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Novação, Compensação, Confusão, Remissão de Dívidas e Transação

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Novação, Compensação, Confusão, Remissão de Dívidas e Transação 
Plano de ensino:
Novação
Compensação
Confusão e remissão de dívidas
 NOVAÇÃO
 	- Partes criam uma nova obrigação, substituindo e extinguindo a anterior; “é a substituição de uma dívida por outra, extinguindo a primeira”.� A nova obrigação precisa ter as partes ou o objeto diferenciado.
Art. 360. Dá-se a novação:
I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior;
II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor;
III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este.
	
Requisitos�:
- existência de obrigação anterior (obligatio novanda)
- a constituição de nova obrigação (aliquid novi)
- o animus novandi (intenção de novar, que pressupõe um acordo de vontades) 	
- Se não mudar nada na nova obrigação, a novação apenas trará um reforço a obrigação anterior, sem alterá-la.
Art. 361. Não havendo ânimo de novar, expresso ou tácito mas inequívoco, a segunda obrigação confirma simplesmente a primeira.
- “A novação, de regra, não permite discussão sobre as condições da dívida antiga, mas a jurisprudência admite conforme sumula 286 do STJ”.�
STJ Súmula nº 286 - 28/04/2004 - DJ 13.05.2004
Renegociação de Contrato Bancário ou Confissão da Dívida - Discussão - Contratos Anteriores
A renegociação de contrato bancário ou a confissão da dívida não impede a possibilidade de discussão sobre eventuais ilegalidades dos contratos anteriores.
	
- “Uma alteração pequena na obrigação também não implica em novação (ex: desconto no preço, dispensa de hipoteca, prorrogação do vencimento)”. �
- Obrigação nula ou extinta não pode ser novada, mas a obrigação anulável, sujeitas a termo ou condição, ou prescritas (depende da vontade do devedor), podem. 
Art. 367. Salvo as obrigações simplesmente anuláveis, não podem ser objeto de novação obrigações nulas ou extintas.
 	
Espécies de novação:
Objetiva – nova dívida substitui a anterior. 
Art. 360. Dá-se a novação:
I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior;
Subjetiva – 
b.1) Passiva - substitui o devedor.
Expromissão – sem consentimento do devedor.
Delegação – com consentimento do devedor. 
Art. 360. Dá-se a novação:
II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor;
	b.2) Ativa – substitui o credor.
Art. 360. Dá-se a novação:
III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este.
Mista – fusão das duas primeiras. Admitida na doutrina, mas não está na lei.
Efeitos da novação
- extingue a obrigação anterior, com seus acessórios e garantias, desde que não haja estipulação em contrário.
Art. 364. A novação extingue os acessórios e garantias da dívida, sempre que não houver estipulação em contrário. Não aproveitará, contudo, ao credor ressalvar o penhor, a hipoteca ou a anticrese, se os bens dados em garantia pertencerem a terceiro que não foi parte na novação. �
- cria uma nova obrigação que não terá nenhum vinculo com a anterior, senão a de uma força extintiva.�
COMPENSAÇÃO
- é um meio de extinção das obrigações, quando as pessoas são, reciprocamente, credor e devedor, uma da outra.�
Ex: Antônio deve R$ 1000,00 a Paulo decorrente de um empréstimo e Paulo deve R$ 1000,00 a Antônio porque bateu no carro dele, compensando as dívidas entre eles. (compensação total)
Art. 368. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem.
Pode ser parcial, se um deve só a metade, por exemplo, compensando o que deve, sendo uma exceção ao art. 314 CC.�
Requisitos:
- exige pluralidade de obrigações, tendo em vista que deve existir obrigações recíprocas (reciprocidade dos créditos).
Exceção em favor do fiador, que pode alegar em seu favor a compensação que o afiançado devedor, poderia arguir ao credor.
Art. 371. O devedor somente pode compensar com o credor o que este lhe dever; mas o fiador pode compensar sua dívida com a de seu credor ao afiançado.
- liquidez das dívidas (dívida com valor certo, determinado, vencida e de coisa fungível).
	
Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas fungíveis.
EXCEÇÃO - Art. 370. Embora sejam do mesmo gênero as coisas fungíveis, objeto das duas prestações, não se compensarão, verificando-se que diferem na qualidade, quando especificada no contrato.
- exigibilidades das prestações (a dívida deve estar vencida).
Obrigação condicional – necessita do implemento da condição.
Obrigação a termo – só depois do vencimento do termo final.
Obrigações alternativas – só após a escolha, e se for convencionado que em uma das escolhas não for permitida a compensação, não poderá ser feito.
Prazos de favor – são aqueles que, concedidos verbalmente pelo credor em atenção ao devedor, os quais não podem ser levados em conta para evitar a compensação.
 
