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resumo estomatologia 2

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ALTERAÇÕES DISPLÁSICAS EPITELIAIS
São classificadas em leve, moderada ou severa. A severa é extremamente preocupante, já pode ser chamada de Carcinoma in situ.
Carcinoma in situ: lesão maligna de origem epitelial restrita ao tecido de origem. Se penetrar no tecido conjuntivo, vira CEC invasivo.
As neoplasias podem ser benignas e malignas. As neoplasias crescem continuamente mesmo se retirado a causa.
QUEILITE ACTÍNICA
Definição: degeneração tecidual acelerada dos lábios, principalmente do lábio inferior, devido à exposição prolongada à luz do sol.
Etiologia: exposição excessiva aos raios solares. (os raios solares tem efeito cumulativo no organismo)
C.Clínicas: Atrofia da borda do vermelhão do lábio inferior, caracterizada pela superfície alterada com áreas pálidas com erupções. Pode ocorrer ligeiro endurecimento do lábio. Áreas brancas e/ou avermelhadas no vermelhão do lábio inferior.
Inicia com perda da elasticidade do vermelhão do lábio, ressecamento e esbranquiçamento do lábio. Depois o lábio começa a descamar e fica vermelho. Afeta mais pacientes brancos.
O lábio fica edemaciado. Perda do limite entre pele e semi-mucosa do lábio. Sr formar crosta, precedido da queilite actínica, significa evolução para CEC.
É observado o escurecimento da margem entre o vermelhão e a porção cutânea do lábio. 
Com a progressão da lesão, surgem áreas ásperas e escamosas, que podem simular lesões leucoplásicas. Pode ocorrer ulceração focal crônica.
D.D.: queratose friccional, trauma
Tratamento: proservação, biopsia, proteção aos raios solares. Retirar as placas do lábio e proteger do sol (protetor labial, quadriderm, bepantol)
Obs.: pomada oncilom em orabase é um corticóide a base de triancinolona. Ela é um antiinflamatório que impede a fosfolipase (corticoesteróide). Os corticóides também são imunossupressores. Efeitos colaterais variados, se usar por mais de 7 dias ocorre atrofia da mucosa. Por isso não pode oncilom na queilite, por que já tem atrofia tecidual.
ESTOMATITE NICOTÍNICA
Também conhecida como palatite nicotínica. Alteração queratótica da mucosa do palato duro devido ao calor do tabaco. São lesões inteiramente brancas ou com áreas (pontos) avermelhados. É uma modificação mucosa queratótica branca comum no palato duro, associada ao fumo de tabaco, parecendo não ter natureza pré-maligna, uma vez que se desenvolve em resposta ao calor, sendo assim mais comum aos usuários de cachimbo, ou ao consumo a longo prazo de bebidas extremamente quentes. O hábito de “fumar invertido” produz uma semelhante queratose palatina pronunciada, mas esta é definitivamente uma lesão pré-maligna. Ou seja, a estomatite nicotínica não é cancerizável, exceto se a causa for fumar invertido.
Clinicamente, a mucosa palatina torna-se difusamente cinza ou branca; com numerosa pápulas levemente elevadas, normalmente com centros vermelhos pontilhados. Estas pápulas são ductos de glândulas salivares menores inflamados (entupidos). Pode adquirir uma aparência fissurada ou de barro seco (rachado) devido à formação queratótica.
A estomatite não transforma em displasia. O que pode ter é as duas lesões superpostas.
Tratamento: Removendo-se o hábito de fumar, o palato volta ao normal em um prazo de 7 a 14 dias. Qualquer lesão branca na mucosa palatina persistindo após 30 dias de remoção do tabaco deve ser considerada como leucoplasia verdadeira, biopsiada e tratada adequadamente.
LEUCOPLASIA PILOSA
Lesão branca com um padrão um tanto distinto que ocorre nas bordas laterais da língua e causada pelo Vírus Epstein-Barr (EBV).
