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CINESIOTERAPIA PAR SINDROME DO IMPACTO

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Anhanguera Educacional
Correspondência/Contato
Alameda Maria Tereza, 4266
Valinhos, SP - CEP 13278-181
rc.ipade@anhanguera.com
Coordenação
Instituto de Pesquisas Aplicadas e 
Desenvolvimento Educacional - IPADE
Publicação: 5 de março de 2010
Trabalho realizado com o incentivo e fomento
 da Anhanguera Educacional S.A.
Tainara Druzian Peinado
Anderson dos Santos Stefanutto
Curso: Bacharelado - 
Fisioterapia
Faculdade Anhanguera de 
Indaiatuba
Trabalho apresentado em: 
V Semana Científica da Fisioterapia- 
Faculdade Anhanguera de Indaiatuba 
(2011). Prêmio de melhor apresentação 
oral. 
11ª Congresso Nacional de Iniciação 
Científica – CONIC – 2011
Evento interno Universidade Anhanguera 
de Indaiatuba
RESUMO
A compressão das estruturas localizadas no espaço subacromial 
resulta em inflamação e degeneração, patologia conhecida como 
síndrome do impacto. A intervenção fisioterápica faz parte 
do tratamento conservador, que é essencial para a regressão 
álgica e melhora da funcionalidade do complexo articular do 
ombro. O objetivo da presente pesquisa foi analisar a eficácia 
do tratamento fisioterapêutico em grupo sem a utilização de 
recursos eletrotermofototerapeuticos. O tratamento utilizado foi 
a cinesioterapia com exercícios de fortalecimentos musculares, 
alongamentos, exercício pendular, mobilizações articulares 
passivas e ativas e exercícios proprioceptivos. Trata-se de um 
estudo de campo, realizado no ambulatório de ortopedia da 
Faculdade Anhanguera de Indaiatuba, que avaliou portadores de 
síndrome do impacto. Participaram da pesquisa seis pacientes, 
que corresponderam com resultados eficazes aos objetivos do 
tratamento, obtendo boa evolução do quadro álgico, aumento 
na graduação de amplitude de movimento e força muscular e 
melhora da propriocepção. O protocolo de tratamento utilizado 
na pesquisa pode auxiliar a prática fisioterápica de locais que 
possuem grande demanda de atendimento e que não possuem 
recursos eletrotermofototerapêuticos, como por exemplo, clínicas 
vinculadas ao Sistema Único de Saúde (SUS). 
Palavras-Chave: síndrome do impacto, ombro, cinesioterapia.
CINESIOTERAPIA PARA SÍNDROME DO IMPACTO
ANUÁRIO DA PRODUÇÃO DE 
INICIAÇÃO CIENTÍFICA DISCENTE 
VOl. 14, Nº26. , ANO 2011
290 Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente
1. INTRODUÇÃO 
O ombro é um conjunto composto por cinco articulações: esternoclavicular, glenoumeral, 
acromioclavicular, coracoclavicular e escapulotorácica, esta formação anatômica promove 
maior mobilidade a custo de menor estabilidade do ombro (EJNISMANN, 2008).
O manguito rotador é formado por quatro músculos: o subescapular, supra-espinhal, 
infra-espinhal e redondo menor. Todos eles se originam na escápula e se inserem nas 
tuberosidades da cabeça do úmero (SIZÍNIO, 2008). As patologias associadas ao manguito 
rotador são cerca de 50 a 70% causas de problema no ombro (DUTTON, 2010). As funções 
do manguito rotador são estabilização articular glenoumeral, alinhando a cabeça do úmero 
na cavidade glenoidal, nutrição articular e sustentação da cápsula. Ainda que não participe 
do manguito rotador, a cabeça longa do bíceps se localiza entre o músculo subescapular 
e supra-espinhal. A sua função é a estabilização anterior da cabeça do úmero e depressão 
da cabeça do úmero quando o membro está em rotação externa, ocorrendo o alívio da 
compressão entre o tubérculo maior e a porção inferior do acrômio. (SIZÍNIO, 2008).
