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TCC Recuperação de Metais Preciosos Por Eletrolise

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CENTRO PAULA SOUZA
ESCOLA ESTADUAL CONSELHEIRO ANTÔNIO PRADO
CURSO TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO EM QUÍMICA
BEATRIZ FERREIRA MENDES
BRUNO FERDINANDO FURLAN
DANILO MOREIRA GIOMO
FERNANDO SPÍNOLA E. S. LOURENÇO
JOÃO VICTOR BUENO DA SILVA
EXTRAÇÃO E SEPARAÇÃO DE METAIS A PARTIR DE EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS E DESCARTES LABORATORIAIS POR MÉTODOS DE ELETRÓLISE
CAMPINAS-SÃO PAULO
CENTRO PAULA SOUZA
ESCOLA ESTADUAL CONSELHEIRO ANTÔNIO PRADO
CURSO TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO EM QUÍMICA
BEATRIZ FERREIRA MENDES
BRUNO FERDINANDO FURLAN
DANILO MOREIRA GIOMO
FERNANDO SPÍNOLA E. S. LOURENÇO
JOÃO VICTOR BUENO DA SILVA
EXTRAÇÃO E SEPARAÇÃO DE METAIS A PARTIR DE EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS E DESCARTES LABORATORIAIS POR MÉTODOS DE ELETRÓLISE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial à obtenção do grau de Técnico em Química pela Escola Técnica Estadual Conselheiro Antonio Prado - ETECAP
CAMPINAS-SÃO PAULO
CENTRO PAULA SOUZA
ESCOLA ESTADUAL CONSELHEIRO ANTÔNIO PRADO
CURSO TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO EM QUÍMICA
BEATRIZ FERREIRA MENDES
BRUNO FERDINANDO FURLAN
DANILO MOREIRA GIOMO
FERNANDO SPÍNOLA E. S. LOURENÇO
JOÃO VICTOR BUENO DA SILVA
EXTRAÇÃO E SEPARAÇÃO DE METAIS A PARTIR DE EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS POR MÉTODOS DE ELETRÓLISE
BANCA EXAMINADORA:
 Prof. Erica G. B. F. Botoloti
Orientadora
Examinador 1
							
