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Redação Empresarial FIEG - FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE GOIÁS SENAI - SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SESI - SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA DEPARTAMENTO REGIONAL DE GOIÁS Paulo Afonso Ferreira (2000 a 2010) Pedro Alves de Oliveira (2010 a 2014) Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás Presidente do Conselho Regional do SENAI e do SESI de Goiás Diretor Regional do SESI de Goiás Paulo Vargas Diretor Regional do SENAI Superintendente do SESI Manoel Pereira da Costa Diretor de Educação e Tecnologia do SESI e SENAI Cristiane dos Reis Brandão Neves Gerente de Tecnologia e Inovação do SENAI Ítalo de Lima Machado Gerente de Educação Profissional do SENAI Ângela Maria Ferreira Buta Gerente de Educação Básica do SESI Para fazer inscrições ou obter informações sobre os cursos a distância contactar: www.sesigo.org.br e www.senaigo.com.br FIEG - FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE GOIÁS SENAI - SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SESI - SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA DEPARTAMENTO REGIONAL DE GOIÁS Paulo Afonso Ferreira (2000 a 2010) Pedro Alves de Oliveira (2010 a 2014) Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás Presidente do Conselho Regional do SENAI e do SESI de Goiás Diretor Regional do SESI de Goiás Paulo Vargas Diretor Regional do SENAI Superintendente do SESI Manoel Pereira da Costa Diretor de Educação e Tecnologia do SESI e SENAI Cristiane dos Reis Brandão Neves Gerente de Tecnologia e Inovação do SENAI Ítalo de Lima Machado Gerente de Educação Profissional do SENAI Ângela Maria Ferreira Buta Gerente de Educação Básica do SESI Para fazer inscrições ou obter informações sobre os cursos a distância contactar: www.sesigo.org.br e www.senaigo.com.br Redação Empresarial Rebeca Maria Olmos Avelino Goiânia/GO 2010 © SESI - SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA © SENAI - SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL Recurso didático elaborado pela docente Rebeca Maria Olmos Avelino, a ser utilizado na Rede SESI de Educação Equipe técnica que participou da elaboração desta obra Goiás Manoel Pereira da Costa Diretor de Educação e Tecnologia Ângela Maria Ferreira Buta Gerente de Educação Básica Cristiane dos Reis Brandão Neves Gerente de Tecnologia e Inovação Ariana Ramos Massensini Apoio Técnico S514i SESI-GO. Redação empresarial. Goiânia. 2010. 174p. : Il. 1.Educação a distância. 2. Gestão 3. Redação empresarial. 4. Plano de estudo. 5. Metodologia de ensino. I. Autor. II. Título CDD – 652 Para fazer inscrições ou obter informações sobre os cursos a distância contactar: www.sesigo.org.br e www.senaigo.com.br Santa Catarina Beth Schirmer Coordenação Geral Caroline Batista Nunes Silva Coordenação de EaD FabriCo Revisão Ortográfica e Normatização Equipe de Recursos Didáticos do Núcleo de Educação a Distância- SENAI/SC em Florianópolis Design Gráfico, Design Educacional, Diagramação e Ilustrações Fotografias Banco de Imagens SENAI/SC http://www.sxc.hu/ http://office.microsoft.com/en-us/ images/ http://www.morguefile.com/ Sumário Carta ao Aluno | Apresentação | Plano de Estudos | Sobre o Autor | Palavras do Autor | Referências | 5 Sumário Carta ao Aluno | Apresentação | Plano de Estudos | Sobre o Autor | Palavras do Autor | Referências | Carta ao Aluno ............................................................................................................................7 Apresentação ..............................................................................................................................9 Plano de Estudos ........................................................................................................................11 Módulo 1: Trabalhando a Escrita ...............................................................................................13 Módulo 2: Funções de Linguagem .............................................................................................43 Módulo 3: Princípios Gerais para Eficiência na Comunicação Escrita .....................................63 Módulo 4: Documentos Comerciais ...........................................................................................89 Módulo 5: Demais Documentos Comerciais e Pronomes de Tratamento ................................113 Módulo 6: Documentos Oficiais .................................................................................................139 Sobre o Autor ..............................................................................................................................169 Palavras do Autor .......................................................................................................................171 Referências .................................................................................................................................173 | Sumário Carta ao Aluno Apresentação | Plano de Estudos | Sobre o Autor | Palavras do Autor | Referências | 7 Prezado aluno, Na perspectiva de que somos convidados a buscar continuamente a aprendizagem e tendo como referência inúmeras pesquisas indicando que pessoas com maior escolaridade têm diversas oportunidades no mercado de trabalho, o SESI/SENAI - Departamento Regional de Goiás, atento a essas demandas, desenvolve cursos de aperfeiçoamento profissional na moda- lidade Educação à Distância (EaD). Com isso, objetivamos democratizar o acesso à educação, possibilitando uma aprendizagem efetiva e autônoma, em que você aluno, não precise se ausentar do trabalho ou de casa para ampliar seus conhecimentos. Vale ressaltar que os cursos de Educação Continuada na moda- lidade EaD, foram criados tendo em vista às atuais demandas de qualificação, por isso ofere- cemos à você cursos de informática básica, geohistória, novas regras ortográficas, empreen- dedorismo, educação ambiental e outros. Dessa forma, este material foi preparado para auxiliá-lo em seus estudos, contribuindo como fonte de pesquisa e consulta, estando disponível nas bibliotecas do SESI e do SENAI em Goi- ás. Desejamos sucesso em sua caminhada e que você continue sendo parceiro na promoção con- tínua de uma educação de qualidade. | Sumário Carta ao Aluno Apresentação | Plano de Estudos | Sobre o Autor | Palavras do Autor | Referências | | Sumário | Carta ao Aluno Apresentação Plano de Estudos | Sobre o Autor | Palavras do Autor | Referências | 9 | Sumário | Carta ao Aluno Apresentação Plano de Estudos | Sobre o Autor | Palavras do Autor | Referências | Prezado aluno, seja bem-vindo ao curso Redação Empresarial, que tem como objetivo forne- cer os conhecimentos necessários para a consolidação das habilidades e competências neces- sárias para sua atuação nesta área. Em nosso cotidiano, percebemos que a leitura e a escrita são instrumentos imprescindíveis para uma correta comunicação do profissional moderno. Atualmente, as empresas precisam de funcionários que estejam aptos a atuar nesse mundo de trabalho ágil e globalizado. Devido à crescente demanda do mundo do trabalho por profissionais capacitados e atuantes, este curso surge para atender a necessidade de formação profissional de Secretários, Em- presários e demais profissionais que utilizam a comunicação escrita em seu cotidiano. Você estudará a importância da leitura e da escrita, os princípios para uma comunicação eficiente e as funções de linguagem. Também conhecerá quais são os tipos de documentos comerciais, oficiais, sua utilização e suas particularidades. Bons estudos! Rebeca Maria Olmos Avelino | Sumário | Carta ao Aluno | Apresentação Plano de Estudos | Sobre o Autor | Palavras do Autor | Referências | 11 | Sumário | Carta ao Aluno | Apresentação Planode Estudos | Sobre o Autor | Palavras do Autor | Referências | OBjETIVOS DE APRENDIZAGEM Geral ● Desenvolver habilidades de comunicação, leitura e escrita dos documentos. Específicos ● Avaliar a importância da leitura e da análise crítica de textos. ● Descrever as funções de linguagem. ● Conhecer os princípios para se ter eficiência na comunicação escrita. ● Compreender as normas de escrita e diferenciar os diferentes tipos de documentos da comunicação escrita. METODOLOGIA DE ESTUDOS Este curso está dividido em seis módulos de estudos, cada um contendo aulas. O curso foi elaborado de forma a desenvolver suas habilidades e competências operacionais. Assim, em todo o conteúdo, você encontrará os personagens do curso apresentando tópicos importan- tes, que estarão disponíveis para explorar conceitos e aspectos centrais dos assuntos estuda- dos. Desse modo, dedique momentos do seu dia para o estudo. Nossa sugestão é de no mínimo uma hora por dia em local calmo e arejado. Lembre-se de fazer um pequeno intervalo de dez minutos nesse momento de estudo. Faça da sua aprendizagem uma construção significativa, utilizando a teoria para uma prática profissional com excelência. Prepare-se para iniciar esta trajetória e enriquecer seus conhecimentos! Trabalhando a Escrita 1 Trabalhando a Escrita Módulo I 15 Trabalhando a Escrita Módulo I Preciso me atualizar sempre. Puxa! Este livro é interessante. Olá, Raul, há quanto tempo! Olá, Jonas, tudo bem? Tempo depois... Horas depois... Estou quase terminando este livro. Como é bom ler. No horário de almoço, vou ao shopping. Vou passar na livraria para ver novos livros. Sumário A importância da