercado 
• Vantagens de custo 
• Proteção à tecnologia 
• Identificação com marcas 
• Acesso à tecnologia 
• Acesso a distribuição 
• Acesso aos insumos 
• Políticas governamentais (taxas e cotas) 
• Necessidade de capital 
• Curva de aprendizado sobre o mercado 
• Retaliações esperadas 
 
No que respeita ao poder dos fornecedores podemos referir, para estudo: 
 
• Número (concentração) de fornecedores 
• Tamanho dos fornecedores 
• A marca do fornecedor é forte 
• A habilidade para substituir 
• Importância do volume de compra para o fornecedor 
• Custo de mudança de fornecedor 
 
Sobre o poder do cliente, como sugestão para análise: 
 
• Concentração de clientes versus concentração da indústria (competidores) 
• Diferença (diferenciação) entre os competidores 
• Sensibilidade ao preço (lucratividade/margem dos clientes) 
• Volume de compra dos clientes 
• O papel da qualidade e do serviço 
• O custo para o cliente em trocar de fornecedor 
• Variação de custos do cliente em relação à variação de custo da indústria 
 
E, sobre os produtos ou serviços substitutos: 
 
• Custo relativo e a performance de um substituto 
• Custo da mudança para o substituto 
• A propensão do cliente em adotar um substituto 
 
Não adianta somente fazer o estudo de todas as forças do modelo. Para que seja 
eficaz, em seguida, deve ser elaborada a análise dos pontos fortes e fracos da 
companhia versus cada ponto determinado, em cada força. 
 
Com esta análise o estrategista poderá posicionar a companhia de modo a 
potencializar as vantagens da empresa, a definir as melhores defesas contra as 
forças competitivas e a balancear o quadro geral de forças através de movimentos 
estratégicos, de modo a posicionar a companhia vantajosamente. 
 
Referência: PORTER, M. How competitive forces shape strategy. Harvard Business Review, Mar/Apr, 
1979. Disponível em: http://my.execpc.com/~jpurtell/HBR-HowCompetitiveForcesShapeStrategy.pdf>. 
Acesso em: 13 dez. 2009

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