A síndrome do impacto é uma patologia inflamatória e degenerativa que ocorre por 
compressão mecânica das estruturas que estão no espaço subacromial (METZKER, 2010).
No espaço subacromial situam-se três elementos que são impactados: a cabeça longa 
do bíceps, tendão do supra-espinhal e a bolsa subacromial (SIZÍNIO, 2008). O tendão do 
supra-espinhal é o mais afetado nas lesões, devida a precária localização abaixo do acrômio 
inferior (DUTTON, 2010). A natureza microtraumática e degenerativa leva à tendinopatia 
dos músculos do manguito rotador, com possível evolução para rupturas parciais ou totais 
desses músculos (METZKER, 2000).
A fadiga do manguito rotador pode desencadear a síndrome do impacto, pois a cabeça 
do úmero se eleva contra o acrômio e o processo coracóide. Por isso o fortalecimento do 
manguito rotador protege os tecidos contra lacerações, já que o trabalho de fortalecimento 
muscular permite que a musculatura e ligamentos sejam capazes de resistir à fadiga durante 
longos períodos de esforço (BUSSO, 2004).
O uso do membro em flexão anterior ou abdução excessiva pode levar a um impacto, 
então fica possível o acometimento de indivíduos jovens. Outro aspecto importante dessa 
patologia é sua relação com algumas atividades no trabalho; quando há movimentos do 
membro superior em elevação por longos períodos (METZKER, 2010).
 A vascularização também constitui um dos fatores etiológicos dos desenvolvimentos da 
síndrome do impacto. A “área crítica de Coodman”, localizada próxima a inserção do supra-
espinhal, geralmente é a zona onde se iniciam as lesões, pelo fato de ser hipovascularizada 
e se encontrar comprimida entre o acrômio e o tubérculo maior (SIZÍNIO, 2008). O quadro 
clínico do portador de síndrome do impacto se baseia em dor, crepitação, força muscular 
diminuída principalmente em abdução e rotação externa, contratura (capsulite adesiva), 
CINESIOTERAPIA PARA TRATAMENTO DA SÍNDROME DO IMPACTO
291
tendinite ou ruptura da cabeça longa do bíceps (SIZÍNIO, 2008). 
A queixa inicial é uma forte dor no braço, que pode ser irradiada e geralmente piora 
depois das atividades à noite, quando o paciente deita sobre o membro afetado e com ações 
como alcançar a cabeça ou vestir um casaco (DUTTON, 2010). 
O quadro clínico é variável, dependendo da fase de evolução da patologia, em um 
estudo que avaliou a dor e função física em trabalhadores com síndrome do impacto, 
foi concluído que a dor e consequente limitação funcional estiveram presentes no grupo 
estudado, estando as mulheres mais propensas a relatarem incapacidade física e dor quando 
comparadas aos homens. Vale ressaltar que a dor pode ser espontânea e agravar pós-esforço, 
sendo proporcional ao grau de inflamação dos tecidos periarticulares. Contudo, durante a 
noite, a manifestação dolorosa geralmente aumenta e isso se deve ao estiramento das partes 
moles (METZKER, 2010).
A síndrome do impacto segue por três estágios: estágio I: edema, inflamação e 
hemorragia da bursa e dos tendões do manguito rotador, ocorrendo principalmente em 
jovens; estágio II: espessamento da bursa e fibrose dos tendões, ocorrendo em indivíduos 
entre 25 e 40 anos e estágio III: ruptura completa do manguito rotador, associada com 
alterações ósseas da cabeça do úmero e do acrômio, ocorrendo em indivíduos acima de 40 
anos (LECH, 2000).
O modelo de tratamento conservador é freqüentemente utilizado, processo no qual 
a fisioterapia assume papel fundamental, referenciada como o recurso terapêutico mais 
indicado (METZKER, 2010).
