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* Exame da Cabeça e do Pescoço * Dados durante a entrevista História de trauma recente; História de cefaléia; História de distúrbios neurológicos pregressos; História de ocupacional (uso de EPI); História de atividades esportivas; Pesquisar presença de: tontura, vertigem, dificuldade visual, auditiva e/ou olfativa, dor, presença de secreção em olhos, ouvidos, nariz ou cavidade oral, obstruções, coriza, edema e rouquidão. * Exame Físico Cabeça: Inspeção e Palpação Tamanho e forma do crânio: inspeção e perímetro cefálico em recém-natos. Posição e movimentos: avaliar desvios de posição e presença de tiques ou tremores. Superfície e couro cabeludo: através da inspeção e palpação pesquisar presença de retrações ou abaulamentos, além de pontos dolorosos; consistência ou dureza da tábua óssea; avaliar fontanelas; avaliar força, brilho e presença de sujidade nos cabelos. Exame geral da face Inspecionar simetria, fisionomia, pele e pêlos. * * Macrocefalia Craniossinostose – fusão prematura de uma ou mais suturas cranianas. Microcefalia * Exame dos Olhos e Visão Pergunte ao cliente se este observou alguma alteração em sua visão, com perguntas como: Que tal a sua visão? Começou de repente ou aos poucos? Dificuldade de visão de longe ou perto? As imagens apresentam-se embaraçadas? Em sua totalidade ou em parte? Existem pontos de luz cintilantes? Visão dupla? (diplopia) Utiliza óculos ou lentes de contato? Submeteu-se à cirurgia ocular? * Anatomia dos Olhos esclerótica pupila íris conjuntiva glandula lacrimal Saco lacrimal ducto lacrimal * Anatomia dos Olhos Conjuntiva palpebral Conjuntiva bulbar * Pálpebras, Cílios e Globo Ocular Observar que em condições normais a pálpebra superior cobre uma parte da íris, porém não recobre a pupila; Verificar e umidade e coloração de conjuntivas palpebrais; Inspecionar queda de supercílios; Nas pálpebras inspecionar abertura ocular, equimose, edemas, xantelasma (são placas amareladas e bem circunscritas, discretamente elevadas), ptose palpebral (ou queda da pálpebra superior pode se congênita ou adquirida), blefarite (é uma inflamação não contagiosa das pálpebras); Globo ocular observar: exoftalmia (protusão), enoftalmia (retração), sensibilidade e tensão, desvios oculares, conjuntivas (cor e umidade), esclerótica, córnea e cristalino (cor e integridade), pupilas (forma, localização, tamanho, simetria e reflexos) e movimentação ocular. * Ptose palpebral Blefarite Xantelasma * Olhos Xantopsia: aparecimento da visão amarelada, sendo seu mecanismo pouco conhecido. Ocorre em intoxicações medicamentosas e, às vezes, como sintoma subjetivo de icterícia muito intensa. Iantopsia: visão violeta Cloropsia: visão verde. São menos freqüentes e também são sintomas de intoxicações medicamentosas (digital e barbitúricos). * Olhos Diplopia: quando o cliente desenvolve um desvio ocular, o olho desviado não mais mantém a fixação no objeto de interesse na fóvea (área de retina responsável pela visão central) o cliente se queixa de visão dupla. Estrabismo: a esotropia congênita precoce é um tipo de estrabismo convergente que pode aparecer após o nascimento ou nos primeiros seis meses de vida Estrabismo Convergente: imagem nasal. * Olhos EXOTROPIA - estrabismo divergente - imagem temporal. FOTOFOBIA - ou sensibilidade à luz. EXOFTALMIA - protusão do globo ocular. AMAUROSE - cegueira parcial ou total de qualquer origem. * Olhos Nistagmo são oscilações repetidas e involuntárias rítmicas de um ou ambos os olhos em algumas ou todas as posições de mirada, podendo ser originarias de labirintites, maculopatias ou catarata congênita, albinismo, e outras causas neurológicas. * TRIQUÍASE - cílios virados para dentro * MADAROSE - queda dos cílios * POLIOSE - cílio torna-se branco * Conjuntiva ocular, Esclerótica, Íris e Pupilas Conjuntiva ocular: conjuntiva bulbar e conjuntiva palpebral Esclerótica: coloração normal é esbranquiçada. Córnea: camada lisa e transparente que recobre a íris. Íris e Pupila: observar diâmetro pupilar (diâmetro normal varia de 2 a 4 milímetros), realizar teste de fotorreação e anormalidades pupilares. * * Olhos - Avaliação Pupilar miose midríase anisocoria * Olhos * Exame do Nariz Inspecionar pele, palpar para evidenciar deformidades, inspecionar presença de secreções, sujidade e permeabilidade de cada narina. Palpar seios paranasais frontais e maxilares. * Nariz e Seios Paranasais Utilize uma lanterna para visualizar os vestíbulos nasais e observar: deformidades, desvios do septo nasal, coloração da mucosa, secreções, lesões e edemas. Seios da face: observar a presença de hipersensibilidade local, e sintomas associados a febre, dor e secreção nasal, sugestivo de sinusite aguda. * Seios Paranasais * Pesquisa de Hipersensibilidade dos seios paranasais * Exame da cavidade bucal e dos lábios Com o auxílio de espátula e foco de luz (solar ou lanterna) inspecionar número e condições dos dentes, língua, gengivas, palatos e glândulas salivares. Inspecionar e palpar para avaliar coloração, forma, textura, flexibilidade, assim como presença de lesões * Boca, Lábios e Cavidade Oral Lábios: normalmente estão hidratados, com coloração que varia do róseo ao castanho e a pele íntegra. Observar: presença de cianose, lesões, ressecamento. Não esquecer de examinar a mucosa labial. O olfato é importante para detecção e caracterização do hálito do cliente que pode sugerir processos patológicos como hálito cetônico sinal indicativo de diabetes. Mucosa oral: hidratada, corada e íntegra. Gengiva e dentes: observe a coloração nas gengivas, edemas, ulcerações, tártaros e resíduos alimentares. Lembrando que a presença de uma linha negra sugere envenenamento por chumbo. * Gengivas e Dentes Hiperplasia Gengival Gengivite * Boca, Lábios e Cavidade Oral Língua: observe assimetria, coloração, textura, ulceração, nodulações, protusão assimétrica. Atenção aos clientes etilistas e ou tabagistas para pesquisa de regiões endurecidas. Importante: endocardites bacterianas tem como causa originária a higienização inadequada que propicia cáries, acúmulo de tártaro e consequente proliferação bacteriana. * Alterações da Língua Língua saburrosa: pacientes febris, desidratados e tabagista Língua fendida: ausência de vitamina do complexo B Candidíase: membranas brancas, frouxamente aderidas em mucosas avermelhadas. É a infecção oral mais comum em AIDS. Úlceras aftosas dolorosas recorrentes na língua e mucosa oral constituem a síndrome de Behçet (é uma desordem multissistêmica inflamatória crônica de causa desconhecida). * * Faringe Atenção: ao observar o palato mole e o posicionamento da úvula é importante lembrar que na paralisia do 10º par de nervos, o palato não se eleva e a úvula fica desviada para um dos lados. Observar: alterações da coloração, simetria da úvula, ulcerações e existência de exudatos. * Faringe * Faringite Orofaringe hiperemiada sem exsudato Hiperemia discreta a moderada Hiperemia intensa * Amigdalite Exsudativa * Exame otorrinolaringológico Avaliar através de inspeção e palpação presença de ulcerações, abaulamentos, nódulos, variações de cor e modificações morfológicas em ouvidos, nariz, garganta e laringe. Utilizar lanterna pequena, espátula, espelho para laringoscopia indireta, um otoscópio e laringoscópio de pilha. * Ouvidos e Audição Pavilhão Auricular: inspecionar forma, tamanho, deformações congênitas, nódulos, tumorações, hematomas e presença em excesso de cerume que comprometa a