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HABEAS CORPUS

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DO HABEAS CORPUS
I – INTRODUÇÃO
II – HISTÓRICO:
No Direito Romano havia os interditos, mecanismos processuais com o objetivo de resguardar não apenas a posse mas também de garantir a liberdade de locomoção.
2. Na Península Ibérica: Espanha e Portugal , havia os “forais” e um desses forais permitia o indivíduo garantir sua liberdade até a sentença final, contra um abuso de autoridade.
3. Foram os ingleses em 1215 que consagraram o instituto na luta conta o absolutismo do rei João Sem Terra.
4. A prova de que o inglês conhecia o Habeas Corpus do Direito Romano está em que ele não usa para este instituto uma terminologia anglo-saxônica mas, “Right of Habeas Corpus”, e “Habeas Corpus” é um termo latino.
5. A Inglaterra propagou o Habeas Corpus para as colônias inglesas na América, daí ele se estendeu para a Europa, a revolução de 1879, na Declaração
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Universal dos Direitos do Homem o consagrou
6. O Habeas Corpus no Brasil:
 A Constituição de 1824 diz que “ Todo homem terá direito à sua liberdade, podendo invocar o poder judiciário para garantir o exercício desta liberdade”. Não fala em Habeas Corpus
 A Constituição republicana de 1891 já consagra o instituto do Habeas Corpus sem, no entanto, usar esta terminologia. Inspirada na Constituição americana estabeleceu: “ Dar-se-á a garantia da liberdade contra toda violação ou suposta ameaça de violação ao direito. Deu origem à chamada “Doutrina Brasileira do Habeas Corpus” garantia direitos outros diferentes do de liberdade de locomoção. Vê-se ai a origem do Mandado de Segurança
C. O Código de Processo Criminal do Império de 1832 é o primeiro a usar o termo Habeas Corpus no Brasil.
D. A Constituição de 1934 é a primeira Constituição brasileira a definir o Habeas Corpus e o Mandado de segurança , ambos vistos como garantias constitucionais. O Instituto permaneceu na Constituição de 27, que é derrubada pelo estado Novo, período ditatorial de Getúlio Vargas.
E. Em 1946 o Habeas Corpus volta com plenitude constitucional
Repete-se na Constituição de 67, na Emenda de 69 e nos dias atuais goza de 
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Plenitude na Constituição de 1988.
III- ANÁLISE NA CONSTITUIÇÃO ATUAL
IV – CONCEITO DE HABEAS CORPUS : É o remédio jurídico através do qual impede-se que se cometa ou se faz cessar o cometimento de uma violação à liberdade individual. Não é um mero instituto processual mas um remédio jurídico constitucional para garantia de liberdade.
V- Dar-se-á o Habeas Corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal à sua liberdade de locomoção
VI – CASOS DE COAÇÃO ILEGAL:
Quando não houver justa causa
2. Quando alguém estiver preso mais tempo do que determina a lei
3. Quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo
4. Quando houver cessado o motivo que autorizou a coação
5. Quando não for alguém admitido a prestar fiança nos casos em que a lei autoriza
6. Quando o processo for manifestamente nulo
7. Quando estiver extinta a punibilidade.
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VII – TIPOS DE HABEAS CORPUS:
1.Liberatório ou Remediativo: Com o alvará de soltura.É aquele impetrado quando alguém está preso ilegalmente.
2.Preventivo – Com o salvo conduto. É aquele impetrado para evitar que alguém que esteja com sua liberdade ilegalmente ameaçada venha a ser detida.
VIII – SUJEITOS DO HABEAS CORPUS:
1. Impetrante: É aquele que requer o habeas Corpus
2. Paciente- É aquele que está sofrendo ou ameaçado de sofrer coação ilegal a sua liberdade de locomoção
3. Coator:
A. Conceito: É aquele que faz incidir sobre a liberdade de alguém a coação ou a ameaça de coação ilegal
B. A coação pode ser praticada:
. Por uma autoridade
. Por um civil
4. Detentores: são os que cumprem a ordem de deter alguém ilegalmente
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IX – COMPETÊNCIA PARA CONHECER DO HABEAS CORPUS:
Em razão do lugar- Leva-se em conta o lugar em que a coação ilegal está se processando
Em razão da matéria- Leva-se em consideração p crime pelo qual alguém está sendo coagido ou ameaçado de ser coagido ilegalmente
3. Em relação à pessoa que está coagida ou sendo ameaçado de ser coagida ilegalmente:
A. Na Justiça Comum estadual:
.Coação ilegal praticada por um delegado de polícia ou um civil – juiz de 1ª
Instância.
. Coação ilegal pratica por secretários de Estado e juiz de direito- Tribunal de Justiça do Estado
B. Na Justiça Especial:
 Justiça Eleitoral
Delegado prende 48 antes das eleições – Juiz eleitoral
Juiz eleitoral – T.R.E
T.R.E. – S.T.E
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X – PETIÇÃO DO HABEAS CORPUS:
1. Deve ser dirigida à autoridade de acordo com a posição do coator. Se é o delegado de polícia, deve ser dirigida ao juiz de direito.
2. A petição deve conter o nome da pessoa que sofre ou está ameaçada de sofrer violência ilegal à sua liberdade
3. Declaração da espécie de constrangimento ilegal ou em caso de ameça as razões em que se fundam
4. Data e assinatura
XI- PROCEDIMENTO DO HABEAS CORPUS
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 Petição-Art.654 do C.P.P.
 Distribuição
 Juiz (singular)
 Relator (colegiado)
 Despacho
Concessão da Avocação dos autos Concessão da Ordem
Liminar Art. 660 § 2º
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 Informações
 Apresentação do Paciente
 Reposta da Apresentação
 Diligências Ordenadas pelo Julgador
 
 Relator Juiz
 H.C. dos Tribunais 
 Parecer da Procuradoria (M.Público)
Decisões 1. Acórdão 2. Sentença
 ( 1ª Instância- 
 Recurso ex officio)
 PROCEDENTE
 IMPROCEDENTE
 PREJUDICADO

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