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RESUMO DE CONSTITUCIONAL III

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RESUMO DE CONSTITUCIONAL III – V1
1 - ADPF: Ação de descumprimento de preceito fundamental: Vem com a finalidade de modificar o ordenamento jurídico. É residual, ou seja, tudo aquilo que não poder ser tratado pela ADIN ou ADC será tratado pela ADPF.
→ Lei 9882/99: Trata sobre a ADPF.
→O que seria preceito fundamental? Nem a lei e nem a CF definem o que é um preceito fundamental. Sendo assim, GILMAR MENDES diz que preceito fundamental é tudo aquilo que está inserido entre os arts. 1º e 18 da CF.
→ Ação residual, ou seja, subsidiária: A ADPF é o ultimo instrumento que se pode utilizar. Quando qualquer outro meio não for eficaz para solucionar a lesividade, aí sim se utiliza da ADPF. Ela se aplica tanto aos atos do poder publico anteriores da CF quanto aos atos posteriores, mas ela visa mais os anteriores.
→ Ato do poder público: é qualquer ato praticado pelos poderes constituídos ou qualquer ato do poder público. Não precisa necessariamente ser um ato normativo, pode ser qualquer ato.
Competência para julgar: é exclusivamente do STF.
Legitimação ativa para propor ação: art. 103 CF
Eficácia da decisão: art. 10 parágrafo 1º da lei 9882/99
	∙ nas pessoas: erga omnes (para todos)
	∙ nos órgãos: efeito vinculante
	∙ no tempo: ex tunc, retroage
Ou seja, tem eficácia para todos com efeito vinculante quantos aos órgãos do poder público.
→ É através da MEDIDA LIMINAR que a ADPF vai sanar qualquer tipo de lesividade a preceito fundamental, ou seja, através da medida liminar ela vai suspender a eficácia do ato, suspender o andamento do processo ou a prática de qualquer ato necessário para defender o preceito fundamental. - art. 5º da lei 9882/99
2 - Princípios Fundamentais - não é a lei que cria princípio, é o principio que a cria a lei.
→ Os princípios fundamentais estão previstos no Título I da CF e presente em 4 artigos. Esses princípios trazem disposições quanto:
	∙ Ao nome: República Federativa do Brasil
	∙ A forma de Estado: Federado
	∙ Forma de Governo: Republicano
		OBS: República ≠ Monarquia: Na República existe a participação popular, a eletividade periódica, 			ou seja, os representantes são trocados de tempo em tempo, e a possibilidade dos governantes 			sejam responsabilizados pessoalmente por qualquer ato que causou prejuízo ao Estado ou as 			pessoas.
	∙ Sistema de Governo: Presidencialista
	∙ Autonomia das Entidades Estatais:
		a) Autogoverno: é a possibilidade de escolherem seus próprios representantes		
		b) Autolegislação: São regidos pela CF e suas próprias leis (que devem observar os preceitos 			constitucionais)
		c) Auto-organização: é a possibilidade que tem de se estruturarem, ou seja, os Estados e 				Municípios se auto-organizam com Constituições e lei orgânica
		d) Auto-administrarão: é a possibilidade que os representantes têm de gerir os recursos de cada			 um dos entes federativos.
→ É possível a alteração da forma de governo Republicano para Monarquia? Divergência doutrinária.
		1ª corrente: José Afonso diz que isso é possível, uma vez que não consta no Art. 60 §4º (clausulas pétreas) essa vedação, portanto, uma EC poderia sim alterá-la.
		2ª corrente: Diz que isso não é possível. A CF possui limitações implícitas e expressas, sendo esta ultima presente nas Clausulas Pétreas do Art. 60 §4º. A forma de governo republicano e a forma de Estado estão presentes no art. 34 inciso VII que pode ser conjugado ao Art. 60, portanto essa limitação se encontra expressa e, sendo assim, a forma de Governo e a forma de Estado não podem ser alterados.
3 - Estado Democrático de Direito: preza pelos atos fundamentais e, ainda mais, se fundamenta na dignidade da pessoa humana. Tem por características:
		∙ Soberania popular: o poder é exercido pelo povo. Em regra, é indireta, mas existem exceções de exercício de forma direta.
		∙ CF escrita e dogmática: positivada em um documento e que prevê as vontades do povo
		∙ Eletividade periódica: não admite a perpetuação do poder, o governante é trocado de tempos em 	tempos.
		∙ Direitos Fundamentais: Título II
		∙ Direito das Minorias: art. 3º da CF
		∙ Pluralidade Partidária
		∙ Igualdade Material: prevê tratamento igualitário perante a lei. Tratar os iguais de forma igual e os desiguais de forma desigual
		∙ Separação de Poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário
4 – Nacionalidade
	→ É o vínculo atribuído entre o indivíduo e o Estado, onde esse indivíduo se torna componente do povo e detém a competência de exigir proteção de seus direitos e lhe confere certos deveres. 
Ela pode ser:
	