Art. 372. Os prazos de favor, embora consagrados pelo uso geral, não obstam a compensação.
	- Tem como efeito a extinção da obrigação, a satisfação do credor e a liberação do devedor.
Espécies:� 
“a) compensação legal: ocorre por força da lei, mesmo que uma das partes se oponha, sempre que as dívidas forem líquidas ( = valor certo), vencidas e homogêneas  (= mesma espécie e qualidade, 369);”
Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas fungíveis.
“b) compensação judicial: determinada pelo Juiz no caso concreto, ao entender que deve haver compensação por uma questão de economia processual, por uma questão de praticidade, dando o Juiz seus motivos/fundamentos na sentença;” 
“c) compensação convencional: decorre do acordo de vontades, decorre da transação entre as partes, e no direito civil a liberdade das partes é grande, as partes podem dispor de seus bens com ampla liberdade, é a chamada autonomia privada”.
Não podem compensar quando as partes assim convencionaram para não fazê-lo, ou pelo menos, uma delas (renúncia prévia).
Art. 375. Não haverá compensação quando as partes, por mútuo acordo, a excluírem, ou no caso de renúncia prévia de uma delas.
Não podem compensar quando as dívidas forem originárias de (exclusão legal):
- esbulho: ocorre quando há a retirada forçada do bem de seu legítimo possuidor, de forma violenta ou clandestina, podendo este retomá-la por atos de sua própria força (só o necessário para retomá-la) ou valer-se da ação de reintegração de posse.
- furto ou roubo� 
Não podem compensar se a dívida se originar de um:
- comodato: é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis, onde uma pessoa empresta a outra, gratuitamente, um bem durável, como uma casa, para que ela a restitua no tempo acordado pelas partes, sendo, portanto, um empréstimo de uso.
- depósito: o contrato de depósito, tem por finalidade a guarda e a conservação de um bem para posterior restituição, como no depósito de veículos em estacionamentos, de bagagens em hotéis. 
Não podem compensar obrigações de caráter alimentar e tributário (exclusão legal). 
Não podem compensar se uma das coisas for insuscetível de penhora, como salário (impenhorável) com outro crédito.
Art. 373. A diferença de causa nas dívidas não impede a compensação, exceto:
I - se provier de esbulho, furto ou roubo;
II - se uma se originar de comodato, depósito ou alimentos;
III - se uma for de coisa não suscetível de penhora.
Não podem compensar se esta prejudicar terceiros, estranhos à operação (art. 380 CC).
Art. 380. Não se admite a compensação em prejuízo de direito de terceiro. O devedor que se torne credor do seu credor, depois de penhorado o crédito deste, não pode opor ao exeqüentea compensação, de que contra o próprio credor disporia.
Desconto das despesas
Art. 378. Quando as duas dívidas não são pagáveis no mesmo lugar, não se podem compensar sem dedução das despesas necessárias à operação.
CONFUSÃO
- credor e devedor são a mesma pessoa.
- modo de extinção das obrigações.
Art. 381. Extingue-se a obrigação, desde que na mesma pessoa se confundam as qualidades de credor e devedor.
Art. 382. A confusão pode verificar-se a respeito de toda a dívida, ou só de parte dela.
“Ex: A é inquilino de seu pai B, mas o pai morre e A herda o apartamento, extinguindo a obrigação de pagar aluguel face à confusão, pois B vai reunir as qualidades de credor e devedor, afinal ninguém pode ser devedor ou credor de si mesmo”.� 
	Espécies:
	- total/própria: valor total da dívida/crédito.
	- parcial/imprópria: só de parte da dívida/crédito.
A confusão extingue a obrigação principal e seus acessórios. 
REMISSÃO DE DÍVIDAS
- perdão da dívida, pelo credor que, voluntariamente, perdoa o débito e extingue a obrigação.
Art. 385. A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro.
- o devedor tem direito de não aceitar o perdão, cabendo daí a consignação em pagamento. �
- se aceita, se assemelha a uma doação.
Espécies�:
total ou parcial (parte da dívida ou dispensa dos juros); 
expressa (por escrito) ou tácita (ex: devolução do título de crédito); 
presumida (deriva da expressa previsão legal);
Art. 386. A devolução voluntária do título da obrigação, quando por escrito particular, prova desoneração do devedor e seus co-obrigados, se o credor for capaz de alienar, e o devedor capaz de adquirir.
Art. 387. A restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do credor à garantia real, não a extinção da dívida.
gratuita (mais comum) ou onerosa (nesta remissão o credor perdoa a dívida mas pede algo em troca, o que se assemelha a uma transação).
Não pode remir dívidas quem é insolvente, porque prejudicaria seus credores, sob pena de caracterizar fraude contra credores (art. 158 CC). 
TRANSAÇÃO
         - corresponde a um acordo, a uma conciliação para extinguir a obrigação.
 	- é o contrato pelo qual as partes terminam ou previnem um litígio mediante concessões mútuas.
Art. 840. É lícito aos interessados prevenirem ou terminarem o litígio mediante concessões mútuas.
- a transação é indivisível, posto que, se uma das cláusulas do contrato de transação for nula, o contrato todo será anulado (quebra do equilíbrio contratual).
Art. 848. Sendo nula qualquer das cláusulas da transação, nula será esta.
Parágrafo único. Quando a transação versar sobre diversos direitos contestados, independentes entre si, o fato de não prevalecer em relação a um não prejudicará os demais.
- só pode transacionar às obrigações de caráter patrimonial privado, esfera cível.
Art. 841. Só quanto a direitos patrimoniais de caráter privado se permite a transação. 
Mas é tolerada no:
- Direito de Família (pensão alimentícia); 
- Direito do Trabalho (salários atrasados);
- Direito Penal (MP transaciona com o réu - reconhece a culpa/pena menor);
- Direito Administrativo (negociar o pagamento de impostos).
Espécies�: 
a) preventiva: visa evitar uma ação judicial, ou seja, as partes fazem um acordo antes de submeter a lide ao Judiciário (instrumento particular). Pode ser questionada em Juízo, alegando uma das partes que foi coagida;
b) judicial: é a transação feita na Justiça, após iniciado o processo, quando o acordo é homologado pelo Juiz, gerando coisa julgada.
Art. 842. A transação far-se-á por escritura pública, nas obrigações em que a lei o exige, ou por instrumento particular, nas em que ela o admite; se recair sobre direitos contestados em juízo, será feita por escritura pública, ou por termo nos autos, assinado pelos transigentes e homologado pelo juiz.
Art. 849. A transação só se anula por dolo, coação, ou erro essencial quanto à pessoa ou coisa controversa.
Parágrafo único. A transação não se anula por erro de direito a respeito das questões que foram objeto de controvérsia entre as partes.
TEMAS: Inadimplemento das Obrigações, Mora, Purgação/Cessação da Mora, perdas e danos, dano emergente e lucro cessante.
Inadimplemento das Obrigações 
Mora, Purgação/Cessação da Mora
Perdas e danos, dano emergente e lucro cessante
INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES
          - é o não pagamento/cumprimento da obrigação pelo devedor.
          - o não cumprimento responsabiliza o devedor por perdas e danos, se este inadimplemento for culposo; se não for, como no caso fortuito ou força maior, caberá ao devedor prová-los.
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado.
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir.
- a responsabilidade civil é patrimonial, pelo adimplemento da obrigação�.
Art. 391. Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do devedor.
            
