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HIDROCEFALIA é o mais complexo e diferenciado do organismo, sendo o primeiro a se diferenciar embriológicamente e o último a completar o seu desenvolvimento. SISTEMA NERVOSO CENTRAL SISTEMA NERVOSO CENTRAL SISTEMA NERVOSO CENTRAL O tecido do SNC é muito delicado, por isso, apresenta um elaborado sistema de proteção que consiste de 04 estruturas: Crânio Meninges Dura-máter (meninge mais superficial, formada por dois folhetos, um interno e outro externo. Aracnóide (membrana justaposta à dura-máter,separada pelo espaço subdural e separada da pia-máter pelo espaço subaracnóideo) Pia-máter (é a meninge mais interna, que se adere intimamente à superfície do encéfalo e da medula) Líquido Cefalorraquidiano (líquor ou fluido cerebral espinhal) Barreira Hematoencefálica (barreira sangue-cérebro ) SISTEMA NERVOSO CENTRAL O SNC é responsável por receber e processar informações,ele é constituído de encéfalo e medula espinhal, protegidos pelo crânio e pela coluna vertebral, tanto o crânio como a coluna espinhal são reforçadas por 03 lâminas conjuntivas, denominadas meninges; entre as meninges aracnóide e pia-máter existe o líquido céfalorraquidiano. SISTEMA NERVOSO CENTRAL LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO (LCR) tem como função amortecer e minimizar os traumas no córtex cerebral e na medula espinhal, também tem a função de nutrir o tecido nervoso e remover resíduos metabólicos do mesmo. se forma nos plexos coróides (amontoados de células epiteliais responsáveis por absorver e filtrar o líquido plasmático e transformá-lo no líquido cefalorraquidiano) esses plexos ficam no interior dos ventrículos é renovado a cada 08 horas ,sendo eliminado pelo seio sagital superior. É importante o equilíbrio entre a formação e a eliminação para manter a pressão de líquor dentro do cérebro (normalmente em 10 mm/Hg) Em RN`s a quantidade de líquor é entre 10 e 60 ml Em adultos a quantidade de líquor é entre 100 a 150 ml. LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO (LCR) palavra derivada do grego hidro=água; céfalo=cabeça Aumento da quantidade do LCR dilata os ventrículos e comprime o cérebro contra os ossos do crânio Em bebês e crianças menores, a cabeça se alargará, pois as fontanelas não se fecharam, já em crianças mais velhas e adultos, o tamanho da cabeça não aumenta porque os ossos que formam o crânio já estão completamente unidos. HIDROCEFALIA - Conceito HIDROCEFALIA HIDROCEFALIA HIDROCEFALIA HIDROCEFALIA Hidrocefalia Obstrutiva Hidrocefalia Não-Obstrutiva Hidrocefalia de Pressão Normal Hidrocefalia Congênita HIDROCEFALIA - Etiologia Hidrocefalia Congênita Desenvolvimento anormal do SNC, que pode obstruir o fluxo de fluido cerebrospinal Sangramento dentro dos ventrículos - uma possível complicação de parto prematuro Infecção no útero durante a gravidez, como rubéola ou sífilis, que pode causar inflamação nos tecidos cerebrais do feto Outros Fatores Lesões ou tumores no cérebro ou na medula espinal; Infecções no sistema nervoso central, como meningite bacteriana ou caxumba; Sangramento no cérebro decorrente de AVC ou traumatismo craniano; Outras lesões traumáticas do cérebro HIDROCEFALIA – Fatores de Risco Em bebês: Cabeça bem maior do que o normal; Aumento rápido do tamanho da cabeça; Moleira na parte superior da cabeça. Vômitos Sonolência Irritabilidade Má alimentação Convulsões Olhos fixos voltados para baixo Déficits no tônus muscular e pouca força muscular HIDROCEFALIA – Sintomas Em crianças mais velhas: Dor de cabeça Visão turva ou dupla Aumento anormal da cabeça da criança Sonolência Dificuldade para permanecer acordado ou para acordar Náuseas ou vômitos Equilíbrio instável Má coordenação Falta de apetite Convulsões Sintomas Físicos HIDROCEFALIA – Sintomas Em crianças: Irritabilidade; Mudança de personalidade; Déficit de atenção; Declínio no desempenho escolar; Atrasos ou problemas com habilidades anteriormente adquiridas, como andar ou falar. Alterações Comportamentais e Cognitivas Em adultos: Dor de cabeça Dificuldade