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CURSO ESCRITA FISCAL MODULO 01oficial rev

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AN02FREV001/REV 4.0 
 1 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
ESCRITURAÇÃO FISCAL E 
CONTÁBIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
ESCRITURAÇÃO FISCAL E 
CONTÁBIL 
 
 
 
 
 
MÓDULO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 3 
 
SUMÁRIO 
 
MÓDULO I 
 
1 CONSIDERAÇÕES BÁSICAS SOBRE A ESCRITA FISCAL 
1.1 HISTÓRICO DA CONTABILIDADE FISCAL 
1.2 ESTRUTURA DO IMPOSTO 
1.3 CONCEITO DE TRIBUTO 
1.4 PRINCÍPIOS 
1.5 ELEMENTOS DO TRIBUTO 
1.6 RENÚNCIA FISCAL 
1.7 OS PRINCIPAIS IMPOSTOS: ICMS / ISS / IPI / PIS / COFINS / IRPJ E CSLL 
1.7.1 I.R.P.J. (Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas) 
1.7.2 C.S.L.L. (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) 
1.7.3 P.I.S. (Programas de Integração Social) 
1.7.4 C.O.F.I.N.S. (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) 
1.7.5 I.S.S. (Instituto Sobre Serviços) 
1.7.6 IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) 
1.7.7 ICMS (Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e 
Serviços) 
 
MÓDULO II 
 
2 SISTEMAS DE TRIBUTAÇÃO 
2.1 SIMPLES NACIONAL 
2.1.1 Definição de Microempresa e Empresa de Pequeno Porte 
2.1.2 Opção pelo Pagamento por meio do SIMPLES 
2.1.3 Empresas que não podem optar pelo SIMPLES 
2.1.4 Escrituração Contábil Simplificada (Livro Caixa) 
2.1.5 Distribuição de lucros aos sócios 
2.1.6 Tributos alcançados pelo simples 
2.1.7 Enquadramento e desenquadramento 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 4 
2.1.8 Cálculo do valor mensal devido 
2.1.9 Opção e exclusão ao simples 
2.2 LUCRO PRESUMIDO 
2.2.1 Definição fiscal de receita bruta para apuração do lucro presumido 
2.2.2 Momento da opção 
2.2.3 Apuração do lucro presumido 
2.2.4 Recolhimento do IRPJ 
2.2.5 Cálculo da contribuição social sobre o lucro 
2.2.6 Empresas que podem optar pelo lucro presumido 
2.2.7 Enquadramento no limite de receita bruta 
2.2.8 Conceito de receita bruta e exclusões 
2.3 LUCRO REAL 
2.3.1 Conceito de lucro real 
2.3.2 Pessoas jurídicas obrigadas à apuração do lucro real 
2.3.3 Ajustes por adição e exclusão e compensação 
2.3.4 Obrigações acessórias das empresas tributadas pelo lucro real 
2.4 LUCRO ARBITRADO 
2.4.1 Situações que levam ao arbitramento pelo fisco 
2.4.2 Percentual ou coeficiente de apuração do lucro arbitrado 
2.4.3 Distribuição dos lucros 
 
MÓDULO III 
 
3 ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL: PRINCÍPIOS BÁSICOS 
3.1 SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL: FUNCIONAMENTO, PRINCÍPIOS E 
NORMAS 
3.2 ESCRITURAÇÃO FISCAL E CONTABILIZAÇÃO DOS TRIBUTOS INDIRETOS 
(ISS, ICMS E IPI) 
3.3 IMPOSTO DE RENDA DAS PESSOAS JURÍDICAS 
3.4 CONTABILIZAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 
3.5 CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP 
3.6 CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O FATURAMENTO (COFINS) 
3.7 LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL (LALUR) 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 5 
3.8 LIVROS FISCAIS: ENTRADA E SAÍDA, INVENTÁRIO E APURAÇÃO DE 
IMPOSTOS 
 
MÓDULO IV 
 
4 CONSIDERAÇÕES GERAIS 
4.1 EMPRESAS DISPENSADAS DE ESCRITURAÇÃO PELA LEGISLAÇÃO 
TRIBUTÁRIA 
4.2 REGRAS GERAIS DE ESCRITURAÇÃO 
4.3 AUTENTICAÇÃO DOS LIVROS 
 
