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CONDICIONANTES PARA O PROJETO DE HABITAÇÃO COLETIVA Referência Bilbiográfica: Habitação Coletiva: a inclusão de conceitos humanizadores no processo de projeto Raquel R. M. Paula Barros São Paulo: Annablume, 2011 Universidade de Itaúna Projeto VII – 2º semestre de 2014 Profªs: Izabela Naves e Jurema Rugani VISTAS Distribuir janelas de modo que sua área total esteja conforme indicado para sua região, posicionando-as para obtenção das melhores vistas: atividade rua, tranquilidade jardim, cena diferente do interior. Sensibilidade ao ambiente construído e natural existente ENTRELAÇAMENTO ENTRE EDIFICAÇÃO E LUGAR Limites da edificação necessitam entrelaçamento com lugar no nível do solo. Conectar edificação ao solo por meio de caminhos, terraços, degraus, rampas. Posicioná-los de modo a tornar limites ambíguos. EDIFICAÇÃO MELHORANDO TERRENO Edificações devem respeitar a natureza do sítio a fim de aprimorá-lo. Considerar edifício e terreno como ecossistema único: não invadir áreas confortáveis e sadias e sim construir nas áreas menos agradáveis, de piores condições. Sensibilidade ao ambiente construído e natural existente CAMINHOS E LUGARES Caminhar envolve escolha de destinos (marcos visíveis) em constante mudança: posicioná-los em locais de interesse natural para então conectá-los formando caminhos, cuja forma pode ser diferenciada ao redor dos destinos (distâncias recomendada máxima de 150m). Sensibilidade ao ambiente construído e natural existente AMBIENTES SEMI-ABERTOS Pessoas do lado interno necessitam contato com a cena exterior. Projetar varandas, sacadas, galerias, nichos, lugares para se sentar, pergolados, etc. Nos limites da edificação, especialmente onde se abrem para espaços públicos e ruas. HIERARQUIA ENTRE ESPAÇOS EXTERNOS Ao conformar espaços externos de qualquer tipo (jardins, terraço, ruas, parques, praças, pátios) criar espaço menor que possibilite proteção natural às cotas e, em seguida, posicioná-lo, bem como suas aberturas, de modo a ter visão para o espaço externo maior. Conectividade, legibilidade e sustentabilidade social ESPAÇO EXTERNO POSITIVO Espaços externos concebidos como sobra entre edificações em geral não são usados. Criar espaços externos positivos ao redor dos edifícios, dotando-lhes de algum grau de fechamento por meio de: alas de edifícios, árvores, cercas, arcadas, pergolados. GRADIENTE DE PRIVACIDADE NO ARRANJO DO CONJUNTO Posicionamento de UHs no agrupamento reflete diferenças entre pessoas. Distinguir três tipos de UHs: as fisicamente reservadas (mais silenciosas); as mais públicas (ruas movimentadas); as meio termo entre as outras duas. Conectividade, legibilidade e sustentabilidade social TRANSIÇÃO NA ENTRADA UHs com transições entre exterior-interior são mais agradáveis. Crie espaço de transição marcando-o com mudança de iluminação, direção, textura, nível, som, grau de fechamento e principalmente de vista. DEMARCAÇÃO DE ENTRADA COLETIVA Partes da cidade a serem identificadas como lugares pelo seus habitantes necessitam reforço visual. Demarcar entradas coletivas nas fronteiras de lugares de acordo com o fluxo predominante de pedestres. Identidade EDIFICAÇÃO COMO COMPLEXO Traduzir programas em complexos de edifícios ou parte menor que manifestam seus fatos sociais próprios. Baixas densidades: coleção de edifícios menores conectados por arcadas, caminhos, pontes, jardins comuns. Altas densidades: selecionar partes mais importantes e fazê-las identificáveis dentro do mesmo tecido tridimensional.. Identidade DIVERSIDADE DE USUÁRIOS Encorajar variedade de usuários e de faixas de renda no mesmo bairro habitacional, de modo a ter, lado a lado, habitações de pessoas sozinhas, casais, famílias com crianças, idosos, portador de desvantagens físicas.. Identidade ORIENTAÇÃO SOLAR E VENTOS Aliado a outros fatores, a implantação que prioriza o melhor aproveitamento da orientação solar e dos ventos permitem o bem estar. Se a implantação e os arranjos dos ambientes e suas aberturas valorizam a face norte (no hemisfério sul) e a ventilação natural desejada, evitando