- Inadimplemento culposo, abrange o:
- dolo (intenção).
- culpa: negligência e imprudência. 
* nos contratos benéficos, que são aqueles em que apenas um dos contratantes aufere benefício ou vantagem, somente responde por culpa o contratante a quem aproveita o contrato, mas por dolo aquele a quem não favoreça.
Art. 392. Nos contratos benéficos, responde por simples culpa o contratante, a quem o contrato aproveite, e por dolo aquele a quem não favoreça. Nos contratos onerosos, responde cada uma das partes por culpa, salvo as exceções previstas em lei.
MORA, PURGAÇÃO E CESSAÇÃO DA MORA
- “É o retardamento ou o cumprimento imperfeito da obrigação”.�
- configura-se:
	- atraso no pagamento
	- feito na data, mas de modo imperfeito, em lugar ou forma diverso do convencionado.
Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer.
Pode ocorrer, tanto por culpa do devedor (mora solvendi) como por culpa do credor (mora accipiendi). 
Se ambos tiverem culpa não haverá mora, pois as moras recíprocas se anulam.
Se o devedor atrasa sem culpa (ex: acidente, greve, caso fortuito/força maior) não haverá mora.
Art. 396. Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre este em mora.
A mora do credor independe de culpa e o devedor nesse caso deve consignar o pagamento. 
Art. 335. A consignação tem lugar:
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma;
Efeitos da mora do credor�: 
a) o credor em mora libera o devedor da responsabilidade pela conservação da coisa (ex: A deve um cavalo a B que ficou de ir buscá-lo na fazenda de A; a mora de B não responsabiliza A caso o cavalo venha a morrer mordido por uma cobra após o vencimento; 
Art. 492. Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do vendedor, e os do preço por conta do comprador.
§ 2o Correrão também por conta do comprador os riscos das referidas coisas, se estiver em mora de as receber, quando postas à sua disposição no tempo, lugar e pelo modo ajustados.
b) o credor em mora deve ressarcir o devedor com as despesas pela conservação da coisa (no exemplo do cavalo, B deve pagar as despesas de A com ração e medicamento desde o vencimento); 
c) obriga o credor a pagar um preço mais alto pela coisa se a cotação subir; este efeito se aplica a coisas que têm preço na bolsa de valores, como ações, açúcar, café, soja, etc. 
d) o credor em mora nãopode cobrar juros do devedor desse período, afinal foi do credor a culpa pela atraso no pagamento.
Art. 400. A mora do credor subtrai o devedor isento de dolo à responsabilidade pela conservação da coisa, obriga o credor a ressarcir as despesas empregadas em conservá-la, e sujeita-o a recebê-la pela estimação mais favorável ao devedor, se o seu valor oscilar entre o dia estabelecido para o pagamento e o da sua efetivação.
Mora do devedor�: 
 	- a mora solvendi pode se equiparar ao inadimplemento e o credor exigir então perdas e danos. 
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
“Ex: A compra docinhos para o casamento da filha, mas a comida atrasa e chega depois da festa, é evidente que esta mora corresponde a um inadimplemento (pú do 395). 
Se o atraso foi por culpa da doceira, além de devolver o dinheiro, vai ter que pagar as perdas e danos do 389. 
Mas se o atraso foi por causa de uma enchente que derrubou a ponte, a doceira só terá que devolver o dinheiro, sem os acréscimos das perdas e danos”. 
Pressupostos da mora do devedor: 
- crédito vencido;
Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor.
- culpa do devedor: dolo (lato sensu) ou culpa (imprudência/negligência
* não existe mora do devedor - caso fortuito/força maior 
 Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado.
 Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir.
Art. 396. Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre este em mora.
- possibilidade de cumprimento tardio da obrigação com utilidade para o credor.
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao credor, este poderá enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas e danos.
Efeitos da mora do devedor: 
- o devedor responde pelos prejuízos causados, mais multa, juros.
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
- o devedor em mora responde pelo caso fortuito ou de força maior ocorridos durante o atraso.
Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada.
Cessação da Mora
- “Decorre da extinção da obrigação por anistia, perdão”. �
- a mora do devedor pode ser extinta se o credor perdoar as perdas e danos.
	- produz efeitos pretéritos, ou seja, o devedor não terá que pagar a dívida vencida; não pagará nada.
Purgação da mora 
- Purgar = emendar, reparar, remediar, consertar, sanar.
- repara as consequências da mora, tanto para o devedor como para o credor. 
Art. 401. Purga-se a mora:
I - por parte do devedor, oferecendo este a prestação mais a importância dos prejuízos decorrentes do dia da oferta;
II - por parte do credor, oferecendo-se este a receber o pagamento e sujeitando-se aos efeitos da mora até a mesma data.
	- em caso de inadimplemento do devedor não se purga mais a mora, resolvendo-se em perdas e danos.
	- produz efeitos futuros, ou seja, o devedor não terá que pagar o que for produzido depois de purgada, os pretéritos (já produzidos) permanecem.
PERDAS E DANOS, DANO EMERGENTE E O LUCRO CESSANTE
       	- “Perdas e danos constituem o equivalente em dinheiro suficiente para indenizar o prejuízo suportado pelo credor, em virtude do inadimplemento do contrato pelo devedor ou da prática, por este, de um ato ilícito (CC, art. 403)”.�
Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual.
- É a compensação financeira pelos danos sofridos pelo credor (danos materiais ou morais).
	- Dano moral�: extrapatrimonial (art. 186 CC), abalando a sua honra, seus direitos de personalidade.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. (DEVER GENÉRICO DE NÃO LESAR NINGUÉM)
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.
- Dano material: patrimonial – dano emergente/ lucro cessante.
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
Dano emergente é aquilo que o credor efetivamente perdeu, a perda de parte do patrimônio da vítima. 
Lucro cessante é a perda do lucro esperado, é aquilo que o credor razoavelmente deixou de lucrar. 
“Ex: A bate seu carro num táxi, terá então que indenizar o taxista pelo dano emergente (farol quebrado, lataria amassada, pintura arranhada, etc – damnum emergens) e pelo lucro cessante (os dias que o taxista ficará sem trabalhar enquanto o carro é consertado – lucrum cessans)”.�
           