Segundo um estudo realizado por Phadke, em 2009, foi identificado alterações 
musculares na amplitude ou no tempo de ativação em diversas investigações que compararam 
sujeitos portadores de síndrome do impacto com controles saudáveis. As alterações incluem 
ativação reduzida do músculo serrátil anterior médio ou inferior e do manguito rotador, 
ativação retardada do trapézio médio e inferior, assim como maior ativação do trapézio 
superior e do deltóide médio em sujeitos com síndrome do impacto. Além disso, sujeitos 
com o músculo peitoral menor com curto comprimento de repouso apresentam padrões 
alterados de cinemática escapular semelhantes aos encontrados em pessoas com síndrome 
do impacto (PHADKE, 2009).
A cinesioterapia é um estímulo motor para o crescimentoe reparo dos tecidos 
musculoesqueléticos, estímulo ao mecanismo neurológico e manutenção de suas atividades 
por meio do movimento. (GREVE, 2007)
No fortalecimento muscular do manguito rotador, que é o principal estabilizador da 
articulação glenoumeral, a cabeça do úmero inferioriza se estabilizando na articulação e 
consequentemente diminuindo micro traumas que geram o processo inflamatório e algia 
na região. O fortalecimento protege os tecidos contra lacerações, já que o trabalho de 
Vol.14 , Nº. 26 Ano 2011 • p. 289 - 297 
Tainara Druzian Peinado, Anderson dos Santos Stefanutto
292 Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente
fortalecimento muscular permite que a musculatura e ligamentos sejam capazes de resistir 
à fadiga durante longos períodos de esforço. (BUSSO, 2004)
A propriocepção é a ferência sensorial levada ao sistema nervoso central mediante 
informações de vários tipos de receptores, localizados em diferentes estruturas e tem por 
objetivo reconhecimento da condição espacial e posicionamento de um segmento naquele 
instante (GREVE, 2007).
Quanto à mobilização, alguns autores sugerem que contribui para a diminuição da 
dor pelos mecanismos ini bitórios descendentes que utilizam a serotonina e a noradrenalina, 
via projeções corticoespi nhais, com origem na substância cinzenta peria quedutal, a qual 
poderá ser ativada por meio da mobilização. O estímulo mecânico (mo bilização) dá origem 
a uma série de respostas neurofisiológicas ao nível do sistema nervoso periférico, tais como 
alterações na resposta in flamatória e/ou diminuição da concentração de substâncias álgicas, 
e ao nível do sistema nervo so central, incluindo mecanismos ao nível da medula es pinal 
e mecanismos supraespinais, que se traduzem numa diminuição da dor (SANTOS, 2011). 
Os exercícios pendulares têm o objetivo de alongamento da cápsula articular e tração na 
articulação glenoumeral (METZKER, 2010). 
2. OBJETIVO 
O objetivo da pesquisa foi analisar a eficácia de um protocolo de tratamento fisioterapêutico 
utilizando a cinesioterapia em grupo para portadores de síndrome do impacto, propondo 
aos pacientes atividades para a melhora da dor e funcionalidade do complexo articular do 
ombro, sem recorrer a recursos eletrotermofototerapêuticos que são utilizados em tratamento 
de fisioterapia convencional. 
3. METODOlOgIA
Trata-se de um estudo de campo, realizado no ambulatório de ortopedia da Faculdade 
Anhanguera de Indaiatuba. Participaram da pesquisa seis pacientes portadores de síndrome 
do impacto subacromial, que preenchiam os seguintes critérios: dor na região do ombro, 
com diagnóstico médico e clínico confirmado pela avaliação fisioterápica. 
Como condutas utilizadas dentro dos parâmetros cinesioterapêuticos, foram realizados 
alongamentos, fortalecimentos musculares, mobilizações articular passiva e ativa, exercícios 
pendulares de Coodman e exercício proprioceptivo.
