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HORMÔNIOS ENVOLVIDOS NO METABOLISMO CELULAR INSULINA E GLUCAGON O tecido pancreático é constituído por numerosos ácinos (ácinos pancreáticos), que são responsáveis pela produção das diversas enzimas secretadas através do ducto pancreático no tubo digestório. Tais enzimas constituem um tipo de secreção denominada secreção exócrina. Além dessa função exócrina, o tecido pancreático secreta também hormônios, diretamente à corrente sanguínea. A secreção endócrina do pâncreas é feita através de milhares de grupamentos celulares denominados Ilhotas de Langerhans, distribuídas por todo o tecido pancreático. Cada Ilhota de Langerhans é constituída por diversos tipos de células. Destacam-se as células alfa, que produzem o hormônio glucagon e as células beta, que produzem a insulina. Ambos os hormônios, insulina e glucagon, são bastante importantes devido aos seus efeitos no metabolismo dos carboidratos, proteínas e gorduras INSULINA Produzida pelas células beta das ilhotas de Langerhans, atua no metabolismo dos carboidratos, proteínas e gorduras. Efeitos da insulina no metabolismo dos carboidratos: Aumento no transporte de glicose através da membrana celular; Aumento na disponibilidade de glicose no líquido intracelular; Aumento na utilização de glicose pelas células; Aumento na glicogênese (polimerização de glicose, formando glicogênio), principalmente no fígado e nos músculos; Aumento na transformação de glicose em gordura. GLUCAGON Secretado pelas células alfa das ilhotas de Langerhans, é muito importante principalmente para evitar que ocorra uma hipoglicemia acentuada no organismo de uma pessoa. Quando a concentração de glicose no sangue atinge valores baixos, as células alfa das ilhotas de Langerhans liberam uma maior quantidade de glucagon. O glucagon, então, faz com que a glicose sanguínea aumente e retorne aos valores aceitáveis como normal. Os principais mecanismos através dos quais o glucagon faz aumentar a glicemia são: Aumento na glicogenólise (despolimerização do glicogênio armazenado nos tecidos, liberando glicose para a circulação); Aumento na gliconeogênese, através da qual elementos que não são carboidratos (proteínas e glicerol) transformam-se em glicose. Corticosteróide Corticóide ou corticosteróide é o nome dado a um grupo de hormônios esteróides produzidos pelas glândulas supra-renais glândulas, ou a partir de derivados sintéticos. Os corticosteróides possuem diversas ações importantes no corpo humano, possuindo um papel de relevo no balanço electrolítico (equilíbrio de íons e água), e na regulação do metabolismo Os corticosteróides aumentam a quebra de proteínas para que sejam transformadas em glicose pelo fígado (gliconeogênese), levando por isso a um aumento da glicemia (quantidade de glicose no sangue). Levam também a que a gordura acumulada no corpo entre na circulação sanguínea, para que possa ser utilizada pelos tecidos na produção de energia. Em resumo, os corticosteróides aumentam a disponibilidade de "ingredientes" para a produção de energia. Glicocorticóides Possuem importantes efeitos metabólicos, sendo utilizados na prática médica graças aos seus potentes efeitos anti-inflamatórios e imunossupressores. O principal glicocorticóide endógeno (produzido pelo corpo) é o cortisol. Adrenalina A adrenalina ou epinefrina, é um hormônio, derivado da modificação de um aminoácido aromático (tirosina). Secretado pelas glândulas supra-renais, assim chamadas por estarem acima dos rins. Em momentos de "stress", as supra-renais secretam quantidades abundantes deste hormônio que prepara o organismo para grandes esforços físicos, estimula o coração, eleva a tensão arterial, relaxa certos músculos e contrai outros. Quando lançada na corrente sanguínea, devido a quaisquer condições do meio ambiente que ameacem a integridade física do corpo (fisicamente ou psicolo- gicamente), a adrenalina ocasiona : - Aumento da frequência dos batimentos cardíacos; - Aumenta o volume de sangue por batimento cardíaco, - Eleva o nível de açúcar no sangue; - Minimiza o fluxo sanguíneo nos vasos e no sistema intestinal; - Maximiza o tal fluxo para os músculos voluntários nas pernas e nos braços e "queima" gordura contida nas células adiposas. Isto faz com que o corpo esteja preparado para uma reação, como reagir agressivamente ou fugir, por exemplo. É utilizada também pela medicina em ressucitações no caso de parada cardíaca ou para aumentar a duração de anestésicos locais devido ao seu efeito vasoconstrictor.
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