RECURSO ESPECIAL (RE) Nº 1.110.417 MA.�
EMENTA. RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. VIOLAÇAO AO ART. 535 DO CPC. INEXISTÊNCIA. CÁLCULO DOS LUCROS CESSANTES. DESPESAS OPERACIONAIS. DEDUZIDAS. TERMO FINAL. ALIENAÇAO DO BEM. 1. Para o atendimento do requisito do prequestionamento, não se faz necessária a menção literal dos dispositivos tidos por violados no acórdão recorrido, sendo suficiente que a questão federal tenha sido apreciada pelo Tribunal de origem. Ausência de violação do art. 535, do CPC. 2.Lucros cessantes consistem naquilo que o lesado deixou razoavelmente de lucrar como consequência direta do evento danoso (Código Civil, art. 402). No caso de incêndio de estabelecimento comercial (posto de gasolina), são devidos pelo período de tempo necessário para as obras de reconstrução. A circunstância de a empresa ter optado por vender o imóvel onde funcionava o empreendimento, deixando de dedicar-se àquela atividade econômica, não justifica a extensão do período de cálculo dos lucros cessantes até a data da perícia. 3. A apuração dos lucros cessantes deve ser feita com a dedução de todas as despesas operacionais da empresa, inclusive tributos. 4. Recurso especial pro vido (Grifamos).
Os lucros cessantes são regulamentados pelo Código Civil, em seu Capítulo III Das Perdas e Danos. O mencionado art. 402 determina que salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
É essa parte final do dispositivo que nos traz o conceito de danos emergentes e lucro cessante. Por danos emergentes entende-se o que a vítima do ato danoso efetivamente perdeu e, por lucros cessantes, o que deixou de perceber, em razão da sua ocorrência. É o que a doutrina intitula de perda do lucro esperado. (Grifamos).
No caso em concreto, o dano tem como base o incêndio causado por caminhão de abastecimento de combustível, num posto de gasolina. Assim, por dano emergente,em tal situação, teríamos os valores correspondentes às perdas oriundas deste incêndio imóvel, móveis, utencílios etc. (Grifamos).
Por lucro cessante, o que o proprietário efetivamente deixara de lucrar em razão do ocorrido o que normalmente lucraria se estivesse em atividade (por isso que se fala em lucro esperado). (Grifamos).
O entendimento adotado pelo STJ vem a ratificar o disposto no art. 403 do CC:
Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato , sem prejuízo do disposto na lei processual (Grifamos).
Do que se vê, ao determinar o valor a ser indenizado por lucro cessante, o magistrado deve considerar apenas o que a parte prejudicada tenha deixado de perceber em razão do fato danoso. Deve-se analisar o tempo de paralização da atividade, descontando, também, despesas como salário de funcionários, aluguel e tributos. Apenas assim, chegar-se-á ao valor justo de indenização. Caso contrário, restaria caracterizado o enriquecimento ilícito da vítima. (Grifamos).
Nesta linha, há de se compreender que lucros cessantes, em momento algum, se confunde com o faturamento da empresa. Na verdade, o montante a ser pago para fins de indenização é resultado da subtração do montante da receita, dos custos habituais da empresa. Temos a seguinte operação: lucros cessantes = receita custos. (Grifamos).
Outro ponto a ser observado é a sua limitação temporal. Fala-se em lucros cessantes apenas pelo período em que a atividade permaneceu paralisada em decorrência do dano sofrido e do tempo necessário para a reestruturação. Assim, no caso concreto, o tempo necessário para a reconstrução do posto. No entanto, não foi isso que se evidenciou. Restou comprovado que o dono do estabelecimento não retomara as atividades por decisão própria, que optou pela venda do terreno. (Grifamos).
Nada obstante tal fato, a decisão recorrida reconhecera a sua duração desde a data do acidente até os dias de hoje, perpetuando-o por todo esse período. Um absurdo que apenas veio a ser corrigido agora, pelo STJ. Ora, se o proprietário decide pela venda do imóvel, a partir desta data (ou até mesmo antes), não mais possível falar em lucros cessantes, pois, este fato não mais se relaciona com o dano sofrido.
Dano emergente e a Teoria dos danos diretos ou imediatos
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
Dano emergente – SOMENTE o que efetivamente perdeu, o dano certo/atual.
Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual.
- relação de causalidade do dano com a ação do devedor.
- o devedor somente responde pelos danos que se predem ao seu ato por um vínculo, entre a sua ação e o evento danoso, excluindo-se as causas estranhas ou remotas (dano remoto).
- causas remotas, são as consequências indiretas do inadimplemento, o que implica dizer que, por força deste artigo, os limites do dano ressarcível é o que efetivamente perdeu, não ocorrendo agravamento deste em função do dolo. 
Mas para entendermos melhor isso, vamos analisar os termos ato ilícito, culpa e dano.
ATO ILÍCITO, CULPA E DANO
UM É LIGADO AO OUTRO.
	ATO ILÍCITO
	- arts. 186 a 188 e 927 CC
	
- é o ato praticado em desacordo com a norma jurídica, causando danos a terceiros e criando o dever de repará-los.
	Requisitos:
- ação voluntária- conduta positiva lesiva
- omissão voluntária – conduta negativa, onde existe a necessidade de que haja o dever jurídico de fazer aquele determinado ato, a prova de que ele não foi praticado e a demonstração de que, se o ato fosse realizado, não haveria o dano.
- NEGLIGÊNCIA – é a ausência de precaução ou indiferença em relação ao ato realizado. Abrange a imprudência e a imperícia.
Ex.: deixar uma arma branca ou de fogo ao alcance de uma criança.
a) imprudência – é a prática de fato perigoso. 
Ex.: dirigir um veículo em alta velocidade em uma rua movimentada.
b) imperícia – falta de aptidão para o exercício da arte ou profissão, e também caracteriza a culpa, embora não expressa no art. 186 CC.
Ex.: o mestre de obras que se passa por engenheiro, o cirurgião que sem ter a especialidade da cirurgia plástica se propõe a realizá-la.
*violar direito ou causar dano a outrem
	
- Quem comete ato ilícito fica obrigado a reparar o dano causado a outrem, (art. 927) indenizando a vítima, seja esse dano material, seja esse dano moral.
- Exclusão de ilicitude (art. 188 CC) – o artigo demonstra os atos que não podem ser considerados ilícitos, como:
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.
	DANO
	