MÓDULO V 
 
5 A ESCRITURAÇÃO DE UM EXERCÍCIO CONTÁBIL 
5.1 LIVRO DIÁRIO 
5.2 LIVRO RAZÃO 
5.3 LIVRO-CAIXA 
5.4 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS OBRIGATÓRIAS, REGIME DAS 
PUBLICAÇÕES LEGAIS E DIVULGAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
5.5 NORMAS PARA A ESCRITURAÇÃO DOS LIVROS CONTÁBEIS 
5.6 PROVISÃO PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA 
5.7 CRITÉRIOS FISCAIS E CONTÁBEIS PARA AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES 
5.8 FOLHA DE PAGAMENTO - CRITÉRIOS PARA CÁLCULO E CONTABILIZAÇÃO 
DOS ENCARGOS SOCIAIS E PROVISÕES PARA FÉRIAS E 13º SALÁRIO 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 6 
 
 
MÓDULO I 
 
 
1 CONSIDERAÇÕES BÁSICAS SOBRE A ESCRITA FISCAL 
 
 
A escrituração contábil e fiscal é de suma importância para as empresas, 
sejam elas dos setores agropecuários, industriais, comerciais ou prestadores de 
serviços, independente do tamanho e porte das empresas, visto que é por meio da 
escrituração que as empresas conseguem demonstrar aos órgãos públicos como 
ocorre o processo empresarial em seus negócios, além de apurar os resultados e 
recolher os diversos impostos e contribuições que se fazem necessários como 
atendimento à legislação ampla no país que regulamenta todos os aspectos 
contábeis e tributários. 
Do mesmo modo, a escrituração contábil é de extrema importância e 
abrangência para o alcance dos objetivos das empresas, visto que é esta 
escrituração que serve de base para a distribuição dos lucros, para a compensação 
e apuração dos resultados, dos prejuízos apurados e acumulados, além de poder 
demonstrar a situação do patrimônio da empresa, com as diversas alterações que 
ocorrem em razão das movimentações. 
Outro aspecto importante para a escrituração é que a mesma é uma forte 
ferramenta gerencial para os acionistas, diretores, sócios e proprietários de 
empresas, ajudando-os a tomar as decisões que melhor resultado possam alcançar, 
além de demonstrar a situação da empresa em termos financeiros, tributários, de 
endividamento, de investimentos, entre outros aspectos. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 7 
 
1.1 HISTÓRICO DA CONTABILIDADE FISCAL 
 
 
Em 1888, a Princesa Isabel, em nome do Imperador D. Pedro II, determinou 
a implantação do decreto que regulamentava a cobrança de impostos, basicamente 
sobre a atividade das indústrias e de profissões. Assim sendo, os comerciantes 
desfrutavam de isenções. Esse decreto possuía algumas particularidades, como o 
chamado “princípio da anualidade” e a “regra da anterioridade”, que fixavam o início 
da cobrança do imposto para o dia 1º de janeiro e era referente ao ano anterior. 
O decreto também expunha que o imposto era devido por todas as pessoas 
que exercessem a atividade industrial ou alguma profissão, com algumas exceções: 
trabalhadores de engenhos, tripulantes de navios, artistas, operários, proprietários 
de oficinas que não possuíam aprendizes, Caixa Econômica, instituições de ajuda 
humanitária, pescadores, mercearias, professores, tecelagens, fábricas de máquinas 
e estaleiros, funcionários públicos, entre outros. 
Os valores podiam ser fixos ou proporcionais. Os valores fixos tinham por 
base a natureza dos negócios, sendo aplicados à atividade industrial, e era 
necessário que as indústrias declarassem sobre suas máquinas, funcionários, 
utensílios, etc. 
Os valores proporcionais consideravam os valores de locação onde era 
exercida a atividade do contribuinte. 
As empresas eram tributadas em 1,5% dos dividendos distribuídos. Se não 
houvesse dividendos, fazia-se um cálculo do imposto sobre os dividendos de 
indústrias correspondentes. 
Já era necessária a escrituração contábil e fiscal, em livros comerciais 
autenticados e o imposto era recolhido diretamente nas casas que recolhiam o 
tributo, por meio dos agentes de recolhimento. O imposto era pago em parcela 
única, no mês de fevereiro. 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 81.2 ESTRUTURA DO IMPOSTO 
 