							
					 Examinador 2
RESUMO
Os descartes indevidos de aparelhos eletrônicos, que já estão em desuso ou obsoletos, e de soluções laboratoriais são, atualmente, um problema socioeconômico e ambiental, pois poluem solos e rios, uma vez que contem quantidades significativas de metais pesados e preciosos, e por esse mesmo motivo, significam desperdício de uma fonte não renovável e que poderia ser economicamente reaproveitada. Pensando nisso, o projeto visa a separação dos metais contidos nas placas eletrônicas e recuperação de prata a partir de descartes laboratoriais por processos qualitativos e de eletrólise. Em relação às placas, elas serão atacadas por ácidos fortes para que a parte orgânica (resinas) e metais de menor interesse sejam solubilizados restando apenas metais nobres. Após isso, diferentes tensões serão aplicadas seguindo os potenciais de cada metal, precipitando-os individualmente. O método eletrolítico também foi usado nos descartes laboratoriais, no caso destes uma grande tensão foi aplicado o que possibilitou a precipitação da prata. Já o método qualitativo é a utilização de diferentes substancias para a separação de cada metal contido nas placas eletrônicas seguindo regras de solubilidade. Contudo, os experimentos realizados nas placas eletrônicas não tiveram grande êxito por questões de disponibilidade de materiais, porém, sabe-se que em ambos os casos, qualitativo e eletrolítico, as reações ocorrem. O descarte de prata foi bem sucedido, pois se obteve quantidades significativas do metal.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	
Esse projeto tem por objetivo a extração e separação de metais preciosos de placas eletrônicas por meios qualitativos e eletrolíticos. O material bruto, após passar por triagem e moagem, será atacado por ácidos fortes. Então serão testados dois diferentes métodos de separação: eletrólise e qualitativo. A eletrólise consiste em utilizar os potenciais elétricos de cada metal para separá-los. Já o método qualitativo baseia-se na capacidade de precipitar que cada metal terá ao ser tratado com reagentes específicos.
A preocupação ambiental devido à poluição gerada por esses metais contidos em aparelhos eletrônicos é um tema abordado em encontros internacionais como a Conferencia Internacional de Química, Engenharia Civil e Meio Ambiente 2012 (ICCEE'2012), Dubai, a qual abordava a pouca vida útil dos eletrônicos e seu destino final. (Youssef, Chehade, et al.)
Os equipamentos eletrônicos têm quantidades significativas de metais pesados, como o chumbo, altamente poluentes ao solo e aos lençóis freáticos. Se em contato com os seres vivos pode causar danos, como intoxicações e algumas doenças, ou mesmo na cadeia alimentar, ou seja, animais podem se contaminar alimentando-se de seres contaminados.
Como a preocupação com o meio ambiente é grande, há ampla discussão sobre o tema e até programas de reciclagem das Placas de Circuito Interno (PCI), porém o Brasil não aderiu à reciclagem de seu material eletrônico, o qual ainda tem seu destino final em lixões e aterros sanitários. 
O reaproveitamento de metais contido nos PCI é extremamente importante, pois assim, além de contribuir para a não exploração de um bem não renovável, ainda evita maior poluição.
Ainda pensando no meio ambiente, encontrou-se outro problema envolvendo metais: o descarte incorreto de resíduos laboratoriais. Esses resíduos, assim como as placas eletrônicas, também são dificilmente tratados, poluindo o meio e causando os problemas já citados.
 Não diferente de outros lugares, os laboratórios da ETEC Conselheiro Antônio Prado, também encontram dificuldades para dar um destino adequado para seus
resíduos, sendo a maioria destinada a pia. Nesses descartes encontram-se metais como prata, que também podem sofrer os mesmo processos que as PCIs, assim reutilizando a prata obtida e evitando que esta vá para o solo e polua a região.
Dessa forma é proposta a reciclagem de PCI e dos descartes laboratoriais e o reaproveitamento dos metais preciosos obtidos, sendo assim ecologicamente correto e rentável, uma vez que os métodos utilizados propõe alta pureza.
.
2.PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
2.1 Extração de metais preciosos a partir de sucatas eletrônicas por eletrolixiviação
Priscila Martins da Rocha, aluna de graduação em química, 7º período FTESM, no período de agosto de 2011, orientada pelo PhD em engenharia química Luis Gonzaga Santos Sobral, elaborou uma trabalho que propunha desenvolver estudos de eletrolixiviação, que se caracteriza pela ação de agentes oxidantes fortes, gerados num sistema reacional apropriado, por ocasião da oxidação eletrolítica dos íons cloreto, presente no meio reacional, para o tratamento de sucatas eletrônicas visando à posterior recuperação de seus elementos metálicos de interesse.
Para dar início a esse processo, o material a ser lixiviado, inicialmente fragmentado mecanicamente, foi suspenso em cloreto de sódio (0,5 – 2,0 molar), eletrólito do sistema eletrolítico e, em seguida, foram introduzidos os eletrodos apropriados, ou seja, o anodo DSA (dimensionally stable anodes – tela de titânio revestido com óxido de irídio – IrO2) e catodos tridimensionais (esponja de níquel reticulado) que permitem a utilização de elevadas intensidades de correntes (A) com baixas densidades de corrente (A.dm-2) devido a sua elevada área superficial específica (m-1). Por último, para dar início ao processo eletrolítico, foi feita a energização do sistema, com a passagem da corrente elétrica resultando em uma voltagem da célula variando entre 3,0 e 5,0 volts. 
Os ensaios de eletrolixiviação da sucata eletrônica (SOBRAL et al., 2008), contendo, 
majoritariamente, cobre metálico, foram realizados num reator de vidro Pyrex de 1 litro com tampa vazada para a inserção dos eletrodos (cátodo e ânodo), sendo o material a ser lixiviado suspenso mecanicamente, numa razão sólido-líquido de 1:10, e o pH inicial da suspensão ajustado em 0,5 com ácido clorídrico (HCl). A corrente contínua foi fornecida por uma Fonte de Alimentação MCE 8257, 0 - 18 V / 0 – 20 A por um período de 6h para todos os ensaios.
2.2. Resultados e discussões