para manter-se acordado ou para acordar Perda de coordenação ou equilíbrio Perda de controle da bexiga ou uma necessidade frequente de urinar Deficiência visual Declínio da memória, concentração e outras habilidades de pensamento que podem afetar o desempenho no trabalho Em idosos: Perda de controle da bexiga ou uma necessidade frequente de urinar; Perda de memória; Perda progressiva de outras habilidades de pensamento ou de raciocínio; Dificuldade para caminhar; Má coordenação ou equilíbrio; Movimentos mais lentos que o normal. Procure atendimento médico de emergência para bebês e crianças que apresentem os seguintes sinais e sintomas: Grito estridente decorrente de dor Problemas com amamentação e alimentação Vômitos recorrentes e sem explicação Dificuldades respiratórias Convulsões Especialistas que podem diagnosticar hidrocefalia: Clínico geral Pediatria Geriatria Neurologia HIDROCEFALIA – Buscando Ajuda Médica Questionário sobre sinais e sintomas; Exame físico; Exame neurológico, que inclui testes de força muscular, reflexo, sensibilidade ao tato, audição, coordenação, equilíbrio, humor, entre outros; Exames de imagem do cérebro, como ultrassons, ressonância magnética e tomografia computadorizada HIDROCEFALIA – Diagnóstico Derivação (SHUNT) DVE (Derivação Ventricular Externa) DVP (Derivação Ventricular Peritoneal) Outros tratamentos podem incluir: Antibióticos em caso infecção Neuroendoscopia Remoção ou cauterização das partes do cérebro que produzem LCR Check-ups regulares para certificar-se de que não há problemas adicionais. Exames feitos regularmente para verificar o desenvolvimento da criança, e para saber se há problemas intelectuais, neurológicos ou físicos. HIDROCEFALIA – Tratamento HIDROCEFALIA HIDROCEFALIA HIDROCEFALIA HIDROCEFALIA HIDROCEFALIA – Cuidados de Enfermagem EM USO DE DVE E DVP: 1. Observar e registrar sinais de irritabilidade, letargia ou atividade convulsiva; 2. Avaliar a evolução da hidrocefalia; 3. Medir diariamente o perímetro cefálico; 4. Verificar e registrar sinais vitais; 5. Evitar alimentação antes ou após manipulação do paciente; 6. Observar e registrar aceitação da dieta alimentar; 7. Orientar jejum de 6h antes da cirurgia; 8. Apoiar a cabeça do paciente ao movimentá-lo; 9. Promover mudança de decúbito a cada 2 horas; (* Evitar pneumopatia e úlcera de decúbito) 10. Observar e registrar entrada e saída de líquidos (* Avaliar retensão líquida) 11. Observar e registrar características das eliminações intestinais (* Evitar possível obstipação e/ou distensão abdominal) 12. Instituir medidas de higiene geral e cuidados à pele; 13. Encorajar a participação dos pais e acompanhantes nos cuidados; 14. Oferecer apoio emocional e explicar os procedimentos aos pais e acompanhantes, amenizar a ansiedade. EM USO DE DVE: 1.Manter elevação de 30º; 2. Observar e avaliar o nível de consciência; 3. Posicionar sobre o lado não operado; 4. Zerar o cateter de DVE no conduto auditivo externo, devendo ser zerado na admissão e toda vez que for alterado o nível de cabeceira; 5. Manter a altura do DVE de acordo com a decisão da equipe de neurocirúrgica; 6. Avaliar o funcionamento da válvula; 7. Observar se há extravasamento de líquor, a cada duas horas ou quando instabilidade. Notificar quando alterações no débito; 8. Manipular com cuidado o paciente para evitar o tracionamento do cateter. Se houver obstrução e/ ou tração, nunca desobstruir e/ou reposicionar; 9. Nunca aspirar ou ejetar solução no cateter; HIDROCEFALIA – Cuidados de Enfermagem HIDROCEFALIA – Cuidados de Enfermagem EM USO DE DVE: 10. Realizar curativo na região peri-cateter uma vez por dia e, se necessário; 11. Em caso de coleta de líquor, certificar-se do local da coleta (punção lombar ou do cateter); 12. Nunca esquecer de abrir o cateter de DVE depois de realizar qualquer procedimento. Solicitar da equipe clínica, qual o limite de drenagem; 13. Fechar o cateter de DVE durante o transporte ou quando abaixar a cabeceira; 14. Manter controle dos SSVV; 15. Observar e registrar entrada e saída de líquidos; 