 
Os impostos são classificados de acordo com a esfera governamental que o 
regulamenta e para a qual os recursos são destinados. Assim sendo, nas esfera do 
Governo Federal, os principais tributos são: 
 
a) I.R.P.J. (Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas): é o imposto recolhido 
sobre a renda das empresas, principalmente, para a Receita Federal. As 
informações pertinentes a esse tributo, como base de cálculo, por exemplo, 
dependem do regime de tributação a qual a empresa optou. Sobre esse tema, 
descreveremos mais adiante. 
b) C.S.L.L. (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido): segue os formatos 
para o IRPJ, sendo baseado na opção de tributação das empresas. É recolhido pela 
Receita Federal. As alíquotas oscilam entre 9% para as empresas que optam pelo 
lucro real a 12% para as empresas do lucro presumido. 
c) P.I.S. (Programas de Integração Social): é apurado sobre o valor do 
faturamento mensal de empresas, com alíquota variando entre 0,65% a 1,65%, 
dependendo da forma de tributação das empresas. 
d) C.O.F.I.N.S. (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social): é 
um tributo que incide sobre o faturamento das empresas, com alíquota de 3% a 
7,6%. 
e) I.N.S.S. (Instituto Nacional de Seguridade Social): são recolhidos sobre a 
folha de pagamentos dos funcionários das empresas. As aliquotas chegam a 
28,80%. 
f) IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados): é um tributo que incide 
sobre a industrialização de bens, no qual a alíquota varia de acordo com o produto. 
 
Da mesma maneira que os tributos federais, existem os tributos estaduais. 
Merecem destaque: 
a) ICMS (Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e 
Serviços): é o principal imposto estadual e o de maior arrecadação. Incide sobre 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 9 
operações relacionadas à circulação de mercadorias, de serviços de transporte e de 
comunicações. As alíquotas variam de estado para estado, por exemplo, no estado 
de São Paulo a alíquota é de 18% e no Rio Grande do Sul é de 12%. Parte da 
arrecadação com esse tributo é destinada aos municípios. 
 
Do mesmo modo, existem os impostos municipais, com destaque para o ISS 
(Imposto Sobre Serviços). 
 
Assim sendo, para que aconteça o recolhimento dos impostos e outros 
tributos, é necessário que se exija a devida legislação correspondente, além da 
obrigação tributária e o fato gerador que o constitui. Dessa forma, como exemplo, 
citamos o ICMS, que é um imposto estadual que possui legislação própria, tendo 
como obrigação tributária a legislação sobre a circulação de mercadorias e serviços, 
e como fato gerador a emissão da nota fiscal de venda, ou a execução da função 
faturamento. 
 
 
1.3 CONCEITO DE TRIBUTO 
 
 
De acordo com o Código Tributário Nacional (2005), “tributo é toda 
contribuição pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, 
que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante 
atividade administrativa plenamente vinculada”. 
Dessa forma, tributo é todo valor pago ao Estado pelos contribuintes, que 
podem ser pessoas físicas, ou empresas, tanto no âmbito federal, estadual ou 
municipal, por meio de legislação própria que o regulamente. Com esses recursos, 
os Governos Federal, Estaduais e Municipais tentam cumprir a sua função em 
relação à sociedade. Os tributos podem ser classificados de diversas maneiras: 
 
a) Impostos: é um tributo cobrado de forma geral, a todos os 
contribuintes, onde os recursos são destinados a toda a sociedade. Os impostos de 
maior relevância são: ICMS, IPI, PIS, COFINS, IRPF, IRPJ, ISS, entre outros. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 10 
b) Taxas: são tributos cobrados pelo Estado em troca de algum serviço 
ou benefício prestado ao contribuinte, como as taxas de coleta de lixo, taxa de 
iluminação pública, entre outras. 
c) Contribuições de melhoria: são aquelas usadas pelo governo para a 
realização de alguma obra específica. 
 