- Sentido amplo: é a lesão a qualquer bem jurídico, seja ele de natureza patrimonial (dinheiro, bens, etc) ou de natureza moral (sentimentos da pessoa, sua dignidade, honra, etc).
INDENIZAR significa reparar o dano causado à vitima, integralmente, restaurando o status quo ante, contudo, como nem sempre se é possível, compensa-se a vítima, quantificando monetariamente o dano.
	Dano patrimonial
Dano emergente – há a efetiva diminuição do patrimônio da vítima.
Lucro cessante – o que o lesado deixou de ganhar, podendo ser cumulável com o dano moral, quando este e o dano patrimonial decorrerem do mesmo fato.
Dano moral
Abalo dos sentimentos de uma pessoa, que lhe geram transtornos psicológicos, como tristeza, desgosto, depressão etc.
Em sentido amplo, pode abranger a lesão de todos os bens ou interesses pessoais (exceto econômicos), como a liberdade, o nome, a família, a honra etc.
	CULPA
	- art. 186 e 927 CC CC
	
- para haver a obrigação de indenizar, não basta que o autor do fato danoso tenha procedido ilicitamente, é essencial que ele tenha agido com CULPA, o que significa que o agente atuou de tal forma que merece ser censurado pelo seu ato, posto que poderia ter agido de outro modo.
COMPARA-SE A AÇÃO A DO HOMEM MÉDIO, ou seja, vê-se teria condições de prever o evento, posto que sendo imprevisível, não há culpa (caso fortuito e força maior).
	Requisitos:
- ação voluntária- conduta positiva lesiva (culpa lato sensu - DOLO).
- omissão voluntária – conduta negativa, onde existe a necessidade de que haja o dever jurídico de fazer aquele determinado ato, a prova de que ele não foi praticado e a demonstração de que, se o ato fosse realizado, não haveria o dano (culpa lato sensu - DOLO).
- NEGLIGÊNCIA – é a ausência de precaução ou indiferença em relação ao ato realizado. Abrange a imprudência e a imperícia.
Ex.: deixar uma arma branca ou de fogo ao alcance de uma criança (culpa strictu sensu - CULPA).
a) imprudência – é a prática de fato perigoso. 
Ex.: dirigir um veículo em alta velocidade em uma rua movimentada (culpa strictu sensu - CULPA).
b) imperícia – falta de aptidão para o exercício da arte ou profissão, e também caracteriza a culpa, embora não expressa no art. 186 CC.
Ex.: o mestre de obras que se passa por engenheiro, o cirurgião que sem ter a especialidade da cirurgia plástica se propõe a realizá-la.
(culpa strictu sensu - CULPA).
*violar direito ou causar dano a outrem
	
- Para obter a reparação, na responsabilidade subjetiva (regra) tem que se provar o dolo ou a culpa strictu sensu do agente (caput, 927, CC).
- Mas na responsabilidade objetiva, não se inquire a culpa, sendo essa presumida (§ único 927 CC), entre outros artigos (929, 930, 933, 936 a 940 CC/02) e Lei de acidentes de trabalho, Código Brasileiro de Aeronáutica, CDC, etc..
Espéciesde culpa:
A) Com relação ao GRAU, pode ser: 
	- Grave: não prever o que todos prevêem omitir os cuidados mais elementares ou descuidar da diligência mais evidente, sendo a conduta DOLOSA;
Ex.: dirigir embriagado, ultrapassar o sinal vermelho, etc. 
	- Leve: a falta pode ser evitada com atenção ordinária, sendo a falta de diligência do agente.
* Os três tipos obrigam indenização.
	- Levíssima: é a falta somente evitável se o agente tivesse uma atenção extraordinária, com extrema cautela.
B) Culpa contratual e Extracontratual:
	Culpa contratual – se funda em relação jurídica obrigacional preexistente, como o contrato, respondendo o devedor por perdas e danos (389 CC). Resp. Contratual.
	Culpa Extracontratual – se funda na lei (art. 186 CC), a qual todos devem cumprir. Resp. Extracontratual.
	
C) Culpa in eligendo – decorre da má escolha do representante ou preposto.
	
D) Culpa in vigilando – é a que resulta da ausência de fiscalização sobre pessoa que se encontra sob a responsabilidade ou guarda do agente.
	
E) Culpa in custodiendo – é a que decorre da falta de cuidados na guarda de algum animal ou objeto (936 CC – objetiva).
	
F) Culpa in comittendo ou in faciendo – resulta de uma ação de um ato positivo do agente.
	
G) Culpa in omittendo – decorre de uma omissão, só tendo relevância para o direito quando haja o dever de não se abster.
	
H) Culpa presumida – presunção juris tantum (absoluta), o que implica que a culpa é decorrente do disposto na lei, ocorrendo a inversão do ônus da prova, como a dos artigos que adotam a resp. objetiva (927, § único, 929, 930, 933, 936 a 940 CC/02) e Lei de acidentes de trabalho, Código Brasileiro de Aeronáutica, CDC, etc.
	
I) Culpa contra a legalidade – considera que a simples inobservância de regra expressa de lei ou regulamento serve para configurar a culpa do agente, sem necessidade de outras indagações, ou seja, somente a transgressão de uma norma faz com que exista o dano. Não é muito aceita na jurisprudência, porque essa exige a culpa comprovada, e não apenas o fato da simples inobservância de regra expressa de lei ou regulamento. 
Ex.: segundo esse tipo de culpa, nos acidentes de veículos, o motorista que não observa as normas de transito, desde logo é considerado culpado, mas para jurisprudência deve-se aferir a culpa do mesmo, somente presumindo-se a culpa em determinados casos, como na colisão traseira, invasão de preferencial, invasão de contramão de direção em faixa contínua, velocidade excessiva e inadequada para o local, dirigir embriagado.
	
J) Culpa Exclusiva da vítima – nesta desaparece a responsabilidade do agente, posto que deixa de existir o nexo de causalidade entre o dano e a conduta do provocador do dano, sendo este mero instrumento do acidente.
Ex.: vítima que é atropelada por atravessar a rua, embriagada; vítima que se joga na frente de carro para tentar o suicídio.
	
