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A Psicologia no Ambulatório

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A Psicologia no Ambulatório
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A constante transformação cultural que pode ser percebida na atualidade provocou o crescimento da preocupação relacionada à saúde mental em lugares que privilegiavam questões da chamada saúde orgânica.
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O trabalho desenvolvido pelo psicólogo nos ambulatórios institucionais atende a uma demanda que de outra forma não teria possibilidades de se beneficiar com este atendimento.
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O ambulatório ocupa um lugar de importância na rede de saúde, tanto no agenciamento de uma demanda que não será necessariamente tratada nele, mas que passa por ele, quanto no atendimento resolutivo a uma clientela que com o ambulatório funcionando bem, não precisará chegar às estruturas mais complexas (CAPS), que devem atender os casos mais graves.
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A clientela
Necessidade de avaliar o perfil da clientela e das características da demanda para fazer ofertas coerentes com as necessidades da população atendida.
A contextualização constante passa a ser indispensável a partir do momento em que se compreende que não há sujeito fora da cultura; não há sujeito que não seja efeito, uma construção de seu contexto.
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Na medida em que trabalha com a subjetividade, com aquilo que está em jogo na constituição de cada sujeito, tanto a teoria como principalmente a prática tem de ser dinâmicas, buscando sempre acompanhar a singularidade do sujeito. 
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A Queixa
Repetição de uma queixa: “problema de nervos” que parece padronizar a possibilidade de expressar o sofrimento.
Por trás desta queixa encontra-se uma grande pluralidade de problemas.
A “doença dos nervos” é marcada por importantes particularidades sócio-culturais (Costa,1989).
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O Pedido da Clientela
Pedido de cura rápida solucionada pelo profissional que não demande muita implicação daquele que busca ajuda.
Isto parece resultar do domínio da cultura médica curativa na sociedade atual que não é uma questão exclusiva da clínica realizada no serviço público.
O processo de fazer com que o sujeito venha a se implicar no tratamento é lento e muitas vezes bastante difícil de ocorrer.
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Objetivos do atendimento
Segundo Oliveira(2000) são objetivos do atendimento ambulatorial: acolher, avaliar e encaminhar.
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Acolher: Significa receber bem, com atenção, tempo e disponibilidade para que seja possível escutar e valorizar as particularidades de cada situação.
Promover condições para aquele que sofre falar do seu mal estar a fim de possibilitar uma avaliação consistente e coerente com aquilo que foi transmitido muitas vezes, também pelos familiares.
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Avaliar:
 Estar atento ao contexto familiar, social e cultural no qual o sujeito encontra-se inserido para se definir o projeto terapêutico a ser construído.
Encaminhar para um tratamento.
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Ambulatório do Hospital de Ururaí
A Demanda:
 No grupo de crianças e adolescentes encontramos como principais queixas trazidas pelos pais ou responsáveis: dificuldade de aprendizagem e/ou déficit no rendimento escolar e distúrbio de comportamento, em particular, agressividade.
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Neste grupo as outras queixas distribuem-se em problemas de relacionamento familiar e/ou social e fobia.
No grupo de adultos a demanda de atendimento é motivada, principalmente por depressão. Também é motivada por sintomas psicossomáticos como ansiedade, “doença dos nervos” e pânico.
Também são encaminhados casos de psicose.
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Os Encaminhamentos
Os pacientes são encaminhados por: 
 Escolas, médicos da Unidade, Conselho Tutelar, Serviço Social da Unidade, Setor de emergência do HFM ou procuram atendimento espontaneamente. 
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Bibliografia
Costa, J. F. Psicanálise e contexto cultural. Imaginário Psicanalítico, Grupos e Psicoterapia. Rio de Janeiro: Campus, 1989.
Oliveira, Raquel. C. A recepção em grupo no ambulatório do IPUB/UFRJ. In: Cadernos IPUB 17, Rio de Janeiro: UFRJ/IPUB, 2000.

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