De acordo com Veloso (2003), o governo pode cobrar tributos por meio de 
algumas formas principais: 
 
a. Tributos sobre o Consumo: são aqueles que são cobrados por meio das 
compras de mercadorias pelos consumidores, onde incidem: o ICMS (Imposto sobre 
Circulação de Mercadorias e Serviços), o I.P.I. (Imposto sobre Produtos 
Industrializados), o I.S.S.Q.N. (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza), o I.I. 
(Imposto sobre Importação), além de COFINS, P.I.S. entre outros. 
b. Tributos sobre a Propriedade: são aqueles que existem em função do 
patrimônio. Os principais são I.P.T.U. (Imposto Predial Territorial e Urbano), I.T.R. 
(Imposto sobre a Propriedade Rural), I.T.B.I. (Imposto sobre Transmissão Inter 
Vivos), I.P.V.A. (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) e o I.T.C.M.D. 
(Imposto sobre Transmissão de Heranças e Doações). 
c. Tributos sobre a Renda: são todos aqueles que incidem sobre a renda 
gerada pelos contribuintes. Entre eles estão IR (Imposto de Renda) e C.S.L.L. 
(Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). 
d. Contribuições sobre a mão de obra: além dos citados acima, ainda 
existem os tributos que são incidentes sobre o trabalho das pessoas, como o 
I.N.S.S. (Instituto Nacional de Seguridade Social). 
 
Dessa forma, toda vez que ocorrer o faturamento, com a emissão de nota 
fiscal, na mesma nota fiscal haverá especificado o valor correspondente ao ICMS, 
que deve ser recolhido ao governo, em datas estabelecidas. Um fato que ocorre é a 
chamada não cumulatividade dos impostos, em que o pagamento do ICMS na 
compra com o fornecedor não acumula com o recolhimento na venda, onde a 
empresa recolhe apenas o valor a que se refere a não cumulatividade. 
De acordo com (MARTINS, 2011a, p.12): 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 11 
 
[...] entre o fato gerador e a declaração do sujeito passivo, estão 
compreendidas as obrigações acessórias, tais como emissão de 
documentos fiscais, escrituração de livros, elaboração de arquivos 
magnéticos, sendo justamente sobre os documentos produzidos em 
cumprimento às obrigações acessórias que recai a atividade fiscalizadora 
do Estado. 
 
Dessa forma, além do contribuinte, seja pessoa física ou empresa, ter que 
recolher os impostos ao governo, ainda necessita arcar com os custos relacionados 
aos procedimentos para esse fim, como o preenchimento de guias, carnês, 
declarações, entre outros, que também oneram o processo empresarial. 
 
 
1.4 PRINCÍPIOS 
 
 
A tributação é regida pelas leis e outros componentes da legislação que a 
regimenta. Dessa forma, existem alguns princípios que são pertinentes aos tributos. 
De acordo com a Constituição Federal 1988, nos artigos 145, 150 e 152, os 
princípios são: 
 
A. Princípio da Legalidade: É vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos municípios: 
 Exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça, ou seja, o tributo não 
pode ser criado ou aumentado sem que seja amparado por lei (Art. 150). 
 
B. Princípio da Isonomia ou igualdade tributária: instituir tratamento 
desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida 
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, 
independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos 
(Art. 150). 
C. Princípio da irretroatividade: Cobrar tributos: 
 Em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei 
que os houver instituído ou aumentados; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 12 
 Princípio da anterioridade simples: cobrar tributos no mesmo exercício 
financeiro que tenha sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Princípio da anterioridade nonagesimal ou noventena: antes de 
decorridos noventa dias da data em que tenha sido publicada a lei que os 
instituiu ou aumentou (Art. 150). 
 
D. Princípio da competência: a União, o Estado ou o Município exercitarão 
as competências tributárias, não lhes sendo permitidas, porém, qualquer delegação 
ou prorrogação desta competência para outro ente que não seja aquele 
expressamente previsto na Constituição (Art. 150). 
 
E. Princípio da não discriminação tributária: visando à procedência e ao 
destino dos bens, o artigo 152 da Constituição Federal proíbe a manipulação de 
alíquotas, bases de cálculo ou qualquer outra fórmula tributária em benefício ou 
prejuízo da economia da União, dos Estados ou dos Municípios (Art. 150). 
 
F. Princípio da capacidade contributiva: segundo o art. 145 § 1º, “sempre 
que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a 
capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, 
especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os 
direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades 
econômicas do contribuinte”. 
 
G. Princípio da vedação de tributo confiscatório: fica vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
 Utilizar tributo com efeito de confisco (Art. 150). 
 