Os materiais utilizados foram halteres, tornozeleiras com carga utilizada em membro 
superior, cronômetros, faixas elásticas, bola de futebol, escaldar e macas. 
Para a realização da prática fisioterápica em grupo, participaram da pesquisa seis 
CINESIOTERAPIA PARA TRATAMENTO DA SÍNDROME DO IMPACTO
293
pacientes por sessão, que durou aproximadamente uma hora, os mesmos foram orientados 
e supervisionados dois graduandos em fisioterapia, aptos a desenvolverem essa função. 
4. DESENVOlVIMENTO 
A avaliação foi composta de anamnese, graduação de força muscular manual de zero a cinco 
dos movimentos de flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e rotação externa, 
graduação de amplitude de movimento através da goniometria dos movimentos de flexão, 
extensão, abdução, rotação interna e rotação externa, escala visual numérica para representar 
o grau da dor em que foi utilizada a graduação de zero a dez e testes especiais para as 
estruturas do ombro: Jobe, Gerber ou Lift-off, Patte, Speed, Neer e Yocum. O tratamento foi 
realizado com vinte sessões de fisioterapia, três vezes por semana. 
A gráfico 1 demonstra o perfil dos pacientes envolvidos na pesquisa, os dados foram 
obtidos através da anamnese na primeira avaliação fisioterápica e expressos através do 
programa Excel.
Gráfico 1 – Perfil dos pacientes envolvidos na pesquisa
A tabela 1 especifica as condutas, com repetições, séries, material e resistência utilizados para 
cada conduta em todas as sessões e a tabela 2 especifica as condutas acrescidas e aplicadas da décima 
primeira até a vigésima sessão.
Tabela 1 – Condutas utilizadas em todas as sessões
FORTALECIMENTO MUSCULAR – Tipo: Isométrico evoluindo para o concêntrico
Rotadores externos (com faixa elástica) 3 séries de 15 repetições
Rotadores internos (com faixa elástica) 3 séries de 10 repetições
Supra-espinhal (com halter) 3 séries de 15 repetições
Bíceps (com halter) 3 séries de 15 repetições
Rotadores externos (com faixa elástica) 3 séries de 15 repetições
A carga de peso foi aumentada gradativamente de acordo com o feedback do paciente.
AUTO ALONGAMENTO 
Peitoral maior 3 séries de 30 segundos cada 
Deltóide e trapézio (fibras médias) 3 séries de 30 segundos cada 
Trapézio (fibras superiores) 3 séries de 30 segundos cada 
Bíceps braquial 3 séries de 30 segundos cada 
Tríceps braquial 3 séries de 30 segundos cada 
Tainara Druzian Peinado, Anderson dos Santos Stefanutto
Vol.14 , Nº. 26 Ano 2011 • p. 289 - 297 
294 Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente
MOBILIZAÇÃO PASSIVA 
Esterno-clavicular (ântero-posterior) 1 série de 01 minuto
Esterno-clavicular (crânio-caudal) 1 série de 01 minuto
Acrômio-clavicular (ântero-posterior) 1 série de 01 minuto
Escápulo torácica (Multidirecional) 1 série de 01 minuto
Esterno-clavicular (ântero-posterior) 3 séries de 01 minuto cada
EXERCÍCIO PENDULAR DE COODMAN 
Realização ativa por três minutos, com movimentos circulares e retos (ântero-posterior e latero-lateral). Foi realizado 
com carga de peso em punho do paciente.
Tabela 2 – Condutas acrescidas após a décima sessão até o término do tratamento.
FORTALECIMENTO – Tipo concêntrico
Trapézio fibras médias (com faixa elástica) 3 séries de 15 repetições
Trapézio fibras superiores (com faixa elástica) 3 séries de 10 repetições
Rombóides (com faixa elástica) 3 séries de 15 repetições
Serrátil anterior (com faixa elástica) 3 séries de 15 repetições
A carga de peso foi aumentada gradativamente de acordo com o feedback do paciente.