A variação das condições operacionais pode influenciar na geração de agentes oxidantes, que se reflete na quantidade de metais liberados para a solução durante o processo de eletrolixiviação. Em virtude disso, foi avaliada a relação entre a concentração de cloreto de sódio (NaCl) e a corrente aplicada no sistema reacional que se reflete, diretamente, na voltagemda célula. Os resultados obtidos demonstram que as extrações de ouro e prata são promissoras e coerentes, uma vez que um incremento na concentração da salmoura e na corrente elétrica fornecida ao sistema reacional favorece a geração de agentes oxidantes capazes de oxidar esses metais. Elementos como Al, Fe, Cu e Pb são mais suscetíveis a ataques ácidos; entretanto, por se apresentarem em teores mais elevados e, na maioria dos casos, na forma de partículas grosseiras, necessitam de um maior tempo de reação para a completa lixiviação.
	A presença de fios de cobre isolados por uma capa polimérica na amostra de sucata eletrônica fragmentada contribuiu para uma baixa extração desse elemento, visto que essa capa se encontra isolando grande parte da superfície do cobre.
	Por último, o cádmio presente na sucata eletrônica, em baixos teores, como constituinte de uma liga, composta de ouro, prata e cobre depositada eletroliticamente no revestimento superficial de substratos metálicos e poliméricos, é de difícil determinação analítica.
2.2 Tecnologias para o Tratamento e Reciclagem de Resíduo Eletrônico como Práticas Sustentáveis Inovadoras
O artigo tinha como objetivo mapear e avaliar como as tecnologias disponíveis para o tratamento e reciclagem de placas de circuito interno ( PCI) são utilizadas. para executar a pesquisa foi realizado um levantamento do estado da arte sobre o tema proposto por meio de uma revisão da literatura. Os resultados desta revisão mostram que, a eco inovação envolve o desenvolvimento de novos produtos e processos que permitem a redução do impacto ambiental. Observou-se, ainda, que as tecnologias disponíveis para o tratamento/reciclagem de PCIs incluem processos mecânicos, químicos e térmicos.
Composição de uma Placa de Circuito Interno
Tabela 1 - Porcentagem de massa de cada metal nas PCI
	Materiais 
	(%)Peso
	Prata
	0,3
	Ouro
	0,04
	Chumbo (Solda)
	2,6
	Cobre
	22
	Estanho (solda)
	1,5
	Fibra de vidro
	30
	Resina epóxi
	15
	Outros (Fe, Ni, Si)
	29
Adaptado de ZENI, 2012
Processo Mecânico
Este método pode ser compreendido como uma espécie de pré-tratamento, visando à separação de metais, materiais poliméricos e cerâmicos. Após este estágio os metais são encaminhados para processos metalúrgicos. As etapas são o desmantelamento, moagem, classificação granulométrica, separação em meio denso, flotação, atrição, separação magnética e separação eletrostática.
2.2.3 Processo Eletrometalúrgico
A eletrometalurgia é uma forma de refino de metais por meio da eletrólise. Compreendem eletrorrecuperação e eletrorrefino. Os metais presentes nas PCIs já se encontram na forma metálica, todavia, impuros, portanto o objetivo do eletrofino é obter o metal de interesse em seu estado puro.
Uma patente de Li, et al. (2009) propõe a obtenção de níquel ultra puro, por meio da combinação do processo 
hidrometalurgico com eletrometalurgico. Conforme o autor, ao final do processo é possível obter níquel a 99,999%. Para Veit, (2001) Menetti e Tenório, (1995) se comparada com os processos pirometalurgicos, as vantagens da Eletrometalurgia são: poucas etapas de execução; e os concentrados de metais preciosos obtidos representam de 95 a 97% dos metais presentes nos resíduos. Um processo de reciclagem de PCIs utilizando a técnica de eletrofino está descrito na patente dos Inventores Dills James et al. System For Recycling Printes Circuit Boards. Inicialmente as PCIs passam pelo processo de pirolise e depois é feita uma pasta do resíduo metálico para compor o eletrodo
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 Solubilidade de Metais
Baseado na teoria de solubilidade de metais em ácidos sabe-se que metais como ouro, platina e paládio não reagem com alguns ácidos que solubilizam metais menos nobres. 
Tendo estes metais como íons em uma solução, há a possibilidade de precipitá-los com processos qualitativos ou eletroquímicos, feito isso pode-se obter o metal em uma forma mais conveniente a partir da técnica de calcinação, se tratando de uma obtenção pelo processo qualitativo dos devidos metais .
Tabela 2 - Solubilidade dos metais em Ácidos
 Adaptado de CRC Handbook of Chemistry and Physics
3.2 Eletrólise
É um método que se usa uma corrente continua para dirigir uma reação de oxirredução não espontânea. A eletrólise se dá pela passagem da corrente continua (elétrons) pela solução iônica, que está dissolvida, ou fundida. Resultando em reações químicas nos eletrodos (Anodo e Cátodo).											As reações podem ser divididas em duas partes:
Ânodo: É o eletrodo positivo, isto é, ligado ao polo positivo do gerador. Nele sempre ocorre uma reação de oxidação
 Cátodo: é o eletrodo negativo, isto é, ligado ao polo negativo do gerador. Nele ocorre sempre uma reação de redução.
Comercialmente muito importante como uma etapa na separação de elementos e obtenção de matéria prima.
3.2.1 Eletrólise Aquosa
A eletrólise aquosa é um método eletrolítico que se baseia na descarga elétrica em uma solução aquosa de certo íon. Devemos considerar nesse tipo de eletrólise, não só as reações da substância, mas também a autoionização da água, como nesse exemplo:
Íons de um metal: CA → C+ + A-									Íons da autoionização da água: H2O → H+ + OH-
Além disso, a descarga dos íons é seletiva, ou seja, apenas um cátion ou ânion pode ser depositado por vez, segundo uma ordem de prioridade. Essa ordem está demonstrada na tabela a seguir:
Tabela 3 – Ordem de facilidade de descarga para cátions e ânions
ELETRÓLISE AQUOSA, 2013
3.3 Placa de Circuito Interno
É usada para apoiar mecanicamente e conectar eletricamente os componentes eletrônicos usando caminhos condutores. 
Hoje em dia as placas circuito Impresso são usadas em praticamente todos dispositivos eletrônicos produzidos comercialmente, pois permitem que os processos de montagem sejam totalmente automatizados. 
Em sua atual fabricação, todas as placas de circuito impresso podem ser construídas usando os seguintes quatro itens :
 Laminados
 Revestido de cobre laminados
 Resina impregnada pano estágio B
 Folha de cobre
Após gravadas, é aplicado nas PCIs um revestimento de cobre, solda de níquel/ouro, ou algum outro revestimento anti-corrosão. 
Os conectores de borda, colocados em algumas placas, são muitas vezes niquelado, em seguida, banhado a ouro.
3.4 Metais
3.4.1 Cobre (CRC Handbook of Chemistry and Physics)
Do latim Cuprum, tem seu nome originado da Ilha de Chipre, seu símbolo é Cu, possui massa molar de 63,546, ponto de fusão de 1084,62ºC, ponto de ebulição de 2562ºC e valência 1 ou 2. 