H. Princípio da liberdade de tráfego: É vedado à União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios: 
 Estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de 
tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvado a cobrança de 
pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público (Art. 150). 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 13 
 
1.5 ELEMENTOS DO TRIBUTO 
 
 
Os tributos podem ser classificados de diversas maneiras: 
 
a) Impostos: é um tributo cobrado de forma geral, a todos os contribuintes, 
onde os recursos são destinados a toda a sociedade. Os impostos de maior 
relevância são: ICMS, IPI, PIS, COFINS, IRPF, IRPJ, ISS entre outros. 
b) Taxas: são tributos cobrados pelo Estado em troca de algum serviço ou 
benefício prestado ao contribuinte, como as taxas de coleta de lixo, taxa de 
iluminação pública, entre outras. 
c) Contribuições de melhoria: são aquelas usadas pelo governo para a 
realização de alguma obra em específico. 
 
Assim sendo, de acordo com Martins (2011a), existem alguns elementos que 
fazem parte do processo de tributação: 
 
i. Obrigação Tributária: é por meio dessa relação jurídica que o Estado 
tem o direito de exigir do contribuinte o pagamento de determinado 
tributo. 
ii. Legislação Tributária: Compreende todas as leis que determinam o 
processo de coleta, recolhimento e cobrança de tributos. 
iii. Fato Gerador: é o fato, ou ocorrência, que torna necessário o seu 
acontecimento para que gere o recolhimento de determinado tributo. 
Como exemplo, o ICMS tem como fato gerador a emissão da nota fiscal 
de venda ao consumidor. O CTN o define nos artigos 114 e 115: 
 
Art.114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei 
como necessária e suficiente à sua ocorrência. 
Art.115. Fato gerador da obrigação acessório é qualquer situação que, na 
forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que 
não configura obrigação principal. 
 
O fato gerador pode ser: 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 14 
A. Fato gerador instantâneo: é aquele fato que se concretiza sempre na 
ocorrência de um ato. Por exemplo, com a venda de um imóvel, o pagamento 
feito pelo comprador é fato gerador do ITBI. 
B. Fato gerador periódico: é o que a lei determina que o tributo seja apurado 
em determinado período. Por exemplo, a ocorrência do ICMS deve ser 
apurada mensalmente. 
C. Fato gerador complexivo: é o fato gerador que necessita que sejam 
construídas várias operações para se apurar a base de cálculo e o tributo 
devido. Por exemplo, para se calcular o Imposto de Renda da Pessoa Física, 
são necessários diversos cálculos que irão determinar a diferença entre as 
receitas e despesas por ele apreciadas durante o período de determinado 
ano. 
iv. Sujeito Ativo: é a personalidade que tem o direito de exigir a execução 
da obrigação tributária. 
v. Sujeito Passivo: é o contribuinte que tem o dever de pagar os tributos. 
 
 
1.6 RENÚNCIA FISCAL 
 
 
A renúncia fiscal acontece quando o governo, seja federal, estadual ou 
municipal concebe o benefício da isenção do pagamento de tributos, renunciando do 
recebimento dos mesmos pelos contribuintes. No entanto, ainda ocorrem o fato 
gerador e a obrigação tributária. A renúncia acontece como forma de incentivo a 
investimentos privados e ao desenvolvimento econômico de alguma região, cidade 
ou estado, além do incentivo a algum objetivo específico que o governo deseja 
alcançar, como o aumento do consumo de determinados produtos, por exemplo. 
 
Os incentivos fiscais podem ser de algumas formas: 
 
A. Por dedução do imposto devido: consistem na dedução do valor do 
imposto em alguma forma prevista na lei, onde a base de cálculo do imposto passa 
a ser a sua alíquota. Por exemplo: 2% do imposto de renda devido, ou seja, a base 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 15 
de cálculo do imposto passa a ser o imposto de renda devido e a alíquota será de 
2% desse valor. Percebe-se que acontece uma grande isenção e incentivo fiscal 
para os contribuintes que conseguem esse incentivo. 
B. Participação no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), no 
Programa de Desenvolvimento Tecnológico Industrial (PDTI) e Programa de 
Desenvolvimento Tecnológico da Agricultura (PDTA): O PAT foi criado pela Lei 
nº 6.321/76, art. 5º e o PDTI e PDTA foram criados pela Lei nº 8.661/93. Em ambos 
os programas, a empresa pode utilizar-se de incentivo de dedução de 4% do 
Imposto de Renda da Pessoa Jurídica. 
C. Programa Nacional de Apoio À Cultura (PRONAC): instituído pela Lei 
Federal nº 8313/91, (Lei Rouanet), onde a doação a projetos culturais são dedutíveis 
nas despesas operacionais da empresa, limitando a 4% do imposto devido. 
 