EXERCÍCIO PROPRIOCEPTIVO
Com o paciente deitado e de olhos fechados, utilizando uma bola de futebol, os membros superiores em flexão devem 
segurar a bola com leve força oposta provocada por um estímulo externo.
5. RESUlTADOS 
Os dados foram obtidos através de duas avaliações, sendo a primeira antes de iniciar o 
programa de tratamento e outra após a vigésima sessão. 
Em geral, os pacientes apresentaram boa evolução do quadro álgico, aumento da 
graduação de força muscular e amplitude de movimento. Durante o tratamento, apenas 
um paciente apresentou piora do quadro (na nona sessão), obtendo recidiva da algia e força 
muscular, principalmente em rotação externa e abdução, porém na décima segunda sessão, 
o paciente obteve melhora do quadro, aumentando gradativamente a carga aplicada aos 
exercícios de fortalecimento, este fato possivelmente foi associado com as atividades de 
vida diária do paciente, que foram intensificadas nesse período, o que o prejudicou para a 
evolução do quadro durante o tratamento.
Dois pacientes, ambos do sexo masculino, foram os que menos responderam com 
resultados eficazes ao tratamento, pois os mesmos apresentavam o quadro de síndrome do 
impacto mais agravado, o que demandaria quantificações maiores de sessões fisioterápicas. 
Os resultadosforam expressos em médias e desvios padrões e os dados foram 
submetidos à análise estatística paramétrica. Foi utilizado o teste t Student e para todas as 
análises foi considerado o valor de *P < 0.05. 
O gráfico 2 representa as médias dos valores de amplitude de movimento dos 
movimentos do ombro, antes e após o término do tratamento, os dados foram obtidos 
através da goniometria, o gráfico 3 representa as médias dos valores de graduação de dor, 
avaliado através da Escala Visual Analógica (EVA), antes e após o término do tratamento e 
CINESIOTERAPIA PARA TRATAMENTO DA SÍNDROME DO IMPACTO
295
o gráfico 4 representa as médias dos valores de graduação de força muscular, avaliado de 
forma manual, antes e após o término do tratamento. 
Gráfico 2 . Médias dos valores iniciais e finais de Amplitude de Movimento (ADM) obtidos na goniometria dos pacientes 
com Síndrome do Impacto. (*P<0,05)
Gráfico 3. Médias dos valores iniciais e finais obtidos na avaliação da Dor pela Escala Visual Analógica (EVA) dos paci-
entes com Síndrome do Impacto. (P>0,05)
Tainara Druzian Peinado, Anderson dos Santos Stefanutto
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296 Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente
Gráfico 4. Médias dos valores iniciais e finais obtidos na avaliação da Força Muscular dos pacientes com Síndrome do 
Impacto. (*P<0,05)
Um estudo de caso realizado por Weber em 2003, em uma paciente de 42 anos através de 
15 sessões diárias, concluiu que a cinesioterapia e a terapia laser arseneto de gálio mostraram-
se eficazes na analgesia e aumento da ADM para os movimentos do ombro. A laserterapia é 
um recurso eletroterapêutico altamente eficaz, que possui a função de regeneração tecidual, 
e se empregado nas sessões de cinesioterapia em grupo, possívelmente alcançaria um 
resultado maior a curto-prazo, porém somente a utilização da cinesioterapia foi um recurso 
eficaz e de baixo custo, que necessitou somente o auxílio do terapeuta e foi capaz de alterar 
a anatomia e biomecânica, melhorando a funcionalidade do complexo articular do ombro, 
solucionando assim, microtraumas gerados pela síndrome do impacto. 
Uma revisão bibliográfica realizada por Metzker em 2010, concluiu que o tratamento 
conservador é frequentemente utilizado no tratamento da síndrome do impacto e a 
fisioterapia é a modalidade terapêutica mais indicada, associada a um programa de orientação 
e reeducação quanto às atividades que possam dificultar o processo de recuperação plena. 
