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Universidade Estácio de Sá Teorias Motivacionais Teoria do Impulso de Clark Hull Resende/RJ 2016 A motivação é uma necessidade ou desejo que impulsiona uma ação que tem como objetivo suprimir essa necessidade ou desejo. Ela é orientada para uma meta, persistente até que ela seja atingida. Também é organizada em hierarquia, ou seja, as motivações que garantem a sobrevivência do indivíduo são mais fortes e tem prioridade com relação às demais. Os principais tipos de motivação podem ser conscientes, inconscientes, intrínsecos, extrínsecos, biológicos e sociais. Em relação à motivação social, esta pode ser de poder, de inscrição ou de lucro. Clark Hull (1884-1952) foi um psicólogo norte-americano, com raízes behavioristas, que fundamentou seu estudo na experiência. Naquela época, os behavioristas estudavam os processos de aprendizagem, como os condicionamentos clássico e operante. O problema é que esses estudos explicavam como o indivíduo aprende determinado comportamento, mas não o que o leva a realizá-lo. Clark Hull, com sua Teoria da Redução do Impulso, procurou explicar esse fato. Primeiramente, para ele, todo comportamento é motivado por impulsos de homeostase, que é o equilíbrio do corpo. O comportamento cessa quando a tensão da pulsão é eliminada. Em sua obra "Princípios da conduta", explica sua teoria sobre a redução do impulso: 1. Produz-se uma necessidade. 2. A necessidade provoca um desequilíbrio interno. 3. Aparece um impulso que move o organismo a satisfazer a necessidade eliminando o desequilíbrio interno. Segundo ele, existem dois tipos de motivação e dois tipos de pulsão: - Motivação Primária: Estado de impulso que produz-se dentro do organismo. - Motivação de Incentivo: Resposta de o indivíduo ante um impulso. - Pulsão Primária: Oriundas das necessidades biológicas (fome, sede, sono, etc). - Pulsão Secundária: Aprendidas (medo, por exemplo). O impulso, então, leva a um comportamento que traz consigo uma recompensa. O fato de existir essa recompensa, que é o que vai gerar a redução do impulso, cria um hábito. Esse hábito fica cada vez mais forte e automático conforme esse comportamento for repetidamente recompensando. A pulsão é o que energiza o comportamento e o hábito é o que o direciona. Exemplo: O corpo precisa de energia, dando os sinais da fome, da necessidade da ingestão de alimentos (desequilíbrio interno). O impulso faz com que o indivíduo se alimente, restaurando o equilíbrio interno (homeostase) e diminuindo a tensão provocada pela pulsão. A fome saciada foi a recompensa do comportamento de se alimentar. O indivíduo, então, aprende que para saciar a fome, ele precisa se alimentar, criando um hábito. Hábitos como esse, que são vitais para a sobrevivência do indivíduo, logo se tornam automáticos. Até então, a "fórmula" da redução do impulso de Hull era: Tendência do Comportamento = Hábito x Pulsão Mas ele notou que a mesma recompensa pode ter valores diferentes para diferentes indivíduos. Em um experimento com ratos, ele descobriu que o rato que tinha como incentivo uma recompensa de pão embebido em leite corria mais rápido para o alimento do que o rato incentivado com uma recompensa de semente de girassol. Isso ocorre porque o rato prefere o pão embebido em leite do que a semente de girassol. Ele adicionou à sua fórmula a Atração. Outro exemplo de como a atração é um fator motivador seria dizer a uma pessoa que tem gosto por carnes e churrascarias que se ela correr 10km lhe será dado, como recompensa, uma salada. Haverá recompensa, mas só isso não é o suficiente para motivar a pessoa, é necessário que a recompensa seja atrativa. Lembrando sempre que diferentes indivíduos, diferentes atrações. Hull acrescentou à sua fórmula, também, a expectativa do indivíduo de receber a recompensa, o que ele chamou de Antecipação. Sua fórmula final, sobre os fatores que motivam o comportamento, ficou: Tendência de Comportamento = Hábito x Pulsão x Atração x Antecipação Diferentemente de Sigmund Freud (1856-1939), o pai da psicanálise, Hull não acreditava que determinada pulsão era superior do que as outras, mas que todas elas eram igualmente influentes. Para Freud, a pulsão sexual era a principal motivadora de todos os nossos comportamentos. Porém, os dois compartilhavam da ideia de que o comportamento visava à redução da tensão causada pela pulsão. Eram também, deterministas, ou seja, assumiam que os comportamentos tinham causas e que as causas podiam ser determinadas. Partilhavam da crença de que o comportamento tinha como objetivo a manutenção da homeostase e o hedonismo, que é a busca pelo prazer junto com a evitação da dor. Clark Hull foi bastante influenciado por Thordike, pois achava que o reforçamento fornecia a base necessário para o estabelecimento de conexões estímulo-resposta, por Charles Darwin, pois buscava o significado funcional das ações. Referências: 1. http://psicogenteboa.blogspot.com.br/2014/09/conceito-de-impulso-e-incentivo-na.html 2. http://psicoativo.com/2015/11/tipos-de-motivacao-psicologia.html 3. http://www.resumosetrabalhos.com.br/motivacao-e-emocione.html
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