16. Registrar o tempo de permanência do cateter, comunicar a equipe após 14 dias; 17. Desprezar a bolsa coletora quando atingir 2/3 de sua capacidade ao manipular a via de saída da bolsa, manter técnica asséptica; 18. Observar e registrar aceitação alimentar, vômitos, responsividade diminuída e atividade convulsiva. EM USO DE DVP: 1. Identificar sinais e sintomas da subdrenagem (são os mesmos do aumento da PIC) *Náuseas, vômito; *Apnéia, bradicardia e irritabilidade; *Convulsões; *Fontanela tensa e protuberante, ingugitamento das veias do couro cabeludo; *Edema no trajeto dos catéters, devido desconexão e extravasamento de LCR do sistema de derivação; *Sensibilidade a luz e outros distúrbios visuais 2. Medir e avaliar perímetro encefálico diariamente; 3. Realizar curativo diário no sítio de inserção do catéter; 4. Orientar aos pais sobre como lidar com a criança hidrocéfala ou a criança com o catéter implantado funcionante. HIDROCEFALIA – Cuidados de Enfermagem Podem variar muito e muitas vezes são difíceis de prever. Se a hidrocefalia for congênita, pode resultar em deficiência intelectual e no retardo do desenvolvimento mental e físico. Adultos que sofreram um declínio significativo na memória ou de outras habilidades de pensamento geralmente têm uma recuperação mais lenta e menos eficaz, bem como sintomas persistentes. HIDROCEFALIA – Complicações Com a ajuda de terapias de reabilitação e intervenções educativas, muitas pessoas com hidrocefalia são perfeitamente capazes de viver normalmente, com algumas poucas limitações, dependendo do caso. Maneiras de reduzir o risco da doença: Se você estiver grávida, comece o pré-natal o quanto antes Proteja-se contra doenças infecciosas. Siga a vacinação recomendada, previna e trate rapidamente infecções e outras doenças associadas à hidrocefalia HIDROCEFALIA – Convivendo/Prognóstico e Prevenção Referências http://www.minhavida.com.br/saude/temas/hidrocefalia http://www.brasilclinicas.com.br/artigos/ler.aspx?artigoID=153 http://www.infoescola.com/doencas/hidrocefalia/ http://neurocirurgia.me/Neurocirurgia/Hidrocefalia.html Paciente indiana Roona Begum Os indianos lançaram uma campanha para ajudar uma menina de 18 meses (na epóca) que sofria de hidrocefalia, uma doença rara que é definida pelo aumento do volume do espaço contendo fluido cerebrospinal. A cabeça de Roona tinha uma circunferência de 94 cm, duas vezes maior do que o normal, o que a impede de ficar de pé ou engatinhar. A menina vivia no pobre estado de Tripura (nordeste) com seus pais, que não tinham condições para internar e tentar uma operação. Uma campanha foi iniciada para juntar recursos para que a menina pudesse ser submetida a um tratamento médio. Um famoso cirurgião indiano prometeu examinar Roona para ver se você podia operá-la. Uma operação foi financiada com doações - incluindo US$ 57 mil arrecadados por dois estudantes noruegueses em uma campanha pela internet. A enfermidade fez com que sua cabeça virasse uma circunferência de 94 centímetros, pressionando o cérebro e impossibilitando a menina de sentar ou engatinhar. A cirurgia de quatro horas ocorreu em Nova Délhi. "A cirurgia de hoje foi a maior realizada em termos de remodelação da cabeça. Penso que saiu bem.", afirmou o neurocirurgião Sandeep Vaishya. Os médicos fizeram pequenos orifícios nos ossos separados do crânio em consequência da pressão do fluido, os aproximaram e juntaram, para garantir que os tecidos do interior ficassem completamente cobertos pelos ossos. Roona Begum ao lado dos pais após passar pela cirurgia. Menina de 21 meses é carregada pelos pais na após receber alta do hospital. O estado de saúde de Roona Begum melhorou significativamente, segundo os neurocirurgiões responsáveis pelas várias cirurgias a que ela foi submetida. Roona Begum descansa em casa, cercada de parentes, após deixar o hospital. Ela foi liberada depois de quase quatro meses de tratamento para corrigir a desordem que deixou seu crânio hipertrofiado. Roona Begum – Antes e Depois
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