 
1.7 OS PRINCIPAIS IMPOSTOS: ICMS / ISS / IPI / PIS / COFINS / IRPJ E CSLL 
 
 
Os principais impostos são: 
 
 
1.7.1 I.R.P.J. (Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas) 
 
 
É o imposto recolhido sobre a renda das empresas, principalmente, 
recolhido para a Receita Federal e as informações pertinentes a esse tributo, como 
base de cálculo, por exemplo, dependem do regime de tributação a qual a empresa 
optou. Sobre esse tema, descreveremos mais adiante. 
A legislação que define os aspectos relacionados ao IRPJ é a seguinte: 
a) Lei N° 8.383, de 30 de Dezembro de 1991. 
b) Lei Nº 9.430, de 27 de Dezembro de 1996. 
c) Regulamento do Imposto de Renda - RIR/99 - Decreto Nº 3.000, de 26 de 
Março de 1999. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 16 
 
1.7.2 C.S.L.L. (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) 
 
 
Segue os formatos para o IRPJ. É baseado na opção de tributação das 
empresas e recolhido pela Receita Federal. A alíquota é de 9% para as empresas 
que optam pelo lucro real e pelo lucro presumido. 
 
 
1.7.3 P.I.S. (Programas de Integração Social) 
 
 
É apurado sobre o valor do faturamento mensal de empresas, com alíquota 
variando entre 0,65% e 1,65%, dependendo da forma de tributação das empresas. A 
legislação no país que descreve os aspectos do PIS é a seguinte: 
a) Lei Nº 9.718, de 27 de Novembro de 1998. 
b) Lei N° 10.637, de 30 de Dezembro de 2002. 
c) Lei 10.865, de 30 de Abril de 2004. 
 
 
1.7.4 C.O.F.I.N.S. (Contribuição para o Financiamento da SeguridadeSocial) 
 
 
É um tributo que incide sobre o faturamento mensal das empresas, com 
alíquota de 3% a 7,6%. São contribuintes da COFINS todas as empresas de direito 
privado, públicas, de economia mista e as instituições financeiras. 
A apuração da COFINS deverá ser realizada mensalmente. 
A legislação sobre a COFINS é a seguinte: 
a) LC - Lei Complementar Nº 70, de 30.12.1991. 
b) Lei Nº 9.718, de 27 de Novembro 1998. 
c) Lei No 10.833, de 29 de Dezembro 2003. 
d) Lei No 10.865, de 30 de Abril 2004. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 17 
 
1.7.5 I.S.S. (Instituto Sobre Serviços) 
 
 
O Imposto Sobre Serviços possui como fato gerador a prestação de serviços 
constantes da lista anexa à Lei Complementar 116/2003, de 31-07-2003, na qual o 
contribuinte é o próprio prestador de serviços no estabelecimento onde o mesmo 
desenvolver as atividades de serviços, seja de modo permanente ou temporário. 
O imposto é recolhido após a conclusão dos serviços no local do 
estabelecimento ou de domicílio do prestador dos serviços. A base de cálculo é o 
preço dos serviços prestados e as alíquotas variam de 2% a 5%. 
A seguir, por meio da Tabela 01 é demonstrada a relação de serviços 
sujeitos ao ISS. 
 
TABELA 1 - RELAÇÃO DE SERVIÇOS SUJEITOS AO ISS 
 
Serviços de informática e congêneres. 
Serviços de pesquisas e desenvolvimento de qualquer natureza. 
Serviços prestados mediante locação, cessão de direito de uso e congêneres. 
Serviços de saúde, assistência médica e congêneres. 
Serviços de medicina e assistência veterinária e congêneres. 
Serviços de cuidados pessoais, estética, atividades físicas e congêneres. 
Serviços relativos à engenharia, à arquitetura, à geologia, ao urbanismo, à 
construção civil, à manutenção, à limpeza, ao meio ambiente, ao saneamento e a 
congêneres. 
Serviços de educação, ensino, orientação pedagógica e educacional, instrução, 
treinamento e avaliação pessoal de qualquer grau ou natureza. 
Serviços relativos à hospedagem, ao turismo, a viagens e a congêneres. 
Serviços de intermediação e congêneres. 
Serviços de guarda, estacionamento, armazenamento, vigilância e congêneres. 
Serviços de diversões, lazer, entretenimento e congêneres. 
Serviços relativos à fonografia, fotografia, cinematografia e reprografia. 
 