K) Culpa Concorrente – entre a vítima e o agente danoso há uma concorrência quanto a proporção do dano, ou seja, a conduta de ambos será valorada para se estabelecer a proporção do dano que cada um deverá suportar, havendo repartição das responsabilidades, reduzindo-se a indenização para 50% do valor, ou menos (art. 945 CC).
Obrigações de pagamento em dinheiro
Art. 404. As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo juros, custas e honorários de advogado, sem prejuízo da pena convencional.
Parágrafo único. Provado que os juros da mora não cobrem o prejuízo, e não havendo pena convencional, pode o juiz conceder ao credor indenização suplementar.
STF Súmula nº 562 - 15/12/1976 - DJ de 3/1/1977, p. 3; DJ de 4/1/1977, p. 35; DJ de 5/1/1977, p. 59.
Indenização de Danos Materiais - Ato Ilícito - Atualização de Valor - Índices de Correção Monetária
    Na indenização de danos materiais decorrentes de ato ilícito cabe a atualização de seu valor, utilizando-se, para esse fim, dentre outros critérios, os índices de correção monetária.
- sem ingresso em juízo: devedor paga multa + juros moratórios + eventuais custas extrajudiciais (protesto, notificações extrajudiciais), contudo, não pode fazê-lo criando constrangimentos indevidos.
Art. 42 CDC. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.
Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável.
Art. 42-A CDC. Em todos os documentos de cobrança de débitos apresentados ao consumidor, deverão constar o nome, o endereço e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF ou no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ do fornecedor do produto ou serviço correspondente. 
- com ingresso em juízo: devedor paga multa + juros moratórios + eventuais custas extrajudiciais + reembolso das custas processuais + honorários advocatícios
Juros de mora: devidos deste a citação inicial, para os casos de inadimplemento e responsabilidade contratual.
Art. 405. Contam-se os juros de mora desde a citação inicial.
Mas nas obrigações decorrentes de ato ilícito (responsabilidade extracontratual), a mora se dará a partir da prática do ato.
Art. 398. Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em mora, desde que o praticou.
        
Enunciado 163 CJF:
Art. 405: A regra do art. 405 do novo Código Civil aplica-se somente à responsabilidade contratual, e não aos juros moratórios na responsabilidade extracontratual, em face do disposto no art. 398 do novo CC, não afastando, pois, o disposto na Súmula 54 do STJ. 
STJ Súmula nº 54 - 24/09/1992 - DJ 01.10.1992
Juros Moratórios - Responsabilidade Extracontratual
    Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade extracontratual.
TEMAS: juros legais, cláusula penal e arras
JUROS LEGAIS
- Juros = Frutos civis da coisa, rendimentos do capital (coisas acessórias).
Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico.
Classificação:
- Quanto a finalidade
Compensatórios - frutos, devidos pela utilização do capital de outrem, o qual foi consentido seu uso.
Moratórios (mora) – quando há atraso no pagamento do combinado, incidem os mesmos (art. 395/406/591 CC) 
- Quanto a origem
Convencionais – ajustados pelas partes, de comum acordo, a partir de uma convenção entre elas.
	Legais – fixados na lei.
* Fixação dos Juros
	- 1ª corrente: art. 406 c/c 161 § 1º CTN – 1% ao mês 
Art. 406. Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional.
Art. 161 CTN. O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei ou em lei tributária.
§ 1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são calculados à taxa de um por cento ao mês.
 – 2ª corrente taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) – tem prevalecido
A SELIC é estabelecida pelo COPOM - Comitê de Política Monetária (Diretoria Colegiada do Banco Central), sendo uma fórmula matemática com diversas variáveis, não sendo um percentual fixo. Mas ela engloba a correção monetária
STJ: a taxa dos juros do art. 406 do CC é taxa referencial da SELIC, por ser ela que incide como juros moratórios dos tributos federais (arts. 13 daLei n.° 9.065/1995, 84 da Lei n.° 8.981/1995, 39, § 4º, da Lei n.° 9.250/1995, 61, § 3º, da Lei n.° 9.430/1996 e 30 da Lei n.°10.522/2002) (EREsp 727.842-SP, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, julgados em 8/9/2008).
Esse entendimento tem sido reiterado: Terceira Turma do STJ: EDcl no REsp 1.025.298-RS, Rel. para acórdão Min. Luis Felipe Salomão, julgados em 28/11/2012.
(...) A taxa de juros moratórios a que se refere o art. 406 do Código Civil de 2002, segundo precedente da Corte Especial (EREsp 727842/SP, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, CORTE ESPECIAL, julgado em 08/09/2008), é a SELIC, não sendo possível comulá-la com correção monetária, porquanto já embutida em sua formação. (...)
(EDcl no REsp 1025298/RS, Rel. p/ Acórdão Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 28/11/2012, DJe 01/02/2013)
(...) A incidência da taxa SELIC a título de juros moratórios, a partir da entrada em vigor do atual Código Civil, em janeiro de 2003, exclui a incidência cumulativa de correção monetária, sob pena de bis in idem. (...)
(AgRg nos EDcl no Ag 1401515/PR, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 10/04/2012, DJe 16/04/2012)
Quanto aos juros moratórios, destaca-se ainda que:
SÚMULA Nº 254 - STF
INCLUEM-SE OS JUROS MORATÓRIOS NA LIQUIDAÇÃO, EMBORA OMISSO O PEDIDO INICIAL OU A CONDENAÇÃO.
Ou seja, mesmo que não haja pedido de juros na inicial, irão incidir na sentença, independentemente do pedido expresso naquela, em função do disposto no art. 293 CPC.�
Os juros moratórios, derivados de responsabilidade contratual, legal, serão calculados desde a citação inicial.
STF Súmula nº 163 - Contra a Fazenda Pública - Obrigação Ilíquida - Contagem de Juros Moratórios - Citação Inicial
    Salvo contra a Fazenda Pública, sendo a obrigação ilíquida, contam-se os juros moratórios desde a citação inicial para a ação. (Primeira parte Superada pelo Acórdão do RE 109156-DJ-7/8/1987 - Vigência da L-004.414-1964)
Ex.: acidente de ônibus – contrato de adesão celebrado com a transportadora – desde a inicial.�
Mas quando derivados de responsabilidade extracontratual, pela prática de ato ilícito, será de acordo com o 398 CC.
Art. 398. Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em mora, desde que o praticou.
Ex.: atropelamento por ônibus – responsabilidade extracontratual, porque não estava no ônibus – desde o fato.�
Juros de mora do dano moral, foi determinado em diversos julgados para serem calculados desde o arbitramento do dano moral, já que depende deste ser julgado para se estabelecer o quantum. 
Contudo, com a Súmula 54 do STJ, passou também a ser julgado deste a data do evento, quando advir de responsabilidade extracontratual.
TJ Súmula nº 54 - 24/09/1992 - DJ 01.10.1992
Juros Moratórios - Responsabilidade Extracontratual
    Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade extracontratual.
Os juros classificam-se ainda em:
Juros Simples – calculados sobre o capital inicial.
Juros compostos – capitalizados anualmente, calculando juros sobre juros. O anatocismo ou capitalização de juros é ilegal por força da lei da usura (decreto n. 22.626/1933) e súmula 121 do STF.
IMPORTANTE: Contudo, há diversas análises acerca da matéria, porque como já se viu anteriormente, há correntes diversas acerca da taxa a ser estabelecida, defendendo parte da doutrina a adoção dos juros em 1% ao mês, e outros da SELIC, havendo vários julgados do STJ neste sentido, mas se aplicada esta, não poderá incidir correção monetária, pois esta já estaria lá integralizada.
Enunciado 20 das Jornadas de Direito Civil – CJF:
Art. 406: a taxa de juros moratórios a que se refere o art. 406 é a do art. 161, § 1º, do Código Tributário Nacional, ou seja, um por cento ao mês. 
 A utilização da taxa SELIC como índice de apuração dos juros legais não é juridicamente segura, porque impede o prévio conhecimento dos juros; não é operacional, porque seu uso será inviável sempre que se calcularem somente juros ou somente correção monetária; é incompatível com a regra do art. 591 do novo Código Civil, que permite apenas a capitalização anual dos juros, e pode ser incompatível com o art. 192, § 3º, da Constituição Federal, se resultarem juros reais superiores a doze por cento ao ano. 
 