Clinicamente a maioria dos casos de leucoplasia pilosa ocorre unilateral ou bilateralmente na borda da língua variando de traços brancos verticais a áreas leucoplásicas espessas e enrugadas. Os traços brancos verticais parecem fissuras mas não são. Apresenta-se como uma lesão branca, bem delimitada, que varia de uma arquitetura plana, semelhante a uma placa, até projeções papilares e filiformes semelhantes a pelos. As lesões podem tornar-se extensas e recobrir as superfícies do ventre e dorso da língua. Pode ocorrer o envolvimento de mucosa jugal, soalho da boca e palato, porém não é muito comum.
É uma lesão branca bem delimitada, plana, semelhante a uma placa ou com projeções papilares e filiformes semelhantes a pêlos.
D.D.: leucoplasia idiopática, hiperqueratose fricicional, candidíase hiperplásica crônica, líquem plano e reações liquenóides.
Embora casos de LP tenham sido relatados em indivíduos imunocompetentes, a maioria dos casos surge em pessoas imunodeprimidas. Esta lesão também tem sido relatada em receptores de transplantes de coração, rins, fígado, e medula óssea, mas sua presença sem uma causa para a imunossupressão sugere fortemente a infecção pelo HIV. O diagnóstico da LP em pacientes infectados pelo HIV, sugere, acentuadamente, o desenvolvimento da AIDS em um período de dois anos. A leucoplasia pilosa é o marcador biológico de que a AIDS vai manifestar na pessoa com o vírus HIV.
Tratamento sistêmico, pois a causa é devido à imundepressão.
CANDIDOSE PSEUDOMEMBRANOSA
Infecção fúngica. Os extremos da infância e da velhice classificam os dois grupos afetados pelo “sapinho”. Também ocorre em pacientes tratados pela radiação ou quimioterapia, e em pacientes com AIDS e nos que estão infectados pelo HIV. 
Clinicamente apresenta-se como placa ou nódulos brancos, entre moles e gelatinosos, que crescem e confluem, aderentes à mucosa bucal, que lembram leite coagulado. Estas placas são compostas por fungos, células inflamatórias, células epiteliais descamadas, bactérias e restos necróticos. Estas placas podem ser removidas pela raspagem com um abaixador de língua ou pela fricção com uma compressa de gaze seca, e a mucosa adjacente poderá estar normal ou eritematosa. Podem se desenvolver em qualquer local da boca, mas a preferência inclui mucosa jugal, fundos de saco vestibulares, orofaringe e partes laterais do dorso da língua.
A característica de remoção por raspagem torna mais fácil o seu diagnóstico. Geralmente não necessita biópsia, somente exame da lesão removida.
Quando removidas causam sensibilidade, ardência e disfalgia (dificuldade de deglutir).
Tratamento: suporte (analgésico), antifúngicos e para a imunossupressão. Faz-se a raspagem da lesão, indica bochecho antifúngico engolido e encaminha para o médico para diagnóstico e tratamento da imunossupressão.
LÍQUEN PLANO
Doença inflamatória auto-imune e mucocutânea crônica relativamente comum cuja importância relaciona-se com seu grau de freqüência de ocorrência , sua similaridade ocasional com outras doenças da mucosa, a natureza dolorosa, e seu comportamento como condição cancerizável. A lesão do líquen plano não é cancerizável, mas a condição do líquen plano é cancerizável. Pacientes com líquen plano apresentam maior facilidade de ter câncer bucal.
Etiologia: Desconhecida. Evidências recentes indicam tratar-se de um processo imunologicamente mediado. Caracteriza-se por um intenso infiltrado inflamatório localizado na interface entre o tecido conjuntivo e o epitélio. Ou seja, o epitélio é considerado como agente agressor, aí acontece intenso i.i. e começa a atacar e destruir o epitélio, e ele reage formando as lesões.
A relação de tensão e ansiedade com o desenvolvimento da doença é o gatilho da doença (equilíbrio psicológico)
Clinicamente as lesões de pele do líquen plano tem sido classificadas como pápulas pruríticas e purpúreas, que normalmente afetam as superfícies flexoras e que doem quando o paciente as coça. O exame cuidadoso das pápulas da pele revela uma fina rede de linhas brancas conhecidas como “Estrias de Vickham”. As lesões cutâneas são observadas em 20 a 60% dos pacentes com lesões bucais. Ou seja, 100% dos pacientes com líquen plano tem manifestação na boca.