leitura Compreensão crítica Análise de textos Elaboração de textos Utilização da redação comercial Quais são os assuntos? raul na livraria 16 Redação Empresarial Módulo I | Trabalhando a Escrita Comigo tudo bem. E você, o que faz por aqui? Vim almoçar, e comprar um livro. Em uma sociedade permeada por vícios de linguagem, é preciso dominar a norma culta. Que coincidência! Também vim comprar um livro! A gente precisa ler sempre. É, amigo, ler é essencial. O ato de ler vai além do mero ato de decifrar morfemas. A leitura vem carregada de poder e pode construir ideais, assim como pode destruí-los. Ler é abrir caminho para mudar-se, para entender a si e ao outro. E eu tenho que voltar ao escritório. Não vejo a hora de iniciar a leitura do livro que comprei. Foi bom te ver. Tenho que ir, vou passar na livraria. Até logo. Passe outro dia no escritório! Combinado. Até mais, Raul. Redação Empresarial 17Módulo I | Trabalhando a Escrita OBjETIVOS DE APRENDIZAGEM Ao final deste módulo, você terá subsídios para: ● Aceitar a leitura como fonte de informação. ● Compreender que o hábito da leitura é imprescindível para escrever bem. ● Compreender os diversos significados de um mesmo objeto. ● Analisar a necessidade da uma compreensão crítica. ● Explorar a necessidade da análise textual. ● Verificar como deve ser feita a análise de textos. ● Elaborar textos com eficiência comunicativa. ● Conhecer a importância de se saber empregar o vocabulário adequado. ● Verificar os tipos de correspondência comercial. ● Otimizar sua redação comercial. Aulas Acompanhe neste módulo o estudo das seguintes aulas: Aula 1 – A importância da leitura Aula 2 – Compreensão crítica Aula 3 – Análise de textos Aula 4 – Elaboração de textos Aula 5 – Utilização da redação comercial 18 Redação Empresarial Módulo I | Trabalhando a Escrita PARA INÍCIO DE CONVERSA Você estudará neste módulo sobre a relevância da leitura e da escrita em nossos dias atuais, como ambas estão intimamente ligadas e são fundamentais em todos os setores de nossa vida. O processo de compreensão crítica e os fatores que influenciam esse processo também será assunto estudado. Na sequência, você aprenderá como analisar e elaborar textos. Por fim, verá como a redação comercial é utilizada e quais são os tipos de documentos existentes. Bom estudo! Aula 1 A IMPORTÂNCIA DA LEITURA Você já parou para pen- sar como seria sua vida sem a leitura e a escrita? Redação Empresarial 19Módulo I | Trabalhando a Escrita Sem dúvida, essa é uma das convenções sociais que mais contribuíram para o desenvolvi- mento da humanidade em todos os campos das ciências. Talvez o mais complexo de aceitar seja que ainda existam pessoas e povos que não dominem essa conquista e que, por isso, vivem à margem social. Se você analisar nossa linguagem rotineira, perceberá que usamos dois tipos de linguagem: ● linguagem escrita; ● linguagem oral. A escrita originou-se a partir da comunicação oral, mas tem particularidades e regras pró- prias e, por isso, não é uma reprodução fiel de nossa língua falada. Importância da escrita É impossível conceber a so- ciedade tal como se encontra sem esses dois elementos. Para você, o que é a escrita? Você sabe escrever? Você lê o que você escreve? Os outros compreen- dem o que você escreveu? 20 Redação Empresarial Módulo I | Trabalhando a Escrita A escrita é um importante instrumento de comunicação e, assim como na linguagem oral, possui variações conforme a região, a classe social, a idade, a origem e o grau de escolaridade. Assim, para transmitir a informação ao receptor/destinatário, é necessário que o que esti- ver redigido seja claro, de fácil entendimento. Na fala pode-se corrigir o que você acabou de dizer, no papel isso não ocorre, o texto não pode ter remendos, nem mesmo incorreções. A linguagem escrita é caracterizada por ser uma linguagem mais formal, que obedece a nor- mas gramaticais e ortográficas. O escritor deve levar em consideração o seu contexto social e dele retirar elementos para a elaboração de um texto legível. Esse processo se desenvolve desde os primeiros bilhetes escolares até textos mais complexos, como os de nível empresarial. Redação Empresarial 21Módulo I | Trabalhando a Escrita A importância da leitura O ato de ler vai além do mero ato de decifrar morfemas. Ler é abrir caminho para mudar-se, para entender a si e ao outro. A leitura vem carregada de poder, pode construir ideais, assim como pode destruí-los. O tipo de leitura depende muito do leitor, cada pessoa tem um comportamento durante a leitura, dependente de variações como: ● a maturidade do leitor; ● a complexidade do texto; ● o objetivo da leitura; ● o conhecimento prévio que o leitor tem do assunto; ● o estilo do leitor (sua individualidade). O exposto leva-o a concluir que ler é um processo complexo (KATO, 2002). Os diferentes tipos de textos são fontes de informação e conhecimento. Na compreensão de um texto, o leitor deve usar sua capacidade de atribuir sentido ao que está lendo. Esse proces- so depende do grau de formação e leituras anteriores. Quando falamos em leitura, podemos nos referir também à leitura de mundo, o qual você já nasce com ela e vai desenvolvendo à medida que adquire diferentes conhecimentos. Você deve se conscientizar que, à medida que fizer leituras inerentes ao seu meio profissional, sua escrita ficará mais eficiente e contará com recursos que facilitarão a interpretação do leitor/ receptor. 22 Redação Empresarial Módulo I | Trabalhando a Escrita Como você pode perceber, ler e escrever estão intimamente ligados, mas são dois elementos sociais totalmente distintos. Uma boa escrita depende de bons hábitos de leitura. Se você quer redigir correspondências eficientes, deve ler assuntos referentes ao seu contexto. É claro quecorrespondências oficiais possuem regras específicas e praticamente imutáveis e estas devem ser seguidas. Porém, não basta seguir as normas se a redação não estiver em conso- nância com o seu objetivo. Leia e escreva, faça exercícios diários e perceberá o quanto pode melhorar e tornar-se mais eficiente tanto na leitura quanto na escrita. Redação Empresarial 23Módulo I | Trabalhando a Escrita Na próxima aula, você verá que é necessário ter uma compreensão crítica da realidade, do meio e dos contextos inseridos nas leituras e na vida em sociedade. Prepare-se para trilhar um novo caminho de conhecimento. Aula 2 COMPREENSÃO CRÍTICA Essa complexidade na comunicação nos obriga a ler nas entrelinhas e tentar entender o subentendido. Leva-nos também à necessidade de sermos críticos, não críticos no sentido de falar mal de tudo e não apresentar soluções, e sim ser críticos no sentido daquele que “avalia fundamentando” e não “que(m) deprecia” (HOUAISS, 2003, p. 138). Portanto, uma compre- ensão crítica é a capacidade de fazer julgamentos. Fatores de compreensão da leitura Alliende e Condemarím (2005) dizem que a compreensão de um texto é variável, depende das circunstâncias da leitura e de fatores complexos que se inter-relacionam. Você sabia que vivemos em uma sociedade que está sen- do denominada de complexa? 24 Redação Empresarial Módulo I | Trabalhando a Escrita Autor/leitor “A relação autor/leitor refere-se aos conhecimentos linguísticos, esquemas cognitivos, baga- gem cultural, circunstâncias em que o texto foi produzido” (KOCH; ELIAS, 2006, p. 24). Quando ele requer do leitor conhecimentos prévios de contextos contidos no texto que são necessários para a compreensão integral do conteúdo. O autor mobiliza um conjunto de conhecimentos para a construção do texto e espera-se que o leitor leve em consideração esses conhecimentos. Existem leituras destinadas a públicos específicos. Por exemplo, se você pertence ao mundo empresarial, pode ter dificuldades de Conheça os fatores relativos ao autor/leitor e ao texto e como esses fatores podem dificultar ou facilitar o processo de leitura. Quer saber quando o texto exige seus es- quemas cognitivos? Redação Empresarial 25Módulo I | Trabalhando a Escrita interpretar um texto literário datado do século XIX. Ao mesmo tempo em que um crítico lite- rário pode ter dificuldade em compreender uma redação empresarial. O texto Além dos fatores que você viu anteriormente, há fatores relacionados ao texto que facilitam sua legibilidade. Pode-se dividir em aspectos materiais e linguísticos (KOCH; ELIAS, 2006): Tabela 1 - Aspectos Materiais e Linguísticos Aspectos materiais Fatores linguísticos ● tamanho e clareza dos caracteres ● cor e textura do papel ● comprimento das linhas fonte empre- gada ● parágrafos muito longos ● excesso de abreviações. ● léxico ● estruturas sintáticas complexas ● falta de nexo nas relações causa e efeito ● espaciais ● temporais ● uso inadequado dos sinais de pontua- ção. Leitor crítico Seja crítico no sentido de saber ler nas entrelinhas e questione aquilo que está expresso no papel. Às vezes na primeira leitura não se identifica a real mensagem, “após várias leituras, encontra-se o fio condutor” (PLATÃO; FIORIM, 2007, p. 35) que o levará ao teor final do tex- to. Para isso, é necessária uma leitura de mundo e conhecimentos específicos para que, por meio da leitura, possa nascer um novo profissional, que entenda sua função no mercado de trabalho, que compreenda as relações de poder e que faça a diferença. A figura a seguir é uma obra de Salvador Dalí, O nascimento de um novo homem. 