GASTROPLASTIA - Procedimentos e Dietoterapia

Prévia do material em texto

GASTROPLASTIA
RAYANE DE PAULA MORAES
MATÉRIA: FISIPATOLOGIA DA NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA I
CURSO: NUTRIÇÃO
PROFESSORA: ÉRIKA CARVAHO
INTRODUÇÃO
� Gastroplastia, também chamada de Cirurgia Bariárica, 
Cirurgia da Obesidade ou ainda de Ciurgia de redução de 
estômago. 
GASTRO = 
estômago
PLASTIA = 
plástica
Plástica no estômago tem como objetivo reduzir o 
peso de pessoas com o IMC muito elevado.
INTRODUÇÃO
� Esse tipo de cirurgia está indicado, segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS) para 
pacientes com IMC acima de 35 Kg/m², que tenham 
complicações como apneia do sono, hipertensão 
arterial, diabetes, aumento de gorduras no sangue, 
problemas articulares, ou pacientes com IMC maior 
que 40 Kg/m², que não tenham obtido sucesso na 
perda de peso com outros tratamentos.
PROCEDIMENTOS
� Reduzem a quantidade de alimento que pode ser ingerido de uma vez só e 
produzem saciedade precoce.
� A capacidade do novo estômago pode ser tão pequena quanto 20 a 30 mL ou 
cerca de 2 colheres de sopa.
� Na maioria dos casos, se espera que o paciente tenha os benefícios da melhora, 
ou mesmo cura, das comorbidades associadas, como:
� Diabetes;
� Controle da pressão arterial; 
� Lipídeos sanguíneos; 
� Níveis de ácido úrico; 
� Alívio das dores articulares. 
PROCEDIMENTOS
� Cirurgia de Restrição Gástrica –
Gastroplasia com Faixa Vertical
� A parte superior do estômago, 
perto do esôfago, é grampeada 
verticalmente cerca de 2,5 pol (6 a 
7 cm) para criar uma pequena 
bolsa estomacal. A saída da bolsa é 
restringida por uma faixa ou por um 
anel que diminuem a passagem do 
alimento dando um sentimento de 
saciedade.
�A quantidade reduzida de alimento entra 
e passa através do trato digestivo da 
maneira usual. 
�Os nutrientes e as vitaminas são 
totalmente absorvidos pelo organismo.
PROCEDIMENTOS
� Redução de estômago
� O estômago é seccionado 
longitudinalmente permanecendo apenas 
um tubo de pequeno diâmetro. 
� O paciente perde parte do apetite.
� Tem a sensação de estômago cheio com 
pouco alimento.
� Não tem alterações de absorção de 
vitaminas, pois o alimento passa por todo o 
aparelho digestivo.
PROCEDIMENTOS
� Banda gástrica
� Conhecido também como lap-band, pode-se 
ajustar a banda que cria a bolsa gástrica reduzida, 
de modo que a abertura para o resto do estômago 
pode ser reduzida ou ampliada. 
� A banda preenchida com solução salina, tem um 
tubo que sai dela para a superfície da barriga logo 
abaixo da pele, o que permite a injeção de fluido 
adicional ou redução do líquido para a banda. 
� Pacientes que passam pelo procedimento não 
precisam de reposição de ácido fólico, ferro ou 
vitamina B₁₂. 
PROCEDIMENTOS
� Desvio gástrico 
� Um procedimento de grampeamento;
� A seguir, conecta-se uma pequena abertura na 
parte superior do estômago ao intestino delgado, 
por uma alça intestinal. 
� A operação original realizada na década de 1960 
evoluiu para o desvio gástrico em Y-de-Roux. 
� Ao omitir o uso da parte inferior do estômago, o 
paciente pode ter a síndrome de esvaziamento 
rápido, quando o alimento passa rapidamente para 
o duodeno. 
PROCEDIMENTOS
� Desvio biliopancreático (BPD) - Cirurgia de Scopinaro
� Remove completamente cerca de três quartos do 
estômago mantendo a saída natural dele a fim de 
restringir o consumo de alimento e reduzir a saída do 
ácido. 