audição. Observar processos inflamatórios, eczema, furunculose ou lesões micóticas. A presença de sangue (otorragia) e pus (otorréia) são sinais de otite média supurada com ruptura do tímpano, traumatismos ou neoplasias. Prurido: causado por eczema no canal auditivo, mas pode, também, aparecer em doenças sistêmicas com diabetes, linfomas ou hepatite crônica. Vertigem: é a falsa impressão de que o cliente ou o ambiente está rodando. Indicam: problemas no ouvido interno, no nervo coclear ou nas suas conexões. * Ouvidos OTORRÉIA - saída de líquidos pelo ouvido. Líquidos diversos e de procedências diversas. Podem ser claros como água, seroso, mucosos, purulentos ou sanguinolentos. OTORRAGIA - decorre de traumatismo do meato acústico externo no ato de coçá-lo com palitos e cotonetes, de ruptura de membrana do tímpano por “tapa” violento ao nível do meato auditivo ou por fraturas da base de crânio. * Exame Auricular Otite externa aguda, mostrando Canal aumentado de volume, estreito, úmido, pálido e doloroso. Pode ter rubor. Membrana timpânica normal * Ouvidos ZUMBIDOS - são sensações auditivas subjetivas, sem que para isto exista estímulo exterior. VERTIGEM - consiste na sensação subjetiva em que o cliente acredita estar girando em torno dos objetos * NARIZ E CAVIDADES PARANASAIS RINORRÉIA- corrimento nasais, além da epistaxe, outros tipos de corrimentos nasais podem ser observados: hipersecreção serosa ou seromucosa, mucopurulenta. EPISTAXE- corrimento sanguíneo- hemorragia nasal. DISPNÉIA- todas as causas de obstrução nasal bilateral podem acarretar dispnéia de maior ou menor intensidade. * FARINGE E LARINGE DISFAGIA- dificuldade de deglutir, decorrente de processos inflamatórios, neoplasicos e paralíticos do véu palatino e dos músculos constritores da faringe. HALITOSE- determinadas amídalas, devido à forma anatômica podem transformar-se em depósitos de detritos alimentares e produtos de descamação do próprio epitélio amigdaliano, dando origem as massas que são pequenas formações esbranquiçadas ou branco amareladas. * Pescoço: Inspeção, palpação e ausculta Inspeção do pescoço: pele, forma e volume, posição, mobilidade, turgência ou ingurgitamento de jugulares, batimentos arteriais e venosos * Anatomia do Esternomastóide veias e artérias * Anatomia do Pescoço * Sistema de Drenagem Linfática * Pescoço: Inspeção, palpação e ausculta Mensuração da distensão da veia jugular Exame dos linfonodos Ausculta dos vasos Palpação da Tireóide * Pescoço Os gânglios amigdalianos, submentoniano, submandibular e a cadeia cervical profunda devem ser palpados. Gânglios pequenos, móveis, indolores e isolados são palpados com frequência em pessoas saudáveis. Gânglios dolorosos e aumentados sugerem inflamação. Gânglios duros ou fixos sugerem doença maligna. * Pescoço Inspeção e palpação: traquéia posicionada na linha média. Desvio de traquéia indica processo patológico. Inspeção e palpação: distensão venosa jugular e pulsações arteriais. Inspeção e palpação da tireóide: com a cabeça do cliente inclinada, delinear tamanho, podendo identificar à hipertrofia da glândula. Por traz peça ao cliente que degluta e palpe a elevação à glândula sob suas polpas digitais. * * Possíveis Diagnósticos de Enfermagem para os Cuidados da Cabeça e Pescoço Couro Cabeludo Déficit de autocuidado: arrumar-se relacionado com nível de consciência alterado, imobilidade física ou fraqueza; Integridade da pele prejudicada relacionada com laceração do couro cabeludo; Dor relacionada com lesão de couro cabeludo; Distúrbio da imagem corporal relacionado com aparência física desleixada; Risco para infecção relacionado com lesões em couro cabeludo; * Possíveis Diagnósticos de Enfermagem para os Cuidados da Cabeça e Pescoço Olhos, Ouvidos