	a) Primária: São os chamados Brasileiros Natos. É adquirida com o nascimento, não é facultativa.
	b) Secundária: São os chamados Brasileiros Naturalizados. É facultativa e pode ser adquirida ao longo da vida através da prática de certos atos. Ela pode ser substitutiva (sendo a regra) ou concomitante (a exceção).
→ Os critérios e formas de adquirir são:
	∙ Ius Sanguinis: é o critério sanguíneo, nasceu de pais brasileiros, brasileiro é, desde que seus pais encontrem a serviço do brasil.
	∙ Ius Solis: critério territorial, e é a regra adotada pela CF. Nasceu no Brasil, brasileiro é. Ou seja, a regra é o critério territorial. Onde território compreende todo o espaço delimitado pelas barreiras geográficas, o mar territorial e o espaço aéreo.
	∙ Nacionalidade Potestativa: Ocorre quando individuo nasce no estrangeiro e de pais brasileiros, mas esses pais não se encontram a serviço do Brasil. Sendo assim, quando completar 18 anos ou mais ele pode adquirir a nacionalidade Brasileira, uma vez que ela é um direito potestativo e não pode ser afastado.
	∙ Ius Sanguinis + Registro: Quando os pais são brasileiros e não estão a serviço do Brasil e o filho nasce no estrangeiro, mas é registrado em uma repartição pública brasileira, esse individuo será brasileiro.
	→ Quando a CF Brasileira foi promulgada, o art. 12 “c” previa a nacionalidade potestativa e a decorrente do nascimento no exterior condicionada ao registro em repartição brasileira. Em 94 com a EC Nº 3, foi tirado do texto a ultima hipótese (do nascimento no exterior com registro no Brasil), onde essa hipótese só retornou à Constituição em 07 com a EC nº 54. 
5- Naturalização
	→ A CF prevê a aquisição de nacionalidade secundária por meio da naturalização.
Direito Subjetivo? Em regra, NÃO! Uma vez que mesmo preenchidos todos os requisitos necessários, não gera direito subjetivo ao individuo, uma vez que é ato discricionário ao Poder Executivo, ou seja, ainda resta a anuência ou não do Chefe do Executivo, podendo essa nacionalidade não ser conferida.
→ Espécies:
	∙ Tácita: Adquirida independente da manifestação expressa do individuo, adquirida por força de regras jurídicas.
	∙ Expressa: depende do requerimento do interessado
Naturalização ordinária: se aplica a todo mundo.
Garante as pessoas que não são provenientes de países com língua portuguesa, desde que preenchidos os requisitos. Às pessoas de países com língua portuguesa e Art. 12 “a” CF.
Naturalização Extraordinária: Não há discricionariedade para o Chefe do Poder Executivo, tendo o interessado direito subjetivo a nacionalidade brasileira, desde que preenchidos os requisitos. São 3 os requisitos para sua aquisição: Residência ininterrupta no Brasil há mais de 15 anos, Ausência de condenação penal e requerimento do interessado.
Existem duas formas de naturalização não previstas nas CF:
	∙ Conclusão de Ensino Superior: art. 115 §2º da Lei 6815/80
	∙ Radicação precoce: art. 116 da Lei 8615/80
Nato ≠ Naturalizado: as diferenças são quatro, e constam nos:
	Art. 5ª LI CF: Quanto à extradição, brasileiro nato jamais será extraditado.
	Art. 12 §3º CF: Cargos, certos cargos são privativos apenas as brasileiros natos.
	Art. 89 VII CF: O conselho da República só será formado por brasileiros natos.
	Art. 222 CF: É privativo de brasileiros natos a propriedade de empresa de telecomunicações.
→ Perda da nacionalidade: só pode ocorrer nas hipóteses expressamente previstas na Constituição.São essas: Art. 12 §4º incisos I e II.
→ É possível a REAQUISIÇÃO? Sim, é possível a reaquisição de brasileiro naturalizado que perdeu sua nacionalidade por decisão judicial. Essa reaquisição se dará através da chamada AÇÃO RECISÓRIA. Para os demais casos é possível a reaquisição através da naturalização.

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