26 Redação Empresarial Módulo I | Trabalhando a Escrita Figura 1 - O Nascimento de um Novo Homem Fonte: (DALI, 1943). Ser leitor crítico é saber o que realmente o autor quer passar. Muitas vezes a leitura tende a persuadi-lo a acreditar naquilo que os mecanismos e as organizações de “poder” querem que você acredite. Isso acontece muito nos documentos políticos, jornalísticos. Os veículos de cultura de massa cumprem bem essa função. Que você renasça, a cada leitura crítica, um novo homem/profissional. Redação Empresarial 27Módulo I | Trabalhando a Escrita Na próxima aula, você é convidado a fazer análise de textos. Com determinação e entusiasmo, você pode fazer da aprendizagem uma grande descoberta. Aula 3 ANÁLISE DE TExTOS Analisar é ir além do que está explícito, buscar entender o oculto de um texto, tentar entrar na mente do autor, é a busca do real ao subentendido. Você já pode se considerar um leitor crítico? Você tem o hábito de analisar o que lê? O que vê? 28 Redação Empresarial Módulo I | Trabalhando a Escrita Você recebe correspondências, assina documentos o tempo todo e faz sua elaboração tam- bém. Muitas vezes um texto que você redigiu às pressas e não fez uma análise final pode ter ficado com duplo sentido e prejudicar a sua imagem e da empresa onde trabalha. Para fazer uma analise textual, é necessário conhecer o assunto constante do material a ser lido. Esse conhecimento varia em intensidade, durabilidade e qualidade (KOCH; ELIAS, 2006). E qual a necessidade da análise textual no meio empresarial? Redação Empresarial 29Módulo I | Trabalhando a Escrita Como fazer análise de textos Analisar um texto significa estudar, decompor, dividi-lo para conseguir fazer uma interpreta- ção eficiente. Analisam-se as partes para facilitar a compreensão do todo. O objetivo principal é ver o que há de mais importante no contexto. Analisa-se um texto a partir: ● dos elementos básicos; ● das relações entre si desses elementos; ● da estrutura do texto. No processo de atribuição de sentido ao texto, é necessário colocar em ação estratégias so- ciais e cognitivas, que buscarão na memória conhecimentos referentes ao assunto do texto. O processamento textual para fins de análise recorre a três sistemas de conhecimento: Figura 2 - Sistemas de conhecimento 30 Redação Empresarial Módulo I | Trabalhando a Escrita Ao entrar em contato com um texto, você coloca em ação seus conhecimentos gramaticais. Assim, o texto precisa ter coesão e coerência para fazer sentido ao leitor. O referido leitor fará relações entre o conteúdo e seus conhecimentos prévios sobre ele e interagirá com o conteú- do, o que irá levá-lo a montar o significado global do texto. À medida que você se acostumar a analisar tudo que lê, isso se tornará um exercício automá- tico e facilitará muito sua vida profissional, tanto na leitura como na escrita de documentos. Fazer essa análise é estar preparado para dissecar o texto em minúcias e frag- mentá-lo para entendê-lo. Permita-se uma autocrítica, analise o que você faz na busca da perfeição textual. Redação Empresarial 31Módulo I | Trabalhando a Escrita É importante considerar que uma análise sua pode diferenciar-se da de um colega. A sua bagagem sociocognitiva1, seus conhecimentos sobre a língua portuguesa, seus conhe- cimentos sobre o mundo são diferentes do outro. Somos mais, ou menos, capacitados para interpretar determinados tipos de textos. Leia tudo que puder sobre sua área de atuação, esteja concatenado com o que acontece no mundo, seja o que acontece ao seu redor ou de forma global, reveja seus conhecimentos gra- maticais e lexicais. Esses passos facilitarão suas análises textuais. Agora que você já aprendeu a fazer análises consistentes de textos empresariais, a próxima etapa é aprender a elaborar textos. Vamos lá? 1 Sociocognitivo: vinculação do desenvolvimento das inteligências por meio do meio social da pes- soa. Como isso acontece? 32 Redação Empresarial Módulo I | Trabalhando a Escrita Aula 4 ELABORAÇÃO DE TExTOS Com certeza você deve ter pensado: “eu disse isso? Setivesse escrito assim, ficaria melhor!”. Possuímos um mecanismo de autocrítica que nos leva a algumas exigências pessoais. Na redação empresarial, é necessário ler e reler o que está se escrevendo, seguindo alguns elementos básicos. Os pensamentos devem estar alinhados com os seus objetivos redacionais. Elaboração de textos Você já parou e releu algum texto seu após al- guns meses de escrito? Se alguém pedisse a você agora para fazer um texto para o executivo com o qual você deseja trabalhar, qual a primeira coisa que faria? Você organizaria o texto mentalmente? Ou pegaria o dicionário para escrever palavras diferentes e re- buscadas de difícil entendimento? Redação Empresarial 33Módulo I | Trabalhando a Escrita Se você disse sim para as duas respostas, deve rever alguns conceitos. Se respondeu sim apenas para a primeira resposta, parabéns, esse é o primeiro passo para a a elaboração de um texto. Confira as frases que você deve evitar em textos formais ● Modismos: “enfiar o pé na jaca”, “arrebentar a boca do balão”, “deitar e rolar”, “botar para quebrar”, “chover no molhado” etc. ● Lugares comuns: “presente de grego”, “agradar a gregos e troianos”, “quem tem boca vai a Roma” etc. ● Clichês: são termos que se popularizaram pelo uso constante, como: “grande maioria”, “todo-poderoso”, “espetáculo da natureza”, “doce esperança” etc. ● Frases longas; ● Termos ambíguos: frases com duplo sentido; ● Excesso de adjetivos; ● Gerúndios desnecessários; ● Vícios de linguagem. Escrever bem não significa escrever difícil. Devemos ter simplicidade ao escrever. Você já ouviu falar em vícios de linguagem? 34 Redação Empresarial Módulo I | Trabalhando a Escrita Conheça a seguir alguns vícios de linguagem. a. Pleonasmo: repetição, em um enunciado, de palavras quem têm o mesmo sentido. Exemplo: “Vou sair para fora de casa”. Você só pode sair se for para fora, não acha? b. Plebeísmo: utilização de termos muito informais, gírias ou palavras de baixo calão. Exemplo: “Tá ligado que a gente vai ter que estudar pra prova, brother?” c. Hipérbole: figura de retórica que consiste na ênfase resultante de um exagero delibe- rado. Exemplo: “Já enviei milhões de cartas e não obtive resposta”. É melhor dizer que se enviou muitas cartas ou informar o número correto de cartas enviadas, mas dizer que se mandou milhões de cartas é incoerente. d. Tautologia: vício ou figura retórica que consiste em repetir a mesma ideia utilizando termos diferentes. Exemplo: “Eu tenho certeza absoluta da minha resposta”. Se você tem certeza, ela é absoluta, se fosse relativa, seria uma dúvida, concorda? e. Cacofonia: som desagradável ou palavra obscena, resultante da união das sílabas fi- nais de uma palavra com as iniciais de outra. Exemplo: “Me dá uma mão?”. O vsom da frase nos faz entender que a pessoa está pedindo a fruta “mamão”. f. Eco: repetição desagradável de sons iguais. Exemplo: “O momento é propício para fomento e desenvolvimento”. É melhor deixar as rimas para quando for escrever uma poesia, certo? Você percebe agora como é importante escrever bem? Uma boa redação na elaboração de textos abre portas. Em uma sociedade permeada por vícios de linguagem, é preciso dominar a norma culta para estar à frente no mercado de trabalho. O nome já diz tudo, é a for- ma errada como usamos as palavras rotineiramente. Redação Empresarial 35Módulo I | Trabalhando a Escrita Ler muito é um bom começo para aprimorar a escrita, por isso leia textos referentes à sua profissão e busque sempre aprimorar-se. Como utilizar a redação comercial no seu dia a dia profissional será o assunto da próxima aula. Siga em frente e prepare-se para muitas descobertas da aprendizagem. 36 Redação Empresarial Módulo I | Trabalhando a Escrita Aula 5 UTILIZAÇÃO DA REDAÇÃO COMERCIAL Você viu que existem diferenças de contextos e destinatários para as suas correspondências e, por esse motivo, você deve adequar o vocabulário adotando a norma culta para o seu meio profissional. Mas, mesmo que a escrita esteja adequada às normas e regras, se não estiver bem elaborada, você colocará em risco a imagem da empresa perante seus clientes. No meio comercial existem dife- rentes documentos a serem ela- borados, os quais devem seguir normas e regras preestabelecidas. Você sabe quais são as cor- respondências comerciais? Já redigiu uma carta comercial? Redação Empresarial 37Módulo I | Trabalhando a Escrita Correspondência comercial O livro Manual de modelos de cartas comerciais, de Manuela M. Rodrigues (2003), nos diz que a carta comercial é o espelho da empresa e revela o seu caráter e a sua personalidade. A redação comercial é de grande importância para as empresas, visto que faz a intermedia- ção entre os clientes (interno e externo) com a empresa e, por muitas vezes, é decisiva para o sucesso nos negócios. Edméa Garcia e Maria Elizabete Silva D›Elia, em seu livro Secretária Executiva (2005), fa- zem a seguinte divisão dos tipos de documento: a. Documentação oficial São os papéis com chancela do Poder Público: ● Atos de correspondência: ofícios; ● Atos processuais: pareceres; ● Atos de registros: atas, termos; ● Atos normativos: decretos-leis, leis; ● Atos probatórios: atestados, laudos; ● Atos de administração de pessoal: portarias; ● Atos contratuais: contratos; ● Atos representativos ou de confiança: procurações; ● Atos mistos: ofício circular e ofício parecer. Uma carta redigida com aten- ção, cuidado e inteligência au- menta o respeito que o destina- tário possui pela organização. 