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Teoria da Comunicação O homem, na comunicação, utiliza-se de sinais devidamente organizados, emitindo-os a uma outra pessoa. A palavra falada, a palavra escrita, os desenhos, os sinais de trânsito são alguns exemplos de comunicação, em que alguém transmite uma mensagem a outra pessoa. Há, então, um emissor e um receptor da mensagem. A mensagem é emitida a partir de diversos códigos de comunicação (palavras, gestos, desenhos, sinais de trânsito...). Qualquer mensagem precisa de um meio transmissor, o qual chamamos de canal de comunicação e refere-se a um contexto, a uma situação. O primeiro lingüista a estabelecer funcionamentos (funções) distintas para a linguagem foi o alemão Karl Bühler, determinando que haveria três funções básicas na comunicação: EXPRESSIVA, INFORMATIVA E ESTÉTICA. Mais tarde, o lingüista russo Roman Jakobson duplicou estas funções baseando-se nos seis elementos que constituem o processo comunicativo, a saber: Elementos da comunicação ■ o emissor:: aquele que diz algo a alguém, o que emite que codifica a mensagem. O emissor corresponde a 1° pessoa do discurso, o Eu ou Nós. Também é chamado de remetente. ■ o receptor: aquele com quem o emissor se comunica, o que recebe, decodifica a mensagem. Corresponde a 2° pessoa do discurso, o TU ou Vós. Também chamado de destinatário. ■ o referente: o assunto ou situação que a mensagem se refere. É o objeto da mensagem. Corresponde a 3° pessoa do discurso. Também é chamado de contexto ■ a mensagem: tudo o que é transmitido do emissor para o receptor. É o ato da fala. ■ o código: a convenção que permite ao receptor compreender a mensagem. É a língua com que se fala. A comunicação só se concretizará, se o receptor souber decodificar a mensagem. Ex: Língua Portuguesa ■ o canal: é o meio físico por onde passa a mensagem entre o emissor e o receptor. O meio físico pode ser sonoro e visual. Ex: a língua oral, o ar, cordas vocais, TV, revista, jornal, rádio. O processo de comunicação envolvendo estes seis elementos ocorre da seguinte maneira: O emissor envia uma mensagem ao receptor. Esta mensagem possui um referente, ou alguém a que se refere, suscetível de ser verbalizado, e que deverá ser apreendido pelo destinatário. No entanto, para que isto ocorra também é necessário que o emissor e o receptor disponham de um código comum, no todo ou em parte, e que exista entre ambos um contato, uma conexão física ou psicológica. FUNÇÕES DA LINGUAGEM: O emissor, ao transmitir uma mensagem, sempre tem um objetivo: informar algo, ou demonstrar seus sentimentos, ou convencer alguém a fazer algo, entre outros; conseqüentemente, a linguagem passa a ter uma função, que são as seguintes: ■ Função Referencial ■ Função Conativa ■ Função Emotiva ■ Função Metalingüística ■ Função Fática ■ Função Poética Obs.: Em um mesmo contexto, duas ou mais funções podem ocorrer simultaneamente: uma poesia em que o autor discorra sobre o que ele sente ao escrever poesias tem as linguagens poética, emotiva e metalingüística ao mesmo tempo. Função Emotiva (ou Expressiva) Ocorre quando o emissor é posto em destaque, ou seja, a mensagem está centrada na expressão dos sentimentos do emissor. É um texto pessoal, subjetivo. É comum o uso de verbos e pronomes em 1° pessoa e também o uso de pontos de exclamação e interjeições. Bons exemplos da função emotiva são textos líricos, biografias, diários, cartas de amor. Exemplos: “Eu acho que aquele senhor não está passando nada bem.” “Eu sem você, não tenho o porquê porque sem você, não sei nem chorar...” “Deixa eu dizer que te amo, deixa eu gostar de você isso me acalma, me acolhe a alma...” Função Conativa (ou Apelativa) Ocorre quando o receptor é posto em destaque, ou seja, a linguagem se organiza no sentido de convencer o receptor. Neste tipo de função é comum o emprego de verbos no imperativo e verbos e pronomes na 2° pessoa. Bons exemplos da função conativa são os textos de publicidade e propaganda, um sermão religioso, discursos políticos, uma ordem ou proibição. Exemplos: "Compre aqui e concorra a este lindo carro". "Assine VENTURA e receba um ano de pintura, escultura, moda, arquitetura, fotografia, geografia, gastronomia