a indesejada, a UH é convidativa. Espalhar a UH no eixo leste-oeste, posicionando ambientes como áreas comuns e quartos ao longo da face norte. Harmonia espacial, conforto ambiental e privacidade UHs AGREGADAS COM MAIS DE UMA ORIENTAÇÃO Agregação de UHs impõe desafios para a garantia e qualidade da iluminação e ventilação naturais e percepção das condições climáticas. Agregar UHs garantindo mais de uma orientação para cada uma, em harmonia com opções de circulação coletiva horizontal e vertical e com estratégias para garantia da privacidade. Ambientes internos podem ter barreiras parciais. Harmonia espacial, conforto ambiental e privacidade ESTRATÉGIAS PARA PRIVACIDADE Estratégias complementares podem contribuir para privacidade entre UHs: observar distância entre UHs confrontantes; criar mini-pátios reservados para parte das aberturas; usar clarabóias, janelas altas, vidro corrugado ou translúcido, elementos opacos em ângulo em relação à abertura, elementos vazados, vegetação, desnível de piso entre passeio e UH, ambiente de entrada. Harmonia espacial, conforto ambiental e privacidade FORMATO ALONGADO Forma do edifício afeta enormemente graus de privacidade internos. Em UHs de área reduzida, aumentar ao máximo distância entre cômodos, desenrolando-os um após outro de modo horizontal ou vertical. Harmonia espacial, conforto ambiental e privacidade GRADIENTE DE INTIMIDADE Arranjar ambientes internos da UH em sequencia que corresponda aos graus de intimidade para que acomodem as sutilezas das interações espaciais: começar pelas partes mais públicas finalizando com os domínios mais íntimos. Sentido de lar ESPAÇO FÍSICO CONGRUENTE OU ESPAÇO DE CONVÍVIO Espaço físico deve ser congruente aos ambientes de convívio, definidos por atividades e grupos humanos. Posicionar os elementos estruturais de acordo com os ambientes de convívio, nunca o contrário. Sentido de lar CIRCULAÇÃO COM CONTRASTE Criar alternadamente áreas mais iluminadas e mais escuras ao longo da UH, de modo a orientar o movimento: pessoas caminham naturalmente em direção à luz. GRADIENTE DAS ABERTURAS Facilidade de acesso e controle gradiente de iluminação, ventilação e privacidade pelo usuário contribui para senso de proteção característico do lar. Projetar fechamento para aberturas que sejam de fácil controle pelo usuário e que possibilitem gradação, tais como venezianas sanfonadas ou brises articulados. Luz filtradas permite nuances de luz e sombra, impedindo ofuscamento. Sentido de lar UHs EM FITA Deficiências de UHs agregadas em fita (luz e ventilação naturais; privacidade; contato mais direto com quintal; variação individual) podem ser combatidas. Posicionar UHs ao longo de caminhos para pedestres perpendiculares a vias locais e estacionamentos, dando a cada UH frente longa e profundidade rasa. Opções e flexibilidade POSSIBILIDADE DE EXPANSÃO Acomodar o eventual e gradual aumento de moradores por UH bem como de sua capacidade financeira projetando a implantação do conjunto e as UHs compatíveis com adições futuras, desde que ambientes resultantes continuem a cumprir função social e a atender o conforto ambiental. Possibilidades de expansão requerem detalhamento em projeto, regulamentação e monitoramento na execução. Opções e flexibilidade FLEXIBILIDADE DE USO HIS requerem durabilidade com facilidade de manutenção, adaptabilidade para diferentes usuários e novas tecnologias. Projetar para a flexibilidade de uso como emprego de paredes internas e vedação. Divisórias flexíveis, piso elevado que abrigue instalações, paredes hidráulicas, mobiliário sobre rodízios, etc., desde que ambientes resultantes continuem a cumprir função social. Opções e flexibilidade MATERIAIS APROPRIADOS Priorizar o uso de materiais ecologicamente corretos, adaptáveis na obra e fácil manutenção posterior pelo proprietário. Deve ser considerada a adequação ao sistema construtivo, a possibilidade de reuso, as distâncias percorridas, a toxicicidade, a durabilidade, o consumo de água, entre outros. Opções e flexibilidade Habitabilidade Urbanidade
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