A descoberta do cobre remonta a tempos pré-históricos. Diz-se que foram minadas por mais de 5000 anos. É um dos metais mais importantes para o homem. O cobre é de cor avermelhada, assume um brilho metálico, e é maleável, dúctil, e um bom condutor de calor e eletricidade (superado apenas pela prata e pelo ouro na condutividade elétrica). 
A indústria elétrica é uma das maiores utilizadores de cobre. Cobre ocorre ocasionalmente nativo, e é encontrado em muitos minerais como cuprite, malaquita, azurita, calcopirita e bornita. Grandes depósitos de minério de cobre são encontrados nos EUA, Chile, Zâmbia, Zaire, Peru e Canadá. Os minérios de cobre mais importantes são os sulfuretos, óxidos e carbonatos. Destes, o cobre é obtido por fundição, lixiviação, e por eletrólise.
 Suas ligas, latão e bronze, muito utilizado, ainda são muito importantes, todas as moedas americanas têm agora ligas de cobre; arma de metais também contêm cobre. Os compostos mais importantes são o óxido e o sulfato, vitríolo azul, este último tem uma utilização ampla como um veneno agrícola e como um algicida na purificação de água.
 Compostos de cobre tais como a solução de Fehling é amplamente usada ​​em químicaanalítica, em testes de açúcar. Alta pureza cobre (99,999% +) está prontamente disponível comercialmente. O preço do cobre comercial tem oscilado muito. O preço do cobre em dezembro de 2001 foi cerca de US $ 1.50/kg. Cobre natural contém dois isótopos. Vinte e seis outros isótopos radioativos e isômeros são conhecidos.
3.4.2. Paládio (CRC Handbook of Chemistry and Physics)
Foi nomeado após a descoberta do meteoro Pallas, descoberto quase ao mesmo tempo. O nome Pallas vem da deusa da sabedoria Gr Pallas. Sua massa molecular é 106,42, seu ponto de fusão é 1554,9 ºC, ponto de ebulição de 2963ºC e valência 2, 3 ou 4.
 Descoberto em 1803 por Wollaston. O paládio é encontrado junto com platina e outros metais do grupo da platina, em depósitos na Rússia, África do Sul, Canadá (Ontário), e em outros lugares. 
Paládio natural contém seis isótopos estáveis. Vinte e nove outros isótopos são reconhecidos, os quais são radioativos. Ele é frequentemente encontrado associado aos depósitos de níquel-cobre, como os encontrado em Ontário. A sua separação a partir dos metais de platina depende do tipo de minério em que se encontra. 
É um metal branco, não mancha em contato com o ar, e tem o ponto fusão mais baixo do grupo de metais de platina. Quando recozido, é macio e dúctil; trabalho a frio aumenta a sua resistência e dureza. O paládio é atacado por ácidos nítrico e sulfúrico. 
Em temperatura ambiente o metal tem a propriedade incomum de absorver-se a 900 vezes o seu próprio volume de hidrogênio, possivelmente formando Pd2H. Ainda não está claro se este composto é verdade. O hidrogênio se difunde rapidamente através do paládio e isso proporciona um meio de purificação do gás. Paládio finamente dividido é um bom catalisador e é utilizado para a hidrogenação e desidrogenação em reações. É ligado e usado em comércios de joias. O ouro branco é uma liga de ouro descoloriram pela adição de paládio. Como ouro, paládio pode ser batido em folha fina como 1/250, 000 polegadas O metal é usado na odontologia, relojoaria, e na tomada de instrumentos cirúrgicos e contatos elétricos. O paládio, contudo, é menos resistente ao envenenamento por enxofre e chumbo, do que a platina, mas pode revelar-se útil no controle de emissões dos veículos a diesel. O metal é vendido por cerca de US $ 11 / g.
3.4.3 Platina (CRC Handbook of Chemistry and Physics)
De origem italiana, platina significa prata, tem peso molecular 195,078, funde-se a 1768,4 º C, ebule a 3825 º C e tem valência 1, 2, 3 ou 4. 
Descoberto na América do Sul por Ulloa em 1735. O metal era usado pelos índios pré-colombianos. Platina em seu estado natural é acompanhada por pequenas quantidades de irídio, ósmio, paládio, rutênio, ródio e, todos pertencentes ao mesmo grupo de metais. Estes se encontram nas minas de aluvião, depósitos dos Montes Urais e na Colômbia. Sperrylite (PtAs2), que ocorre com os depósitos de níquel-rolamento da Sudbury, é uma fonte de um quantidade considerável de metal.
 Na produção de grandes deslocamentos de níquel há apenas uma parte dos metais de platina em dois milhões de partes de minério. O maior fornecedor do grupo de metais da platina é agora África do Sul, seguido da Rússia e Canadá. A platina é um metal bonito branco-prateado, quando pura, e é maleável e dúctil. Ele tem um coeficiente de expansão quase igual à do vidro de soda-cal-sílica e, portanto, é usado para fazer eletrodos selados em sistemas de vidro.
 O metal não oxida ao ar a qualquer temperatura, mas é corroído por halogênios, cianetos, enxofre e álcalis cáusticos. É insolúvel em ácido clorídrico e ácido nítrico, mas dissolve-se quando são misturados, como água régia, formando ácido cloroplatínico (H2PtCl6), um importante composto.
 Natural platina contém seis isótopos, um dos quais, 190Pt, é radioativo com uma meia-vida longa. Trinta e sete outros isótopos radioativos e isômeros são reconhecidos. O metal é amplamente utilizado em joias, fio, e os vasos para uso em laboratório, e em muitos instrumentos valiosos, incluindo elementos termopares. É também utilizado para contactos elétricos, aparelhos resistentes à corrosão, e em odontologia. Ligas de platina-cobalto têm propriedades magnéticas. Tal liga composta de 76,7% de Pt e de Co de 23,3%, em peso, é um magneto muito potente.
Os fios de resistência de platina são usadas para a construção de fornos elétricos de alta temperatura. O metal é usado para revestimento de mísseis, injetores de combustível de motores de jato. O metal absorve grandes volumes, de hidrogênio, mantendo-o em temperaturas normais. No estado de platina finamente dividida é um excelente catalisador, tendo sido utilizados no processo de contacto para a produção de ácido sulfúrico. É também usado como um catalisador de craqueamento em produtos petrolíferos.
 Há também muito o interesse no uso da platina como catalisador em células de combustível e no seu uso como dispositivos antipoluição, para automóveis. Ânodos de platina são amplamente utilizados em sistemas de proteção catódica para grandes navios e embarcações oceânicas, oleodutos, pilares de aço, etc platina pura em fio ficará vermelha e quente quando colocado em que o vapor de álcool metílico. Atua aqui como um catalisador, a conversão do álcool ao formaldeído. Este fenômeno tem sido utilizado comercialmente para produzir isqueiros e aquecedores de mão. O preço da platina tem variado bastante; mais de um século atrás, foi utilizado para adulterar o ouro. Era quase oito vezes tão valioso quanto ouro em 1920. O preço, em janeiro de 2002 foi cerca de US $ 15 / g, maior do que o preço do ouro.