e joalheria. por apenas R$ 45,00. Ligue: Rio de Janeiro (21) 2513-2048". "Compre o sabão espumante, que borbulha melhor do que qualquer outro!". Função Referencial Ocorre quando o referente é posto em destaque, ou seja, o objetivo do emissor é simplesmente o de informar o seu receptor. A ênfase é dada ao conteúdo, às informações veiculadas pela mensagem. Os textos desta linguagem são dotados de objetividade, uma vez que procuram traduzir ou retratar a realidade. Bons exemplos da função referencial são os textos jornalísticos e científicos, livros didáticos, dos filmes documentários, os laudos de trânsito, perícias. Exemplo: Numa cesta de vime temos um cacho de uvas, duas laranjas, dois limões, uma maçã verde, uma maçã vermelha e uma pêra. O texto acima tem por objetivo informar o que contém a cesta, portanto sua função é referencial. Função Metalingüística Ocorre quando o código é posto em destaque, ou seja, usa-se o código lingüístico para transmitir aos receptores reflexões sobre o próprio código lingüístico. Bons exemplos da função metalingüística são as aulas de línguas, gramáticas e o dicionário. Exemplos: Palavras que explicam palavras, cinema que fala de cinema, teatro que fala de teatro, poesia de poesia, quadrinhos de quadrinhos, tudo isso constitui metalinguagem. " – Amigo, o que significa carpir?” “ – Significa chorar, lamentar-se, queixar-se, ou retirar o capim da terra, capinar, com a enxada". Função Fática Ocorre quando o canal é posto em destaque. O interesse do emissor ao emitir a mensagem é apenas testar o canal, o que tem o mesmo valar de um aceno com a mão, com a cabeça ou com os olhos. Exemplos típicos da função fática são: "alô", "pronto", "oi", "tudo bem?" "boa tarde", "sentem-se", etc. Exemplos: Uma conversa telefônica. "- Bem...eu queria conversar com você. - Hein? Você está feliz? - Então, fale. - Tudo bem, vamos ao assunto." Função Poética Ocorre quando a própria mensagem é posta em destaque, ou seja, chama-se a atenção para o modo como foi organizada a mensagem. Bons exemplos da função poética são textos literários, tanto em prosa quanto em verso. A linguagem focaliza a mensagem, caracterizando-se pela seleção vocabular, e pelo sentido conotativo (figurado). Metáfora, metonímia, antítese, personificação e outras figuras, dão ao texto o caráter plurissignificativo e poético. Exemplos: "De uma noite vim. / Para uma noite, vamos, / uma rosa de Guimarães / nos ramos de Graciliano. (Leminski) "Exposição mostra como a moda interfere e molda a figura da mulher." Ruído Ruído é tudo aquilo que afeta, em graus diversos, a transmissão da mensagem. Pode ser de ordem sonora ou visual. O ruído pode ser proveniente: do canal, do emissor, do receptor, da mensagem ou do código. Exemplo: COMETA HALLEY VIRA PRESIDENTE Do Presidente para o Diretor: Na próxima sexta-feira, às 17 horas, o cometa Halley passará por esta área. Trata-se de um evento que ocorre a cada 78 anos. Assim, por favor, reúna os funcionários no pátio da fábrica, todos usando capacete de segurança, quando explicarei o fenômeno. Se chover, não veremos o raro espetáculo a olho nu. Do Diretor para o Gerente: A pedido do Presidente, na sexta-feira às 17 horas, o cometa Halley vai aparecer sob a fábrica. Se chover, por favor, reúna os funcionários, todos com capacete e os encaminhe ao refeitório, onde o raro fenômeno terá lugar, o que ocorre a cada 78 anos a olho nu. Do Gerente para o Supervisor: A convite do nosso querido Presidente,o cientista Halley de 78 anos vai aparecer nu na fábrica, usando apenas capacete quando ira explicar o fenômeno da chuva para os seguranças no pátio. Do Supervisor para o Chefe: Todo mundo nu, na próxima sexta às 17 horas, pois o mandachuva do presidente, Sr. Halley, estará lá para mostrar o raro filme "Dançando na Chuva". Caso comece a chover mesmo, o que ocorre a cada 78 anos, por motivo de segurança coloque o capacete. AVISO PARA TODOS: Nesta sexta-feira o Presidente fará 78 anos. A festa será às 17 horas no pátio da fábrica. Vão estar lá Bill Halley e seus cometas. Todo mundo deve estar nu e de capacete. O espetáculo vai rolar mesmo que chova, porque a banda é um fenômeno
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