38 Redação Empresarial Módulo I | Trabalhando a Escrita b. Documentação empresarial São todos os papéis relativos à empresa, gerados dentro ou fora dela. ● Correspondência interna: comunicados, memorandos, comunicações internas (Cls); ● Correspondência externa: cartas de pessoas física e jurídicas; ● Documentos contábeis e fiscais: orçamentos, nota fiscal, folha de pagamento, recibos; ● Documentação de pessoal: currículos, cartas de desligamento, cartões de ponto; ● Documentação jurídica: contratos, escrituras, atas; ● Documentação técnica: projetos, propostas, pedidos, requisições. c. Documentação descartável É aquela que perde rapidamente a validade. Redação Empresarial 39Módulo I | Trabalhando a Escrita d. Documentação artificial Considera-se documentação artificial toda documentação original que foi transcrita no todo ou parcialmente. Exemplos: mapas, fotocópias, filmes, impressos. Veja que estar no contexto comercial/empresarial requer conhecimentos e habilida- des diferenciados. Elaborar uma boa correspondência oficial requer alguns cuidados, como você pôde observar Tenha sempre em mãos um bom manual e um bom dicioná- rio. Lembrar-se de todos os modelos não é tarefa fácil, mas não impossível. Por via de esqueci- mento, vale manter lembretes por perto. SAIBA MAIS ● BLIKSTEIN, Izidoro. Técnicas de comunicação escrita. 21a edição, São Paulo, Ática, 2005. Por que essa dica? Para ampliar seus conhecimentos sobre os assun- tos estudados neste módulo, confira as sugestões a seguir. Lembre-se de que outras fontes de pes- quisa são importantes para o seu aprendizado! 40 Redação Empresarial Módulo I | Trabalhando a Escrita COLOCANDO EM PRÁTICA RELEMBRANDO É difícil imaginar como seria nossa vida sem a leitura e a escrita. Essas são algumas das con- venções sociais que mais contribuíram para o desenvolvimento da humanidade em todos os campos das ciências. A escrita é um importante instrumento de comunicação e, assim como na linguagem oral, possui variações conforme a região, a classe social, a idade, a origem e o grau de escolaridade. Assim, para transmitir a informação ao receptor/destinatário, é necessário que oque estiver redigido no papel esteja claro, ou seja, de fácil entendimento. Vivemos em uma sociedade que está sendo denominada complexa. Essa complexidade na comunicação nos obriga a ler nas entrelinhas e tentar entender o subentendido. Leva-nos também à necessidade de sermos críticos, de avaliar fundamentando. Portanto, uma com- preensão crítica é a capacidade de fazer julgamentos. A compreensão de um texto é variável, depende das circunstâncias da leitura e de fatores complexos que se inter-relacionam. Vamos acessar o ambiente virtual de aprendiza- gem (AVA) para realizar as atividades propostas? Será um ótimo momento para construção de novo aprendizado unindo teoria e prática. Redação Empresarial 41Módulo I | Trabalhando a Escrita Na redação empresarial, é necessário ler e reler o que está se escrevendo, seguindo alguns elementos básicos. Os pensamentos devem estar alinhados com os seus objetivos redacionais. Lembre-se também de que escrever bem não significa escrever difícil. Procure ter simplicida- de ao escrever. Em textos formais evite modismos, lugares comuns, clichês, frases longas, excesso de adjeti- vos, termos ambíguos e gerúndios desnecessários. Existem diferenças de contextos e destinatários para as suas correspondências e, por esse motivo, você deve adequar o vocabulário e adotar a norma culta para o seu meio profissional. No meio comercial existem diferentes documentos a serem elaborados, os quais devem seguir normas e regras preestabelecidas. Mas, mesmo que a escrita esteja adequada às normas e regras, se não estiver bem elaborada, você estará colocando em risco a imagem da empresa perante seus clientes. Funções de Linguagem 2 Funções de Linguagem Módulo 2 45 Funções de Linguagem Módulo 2 Ester, eu sei que você escreve muito bem. Obrigada, seu Raul. Por que você está me dizendo isso? Tempo depois... Recebi um convite para um curso sobre funções da linguagem. Você gostaria de fazer? Então, vou enviar as informações para você. Faça sua inscrição e aproveite! Espero que goste do assunto. No e-mail que enviei, estão os temas que serão abordados. Já recebi seu e-mail, seu Raul. Puxa! Os assuntos são interessantes. É claro que sim, seu Raul! um curso para ester 46 Redação Empresarial Módulo 2 | Funções de Linguagem Curso Funções da Linguagem Temas Ênfase na informação Ênfase no receptor Ênfase no comunicador Ênfase no canal Ênfase no código Que bom que você gostou da ideia! Vou adorar esse curso, seu Raul. A linguagem escrita tem suas particularidades. É importante se aperfeiçoar sempre.A informação escrita precisa ser clara para não confundir o leitor. Entender a importância dos canais da comunicação é essencial. O estudo da escrita e da leitura faz parte da nossa rotina. Agora, preciso ligar para um cliente. E eu preciso responder um e-mail. Ester, aproveite bem o curso! Terminando podemos conversar sobre os assuntos. ok? Pode deixar, seu Raul. Não vejo a hora de começar! Redação Empresarial 47Módulo 2 | Funções de Linguagem OBjETIVOS DE APRENDIZAGEM Ao final deste módulo, você terá subsídios para: ● Entender que, na elaboração de textos, é preciso dar ênfase na informação a ser transmitida. ● Explicitar a importância da ênfase na informação. ● Elaborar textos com ênfase no receptor. ● Elaborar um texto com ênfase no receptor. ● Compreender a elaboração de textos com ênfase no comunicador. ● Identificar os cuidados que devem ocorrer com a informação centrada no comunicador. ● Conhecer as diferentes formas de transmitir uma informação. ● Avaliar a importância da escolha do canal comunicativo. ● Conhecer as diferentes formas de redigir uma informação. ● Compreender a importância da escolha do código para a informação. Aulas Acompanhe neste módulo o estudo das seguintes aulas: Aula 1 – Ênfase na informação Aula 2 – Ênfase no receptor Aula 3 – Ênfase no comunicador Aula 4 – Ênfase no canal Aula 5 – Ênfase no código 48 Redação Empresarial Módulo 2 | Funções de Linguagem PARA INÍCIO DE CONVERSA Para que haja um processo de comunicação, é necessário que existam as seguintes partes: informação (a mensagem que deve ser transmitida), receptor (a pessoa que recebe a infor- mação), comunicador (a pessoa que passa a informação), o canal (a forma que a mensagem é transmitida) e o código (idioma que a mensagem é transmitida). Para ter sucesso, é preciso analisar todas essas partes, para que em nenhuma delas ocorra algum ruído que atrapalhe a comunicação. Os temas que você estudará neste módulo são complementares e cada um deles dá ênfase em determinado ator desse processo. Bom estudo! Aula 1 ÊNFASE NA INFORMAÇÃO Caro aluno, é importante compreender que, na elaboração de uma correspondência, seja ela comercial ou não, é necessário que esteja escrita de forma a facilitar o entendimento do leitor. Vale ressaltar que a linguagem escrita tem suas particularidades em relação à fala. Quando você está diante do seu interlocutor e ele não entende a mensagem enviada, ele te dará um feedback na mesma hora. Se na redação de um documento a mensagem não estiver clara, seu interlocutor/destinatário poderá não entender o conteúdo da mensagem ou interpretar de maneira errônea o que você queria expressar. Daí a necessidade de dar ênfase no conteúdo da correspondência a ser redigida de forma a deixar claro quais os objetivos constantes na carta. Redação Empresarial 49Módulo 2 | Funções de Linguagem Interferências no processo de comunicação ● Causadas pelo comunicador: se o emissor falar muito baixo ou usar termos que o receptor desconhece, a comunicação pode não acontecer. Você sabia que algumas interferências ou ruídos podem ocorrer no processo de comunicação, gerando, assim, desenten- dimentos, desencontros e conflitos? Para que o processo de comunica- ção ocorra com sucesso, é neces- sário que essas interferências não existam ou sejam minimizadas. Conheça os tipos de interferências: 50 Redação Empresarial Módulo 2 | Funções de Linguagem ● Causadas pelo canal: por exemplo, se o texto estiver escrito com letra ilegível ou em idioma que o receptor não conheça. ● Causadas pelo receptor: por exemplo, se o receptor não dominar o idioma ou tiver dificuldades para ouvir. ● Ter bem definidos os objetivos da correspondência. ● Deixar claro o que você deseja. ● Não usar termos que possam confundir o destinatário. Veja que, se a informação escrita, não estiver redigida de maneira clara, pode confundir o leitor e atrapalhar os seus objetivos comerciais e até mesmo pessoais. Como dar ênfase à informação? Redação Empresarial 51Módulo 2 | Funções de Linguagem É importante ter em mente qual informação deseja transmitir e, ao transferir seus pensa- mentos para o papel, assegurar-se de que o leitor terá facilidade de compreensão do teor do documento, para isso é necessário afastar as interferências que podem ocorrer. Como se dá a ênfase no receptor será o assunto da próxima aula. Prepare-se para percorrer mais um trajeto de aprendizagem. 