e nariz Dor relacionada com irritação física no olho, inflamação do canal auditivo, irritação mecânica das narinas; Medo e ansiedade relacionado com a perturbação da visão, auditiva e/ou olfativa e o potencial para perdas ainda maiores; Alteração da percepção sensorial visual em relação com trauma ocular, inflamação, infecção, tumor ou degeneração; Déficit de autocuidado em relação a perturbação da visão, limitações físicas e o limitado conhecimento sobre os cuidados com os olhos; Isolamento social relacionado com a capacidade limitada de participar nas atividades sociais e de lazer, secundária ao distúrbio visual, auditivo e/ou olfativo; Déficit de conhecimento sobre higiene pessoal relacionado com falta de informação; Risco para infecção relacionado com práticas precárias de higiene. * Possíveis Diagnósticos de Enfermagem para os Cuidados da Cabeça e Pescoço Boca Membrana mucosa oral alterada relacionada com trauma oral, restrição de ingesta hídrica, higiene oral ineficaz, trauma associado a quimioterapia ou radioterapia; Dor relacionada com gengivite, dentes frouxos; Nutrição alterada: ingestão menor que as necessidades corporais relacionado com nível de consciência alterado, fraqueza de extremidade superior; Distúrbio da imagem corporal relacionado com halitose e ausência de dentes; Déficit de conhecimento sobre higiene oral relacionado com má compreensão das práticas de higiene; Risco para infecção relacionado com trauma da mucosa oral. * JÁ ESTOU COM CEFALEIA E É PORQUE ESTÁ SÓ COMEÇANDO... * A xantelasma (também chamada de xanteloma) é uma doença da pele que se apresenta como um conjunto de pequenas bolsas amareladas ligeiramente salientes, situadas nas pálpebras e constituídas por depósitos de colesterol. É um indicador importante de insuficiência hepática, por desregulação do metabolismo lipídico. Ptose é um termo médico para referir a queda da pálpebra superior. Pode ser uni ou bilateral. Suas causas incluem a miastenia grave, lesão do nervo oculomotor e lesão da inervação simpática (síndrome de Horner). A ptose também pode ser congênita. Blefarite é uma inflamação não contagiosa das pálpebras. É normalmente caracterizada pela produção excessiva de uma camada lípidica (óleo), gerada por uma glândula encontrada na pálpebra, criando uma condição favorável para o crescimento bacteriano. * A Síndrome de Behçet é uma desordem multissistêmica inflamatória crônica de causa desconhecida. É caracterizada por uma disfunção vascular imunológica que afeta principalmente pele, mucosas, SNC, olho e articulações. A Síndrome de Behçet é uma condição polimorfa, que apresenta uma grande variedade de manifestações clínicas. Pode comprometer boca, pele, olhos, articulações, sistema nervoso central, sistemas vascular e gastrointestinal, genitais e outros órgãos. A doença tem pior prognóstico em pacientes do sexo masculino, essa prevalência ainda é desconhecida. Os portadores da Síndrome de Behçet têm quase sempre uma vida normal, pois a doença apesar de ser crônica tem períodos de exacerbação dos sintomas, intercalados por períodos mais tranquilos, ou como em alguns casos sem nenhuma sintomatologia. * Essa garganta irritada apresenta exsudato branco nas amigdalas. Este fato, associado à presença de febre e adenomegalia cervical, aumenta a probabilidade de infecção por estreptococos do grupo A ou mononucleose infecciosa. * Otorréia ou secreção auditiva é a saída de líquido pelo ouvido, que pode ser claro como água, seroso, mucoso, purulento ou sanguinolento (pólipos do ouvido externo ou médio). Otorragia é a perda de sangue pelo canal auditivo, decorre de traumatismo do meato acústico (causas: uma delas fratura de base de crânio).
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