3.4.4 Ouro (CRC Handbook of Chemistry and Physics)
Do latim aurum, tem símbolo químico Au, massa molar 196,96654, P.F. 1064,18 ° C, P.E. 2856 ° C e valência 1 ou 3.
 Conhecido e valorizado desde os primeiros tempos, o ouro é encontrado na natureza como o metal livre e em teluretos, é amplamente distribuído e está quase sempre associada a quartzo ou pirita. Ela ocorre em veios e depósitos aluviais, e é muitas vezes separado de rochas e outros minerais. Cerca de 25% da produção de ouro do mundo vem da África do Sul, e cerca de dois terços do total de os EUA produção agora vem da Dakota do Sul e Nevada.
 O metal é recuperado a partir dos seus minérios por cianetação, amalgamando, e os processos de fundição. Refino também é frequentemente feito por eletrólise. O ouro ocorre na água do mar para a extensão de 0,1 a 2 mg / tonelada, consoante o local onde a amostra é feita. 
Até o momento, nenhum método foi encontrado para a recuperação de ouro a partir de água do mar de forma lucrativa. Estima-se que todo o ouro no mundo, tanto refinados, pode ser colocado num cubo 60 pés de lado. De todos os elementos, o ouro em seu estado puro é sem dúvida o mais bonito. É metálico, tendo um amarelo quando em uma massa, mas quando finamente dividido pode ser preto, rubi, ou roxo. O roxo de Cassius é um teste delicado para o ouro da aura.
 É o metal mais maleável e dúctil, é um metal macio e é normalmente ligado para dar mais resistência. Ele é um bom condutor de calor e eletricidade, e não é afetado pelo ar e a maioria dos reagentes. Ele é usado na cunhagem e é um padrão para sistemas monetários em muitos países. Ele também é amplamente utilizado para joias, decoração, trabalho dental, e para revestimento. É usado para certos satélites espaciais de revestimento, uma vez que é um bom refletor de infravermelhos e é inerte. 
Ouro, assim como outros metais preciosos, é medido em peso Troy, quando misturado com outros metais, o termo quilates é usado para expressar a quantidade de ouro presente, sendo 24 quilates de ouro puro. Por muitos anos, o valor do ouro foi criado por os EUA em US $ 20.67/troy onça, em 1934 este valor foi fixado por lei em US $ 35.00/troy onça, bem 9/10th. Em 17 de março de 1968, por causa de uma crise de ouro, um sistema de preços de duas camadas foi estabelecido pelo qual ouro ainda foi utilizado para liquidar contas internacionais no antigo $ 35.00/troy preço onça, enquantoo preço do ouro no mercado privado seria permitido a flutuar. Desde essa altura, o preço do ouro no mercado livre tem oscilado muito. O preço do ouro no mercado livre chegou a um preço de US $ 620 / troy onça em janeiro de 1980. Mais recentemente, o Reino Unido e outros países, incluindo o FMI ter vendido ou ameaçou vender uma parte considerável de suas reservas de ouro. Isto tem causado grandes flutuações no preço do ouro. Porque isso tem prejudicado a economia de alguns países, uma moratória para poucos anos foi declarada. Isso tende a estabilizar temporariamente o preço do ouro.
 Os compostos mais comuns do ouro são o cloreto áurico (AuCl3) e ácido cloraúdrico (HAuCl4), sendo este último utilizado em fotografia para tonificar a imagem de prata. O ouro tem de quarenta e oito isótopos e isômeros reconhecidos; 198Au, com uma semi-vida de 2,7 dias, é utilizada para tratar o cancro e outras doenças. Dissódico aurotiomalato é administrada por via intramuscular para o tratamento de artrite.
 Uma mistura de uma parte de ácido nítrico com três de ácido clorídrico é chamada água regia (porque dissolvido ouro, o Rei dos Metais). Ouro está disponível comercialmente, com uma pureza de 99,999% +. Por muitos anos, a temperatura atribuída ao ponto de congelamento do ouro tem sido 1063,0 ° C; esta tem servido como um ponto de calibração para as escalas internacionais de temperatura (ITS-27 e ITS-48) e a Escala Internacional de Temperatura Prático (IPTS-48). Em 1968, uma nova Escala Prática Internacional de Temperatura (IPTS-68) foi aprovada, o que exigiu que o ponto de congelamento do ouro ser alterado para 1064,43 ° C. Em 1990 uma nova Escala Internacional de Temperatura (ITS-90) foi aprovada trazendo o tp (Ponto triplo) de H2O (T90 (° C)) a 0,01 ° C e o ponto de congelamento do ouro para 1064,18 ° C. A densidade de ouro tem sido encontrado para variar consideravelmente, dependendo da temperatura, como é o metal precipitou, e trabalhado a frio. A partir de dezembro de 2001, o ouro foi fixado o preço em cerca de US $ 275/troy onça (US $ 8,50 / g).
3.5 Problemas Ambientais
3.5.1 Meio Ambiente
A troca indiscriminada de aparelhos eletrônicos estimula a maior produção desses equipamentos e a pesquisas de desenvolvimento nesse campo. Além de gerar mais consumo de matérias-primas não renováveis, como os metais, gera maior lixo, o qual, sem destino adequado, vai para lixões e aterros sanitários, poluindo o solo, lençóis freáticos e os seres vivos.
Nesses materiais encontram-se mercúrio, chumbo e cádmio, altamente poluentes e tóxicos a saúde humana, podendo causar sérios danos neurológicos e em órgãos vitais. Além de metais pesados, pode-se encontrar ouro, platina e paládio que além de serem metais preciosos também podem causar os mesmo problemas já citados.
Porém o meio ambiente não enfrenta apenas o perigo das novas tecnologias, mas também da poluição química gerada pelos laboratórios que indiscriminadamente liberam seus dejetos no meio ambiente. Dentre esses resíduos podem ser encontrados metais, os quais, se tratados de forma adequada, podem ser reaproveitados.
Assim, a partir da extração de metais pesados e preciosos das placas de computador e celulares e de descartes laboratoriais, pode-se separa-los e destina-los a um fim ecologicamente correto, ou seja, pode-se reutiliza-los na produção de novos aparelhos eletrônicos ou mesmo para outros fins. Dessa forma, não seriam destinados indevidamente ao meio ambiente e, visando disseminar a reciclagem dos eletrônicos, ser vantajoso economicamente. 
3.5.2 NBR 10004
A NBR 10.004 classifica os resíduos sólidos quanto aos ricos ao meio ambiente e saúde publica, para que assim, os resíduos possam ter destinos e manuseios adequados. A única exceção da norma são os resíduos nucleares, que são competências da Comissão Nacional de Energia Nuclear.
A classificação dos resíduos segundo a NBR 10.004 é a seguinte:
Resíduos classe I – Perigosos: São aqueles resíduos que podem ser corrosivos, inflamáveis, tóxicos, reativos e patogênicos.