52 Redação Empresarial Módulo 2 | Funções de Linguagem Aula 2 ÊNFASE NO RECEPTOR Você já prestou aten- ção na linguagem usa- da nas propagandas? Redação Empresarial 53Módulo 2 | Funções de Linguagem Você se lembra da função conativa ou apelativa, que é aquela que está centrada no receptor? Sempre que você for elaborar um texto, deve considerar as características do receptor. Isso significa elaborar uma mensagem adaptada às características sociais e psicológicas de quem vai receber.Para elaborar um texto com ênfase na função conativa, você deve deixar evidente a presença do receptor. Isso deve ser feito por meio de pronomes de tratamento ou do uso da segunda pessoa (você, tu, vós, Vossa Senhoria). Essa modalidade de texto implica diretamente o receptor no processo de comunicação, procurando atingi-lo diretamente, sem rodeios. Os meios de comunicação utilizam-se muito dessa linguagem a fim de convencê-lo de algo, fazê-lo aderir a alguma ideia. Estão sempre tentando convencer que o produto que produzem ou vendem é o melhor. Usam uma linguagem que induze você a concordar com eles e, quando você percebe, comprou um produto que nem precisava tanto. Mas como elaborar um texto centrado no receptor? 54 Redação Empresarial Módulo 2 | Funções de Linguagem Aspectos da função conativa ● Mudar hábitos. ● Influenciar. ● Convencer. ● Persuadir. ● Ordenar. ● Convidar. ● Apelar. ● Sugestionar. Características ● Verbos no imperativo. ● Orações que expressam desejos. ● Referência no receptor. Redação Empresarial 55Módulo 2 | Funções de Linguagem Agora você já está preparado para elaborar documentos que visem a convencer seu receptor, expressar suas ideias a fim de convencer seu interlocutor. Faça bom uso dessa linguagem para convencer de suas ideias; seja persuasivo – quando for conveniente, é claro. Na próxima aula, você aprenderá a elaborar textos cujo interesse central será em você, ou seja, centrados no comunicador. Preparado para mais essa jornada? Aula 3 ÊNFASE NO COMUNICADOR Você deve se lembrar das funções de linguagem. Quando o texto está centrado no emissor, ou seja, na pessoa que elabora o texto, este pertence à função emotiva. Isso acontece quando você elabora um texto em primeira pessoa. Quando usar Função emotiva, também denominada expressiva, tem seu texto centrado no remetente. Você utilizará essa função quando o objetivo da sua mensagem for expressar as emoções, as atitu- des e o estado de espírito do emissor. Características ● Subjetividade – predomínio da primeira pessoa. ● Unilateralidade. ● Preocupação com o eu. ● Opiniões e relatos pessoais. 56 Redação Empresarial Módulo 2 | Funções de Linguagem Não sei quem sou, que alma tenho. Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo. Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros)... Sinto crenças que não tenho. Enlevam-me ânsias que repudio. A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me ponta traições de alma a um caráter que talvez eu não tenha, nem ela julga que eu tenho. Sinto-me múltiplo. (PESSOA, 1915) Agora você já sabe que, ao elaborar um texto em primeira pessoa, você escreve um texto cen- trado no emissor. Esse tipo de texto se faz útil quando é necessário relatar uma experiência ou expressar sua opinião sobre determinado assunto. Cuidado para não exagerar na hora de elaborar um texto em primeira pessoa e cair no pedan- tismo. Na próxima aula você aprenderá como fazer um documento centrado no canal comu- nicativo. Vamos lá? Faça da sua aprendizagem um momento prazeroso e dinâmico. Você conhece este poema de Fernan- do Pessoa? Redação Empresarial 57Módulo 2 | Funções de Linguagem Aula 4 ÊNFASE NO CANAL Entender a importância do canal de comunicação e de que determinadas mensagens necessi- tam de canais comunicativos específicos faz parte desta aula. Quando se trata de mensagem escrita, o canal é o papel onde estão grafados sinais gráficos para que a comunicação se efetue. A função fática manifesta-se justamente nos elementos do texto que englobam estabeleci- mento e a permanência do contato feito entre o emissor e o seu interlocutor. Podemos usar diferentes recursos gráficos: em documentos manuscritos, a caligrafia é um importante recurso gráfico, e convém observar como está a sua letra grafada no papel. Outros recursos utilizados quando se dá ênfase ao canal comunicativo é o uso de recursos psicológi- cos, que prendem a atenção do leitor. O canal usado na comu- nicação é o suporte pelo qual a mensagem vai do emissor ao receptor. Qual a utilização da função fática? 58 Redação Empresarial Módulo 2 | Funções de Linguagem ● Cuidado com o uso de palavras longas. ● Frases complexas: use construções simples, em ordem direta. ● Redundância: pode ser utilizada quando a intenção for fixar uma mensagem. Usos ● Verificar o canal de comunicação. ● Verificar o nível de entendimento. Uma mensagem com ênfase no canal é aquela que visa a testar o canal comunicativo para averiguar se está acontecendo uma comunicação eficiente, se o seu receptor está entendendo a mensagem que você quer transmitir. Em um mundo globalizado, onde existem várias linguagens concomitantes, volta e meia é necessário testar se estamos sendo entendidos. No meio empresarial são enviados muitos e- mails e pede-se confirmação do seu recebimento, nesse momento você está testando o canal comunicativo. Nesta aula, você teve a oportunidade de compreender como dar ênfase à informação, ao receptor, centrar a mensagem em você, ou seja, no comunicador e no canal, agora só falta Esses recursos psicológicos estão liga- dos à legibilidade do texto, ou seja, o texto deve ser de fácil entendimento. O que dificul- ta a leitura de um texto? Redação Empresarial 59Módulo 2 | Funções de Linguagem ● Cuidado com o uso de palavras longas. ● Frases complexas: use construções simples, em ordem direta. ● Redundância: pode ser utilizada quando a intenção for fixar uma mensagem. Usos ● Verificar o canal de comunicação. ● Verificar o nível de entendimento. Uma mensagem com ênfase no canal é aquela que visa a testar o canal comunicativo para averiguar se está acontecendo uma comunicação eficiente, se o seu receptor está entendendo a mensagem que você quer transmitir. Em um mundo globalizado, onde existem várias linguagens concomitantes, volta e meia é necessário testar se estamos sendo entendidos. No meio empresarial são enviados muitos e- mails e pede-se confirmação do seu recebimento, nesse momento você está testando o canal comunicativo. Nesta aula, você teve a oportunidade de compreender como dar ênfase à informação, ao receptor, centrar a mensagem em você, ou seja, no comunicador e no canal, agora só falta aprender a possibilidade de dar ênfase ao código que será tema da nossa próxima aula. Siga adiante com entusiasmo e determinação. Aula 5 ÊNFASE NO CóDIGO É a mensagem que explica a própria linguagem. Isso acontece quando você usa o código para explicar ou definir seus elementos. Pare um pouco e pense nas vezes em que alguém explicou algo a você e você não entendeu, ou quando expressões usadas requereram explicação. Nessas ocasiões, faz-se uso da ênfase no código, ou seja, no código usado para a comunicação, no caso, a língua portuguesa. Você sabe o que é meta- linguagem? Como? 60 Redação Empresarial Módulo 2 | Funções de Linguagem À primeira vista, você pode pensar que essa função se aplicaria unicamente a livros gramati- cais ou a dicionários, mas a usamos em situações do dia a dia, por exemplo, quando você diz “O que você quer dizer com isso?” ou “Explique o que você acabou de dizer”. No contexto empresarial, quando se comunica em inglês, por exemplo, acontece de pedir explicações dos termos usados pelo interlocutor, por se tratar de termos técnicos que normal- mente não aprendemos em cursos dessa língua. Muitas vezes usamos a função metalinguística no cotidiano. Sempre que você busca entender algo que não entendeu em função do código usado, está fazendo uso dessa função. Como usar? Redação Empresarial 61Módulo 2 | Funções de Linguagem Ao ler alguns textos didáticos, análises literárias, trabalhos de interpretaçãoou críticas, você se depara com um texto centrado no código. No próximo módulo, você adentrará o universo dos princípios que visam à eficiência na co- municação escrita. SAIBA MAIS ● CHALHUB, Samira. Funções da linguagem. 11. ed. São Paulo: Ática, 2003. 63 p COLOCANDO EM PRÁTICA Para ampliar seus conhecimentos sobre os assun- tos estudados neste módulo, confira as sugestões a seguir. Lembre-se de que outras fontes de pes- quisa são importantes para o seu aprendizado. Vamos acessar o AVA para realizar as atividades propostas? Será um ótimo momento para construção de um novo aprendizado, unindo teoria e prática. 