A doença não tem cura, tem períodos de remissão.
FORMA RETICULAR: A forma reticular do líquen plano é a mais comum na cavidade bucal e se caracteriza pela presença de numerosas linhas ou estriasbrancas (também chamadas de estrias de Vickham), que se entrelaçam produzindo um padrão rendilhado. A área mais comumente envolvida é a mucosa jugal sendo tipicamente bilateral e simétrica, e podem ser observadas também na língua, gengivas e lábios. As lesões são tipicamente não estáticas, aumentando e diminuindo por semanas ou meses. As estrias aparecem, desaparecem, modificam, mudam de lugar.
FORMA DE PLACA: O líquen plano em forma de placa se assemelha a leucoplasia porém com distribuição multifocal (várias placas), sendo que as placas variam geralmente entre elevadas e lisas a levemente irrregulares, com localização principal no dorso da língua e bochecha.
FORMA ATRÓFICA: O líquen plano atrófico aparece como manchas vermelhas com estrias brancas muito finas e pode ser visto em conjunto com formas reticulares ou erosivas. A gengiva inserida é envolvida com freqüência em um distribuição manchada nos quatro quadrantes. As áreas atróficas podem ter pseudomembranas.
FORMA EROSIVA: Na forma erosiva do líquen plano a área central da lesão é ulcerada. As áreas de erosão mais pronunciada são recobertas por pseudomembrana fibrinosa, mudando de aspecto de uma semana para a outra.
FORMA BOLHOSA: A forma mais rara é a variante bolhosa, cujas bolhas e vesículas variam de tamanho, tem pouca duração e ao se romperem deixam uma superfície ulcerada e incômoda. A lesões têm preferência pela mucosa jugal nas regiões posteriores e palato mole. Áreas estriadas ou reticulares podem ocorrer.
D.D : reticular bilateral: leucoedema, reação liquenóide, mordedura da bochecha e candidose pseudomembranosa.
Placas: leucoplasia e CEC
Erosivo ou atrófico: penfigóide cicatricial, hipersensibilidade de contato, candidose crônica e candidose aguda (vermelhidão e ardência)
Tratamento: corticoterapia para controle das lesões. Não há cura.
Os corticóides têm muitas contra indicações (renais crônicos, hipertensos, diabéticos, úlcera estomacal). O corticóide é um antinflamatório esteróide. 
A indicação para o líquen plano é a prednisona. Dose de ataque 40mg/dia pela manhã por 20 a 30 dias. Depois faz o desmame, 20mg/20 dias, 10mg/20 dias, 5mg/10 dias. Tem que fazer o desmame porque durante o tratamento o corpo pára de produzir cortisol, aí com o desmame o organismo volta a produzir devagarinho. Durante o tratamento, marcar consultas de 15/15 dias, se sumir os sinais e sintomas às vezes pode desmamar antes. Como a doença tem relação com ansiedade, pode tomar calmante junto. A laserterapia é indicada para diminuir a intensidade da sintomatologia.
O corticóide atua impedindo a formação do ácido aracdônico, portanto não vai ser produzida a prostaglandina inflamatória nem a natural (contrações uterinas e protege o estômago). Aí faz-se o tratamento com prednisona + protetor de mucosa estomacal (ex: omeprazol 20mg/dia pela manhã até 40mg, dependendo da intensidade da dor de estômago do paciente)
O diagnóstico do líquen plano só é garantido pela microscopia.
LESÕES HIPERPLÁSICAS OU REACIONAIS
São lesões que acontecem em reação a um estímulo, formando mais células, porém não é neoplasia. A causa pode ser identificada ou não.
A proliferação celular pode acontecer em: cura, hiperplasia, metaplasia, neoplasia.
HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA (HFI)
Aumento de tecido fibroso (conjuntivo) por reação a um trauma, com presença de células inflamatórias.