Resíduos classe II – Não perigosos: Esses são divididos em duas classes
Resíduos classe II A: São os não inertes que podem ter propriedades, tais como: combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água. 
Resíduos classe II B – Inertes: São qualquer resíduo que após submetido a um teste com agua destilada ou deionizada, não tiveram nenhum de seus constituintes solubilizados em concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água, estabelecida na norma.
3.5.2.1 Classificação dos resíduos do projeto
Solução ácida: Pertencentes classe I – Perigosos.
Soluções de metais: Pertencentes classe I – Perigosos.
Lixo eletrônico: Resíduo Classe II B – Não inertes.
3.6 Lixo Eletrônico. 
É todo resíduo material produzido pelo descarte de equipamentos eletrônicos. Com o crescente e elevado uso de equipamentos eletrônicos, este tipo de lixo tem se tornado um grande problema ambiental quando não descartado adequadamente. Exemplos de lixo eletrônico:
- Monitores de Computadores
- Telefones Celulares e baterias
- Computadores
- Televisores
- Câmeras Fotográficas
- Impressoras
 Quando o equipamento apresenta defeito ou se torna obsoleto acabam sendo descartado no meio ambiente e como estes equipamentos possuem substâncias químicas (chumbo, cádmio, mercúrio, berílio, etc.) em suas composições, podem provocar contaminação de solo e água. 
 Além do contaminar o meio ambiente, estas substâncias químicas podem provocar doenças graves em pessoas que coletam produtos em lixões, terrenos baldios ou na rua. Estes equipamentos são compostos também por grande quantidade de plástico, metais e vidro que demoram muito tempo para se decompor no solo.
 Para não provocar a contaminação e poluição do meio ambiente, o correto é fazer o descarte de lixo eletrônico em locais apropriados como, por exemplo, empresas e cooperativas que atuam na área de reciclagem, celulares e suas baterias podem ser entregues nas empresas de telefonia celular, elas encaminham estes resíduos de forma a não provocar danos ao meio ambiente. 
3.7 Descartes Laboratoriais
Uma das maiores preocupações de um laboratório é em relação ao descarte dos produtos, muitos destes não podem ser “jogados na pia” uma vez que são altamente prejudiciais para a saúde humana e o meio ambiente.
Esse problema também é enfrentado pela ETE Conselheiro Antonio Prado (ETECAP), onde muitos descartes não tem destino adequado. Dentre eles, encontramos o descarte da prata, o qual, por já se encontrar em meio aquoso, pode sofrer o mesmo processo eletrolítico que as PCIs após tratamento ácido.
Desta forma, a prata não terá destino inadequado, sendo a eletrolise um meio viável e barato para sua reutilização.
4. RELEVÂNCIA DO TRABALHO
Atualmente, a tecnologia evolui de forma rápida, isso significa que a cada dia, uma quantidade enorme de lixo eletrônico é descartada e trocada por novas tecnologias. Esses equipamentos, que podem ser celulares, computadores, rádios, televisões e outros, são descartados, muitas vezes, em locais inadequados, já que não existe destaque para os problemas gerados pelos componentes desses aparelhos.
Para a fabricação de placas eletrônicas muitos metais são utilizados, sendo assim recursos minerais não renováveis. Em adição, se esses metais acabarem no solo e lençóis freáticos pode gerar contaminação em escala ambiental e biológica. 
Além de problemas ao meio ambiente devido às substâncias que esses equipamentos contêm essas mesmas substâncias podem gerar inúmeros efeitos negativos ao ser humano, como por exemplo, câncer, danos neurológicos e físicos e, também, desgastes em órgãos vitais por acumulo de metais pesados.
Os descartes laboratoriais são outro problema enfrentado pelo meio ambiente, onde muitas vezes por descuido das empresas, os resíduos vão para o meio ambiente provocando sérios problemas a fauna e flora da região afetada. Muitos desses descartes possuem metais pesados que, assim como os componenteseletrônicos, tem os mesmos efeitos negativos, se não maiores. 
Seja sob pretexto de alto custo dos processos de reciclagem ou reaproveitamento, ou seja, por mero descuido das empresas, é fato que não há, de forma difundida, o cuidado com o descarte dos equipamentos usados e resíduos químicos.
Portanto, o trabalho se mostra relevante para a reciclagem de peças, atualmente sem destino no Brasil, e destino ideal para os descartes laboratoriais e proteção ambiental e da saúde humana. 
5. HIPÓTESE
Sabe-se que alguns compostos sofrem reações se exposto a outro, bem como podem não reagir se expostos a algumas espécies químicas, o que determina tal reatividade é a seguinte fila de reatividade (PERUZZO E CANTO)
Ametais: F>O>Cl>Br>I>S
Metais: Li>K>Ca>Na>Mg>Al>Zn>Cr>Fe>Ni>Sn>Pb>H>Cu>Hg>Ag>Pt>Au
Baseando-se neste conceito, deduz-se que certos ácidos podem atacar certos metais, sendo assim, os metais de interesse dentro de uma placa de circuito interno podem ser solubilizados, e assim, posteriormente separados.
Hipoteticamente há dois meios de se separar os metais de interesse, um meio é o qualitativo, que se baseia nos produtos de solubilidades dos compostos reagentes em relação à água mãe (meio reacionário), cujo problema que pode resultar em impurezas são os fenômenos de coprecipitação e pós-precipitação, contudo estes problemas podem ser contornados pelos artifícios que se usam em análises gravimétricas. 
O outro meio é o quantitativo, este será por meio dos potenciais de redução dos metais de interesse, passando por eles uma carga elétrica, a hipótese deste meio consiste em que se é possível separar metal por metal através de diferentes potenciais de redução, uma vez que nenhuns dos metais possuem potenciais de redução coincidentes, logo, teoricamente poder-se-ia separar um metal por vez, aumentando-se a voltagem inferida no meio reacional até obterem-se todos os metais quantitativamente.
Contudo, o metal cobre constitui num problema, uma vez que este é atacado pelos ácidos os quais solubilizam os metais de interesse, fazendo assim, com que se forme uma solução iônica contento cobre e os metais de interesse, todavia, a vantagem de se operar com potenciais de redução está no fato de que se podem obter os metais de interesse em um grau de pureza considerável, mesmo estes estando em solução contaminada por outros metais, a única dúvida que se tem no momento é, o quanto a pureza pode ser afetada ou não pela contaminação do cobre nas demais soluções, uma vez que este é um dos maiores constituintes de uma placa de circuito interno. Este mesmo processo será aplicado aos descartes laboratoriais, sob mesma hipótese de reação.