62 Redação Empresarial RELEMBRANDO Você viu que a informação escrita que não esteja redigida de maneira clara pode confundir o leitor e atrapalhar os seus objetivos comerciais e até mesmo pessoais. É importante ter em mente qual informação deseja transmitir e, ao transferir seus pensamentos para o papel, assegurar-se de que o leitor terá facilidade de compreensão do teor do documento, para isso é necessário afastar as interferências que podem ocorrer. Para elaborar um texto com ênfase na função conativa, você deve deixar evidente a presença do receptor. Isso deve ser feito por meio de pronomes de tratamento ou do uso da segun- da pessoa (você, tu, vós, Vossa Senhoria). Essa modalidade de texto implica diretamente o receptor no processo de comunicação, procurando atingi-lo diretamente, sem rodeios. Os meios de comunicação utilizam-se muito dessa linguagem a fim de convencê-lo de algo, fazê- lo aderir a alguma ideia. Quando o texto está centrado no emissor, ou seja, na pessoa que elabora o texto, este perten- ce à função emotiva. Função emotiva, também denominada expressiva, tem seu texto centra- do no remetente. Você utilizará essa função quando o objetivo da sua mensagem for expres- sar as emoções, as atitudes e o estado de espírito do emissor. O canal usado na comunicação é o suporte pelo qual a mensagem vai do emissor ao receptor. Quando se trata de mensagem escrita, o canal é o papel onde estão grafados sinais gráficos para que a comunicação se efetue. A função fática manifesta-se justamente nos elementos do texto que englobam estabelecimento e permanência do contato feito entre o emissor e o seu interlocutor. A metalinguagem também foi assunto deste módulo, ou seja, a mensagem que explica a pró- pria linguagem. Isso acontece quando você usa o código para explicar ou definir seus elemen- tos. Pare um pouco e pense nas vezes que alguém explicou algo a você e você não entendeu ou quando expressões usadas requereram explicação. Nessas ocasiões, faz-se uso da ênfase no código, ou seja, no código usado para a comunicação, no seu caso a língua portuguesa. Princípios Gerais para Eficiência na Comunicação Escrita 3 Princípios Gerais para Eficiência na Comunicação Escrita Módulo 3 65 Princípios Gerais para Eficiência na Comunicação Escrita Módulo 3 Preciso organizar tudo antes de sair. Hoje, estou muito atarefada. Vou ligar para Paula. Combinado. Até mais tarde. Oi, Paula! Oi, Ester, que bom que você já chegou. Quero lhe mostrar uma coisa. Recebi essa correspondência. Estou tentando ler, mas está difícil entender. Tempo depois... Alô, Paula! Tudo bem? Estou ligando para convidar você para almoçarmos juntas. Claro, Ester. Vamos, sim! Você passa aqui no escritório? o almoço entre amigas 66 Redação Empresarial Módulo 3 | Princípios Gerais para Eficiência na Comunicação Escrita Até agora não consegui saber o que o cliente quer. Pois é, Paula, quando não há clareza, no texto, realmente fica difícil entender. Esse é um dos problemas da comunicação escrita. As pessoas precisam aprender a escrever textos coesos. E agora? O que respondo para o cliente? Liga para ele e esclarece suas dúvidas. Acho que essa minha conversa com o cliente será longa. Cada vez mais, é preciso conhecer os princípios gerais da comunicação escrita. Talvez o cliente não conheça esses princípios. É bem provável. Ester, você veio aqui para irmos almoçar. Então, vamos? Vamos, sim. Assim, aproveitamos para colocar a conversa em dia. Ótima ideia, Ester. Mas, antes de ligar, vamos almoçar? Redação Empresarial 67Módulo 3 | Princípios Gerais para Eficiência na Comunicação Escrita OBjETIVOS DE APRENDIZAGEM Ao final deste módulo, você terá subsídios para: ● Compreender a importância da simplicidade na elaboração de textos. ● Compreender a necessidade da clareza para o entendimento do leitor. ● Ser objetivo na elaboração de textos. ● Compreender a importância de ser conciso. ● Refletir sobre o desenvolvimento de um texto coeso. ● Identificar a importância da coesão textual. ● Construir textos coerentes. ● Identificar a importância da coerência textual. ● Redigir um texto dentro das normas gramaticais. ● Entender que um texto com erros gramaticais pode comprometer a imagem do remetente. Aulas Acompanhe neste módulo o estudo das seguintes aulas: Aula 1 – Simplicidade e clareza Aula 2 – Objetividade e concisão Aula 3 – Coesão Aula 4 – Coerência Aula 5 – Correção 68 Redação Empresarial Módulo 3 | Princípios Gerais para Eficiência na Comunicação Escrita PARA INÍCIO DE CONVERSA Alguns elementos são imprescindíveis no processo de comunicação para que o nosso texto, a nossa mensagem, seja passada de forma correta. Esses elementos são a simplicidade, clareza, objetividade, concisão, coesão, coerência e correção. Neste módulo, você verá detalhadamen- te cada um desses elementos, analisando a sua importância e os meios práticos para que você possa utilizá-los. Bom estudo! Aula 1 SIMPLICIDADE E CLAREZA Simplicidade não significa ausência de linguagem culta, clareza quer dizer ser direto naquilo que pretende com a correspondência, explicitando de forma eficiente a sua finalidade. Clareza e simplicidade são dois aspectos que estão diretamente ligados à compreensão da escrita. Pare um minuto e pense: o que é ser simples e claro na produ- ção de um texto? Como ser sim- ples usando a linguagem culta? Redação Empresarial 69Módulo 3 | Princípios Gerais para Eficiência na Comunicação Escrita Simplicidade O Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (FERREIRA, 1988) define simplicidade como: 1. Qualidade do que é simples, do que não apresenta dificuldade ou obstáculo; 2. Naturalidade, espontaneidade, elegância; 3. Caráter próprio, não modificado por elementos estranhos; 4. Forma simples e natural de dizer ou escrever, elegância; 5. Ingenuidade, desafetação; 6. Sinceridade, franqueza. Clareza De acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (2003, p. 113), clareza significa: 1. “Qualidade do que é claro; 2. Qualidade do que é fácil de entender; 3. Estado que permite distinguir bem objetos, avaliar fatos [...]”. Para escrever um texto com qualidade, um dos aspectos mais importantes é a clareza, é escrever de forma que o receptor entenda a mensagem e não tenha dúvidas sobre o que está escrito. Vamos conhecer um pouco melhor esses dois aspectos. 70 Redação Empresarial Módulo 3 | Princípios Gerais para Eficiência na Comunicação Escrita É fundamental termos cuidado para não utilizar palavras ambíguas, que gerem duplo sentido e permitam que o receptor tenha mais de uma interpretação da mensagem lida. A utilização desses termos faz com que você não tenha confiança no que está sendo escrito e gera insegurança. Independentemente do tipo de texto, é relevante escrevermos de forma estruturada, respeitando as regras e as características específicas de cada tipo de documento.Devemos utilizar introdução, desenvolvimento e conclusão. Por exemplo: hoje você é uma uva, cuidado, uva passa. Também orienta-se não utilizar termos que de- monstrem dúvida e indefinição, como “Eu penso que...”; “Achamos que...”, “Talvez seja importan- te...”. Redação Empresarial 71Módulo 3 | Princípios Gerais para Eficiência na Comunicação Escrita Agora que você compreendeu a necessidade de redigir textos com simplicidade e clareza, com certeza sua produção textual se tornará mais eficiente. Não use linguagem muito rebuscada, use palavras de fácil entendimento, seja direto e objetivo, tenha clareza. Na próxima aula, você aprenderá como ser objetivo em seus textos e construir textos conci- sos. Prepare-se para esse novo desafio. 72 Redação Empresarial Módulo 3 | Princípios Gerais para Eficiência na Comunicação Escrita Aula 2 OBjETIVIDADE E CONCISÃO Vamos agora entender a importância de redigir textos concisos e com objetivos bem defi- nidos. Muitas pessoas, ao serem solicitadas para elaborar um texto, sentem-se intimidadas diante dessa tarefa. Segundo Houaiss (2003, p. 123), algo conciso está “reduzido ao essencial”. Portanto, é ne- cessário objetividade e escrever apenas o essencial, ambos se interpenetram resultando no mesmo significado, se você for direto à essência da informação, terá escrito um texto objetivo. Objetividade Atualmente, vivemos em um mundo de rotina corrida, no qual as pessoas não dispõem de tempo para longas leituras. A todo o momento, chegam correios, e-mails, mensagens corpo- rativas, as pessoas passam boa parte do tempo recebendo mensagens e, assim, devem filtrá- las e compreendê-las. Como você se sente? Tem dificuldade de ser objetivo? O que é um texto conciso? Redação Empresarial 73Módulo 3 | Princípios Gerais para Eficiência na Comunicação Escrita Objetividade refere-se a escrever “sem rodeios”, de forma direta. Textos longos têm um efeito negativo em seu leitor, pois cansam e desmotivam a leitura. Antes de começar a escrever, orienta-se selecionar quais informações são importantes e devem ser transmitidas, que argu- mentos devem ser noticiados e que ações precisam ser tomadas. Sugere-se começar o texto com pequena introdução, visando a situar o receptor sobre o as- sunto da mensagem. Em seguida, o texto deve transmitir seu assunto principal. A conclusão também deve ser curta, mas não deve deixar de existir. A seguir, uma lista de expressões que devem ser evitadas e sugestões de substituição. As pessoas não estão mais habituadas a ler textos lon- gos, com palavras rebusca- das, de difícil compreensão. 74 Redação Empresarial Módulo 3 | Princípios Gerais para Eficiência na Comunicação Escrita Quadro 1 - Expressões que devem ser evitadas Evite Utilize Em anexo/Seguem em anexo Anexo Vimos solicitar Solicitamos Temos a informar que Informamos que Vimos agradecer Agradecemos Estamos enviando Enviamos Concisão Você já deve escrever textos objetivos e concisos, mas é necessário aprofundar um pouco mais sobre esse assunto. Para produzir textos concisos, é preciso delimitar-se na informação, sem rodeios indo direto ao assunto, sendo objetivo. Se conseguir conciliar esses elementos na elaboração de seus textos, você estará apto a escre- ver cartas comerciais. Ser conciso e ter a cer- teza do quer expressar e o fazer de forma clara. Redação Empresarial 75Módulo 3 | Princípios Gerais para Eficiência na Comunicação Escrita Na próxima aula, você descobrirá como construir um texto coeso e entenderá o que é a coesão textual. Confira! Aula 3 COESÃO Coerência refere-se à forma como os elementos do texto constroem na mente do leitor uma rede de sentidos (KOCH, 2000),. Podemos sintetizar dizendo que é a forma que se organiza o significado do texto para o interlocutor. Se coerência diz respeito ao significado, o que é a coesão? Como escrever um texto coeso? Pode-se dizer que coesão é a harmonia entre os segmentos do texto. É muito importante a leitura na construção de textos eficientes. Você já deve ter ouvido, por di- versas vezes, a sua professora de português dizendo: faça um texto que tenha coesão e coerência. 