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Título da obra: OS DIREITOS SOCIAIS DOS SERVIDORES PÚBLICOS À LUZ DA REDEFINIÇÃO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO Ordenação A Referência bibliográfica: CARVALHO, JULIANA B. C. L D. Os direitos sociais dos servidores públicos à luz da redefinição da supremacia do interesse público no Estado democrático de Direito. Revista de Direitos Fundamentais e Democracia, Curitiba, v. 11, n. 11, p. 244-275, jan./jun. 2012. O artigo faz uma análise dos direitos dos servidores públicos em relação ao interesse do Estado, visto que no regime estatuário as normas são estabelecidas em estatuto e legislação complementar, que definem a relação entre o Estado e servidor. Com base nos direitos sociais do funcionário público estabelecidos pela Constituição Federal, o que se pode verificar que a lei garante aos servidores públicos alguns direitos que se torna a relação bilateral, permitindo ao servidor que os seus interesses se contraponha aos interesses do Estado. A greve e a sindicalização foram reconhecidas pela Constituição dando poder ao servidor público para contestar a vontade unilateral do Estado. São apresentados os posicionamentos doutrinários sobre a Lei 8.112/90 comparada ao dispositivo Constitucional, havendo uma certa divergência entre os doutrinadores sobre a validade e importância de alguns artigos da Lei 8.112/90, discutindo a unilateralidade do Estado em relação aos servidores públicos, principalmente em seu artigo 13, que trata da posse do servidor público e traz em seu texto que :”... as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei.”, garantindo aos servidores que o Estado não aja somente por vontade e interesse próprios., contradizendo a corrente majoritária que defende a vontade unilateral do Estado. No segundo tópico podemos observar a relação entre o interesse público do Estado e os interesses dos servidores, analisados sob o aspecto do Direito Administrativo, colocando em questão o consenso e a negociação entre os dois interessados desta relação. Trata-se aqui da participação dos servidores em algumas decisões que são de interesse deles, não excluindo a responsabilidade do Estado visto que é função dele a tomada de decisões. Trata-se da autonomia do servidor em função da dignidade da pessoa humana, permitindo que o cidadão enquanto servidor público expresse seus interesses conscientemente, a doutrina estatuária critica essa posição afirmando que a esta é a diferença entre o regime estatuário e contratual, não admitindo que exista consensualidade entre as partes. Local onde se encontra a obra: Revista de Direitos Fundamentais e Democracia, Curitiba, v. 11, n. 11, p. 244-275, jan./jun. 2012. Título da obra: OS DIREITOS SOCIAIS DOS SERVIDORES PÚBLICOS À LUZ DA REDEFINIÇÃO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO Ordenação B Referência bibliográfica: CARVALHO, JULIANA B. C. L D. Os direitos sociais dos servidores públicos à luz da redefinição da supremacia do interesse público no Estado democrático de Direito. Revista de Direitos Fundamentais e Democracia, Curitiba, v. 11, n. 11, p. 244-275, jan./jun. 2012. Nota-se que é necessária uma mudança da posição da doutrina estatuária para que haja a diminuição dos movimentos grevistas, e que os conflitos sejam resolvidos de forma a alcançar os interesses do Estado e dos servidores públicos. A teoria majoritária que defende a unilateralidade do regime estatuário pontua que a proibição da negociação entre o Estado e o servidor público é o que garante a supremacia do interesse público. (“...”) Os unilateralistas sustentam que o trabalho prestado ao Estado constitui gênero diverso do prestado aos entes privados, porque, enquanto a atividade do empregador privado possui fins econômicos, a atividade estatal tem por finalidade o “interesse público”. P.256 Observa-se no texto a clara ideia de que separação entre Estado e sociedade é indispensável, limitando os direitos individuais dos cidadãos e ampliando o poder do Estado. Os doutrinadores que contrariam a corrente unilateralista argumentam que a ruptura da barreira entre Estado e sociedade amplia a noção de interesse público permitindo que atividades consideradas estatais sejam exercidas pela própria sociedade, assumindo interesses que antes eram somente privados. Conclui-se que o servidor deve ser visto como indivíduo e cidadão, que presta serviço ao Estado e tem como cidadão o direito de participar das decisões que afetam diretamente ao seu interesse, se faz necessária a participação dos servidores públicos sem excluir totalmente a autonomia e soberania do Estado. Local onde se encontra a obra: Revista de Direitos Fundamentais e Democracia, Curitiba, v. 11, n. 11, p. 244-275, jan./jun. 2012. INSTITUTO LUTERANO DE ENSINO SUPERIOR DE ITUMBIARA-GOIÁS CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO ANNELISE DE SOUZA OLIVEIRA FICHAMENTO Itumbiara 2016.
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