 
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 18 
Serviços relativos a bens de terceiros. 
Serviços relacionados ao setor bancário ou financeiro, inclusive aqueles prestados 
por instituições financeiras autorizadas a funcionar pela União ou por quem de 
direito. 
Serviços de transporte de natureza municipal. 
Serviços de apoio técnico, administrativo, jurídico, contábil, comercial e congêneres. 
Serviços de regulação de sinistros vinculados a contratos de seguros; inspeção e 
avaliação de riscos para cobertura de contratos de seguros; prevenção e gerência 
de riscos seguráveis e congêneres. 
Serviços de distribuição e venda de bilhetes e demais produtos de loteria, bingos, 
cartões, pules ou cupons de apostas, sorteios, prêmios, inclusive os decorrentes de 
títulos de capitalização e congêneres. 
Serviços portuários, aeroportuários, ferroportuários, de terminais rodoviários, 
ferroviários e metroviários. 
Serviços de registros públicos, cartorários e notariais. 
Serviços de exploração de rodovia. 
Serviços de programação e comunicação visual, desenho industrial e congêneres. 
Serviços de chaveiros, confecção de carimbos, placas, sinalização visual, banners, 
adesivos e congêneres. 
Serviços funerários. 
Serviços de coleta, remessa ou entrega de correspondências, documentos, objetos, 
bens ou valores, inclusive pelos correios e suas agências franqueadas. 
Serviços de assistência social. 
Serviços de avaliação de bens e serviços de qualquer natureza. 
Serviços de biblioteconomia. 
Serviços de biologia, biotecnologia e química. 
Serviços técnicos em edificações, eletrônica, eletrotécnica, mecânica, 
telecomunicações e congêneres. 
Serviços de desenhos técnicos. 
Serviços de desembaraço aduaneiro, comissários, despachantes e congêneres. 
Serviços de investigações particulares, detetives e congêneres. 
 
 
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 19 
Serviços de reportagem, assessoria de imprensa, jornalismo e relações públicas. 
Serviços de meteorologia. 
Serviços de artistas, atletas, modelos e manequins. 
Serviços de museologia. 
Serviços de ourivesaria e lapidação. 
Serviços relativos a obras de arte sob encomenda. 
FONTE: Disponível em: <www.fazenda.df.gov.br/arquivos/.../pmf_iss_manual_substituto.doc>. 
Acesso em: 28 jan. 2013. 
 
 
1.7.6 IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) 
 
 
O imposto sobre produtos industrializados (IPI) é disciplinado basicamente 
pelas seguintes legislações: 
 
a) Art. 153, IV e § 3º, da Constituição Federal; 
b) Lei nº 4.502/64; 
c) 4.544/02 que regulamenta a tributação do IPI; 
d) 4.542/02 aprova a Tabela de incidência do IPI – TIPI. 
 
É um imposto não cumulativo, ou seja, faz a compensação dos valores que 
forem devidos nas entradas de insumo e matérias-primas, que são adquiridas para 
utilização na industrialização de produtos, em que a saída dos produtos finais do 
estabelecimento industrial sejam tributadas. 
O IPI é um imposto de caráter obrigatório para todas as empresas 
industriais. Dessa forma, são contribuintes do IPI todos os estabelecimentos 
industriais. Dessa forma, pode-se entender como estabelecimentos industriais 
aqueles que executam operações de transformação, beneficiamento, montagem, 
acondicionamento ou recondicionamento, renovação ou recondicionamento, de que 
resulte em produto tributado. 
Dessa forma, as atividades que caracterizam as empresas industriais são: 
 
 
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 20 
 Transformação: É toda modificação que é aplicada sobre determinada 
matéria-prima ou produtos intermediário, visando à obtenção de 
determinado produto final. 
 Beneficiamento: é o processo que consiste em modificar determinado 
produto sob algum aspecto específico, seja nas propriedades físicas ou 
químicas do produto. 
 Montagem: é o processo que consiste na junção, ou união de diversos 
componentes visando à obtenção do produto final que será 
comercializado pela empresa. 
 Acondicionamento: é a operação que altera a apresentação do produto, 
pela disposição do mesmo em determinada embalagem. 
 Renovação ou Recondicionamento: consta de um determinado 
processo que é aplicado sobre produtos usados com o objetivo de 
renová-los ou restaurá-los. 
 