76 Redação Empresarial Módulo 3 | Princípios Gerais para Eficiência na Comunicação Escrita Coesão textual Coesão “é o relacionamento harmônico entre termos ou segmentos de um texto, resultante do correto emprego dos recursos (vocabulares, sintáticos e semânticos) de que a língua dispõe” LEME,(2003,p.624) Explicita que é a continuidade que existe entre as partes do texto, ou seja, é a ligação de cada elemento do discurso ligando um segmento ao outro anterior. Para Koch (2000), escrever um texto coeso significa interligar os elementos linguísticos por meio de recursos – também linguísticos – formando textos que expressem sentido. Esses recursos linguísticos supracitados são chamados de conectores porque estabelecem relações entre as diferentes unidades do texto. Podemos chamá-los de elementos de coesão. 1. Coesão por antecipação ou retomada: são recursos para evitar repetições exces- sivas, podem ser: ● Anafóricos: evita a repetição de um elemento que apareceu na frase. João era meu vizinho, mas eu nunca havia falado com ele. Conhecia-o apenas de vis- ta. ● Catafóricos: antecipam elementos que ainda vão aparecer na frase. Não perca isto de vista: seus pais são seus melhores amigos. Conheça alguns conectores ou ele- mentos de coesão: Redação Empresarial 77Módulo 3 | Princípios Gerais para Eficiência na Comunicação Escrita 2. Coesão por elipse: supressão de palavras ou expressões. Jairo formou-se em Contabilidade, Roni em Administração. 3. Coesão lexical: mecanismo para evitar repetições. A professora Ana Maria lecionava há mais de 30 anos, esse modelo de dedicação não lhe permitia abandonar sues alunos. Quando estes resolveram homenagear a velha mestra. 4. Conjunções e locuções conjuntivas: estabelecem entre os conteúdos relação de natureza lógica. Ela me disse o número do seu telefone, mas não consigo lembrá-lo. Mostrei-lhe a rua no mapa para que ele não se perdesse. 5. Outros conectores Sinais de pontuação são importantes elementos de coesão; Expressões como: por outro lado, sendo assim, por conseguinte, aliás, diante disso, não obstante etc. Como você pôde ver, não há nenhum mistério em redigir textos coesos, com certeza você não se lembrava dessas regrinhas gramaticais, mas nun- ca deixou de escrever textos coesos. Caso hou- vesse esquecido, agora não terá mais problemas de coesão textual. 78 Redação Empresarial Módulo 3 | Princípios Gerais para Eficiência na Comunicação Escrita Como você viu nesta aula, a coerência busca dar significado ao texto. Como escrever textos coerentes é o que você estudará a seguir. Vamos juntos? Aula 4 COERÊNCIA Escrever exige atenção, organização e um prévio conhecimento de regras como essas que acaba- mos de aprender, que deixarão seu texto mais estético e de fácil entendimento. Você sabia que os passos para construir um texto coe- rente já foram estudados du- rante a sua vida estudantil? Redação Empresarial 79Módulo 3 | Princípios Gerais para Eficiência na Comunicação Escrita Se coerência é fazer relação com o significado do conteúdo, logo todos os textos são coeren- tes? Você já leu algo confuso, sem nexo, do qual você poderia tirar várias interpretações e ao mesmo tempo nenhuma? São pequenos cuidados que você deve ter na elaboração de um texto que o deixarão de fácil entendimento. Coerência Um conjunto de caracteres denominados letras, só pode ser considerado texto se a sequência tiver uma unidade significativa, ou seja, um texto só é considerado coerente se for dotado de significado e puder ser interpretado. Para criar um texto coerente, devemos levar em consideraçãoas três seguintes fases (KOCH, 2000): Mas o que vem a ser coerência textual? Todos os professores de Ensino Médio dizem sempre: faça redação com coesão e coerência. Por que esses termos estão intimamente ligados? 80 Redação Empresarial Módulo 3 | Princípios Gerais para Eficiência na Comunicação Escrita Figura 2 - As 3 fases de um Texto Coerente Segundo Van Dijk e Kintsh (1983), existem vários tipos de coerência, são elas: ● Coerência semântica: relaciona o significado dos elementos frasais em sequência no texto com o todo; ● Coerência sintática: refere-se aos elementos sintáticos com finalidade de expressar a coerência semântica por meio do uso de conectivos, pronomes etc.; ● Coerência estilística: refere-se ao uso de elementos linguísticos1, como tipos de estru- turas, frases e léxico2, que pertencem ao mesmo estilo linguístico; ● Coerência pragmática: relaciona o texto como uma sequência falada, ou seja, deve satisfazer uma situação comunicativa. 1 Linguística: ciência que estuda a linguagem verbal humana. 2 Léxico: reunião das significações da língua portuguesa. Redação Empresarial 81Módulo 3 | Princípios Gerais para Eficiência na Comunicação Escrita Coerência interna e externa Coerência externa Quando falamos de coerência externa, estamos nos referindo à adequação do significado do texto com a realidade do mundo exterior. Um exemplo: alguém que citasse a partir do in- cidente de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos que resultou na queda das torres do prédio World Trade Center dizendo que “mesmo tomando cuidado estamos fadados a ter um avião batendo em nossos prédios”. Figura 3 - Queda das Torres Prédio World Trade Center 82 Redação Empresarial Módulo 3 | Princípios Gerais para Eficiência na Comunicação Escrita A pessoa que redigiu essa frase partiu do princípio de que a qualquer hora um avião pode colidir com um prédio, assim como acontecem acidentes automobilísticos. Coerência interna É a relação das ideias contidas no texto. Observe o seguinte fragmento para entender melhor: “Surgem questionamentos éticos sobre o poder do homem de matar, procriar e mexer com cobaias indiscriminadamente”. Outra forma de não respeitar a coerência interna de um texto é usar palavras ou expressões inadequadas ao tipo de linguagem escolhido na elaboração do texto. Como exemplo, ao redigir uma correspondência interna representando o presidente de uma organização, usar termos como: “Caros colaboradores, galerinha do bem, no dia do trabalhador vamos chutar o pau da barraca em uma gincana em que conto com a participação de todos”. Esse fato é uma incoerência externa. Seu texto deve relacionar-se com fatos e dados reais, como já foi apresentado antes, a partir do contexto no qual estiver inserido. A incoerência interna que está contida no fato de o autor da fra- se deixar entender que o homem tem poder de “procriar cobaias”. Redação Empresarial 83Módulo 3 | Princípios Gerais para Eficiência na Comunicação Escrita Coesão é amarração do texto por meio de elementos linguísticos, e coerência nada mais é que a sequência lógica das ideias no texto. Conclui-se, portanto, que o primeiro está no plano da linguagem e o último no plano das ideias. Aula 5 CORREÇÃO Se a resposta foi sim, parabéns. Se for não, você vai entender que é necessário gastar alguns minutos do seu tempo na correção da sua correspondência. Você verá, por meio de comparação de correspondências anteriores, a melhora na qualidade da sua produção. Essa melhora terá reflexo na sua postura profissional e pessoal. Ao ser solicitado a elaborar uma correspondência, faça um esboço da mensagem que deseja enviar. Em seguida, faça uma análise do conteúdo exposto, partido de dois princípios básicos: Uma redação coerente é aque- la em que o leitor identifica o significado com facilidade. Você tem o hábito de, ao término da redação de um texto, lê-lo na ínte- gra para fazer correção gramatical? 84 Redação Empresarial Módulo 3 | Princípios Gerais para Eficiência na Comunicação Escrita Figura 4 - Princípios Básicos para Análise de Correspondências Concluída essa análise e seguidos todos os passos sugeridos, faça a revisão ortográfica e de acentuação gráfica. Uma forma simples de resolver problemas de ortografia e de acentuação, quando não se conhece a forma correta ou se tem alguma dúvida, é substituir a palavra por outra de mesmo significado. O correto é ter em mãos um dicionário e uma gramática da língua portuguesa. Redação Empresarial 85Módulo 3 | Princípios Gerais para Eficiência na Comunicação Escrita ● “fazem” cinco anos – faz cinco anos; ● “houveram” muitos acidentes – houve muitos acidentes; ● “Existe” muitas esperanças – existem muitas esperanças; ● Para “mim” fazer – para eu fazer (mim não faz); ● Entre “eu” e você – entre mim e você (depois de preposição usa-se mim); ● “Entrar dentro” – entrar em; ● Vai assistir “o” jogo hoje – vai assistir ao jogo; vai à missa; ● Preferia ir “do que ficar” – preferiria ir a ficar; ● Quebrou “o” óculos – quebrou os óculos (concordância no plural); ● Comprei “ele” para você – comprei-o para você (pronomes pessoais não podem ser ob- jeto direto); ● Nunca “lhe” vi – nunca o vi; ● Chegou “em” São Paulo – chegou a São Paulo; ● Estávamos “em” quatro à mesa – estávamos quatro à mesa. Acompanhe a seguir alguns erros gramaticais e ortográfi- cos e, ao lado de cada um de- les, a forma correta de grafar: 86 Redação Empresarial Módulo 3 | Princípios Gerais para Eficiência na Comunicação Escrita Erros comuns Quadro 1 - Erros comuns. Errado Certo Paralizar Paralisar Beneficiente Beneficente Previlégio Privilégio Cincoenta Cinquenta Ascenção Ascensão Impecilho Empecilho Envólucro Invólucro Uma boa redação é imprescindível para o mercado de trabalho. Construir textos com erros gramaticais pode denegrir a sua imagem, por isso, procure revisar sua produção antes de encaminhá-la, mesmo que esse procedimento custe um pouco do seu tempo. Tenha sempre na sua gaveta um bom dicionário e uma gramática para sanar as dúvidas que aparecerem. Agora que você já sabe a importância de fazer uma correção textual, na próxima aula poderá aprender a elaborar documentos de circulação interna, como circular e memorandos. No próximo módulo serão abordados os documentos comerciais e como devem ser elabora- dos. Redação Empresarial 87Módulo 3 | Princípios Gerais para Eficiência na Comunicação Escrita SAIBA MAIS ● TEIXEIRA, Leonardo. Comunicação na empresa. Rio de Janeiro: FGV, 2007. COLOCANDO EM PRÁTICA Para ampliar seus conhecimentos sobre os assun- tos estudados neste módulo, confira as sugestões a seguir. Lembre-se de que outras fontes de pes- quisa são importantes para o seu aprendizado! Vamos acessar o AVA para realizar as atividades propostas? Será um ótimo momento para cons- trução de um novo aprendizado, unindo teoria e prática. 