Destaca-se ainda o teor da súmula 379 do STJ:
STJ Súmula nº 379 - 22/04/2009 - DJe 05/05/2009
Contratos Bancários - Juros Moratórios Convencionados - Limite
    Nos contratos bancários não regidos por legislação específica, os juros moratórios poderão ser convencionados até o limite de 1% ao mês.
CLÁUSULA PENAL
- cláusula acessória a um contrato, não é obrigatória, pelo qual as partes fixam previamente o valor das perdas e danos que por acaso se verifiquem em conseqüência da inexecução culposa da obrigação.� 
“Se a obrigação for cumprida pelo devedor, a cláusula penal se extingue; se a obrigação principal for nula, a cláusula penal também o será, afinal, como cláusula acessória, segue o destino da principal (184, in fine).”�
Art. 408. Incorre de pleno direito o devedor na cláusula penal, desde que, culposamente, deixe de cumprir a obrigação ou se constitua em mora.
Art. 409. A cláusula penal estipulada conjuntamente com a obrigação, ou em ato posterior, pode referir-se à inexecução completa da obrigação, à de alguma cláusula especial ou simplesmente à mora.
 ex: um show de um determinado cantor é contratado e no seu contrato diz que se não fizer pagará uma indenização de 50.000 reais. Se não tivesse a cláusula, teria que entrar na justiça e pedir que o juiz determinasse o valor da indenização.
“Então se o cantor não fez o show porque não quis (dolo) ou porque bebeu demais e perdeu a voz (imprudência), terá que pagar a CP. Mas se o cantor não fez o show porque pegou uma gripe, trata-se de um caso fortuito que isenta de responsabilidade (393 e pú)”.�
	- dessa forma, a cláusula é uma espécie de punição ao descumprimento do contrato.
Espécies:
	Compensatória – estipulada para a hipótese de total inadimplemento da obrigação. Normalmente de valor quase igual ao da obrigação principal, mas há ressalvas (412/413). Será então um meio de coerção ao cumprimento contratual. Mas também funciona como perdas e danos.
Art. 410. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de total inadimplemento da obrigação, esta converter-se-á em alternativa a benefício do credor.
Art. 412. O valor da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o da obrigação principal.
Art. 413. A penalidade deve ser reduzida eqüitativamente pelo juiz se a obrigação principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da penalidade for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do negócio.
Moratória – destinada a assegurar o cumprimento de outra cláusula determinada OU evitar o retardamento da mora. Ou seja, se a obrigação for cumprida de forma diferente do convencionado, cabe a moratória. Mas também funciona como perdas e danos.
Art. 411. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de mora, ou em segurança especial de outra cláusula determinada, terá o credor o arbítrio de exigir a satisfação da pena cominada, juntamente com o desempenho da obrigação principal.
            