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6. OBJETIVOS
6.1 Objetivo geral 
O objetivo do projeto é separar os metais das placas eletrônicas por eletrólise e precipitação e recuperar prata a partir de descartes laboratoriais
6.2 Objetivo Específico 
Determinar e estudar os métodos para a separação de metais
Reagir ácidos fortes para separação preliminar
Aplicar potenciais de redução nas soluções para separação dos metais
Obter quantidade satisfatória de metais preciosos 
Tratar resíduos gerados que não serão aproveitados
Levantar os custos dos métodos de separação
7. MATERIAIS E MÉTODOS
7.1. Moinho de Bola
Um moinho de bola,é um dispositivo cilíndrico usado na moagem (ou mistura) de matérias primas como minérios, produtos químicos e etc. Seu mecanismo consiste rotações em torno de um eixo horizontal, parcialmente cheio com o material a ser moído, mais o meio de moagem. 
Diferentes materiais são utilizados como meios de moagem, como bolas de cerâmica ou de aço inoxidável. Um efeito de cascata interna reduz o material a um pó fino. Moinhos de bolas de alta qualidade podem moer partículas tão pequenas como até 5 nm, aumentando enormemente área de contato e as taxas de reação. Baseando-se nisso usaremos o um moinho de bola para aumentar a eficiência da lixiviação acida.
O moinho será feito com materiais alternativos como, por exemplo, o cilindro poderá ser feito de PVC ou de tambor de aço, ambos achados em sucatas.
O motor será uma furadeira que acoplada a um cilindro onde será colocado as bolas de aço, que no caso serão esferas de rolamento. É importante lembrar que os materiais utilizados na produção do moinho, serão doados por uma oficina, não gerando custos para o projeto.
7.2 Materiais
7.2.1 Materiais para Solubilizar os Metais
Para solubilizar os metais não desejados, será utilizado ácido sulfúrico (40,0 ml), ácido clorídrico (99,5 ml) e ácido nítrico (50,0 ml)
7.3 Métodos
7.3.1 Método Qualitativo 
Figura 1 – Fluxograma Representativo das Reações Qualitativas (autoria do 
grupo
Após tratamento com acido sulfúrico, filtra-se e se adiciona ao precipitado acido nítrico(50%) com aquecimento, feito isto metais como Paládio são dissolvidos então após filtrar obtém-se a Solução 1. 
Reação:
Pd + 8HNO3 → Pd(NO3)4 + 4NO2 + 4H2O
O precipitado é tratado com Água Régia e então se dissolve metais, como ouro e platina, filtra-se e obtém-se a Solução 2. 
Reação:
Pt + 4HNO3 + 6HCl → H2PtCl6 + 4NO2 + 4H2O
Au + NHO3 + 4HCl → HAuCl4 + NO + 2H2O
Solução 1
Para a Solução 1 adiciona-se Hidróxido de amônio ajustando o pH para maior ou igual a 9, fazendo isto forma-se um complexo solúvel de Paládio e como o pH é bastante alcalino precipita-se alguns metais como Ferro, Cobre, Zinco, Alumínio e etc.
Reação:
Pd(NO3)2 + 4NH4OH → Pd(NH3)4(NO3)2 + 4H2O 
Me x+ + OH - → MeOH↓
Após filtrar a solução de Tetra-Amino Di-Nitrato de Paládio Adiciona-se acido clorídrico até pH próximo de 1 assim precipitando outro complexo de Paládio o Di-Amino Di-Cloro Paládio.
Reação :
Pd(NH3)4(NO3)2 + 2HCl → Pd(NH3)2Cl2↓ + 2NH4 NO3
Filtra-se a solução de Di-Amino Di-Cloro Paládio, o precipitado é levado ao dessecador e então, após seco é calcinado para obter Paládio Metálico.
Reação :
3 Pd(NH3)2Cl2 → 3Pd◦ + 4NH4Cl↑ + N2↑ + 2HCl↑
Solução 2
Para a Solução 2 adiciona-se Cloreto de Amônio para formar um complexo insolúvel de Platina. 
Reação :
HAuCl4 + NH4Cl → Não reage. 
H2PtCl6 + 2NH4Cl → (NH4)PtCl6↓ + 2HCl
Após precipitação quantitativa do complexo de Platina, filtra-se separando a Platina do Ouro. 
O precipitado então é colocado no dissecador e, posteriormente, levado a calcinação.
Reação:
(NH4)PtCl6 →Pt◦ + 2NH4Cl↑ + 2Cl↑
A solução contendo ouro é tratada com Bi-Sulfito de Sódio até total precipitação.
Reação:
2HAuCl4 + 3NaHSO3 → 2Au◦ + 8HCl + 3NaHSO4
A solução adicionou-se oxalato de sódio para maior rendimento no processo:
3Na2C2O4 + 2HAuCl → 2Auº + 6NaCl + 6CO2 + 2HC
O precipitado é levado à estufa para retirada do excesso de líquido e então a mufla onde o ouro será calcinado
7.3.2 Método Eletrolítico
Figura 2 – Fluxograma Representativo dos processos eletroquímicos (autoria do grup)
Após tratamento com acido sulfúrico concentrado, filtra-se e se adiciona ao precipitado solução de Água Régia(3HCl + HNO3) assim dissolvendo Cobre, Prata, Paládio, Platina e Ouro. 
Após tratamento com Água Régia filtra-se separando os metais de interesse com a resina da placa dentre outros contaminantes. 
A solução então é levada a células eletrolíticas para precipitação dos metais nesta ordem Cobre, Prata, Paládio, Platina e Ouro.
Reações :	(e = 96485 Coulombs) 
Cu2+	+ 2e →Cu◦	(E•≈0,30V)
Ag+	+ e → Ag◦	(E•≈0,64V)
Pd4+	+ 4e → Pd◦	(E•≈0,95V)
Pt2+	+ 2e →Pt◦	(E•≈1,20V)Au3+	+ 3e →Au◦	(E•≈1,44V)
Os eletrodos serão de carbono e o metal na sua forma reduzida será formado no cátodo. O ânodo cederá elétrons para que o metal possa reduzir e precipitar. Visando otimizar a reação, será utilizado uma sequencia de ânodos e cátodos, como mostrado na figura abaixo
Figura 3 – Esquema utilizado na eletrólise
Fonte: Metal Recovery and Wastewater Reduction Using Eletrowinning
7.3.2.1 Método Eletrolítico Para Descarte
Sabe-se que o descarte de prata da ETECAP não tem um destino ecologicamente correto, pensando nisso, e que nele há uma concentração, teoricamente, doze vezes maior de prata que na placa de circuito impresso, pode ser feito um processo de recuperação para o mesmo.
O processo essencialmente igual ao das placas de circuito impresso, porém não será necessário o uso de ácidos e afins, pois no descarte a prata já esta no seu estado iônico, contendo apenas contaminação de fluoresceína, cromatos, cloretos, potássio e sódio.
O processo é, teoricamente, viável, uma vez que a prata e os contaminantes têm potenciais de redução oposto, ou seja, a prata será concentrada no anodo e os contaminantes no catodo, representados abaixo: 
Ag+	 + e → Ag◦	(E•≈+0,80V)
Cr3+ + 3e → Cr◦	(E•≈-0,74V)
K+	 + e → K◦	(E•≈-2,93V)
Na+	 + e → Na◦	(E•≈-2,72V)
A partir deste principio pode-se tratar descartes contendo íons metálicos uma vez que a alta concentração deles podem ser prejudicial a saúde.
8.CUSTOS
Tabela 4 – Relação de matérias, quantidade e custos
	Materiais 
	Quantidade 
	Preço
	H2SO4 P.A.
	1 litro
	R$ 40,60
	HNO3 P.A.
	1 litro
	R$ 32,00 
	HCl P.A.
	1 litro
	R$ 12,50 
	Na2C2O4 P.A.
	1 kg
	R$ 21,00
	Lixo eletrônico
	-
	Doação
	Béquer 5000mL
	1 peça
	R$ 80,00
	Voltímetro
	1 peça
	R$110,00
	Moinho
	1 peça
	Doação
	Agitador Magnético
	1 peça 
	R$ 1707,00
	Moinho de Bolas 
	1 peça
	R$ 2000,00
 