88 Redação Empresarial RELEMBRANDO O que é ser simples e claro na produção de um texto? Como ser simples usando a linguagem culta? Simplicidade não significa ausência de linguagem culta, clareza quer dizer ser direto naquilo que pretende com a correspondência, explicitando de forma eficiente a sua finalida- de. Para escrever um texto com qualidade, um dos aspectos mais importantes é a clareza, é escrever de forma que o receptor entenda a mensagem e não tenha dúvidas sobre o que está escrito. Independentemente do tipo de texto, é relevante escrevermos de forma estruturada, respeitando as regras e características específicas de cada tipo de documento. Devemos utili- zar introdução, desenvolvimento e conclusão. Objetividade refere-se a escrever “sem rodeios”, de forma direta. Textos longos têm um efeito negativo em seu leitor, pois cansam e desmotivampara a leitura. Antes de começar a escre- ver, orienta-se selecionar quais informações são importantes e devem ser transmitidas, que argumentos devem ser noticiados e que ações precisam ser tomadas. Coerência refere-se à forma como os elementos do texto constroem na mente do leitor, é a forma que se organiza o significado do texto para o interlocutor. Coesão é a harmonia entre os segmentos do texto. Coesão “é o relacionamento harmônico entre termos ou segmentos de um texto, resultante do correto emprego dos recursos (vocabulares, sintáticos e semânti- cos) de que a língua dispõe” (LEME, s.d.). Azevedo (1993) explicita que é a continuidade que existe entre as partes do texto, ou seja, é a ligação de cada elemento do discurso ligando um segmento ao outro anterior. Ao ser solicitado a elaborar uma correspondência, faça um esboço da mensagem que dese- ja enviar, a seguir faça uma análise do conteúdo exposto, partido de dois princípios básicos vistos anteriormente. v Documentos Comerciais 4 Documentos Comerciais Módulo 4 91 Documentos Comerciais Módulo 4 Será que aconteceu alguma coisa com o seu Raul? Ele nunca chega atrasado. Vou esperar uns minutinhos. Se ele não chegar, vou ligar para ele. Tudo bem, Ester. E por aqui? Olá, seu Raul, tudo bem? Tive problema no trânsito. Nossa cidade está cada vez mais complicada! Que beleza! Você pode encaminhá-lo por e-mail, por favor? Seu Raul, fiz o relatório. Sim, senhor. Caso tenha dúvida, me chame, por favor. Obrigado, Ester. Algum tempo depois... Tudo bem também. Estava preocupada, pois o senhor nunca se atrasa. Ester, analisei o relatório e fiz algumas considerações. Leia e, em seguida, complemente as informações que faltaram. a rotina no escritório Tempo depois... 92 Redação Empresarial Módulo 4 | Documentos Comerciais Tenho de estar sempre atenta aos documentos comerciais. Ao identificar objetivo, destino e finalidade dos documentos, meu trabalho estará de acordo com as exigências da empresa. Você recebeu esse currículo por e-mail? Como assim? Quem procura emprego deve aprender a fazer o currículo. Caso contrário, pode perder grandes oportunidades. A finalidade da ata é registrar as principais discussões e decisões. Desculpe, seu Raul, essa falha não se repetirá. Pode deixar, seu Raul. Farei o que o senhor está pedindo. Ah! Vou deixar na sua mesa um currículo. O currículo é o primeiro contato com a empresa, deve causar boa impressão. Infelizmente, não vamos guardar no banco de dados. Ah, você vai fazer a ata da nossa reunião? O correto é fazê-la no decorrer da reunião. Não, seu Raul. Foi entregue na recepção. Ele está manuscrito e tem, inclusive, erros ortográficos. Redação Empresarial 93Módulo 4 | Documentos Comerciais OBjETIVOS DE APRENDIZAGEM Ao final deste módulo, você terá subsídios para: ● Identificar a necessidade da comunicação interna. ● Elaborar circulares, memorandos e atas. ● Conhecer a finalidade de uma ata. ● Elaborar relatórios. ● Compreender a importância dos relatórios. ● Elaborar um curriculum vitae. ● Aprender a otimizar a utilização do fax. ● Otimizar o uso do telex. Aulas Acompanhe neste módulo o estudo das seguintes aulas: Aula 1 – Comunicação interna, circular e memorandos Aula 2 – Ata Aula 3 – Relatório Aula 4 – Curriculum Vitae Aula 5 – Fax/Telex 94 Redação Empresarial Módulo 4 | Documentos Comerciais PARA INÍCIO DE CONVERSA Neste módulo, você conhecerá alguns dos documentos comerciais mais utilizados: comunica- ção interna, circular, memorandos, ata, relatórios, curriculum vitae, fax e telex. Todos esses documentos fazem parte do cotidiano das empresas e é fundamental que você saiba qual o objetivo de cada um, qual seu formato, seu destino e sua finalidade. Você verá todos esses de- talhes nas aulas. Muito conhecimento está à sua disposição para que sua atuação profissional seja ampliada. Bom estudo! Aula 1 COMUNICAÇÃO INTERNA, CIRCULAR E MEMORANDOS Toda instituição comercial ou pública possui uma comunicação interna para facilitar o fluxo de in- formações entre todos os colaboradores. Atual- mente, usa-se muito o correio eletrônico para agilizar o processo de comunicação. Redação Empresarial 95Módulo 4 | Documentos Comerciais Circular Circular é um informativo interno que abrange um número maior de pessoas, reproduzido em vias com teor igual e encaminhados a vários receptores. Esse documento pode ser interno ou externo e sua função é: 1. Cientificar de leis, portarias, decretos, editais, resoluções etc. 2. Dar avisos, pedidos, ordens e instruções. Pode ser escrita: 1. Em papel almaço simples (tamanho oficial). 2. Em papel in-octavo (21 cm x 15 cm). Elementos de uma circular a. Timbre: nome do órgão, da entidade ou da empresa e endereço localizados no alto do papel. b. Título e número: cerca de três linhas abaixo do timbre escreve-se a palavra circular, centralizada em caixa-alta seguido do número; após o número pode-se indicar o ano se- parado por barra oblíqua. c. Data: existem duas formas para indicar a data: 1. Após o número: ● CIRCULAR No 01, DE 10 DE JUNHO DE 2010 2. Sob o título e o número: ● CIRCULAR No 01, ● Em 10 DE JUNHO DE 2010 3. À direita da folha na mesma linha do título e número: ● CIRC. 01/10 Brasília, 10 de junho de 2010. 96 Redação Empresarial Módulo 4 | Documentos Comerciais d. Ementa (opcional): abaixo da data cerca de três linhas escreve-se a palavra ementa e faz-se um resumo do conteúdo da circular. e. Invocação: a quatro linhas abaixo da ementa deve-se dizer a quem se destina a cir- cular. f. Texto: três linhas abaixo da invocação inicia-se o texto. g. Cumprimento final: deve conter a despedida com votos de apreço. h. Assinatura: cerca de quatro linhas do cumprimento final, no canto direito da página, escreve-se o nome civil do emissor e o cargo. i. Anexos: se a circular for acompanhada de outros papéis, abaixo duas linhas da assina- tura escreve-se anexo e indicação do que for se anexar. j. Iniciais: na última linha à esquerda do papel, escreve-se as iniciais do redator e do digitador. Assim: MGP/RL. Memorando O memorando é um documento de simples confecção. O formato do papel normalmente é o in-octavo (21 cm de largura x 15 cm de altura). O memorado pode ser interno ou externo. Existem vários modelos de memorandos, conheça o mais simples e de fácil confecção. a. Timbre: impresso no alto do papel. b. Código e número: três linhas abaixo do timbre à esquerda do papel devem constar o código do setor/departamento emissor e o número do memorando; 1. DC-55; 2. 021/10. c. Localidade e data: na mesma linha do código à direita. d. Ementa: na linha abaixo ao código e número alinhado à esquerda, escreve-se ementa e indica-se o assunto. Redação Empresarial 97Módulo 4 | Documentos Comerciais e. Receptor: duas linhas abaixo da ementa alinhado à esquerda, escreve-se a palavra memorando em caixa-alta, seguida de para e o título do receptor. f. Texto: cinco linhas abaixo do receptor inicia-se o primeiro parágrafo que deve ser nu- merado. O texto deve ser sucinto. g. Cumprimento final: esse documento dispensa cortesia, duas linhas abaixo do texto escreva saudações, grato ou qualquer outro similar de sua preferência. h. Assinatura: três linhas abaixo do cumprimento final à direita escrevem-se o nome civil do emissor, indicando na linha abaixo o cargo em caixa-alta. i. Anexos: caso existam documentos que devam seguir junto com o memorando, proce- da da seguinte maneira.
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