ARRAS OU SINAL
- “Sinal ou arras é quantia ou coisa entregue por um dos contraentes ao outro como confirmação do acordo de vontades e princípio de pagamento”, tendo natureza acessória, se aperfeiçoando com a entrega do dinheiro ou de coisa fungível por um dos contraentes ao outro.�
- Confirmatória: confirma o contrato.
Art. 418. Se a parte que deu as arras não executar o contrato, poderá a outra tê-lo por desfeito, retendo-as; se a inexecução for de quem recebeu as arras, poderá quem as deu haver o contrato por desfeito, e exigir sua devolução mais o equivalente, com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, juros e honorários de advogado.Art. 419. A parte inocente pode pedir indenização suplementar, se provar maior prejuízo, valendo as arras como taxa mínima. Pode, também, a parte inocente exigir a execução do contrato, com as perdas e danos, valendo as arras como o mínimo da indenização.
- Penitencial: partes convencionam o direito de arrependimento, funcionando como uma indenização.
Art. 420. Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para qualquer das partes, as arras ou sinal terão função unicamente indenizatória. Neste caso, quem as deu perdê-las-á em benefício da outra parte; e quem as recebeu devolvê-las-á, mais o equivalente. Em ambos os casos não haverá direito a indenização suplementar.
Características�:
- confirma o contrato;
- serve para prefixação das perdas e danos para o caso de direito de arrependimento.
- constitui a entrada do pagamento.
� GONCALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro 1˸ Esquematizado. São Paulo˸ Saraiva, 2013, p. 642.
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de Direito Civil. Obrigações, 15 ed., São Paulo: Saraiva, 2014, v. 2.
� GONCALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro 1˸ Esquematizado. São Paulo˸ Saraiva, 2013, p. 635.
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de Direito Civil. Obrigações, 15 ed., São Paulo: Saraiva, 2014, v. 2.
� http://rafaeldemenezes.adv.br/assunto/Direito-das-Obrigacoes/4/aula/11
� http://rafaeldemenezes.adv.br/assunto/Direito-das-Obrigacoes/4/aula/11
� Penhor: quando o devedor (ou ainda um terceiro) transfere ao credor a posse direta de bem móvel suscetível de alienação, como forma de garantir o pagamento de seu débito. Até o pagamento da obrigação, o bem fica em mãos do credor. O instituto está regulamentado nos artigos 1.431 a 1.472 do CC.
Hipoteca: quando se grava um bem imóvel (ou outro bem que lei considere como hipotecável) pertencente ao devedor ou a um terceiro, sem transmissão da posse ao credor (na hipoteca não há tradição). Se o devedor não paga a dívida no seu vencimento, fica o credor habilitado para exercer o direito de excussão (solicitar a venda judicial do bem). Isso ocorre para que , com o produzido da venda, seu crédito seja preferencialmente pago. O instituto está regulamentado nos artigos 1.476 a 1.505 do CC.
Anticrese: quando o devedor transfere para seu credor a posse de bem imóvel, para que este se aproveite dos frutos e rendimentos do imóvel, até o montante da dívida a ser paga. O instituto está regulamentado no art. 1.506 a 1.510 do CC.
Disponível em: � HYPERLINK "http://direitoeconcursos.com.br/voce-sabe-a-diferenca-entre-penhor-hipoteca-e-anticrese/" �http://direitoeconcursos.com.br/voce-sabe-a-diferenca-entre-penhor-hipoteca-e-anticrese/� (grifou-se)
� GONCALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro 1˸ Esquematizado. São Paulo˸ Saraiva, 2013, p. 642.
� GONCALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro 1˸ Esquematizado. São Paulo˸ Saraiva, 2013, p. 642.
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de Direito Civil. Obrigações, 15 ed., São Paulo: Saraiva, 2014, v. 2.
� Art. 314. Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou.
� http://rafaeldemenezes.adv.br/assunto/Direito-das-Obrigacoes/4/aula/13
� Furto
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.
§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.
Roubo
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.
§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade:
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma;
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas;
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância.
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior; � HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9426.htm" \l "art157§2iv" �(Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)�
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. � HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9426.htm" \l "art157§2iv" �(Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)�
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa. � HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9426.htm" \l "art157§2iv" �(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)� � HYPERLINK "http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8072.htm" \l "art9" �Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90�
� http://rafaeldemenezes.adv.br/assunto/Direito-das-Obrigacoes/4/aula/13
� GONCALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro 1˸ Esquematizado. São Paulo˸ Saraiva, 2013, p. 654.
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de Direito Civil. Obrigações, 15 ed., São Paulo: Saraiva, 2014, v. 2.
� http://rafaeldemenezes.adv.br/assunto/Direito-das-Obrigacoes/4/aula/13
� http://rafaeldemenezes.adv.br/assunto/Direito-das-Obrigacoes/4/aula/13
� GONCALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro 1˸ Esquematizado. São Paulo˸ Saraiva, 2013, p. 669.
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de Direito Civil. Obrigações, 15 ed., São Paulo: Saraiva, 2014, v. 2.
� GONCALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro 1˸ Esquematizado. São Paulo˸ Saraiva, 2013, p. 669.
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de Direito Civil. Obrigações, 15 ed., São Paulo: Saraiva, 2014, v. 2.
� http://rafaeldemenezes.adv.br/assunto/Direito-das-Obrigacoes/4/aula/13
� http://rafaeldemenezes.adv.br/assunto/Direito-das-Obrigacoes/4/aula/13
� GONCALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro 1˸ Esquematizado. São Paulo˸ Saraiva, 2013, p. 681.
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de Direito Civil. Obrigações, 15 ed., São Paulo: Saraiva, 2014, v. 2.
� GONCALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro 1˸ Esquematizado. São Paulo˸ Saraiva, 2013, p. 682.
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de Direito Civil. Obrigações, 15 ed., São Paulo: Saraiva, 2014, v. 2.
� “O dano moral se desenvolveu muito em nosso Direito na última década, mas não pode ser banalizado para não ser desmoralizado, assim eu repudio condutas de cidadãos que, atrás de lucro fácil, pleiteiam danos morais porque ficaram presos na porta giratória de um banco, ou porque o celular deixou de funcionar, ou porque o carro quebrou na esquina, etc. Repito: dano moral se justifica especialmente quando atinge o equilíbrio emocional da vítima, é a dor, angústia, desgosto, aflição espiritual e humilhação (ex: alguém que perde uma perna ou um filho num acidente)”. Disponível em: http://rafaeldemenezes.adv.br/assunto/Direito-das-Obrigacoes/4/aula/13
� http://rafaeldemenezes.adv.br/assunto/Direito-das-Obrigacoes/4/aula/13
� www.stj.jus.br
� Art. 293 CPC - Os pedidos são interpretados restritivamente, compreendendo-se, entretanto, no principal os juros legais.
� GONCALVES, Carlos Roberto. DireitoCivil Brasileiro 1˸ Esquematizado. São Paulo˸ Saraiva, 2013, p. 688.
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de Direito Civil. Obrigações, 15 ed., São Paulo: Saraiva, 2014, v. 2.
� GONCALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro 1˸ Esquematizado. São Paulo˸ Saraiva, 2013, p. 688.
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de Direito Civil. Obrigações, 15 ed., São Paulo: Saraiva, 2014, v. 2.
� http://rafaeldemenezes.adv.br/assunto/Direito-das-Obrigacoes/4/aula/13
� http://rafaeldemenezes.adv.br/assunto/Direito-das-Obrigacoes/4/aula/13
� http://rafaeldemenezes.adv.br/assunto/Direito-das-Obrigacoes/4/aula/13
� GONCALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro 1˸ Esquematizado. São Paulo˸ Saraiva, 2013, p. 702.
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de Direito Civil. Obrigações, 15 ed., São Paulo: Saraiva, 2014, v. 2.
� GONCALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro 1˸ Esquematizado. São Paulo˸ Saraiva, 2013, p. 702.
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de Direito Civil. Obrigações, 15 ed., São Paulo: Saraiva, 2014, v. 2.

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