É diferente de fibroma (neoplasia benigna de fibras de TC) e de fibrossarcoma (neoplasia maligna)
A cor da lesão é semelhante a cor da mucosa. Pode ter áreas brancas, formação de queratina. São lesões de evolução lenta, sem nenhuma sintomatologia.
Causas: traumáticas crônicas ou agudas. Traumas crônicos são de longa duração e baixa intensidade (hábito nocivo ou deletério). É muito comum em pessoas com aparelho ortodôntico.
A superfície pode variar muito, lisa e branca, irregular. Limites bem definidos. 
Tratamento: remoção cirúrgica. No caso de câmaras de sucção a lesão fica muito grande. Fazer a remoção, colocar cimento cirúrgico e colocar a prótese por cima e deixar por 7 dias.
Pode ser pediculada ou séssil. Quando situa no palato pode ser chamada de HIF folheada.
HIF generalizada: causa idiopática ou medicamentosa (ex: barbitúrios – epilepsia – gardenal). A HIF generalizada acarreta dificuldade de higienização e vai aumentando podendo até encobrir toda a coroa dentária.
HIF idiopática: predileção pela parte posterior do palato bilateralmente. É hereditária, se remover cresce de novo. (fibromatose gengival hereditária)
As áreas com hiperplasia fibrosa inflamatória pode ter inflamação aguda por acúmulo de alimentos e microrganismos. 
Existem casos em que a HIF fica tão grande que vira massas nodulares (ex: próteses mal adaptadas)
É comum também infecção superposta por fungo (candidose atrófica sob prótese ou candidose eritematosa sob prótese). A HIF se apresenta com pontos avermelhados. Para remover a HIF tem que remover toda a infecção fúngica primeiro.
Tratamento local: nistatina solução para bochecho ou daktarin gel oral passado sobre a lesão e sobre a prrótese 4x/dia por no máximo 15 dias
Tratamento sistêmico: fluconazol, a dosagem depende da intensidade da lesão
Prevenção da candidose: colocar a prótese dentro de copo dágua com 1 colher sobremesa de hipoclorito de sódio.
GRANULOMA PIOGÊNICO
Também faz parte das lesões vermelhas. Lesões vermelhas: grupo de lesões com manifestação clínica semelhante quanto à cor, variando de vermelho ao roxo, translúcido à fortemente compacto, podendo haver crescimento semelhante a um tumor de natureza não neoplásica.
A causa do granuloma piogênico não está relacionada a microrganismos piogênicos (que causam pus). Não é um granuloma verdadeiro.
Ele é uma resposta tecidual exuberante a uma irritação local ou trauma também localizado. Massa plana ou lobulada, usualmente pediculada, às vezes séssil. Superfície ulcerada porém indolor porque tem uma pseudomembrana na área ulcerada. 
O crescimento pode ser rápido. As lesões jovens tem intensa vascularização (vermelho ou roxo). Lesões mais antigas são mais fibrosas, colagenizadas, portanto é rósea.
Tem predileção pela gengiva (Presença de irritação e inflamação causados por má higiene oral). Também pode acometer lábios, língua e mucosa jugal (história pregressa de trauma). Mais comum em crianças e adultos jovens, com predileção pelo gênero feminino 
Mulheres grávidas – tumor gravídico ou granuloma gravídico. As grávidas sentem muito enjôo para higienizar os dentes, acumula placa e influência hormonal, são os contribuintes para a reação ser mais intensa. Pode fazer cirurgia no segundo trimestre da gravidez.
D.D. – Parúlide, epúlide fissurada, fibroma ossificante periférico, lesão periférica de células gigantes, fibroma, hiperplasia fibrosa inflamatória 
Epúlide piogênica: tira o dente e dentro do alvéolo forma uma massa vermelha sangrante, tem que retirar.
Tratamento: Excisão cirúrgica da lesão
FOSFOLIPASE A2 → fosfolipídios das membranas → ácido aracdônico → Cicloxigenase (AINE): prostaglandina, prostaciclina, tromboxanos
 (corticóides) celulares Lipoxigenase: leucotrienos

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