9. CRONOGRAMA
Tabela 5 – Cronograma do Projeto
	Etapas do Projeto
	Ano 2013
	
	Mar
	Abr
	Maio
	Jun
	Jul
	Ago
	Set
	Out
	Nov
	Dez
	Escolha do tema
	x
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Estabelecimento dos objetivos
	x
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Determinação da metodologia, instrumentos de pesquisa, tipo de análise dos dados
	x
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Fundamentação teórica
	
	x
	
	
	
	
	
	
	
	
	Elaboração da Monografia
	
	x
	
	
	
	
	
	
	
	
	Ajustes na monografia
	
	
	x
	x
	x
	
	
	
	x
	
	Coleta de material
	
	
	x
	x
	
	
	
	
	
	
	Entrega da monografia
	
	
	
	x
	
	
	
	
	
	
	Experiências qualitativas
	
	
	
	
	
	x
	x
	
	
	
	Separação por eletrólise
	
	
	
	
	
	
	
	x
	
	
	Discussão dos resultados
	
	
	
	
	
	
	
	x
	x
	
	Apresentação à Banca Examinadora
	
	
	
	x
	
	
	
	
	
	
	Mostra de projetos
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	x
10. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Os resultados deveriam ser obtidos por dois métodos: o eletrolítico e o qualitativo, contudo ocorreram alguns problemas para a obtenção dos metais desejados. As reações, no método qualitativo, levam à precipitação dos metais os quais a metodologia usada propõe, porém, não foi possível visualizar a precipitação destes, uma vez que a quantidade de placa eletrônica utilizada foi muito pouca, ou seja, sabe-se que ocorre a reação proposta, pois houve a formação de gases como cloro e amônio, contudo a porcentagem de metal precipitado foi baixa e não foi possível identificar o precipitado em meio a solução. Além disso, não foi possível a utilização de meios instrumentais para a medição porque não havia padrões analíticos.
Já o método eletrolítico visa a precipitação dos metais desejados com a aplicação de diferentes potenciais seguindo sempre o potencial de redução de cada elemento. Assim, após a fase qualitativa, a qual se obteve uma solução ácida de metais nobres, os eletrodos de aço inox seriam inseridos na solução os potenciais ajustados com a ajuda de uma fonte caseira. Nessa etapa entrou-se dois obstáculos, o primeiro foi em relação ao eletrodo que era corroído pelo meio extremamente ácido da solução e a neutralização deste implicava em reações com as substancias, o que tornaria inviável a eletrólise, além de haver grande gasto de reagentes; e segundo, que a fonte utilizada apresentava problemas na regulagem dos potenciais, não era possível fazer ajustes delicados para a precipitação individual dos metais.
Contudo, em relação ao descarte laboratorial de prata, a eletrólise foi bem sucedida, pois permitia que a aplicação de um único potencial alto fosse administrada e apenas a prata fosse precipitada, desta forma obteve-se, em 5 litros de descarte de nitrato de prata, a 0,04 mol/L, 10 gramas de prata, assim:
Ag+	 	+ 	 e 		→		 Ag◦	(E•≈+0,80V)
107g 		96485C			107g
10g			X		→		9017,29C
 9017,29C x 0,8V → 7,21Kw
Considerando o kW/h como R$0,12 então durante o processo gastou-se:
7,12kW x 0,12 = 0,85
Considerando o preço do dólar como R$2,30 e o preço da prata como US$19,80 por onça, então tem-se a prata a R$1,61 por grama, assim:
10g x R$1,61 = R$16,10
R$16,10 – R$0,85 = R$15,25
Desta forma, o lucro da reutilização do descarte de prata é de R$15,25 
11. CONCLUSÃO
O projeto não obteve êxito integral devido aos problemas encontrados durante os experimentos sendo a principal causa falta de material adequado para o sucesso das metodologias propostas, desta forma não é possível afirmar a validade destas no reaproveitamento dos metais contidos nas placas eletrônicas. Contudo, o método eletrolítico se mostrou viável para a reutilização dos descartes laboratoriais, pois se obteve boa quantidade de metal comercialmente interessante (no caso, a prata) a partir de um resíduo sem destino útil, ou seja, a partir da eletrólise de 5 litros de descarte de prata obteve-se R$15,25 de lucro.
12. REFERÊNCIAS
BRASIL. Associação Brasileira de Normas e Técnicas. NBR 10.004: Classificação de resíduos químicos. Rio de Janeiro, 2004. 
Canal IndeedItdoes. Disponivel em http://www.youtube.com/user/indeedItdoes?feature=watch acessado em 04/04/2013
Eletrólise Aquosa Disponível em: http://www.alunosonline.com.br/quimica/eletrolise-meio-aquoso.html acessado em 27/05/2013
Eletrólise. Disponível em: http://books.google.com.br/books?id=hFZ0guoKD1QC&pg=PA281&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false acesso em 12/06/2013 às 14:58h
Kurion Technologies Limited. Disponível em http://pdfs.findtheneedle.co.uk/126875-3354.pdf acessado em 05/04/2013
LIDE, David R. CRC Handbook of Chemistry and Physics 93º Edition: section 4: properties of the elements and inorganic compounds. California.2012-2013
Metal Recovery and Wastewater Reduction Using Eletrowinning. Disponível em: http://www.nmfrc.org/pdfs2/metal-ewin.pdf acessado em 16/06/2013 as 17:39
PERUZZO, Tito Miragaia, CANTO, Eduardo Leite do. Química na Abordagem do Cotidiano.São Paulo: Moderna, 1993
ROCHA, Priscila Martins da. Extração de Metais Preciosos a partir de Sucata Eletrônica por Eletrolixiviação. 2011. 4f. Dissertação (Graduação de Química) - Fundação Técnico Educacional Souza Marques (FTESM), Rio de Janeiro, 2011
Rocha, Priscila Martins. Extração De Metais Preciosos a Partir De Sucatas Eletrônicas Por Eletrolixiviação Disponível em: http://www2.cetem.gov.br/publicacao/serie_anais_XIX_jic_2011/XIX_JIC2011_priscila_martins_rocha.pd acesso em: 22/04/13 às 15:43
SOBRAL, Luís Gonzaga S., GRANATO Marcus, OGANDO, Roberto B., Paládio: Extração e Refino, uma Experiência Industrial, Rio de Janeiro :CETEM, 1992
Tema: Lixo Eletrônico htp:// http://www.pnuma.org.br/ acessado em 26/05/1013
Youssef, Chehade, et al. Recovery of Gold, Silver, Palladium, and Copper from Waste Printed Circuit Boards, 2012. 9f.. Artigo - International Conference on Chemical, Civil and Environment engineering (ICCEE'2012), Dubai, 2012
Zeni, Adriana Marize et al. Tecnologias para o Tratamento e Reciclagem de Resíduo Eletrônico como PráticasSustentáveis Inovadoras, 2012. 12F Artigo – II Congresso Brasileiro de Engenharia de Produção, Ponta Grossoa, 2012

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