� O intestino delgado é então dividido com uma ponta 
conectada a bolsa estomacal para criar o que é 
chamado limbo alimentar. 
� Todo o alimento se movimenta dentro deste segmento, 
entretanto muito pouco é absorvido. 
� A bile e os sucos pancreáticos movimentam-se através 
do “limbo biliopancreático”. 
COMPLICAÇÕES
� A gastroplastia envolve riscos durante e após o procedimento. 
� Pode haver:
� abertura dos grampos utilizados, 
� embolia pulmonar, 
� atelectasia, 
� infecções, 
� parada respiratória e/ou cardíaca, 
� dobras no intestino,
� perda do baço por sangramento.
COMPLICAÇÕES
� Nos meses sequentes é comum 
acontecer:
� queda de cabelo, 
� vômitos, 
� diarréias, 
� mal estar generalizado, 
� dores nas articulações, 
� anemia, 
� gases, 
� tonteiras,
� intolerância a alguns alimentos, 
� dores nos cortes da cirurgia, 
� hérnias, 
� dores no fígado 
� estenose.
DIETOTERAPIA
� Dieta da 1ª semana (do 1º ao 7º dia) após Cirurgia Bariátrica 
� Também conhecida como dieta líquida restrita ou dieta da primeira fase, o 
paciente deve se alimentar sempre utilizando copos de 50 ml, aqueles de 
cafezinho, descartável. 
� Deve se servir com o copo quase cheio, dividindo em 6 goles iguais, sendo 01 
gole a cada 3 minutos. Ou seja, vai tomar o copo inteiro em 18 a 20 minutos.
� Relação dos alimentos permitidos:
� Água mineral ou água filtrada;
� Chás claros (ex.: erva-cidreira, camomila, maçã, etc. – devem ser evitados os chás 
mate e preto);
� Água de coco verde (pode ser de caixinha);
� Suco de laranja lima coado;
� Caldos coados (água do cozimento)
Todos os caldos devem ser coados em coador de pano ou de nylon. 
DIETOTERAPIA
� Dieta da 2ª semana (do 8º ao 14º dia) após Cirurgia Bariátrica
� Alimentos a serem acrescentados:
� Chás em geral
� Café fraco
� Leite desnatado
� Leite de aveia
� Leite de quinoa
� Leite de arroz
� Leite / suco de soja puro ou com sabor de frutas desde que sem a adição de açúcar
� Sucos de frutas coados natural ou polpa (laranja lima, melão, maçã, pera, manga, uva, etc.) – exceto frutas ácidas 
(laranja, limão, abacaxi, maracujá); não é permitida a utilização de sucos em pó e melancia
� Gelatina dietética (ou light), de qualquer sabor em consistência semilíquida
� Iogurte batido light. Não é permitido leite fermentado.
� Caldo de feijão (ervilha, lentilha – qualquer grão), sem gordura, coado.
Não é mais necessário utilizar o coador de pano ou nylon, 
podendo utilizar uma peneira fina para coar os líquidos. 
DIETOTERAPIA
� Dieta da 3ª semana (do 15º ao 21º dia) após Cirurgia Bariátrica
� O paciente deve continuar se alimentando sempre utilizando copos de 50 ml, 
� Agora não é mais necessário o rigor dos 3 minutos.
� A sopa agora pode ser batida no liquidificador sendo coada e permanecendo na 
consistência líquida (rala), e não é mais necessário utilizar peneira muito fina, 
podendo ser uma mais grossa para coar os líquidos.
DIETOTERAPIA
� Dieta da 4ª semana (do 22º ao 28º dia) após Cirurgia Bariátrica
� Alimentos a serem acrescentados:
� Vitamina de leite com fruta coada rala;
� Açaí- polpa congelada para fazer suco;
Deve-se continuar a evitar qualquer tipo de 
açúcar e utilizar adoçante, ainda se utiliza a 
peneira para coar. A quantidade a ser ingerida 
ainda é de 50ml a cada 20min. É recomendado 
retornar em avaliação nutricional nessa fase.