Essa pesquisa de campo complementou a conclusão descrita, dando ênfase na eficácia de 
um protocolo fisioterápico. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Os resultados obtidos alcançaram com êxito o objetivo da pesquisa, melhorando as atividades 
de vida diária e funcionalidade do complexo articular do ombro dos portadores de síndrome 
do impacto, além de garantir a eficácia de um tratamento de reabilitação fisioterápica em 
grupo, utilizando somente recursos da cinesioterapia. Segundo relatos obtidos na anamnese 
da última avaliação, todos os pacientes ficaram satisfeitos com o tratamento. 
Vale ressaltar que os recursos eletrotermofototerapêuticos são recursos auxiliares 
CINESIOTERAPIA PARA TRATAMENTO DA SÍNDROME DO IMPACTOCINESIOTERAPIA PARA TRATAMENTO DA SÍNDROME DO IMPACTO
297
de um tratamento fisioterapêutico e não são eficazes para alteração da biomecânica dos 
movimentos que é a principal etiologia da síndrome do impacto. A cinesioterapia foi um 
recurso eficaz, resultando na diminuição de micro-impactos. 
O protocolo de tratamento utilizado na pesquisa pode auxiliar a prática fisioterápica 
de locais que possuem grande demanda de atendimento e que não possuem recursos 
eletrotermofototerapêuticos, como por exemplo, clínicas vinculadas ao Sistema Único de 
Saúde (SUS). 
PARECER DE APROVAÇÃO DE COMITê 
Pesquisa autorizada pelo Comitê (indicar o CEP ou o CEUA, por extenso) da Anhanguera 
Educacional S/A – CEP/AESA - em 29/04/2011 por meio do parecer: #712/2011.
REFERêNCIAS 
BUSSO, G. L. Proposta Preventiva para Laceração no Manguito Rotador de Nadadores. Rev Bras 
Ciênc e Mov, v. 12, n.3, p. 39-45, 2004.
EJNISMAN, B., et al. Lesões músculo-esqueléticas no ombro do atleta: mecanismo de lesão, 
diagnóstico e retorno à prática esportiva. Rev Bras Ortop, v. 36, n. 10, p. 389-393, 2001.
LECH, O., NETO, C. V., SEVERO, A. Tratamento conservador das lesões parciais e completas do 
manguito rotador. Acta Ortop Bras, 8(3), p. 144-156, 2000.
METZKER, C. A. B. Tratamento conservador na síndrome do impacto no ombro. Fisiot em Mov, 
23(1): 141-151, 2010.
SIZÍNIO, H. Ortopedia e Traumatologia: princípios e práticas. 4º edição – p. 178-186. Porto Alegre, 
2009.
DUTTON, M. Fisioterapia ortopédica: exame, avaliação e intervenção. 2º edição - p. 576-578. Porto 
Alegre, 2010.
PHADKE V; et al. Artigo científico: Scapular and rotator cuff muscle activity during arm elevation: 
a review of normal function and alterations with shoulder impingement – 2009. USA, 2009. 
Publicado na Rev. bras. fisioter. vol.13 
GREVE, JULIA MARIA D’ANDRÉA. Tratado de medicina de reabilitação,1º edição, editora Roca, 
São Paulo,2007
SANTOS A., et al. Artigo científico: A efectilidade de mobilização passiva no tratamento de 
patologias do ombro. Portugal, 2011.
WEBER S., et al. Artigo científico: Efeitos da cinesioterapia e laserterapia na síndrome do impacto 
do ombro: estudo de caso. Santa Catarina, 2003.
Tainara Druzian Peinado, Anderson dos Santos StefanuttoTainara Druzian Peinado, Anderson dos Santos Stefanutto
Vol.14 , Nº. 26 Ano 2011 • p. 289 - 297

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