Além das empresas industriais, também são objetos da incidência tributária 
as empresas chamadas de “Equiparados à atividade industrial”, como por exemplo: 
 
 Empresas Importadoras: são aquelas empresas que adquirem, 
compram ou recebem mercadorias de outro país do exterior. 
 Comércio atacadista: são as empresas que comercializam produtos 
acabados para outros estabelecimentos comerciais, os chamados 
varejistas, que farão a comercialização com os consumidores finais. 
 
O fato gerador do IPI consta da saída do produto final do estabelecimento 
industrial, ou do equiparado à industrial. Dessa forma, para que aconteça a 
incidência tributária, basta que o produto seja comercializado. A base de cálculo 
consta do valor total da operação de venda do produto na saída do estabelecimento 
industrial, ou então, o preço de venda, acrescido dos impostos de importação, para 
os produtos importados. 
As alíquotas oscilam e são determinadas pela Tabela de Incidência do 
Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI), em que os produtos podem ter 
alíquotas pequenas ou altas, dependendo da essencialidade do produto. Quanto 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 21mais essencial o produto ao consumidor, ou ao país, menor será a alíquota do 
imposto. 
De acordo com o Artigo 18 do decreto nº 7.212/2010, são imunes da 
incidência do imposto IPI: 
 
I. Os livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão. 
II. Os produtos industrializados destinados ao exterior. 
III. O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento 
cambial. 
 
Da mesma maneira, o Artigo 43 decreto nº 7.212/2010, expõe sobre os 
produtos que poderão sair com suspensão do imposto: 
 
I. O óleo de menta em bruto, produzido por lavradores em sua própria 
lavoura, e remetido a estabelecimentos industriais, diretamente ou por 
intermédio de postos de compra. 
II. Os produtos remetidos pelo estabelecimento industrial, ou equiparado a 
industrial, diretamente à exposição em feiras de amostras. 
III. Os produtos remetidos pelo estabelecimento industrial, ou equiparado à 
industrial, a depósitos fechados ou a armazéns-gerais. 
IV. Os produtos, destinados à exportação, que saiam do estabelecimento 
industrial para: 
a) Empresas comerciais exportadoras, com o fim específico de exportação; 
b) Recintos alfandegados; 
c) Outros locais onde se processe o despacho aduaneiro de exportação. 
 
V. As matérias-primas, produtos intermediários e os materiais de embalagem 
destinados à industrialização, desde que os produtos industrializados 
sejam enviados ao estabelecimento remetente daqueles insumos. 
VI. Os produtos em cuja operação o executor da encomenda não tenha 
utilizado produtos de sua industrialização ou importação forem remetidos 
ao estabelecimento de origem e desde que sejam por esses destinados: 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 22 
a) ao comércio; 
b) ao emprego, como matéria-prima, produto intermediário e material de 
embalagem, em nova industrialização que dê origem à saída de produto tributado. 
 
VII. As matérias-primas ou os produtos intermediários remetidos por 
estabelecimento industrial, para emprego em operação industrial 
realizada fora desse estabelecimento, quando o executor da 
industrialização for o próprio contribuinte remetente daqueles insumos. 
VIII. O veículo, aeronave ou embarcação dos Capítulos 87, 88 e 89 da TIPI, 
que deixar o estabelecimento industrial exclusivamente para emprego em 
provas de engenharia pelo próprio fabricante. 
IX. Os produtos remetidos, para industrialização ou comércio, de um 
estabelecimento industrial ou equiparado a industrial para outro da 
mesma firma. 
X. Os bens do ativo permanente remetidos pelo estabelecimento industrial a 
outro estabelecimento da mesma firma, para serem utilizados no 
processo industrial do recebedor. 
XI. Os bens do ativo permanente remetidos pelo estabelecimento industrial a 
outro estabelecimento, para serem utilizados no processo industrial de 
produtos encomendados pelo remetente, desde que devam retornar ao 
estabelecimento encomendante, após o prazo fixado para a fabricação 
dos produtos. 
XII. As partes e peças destinadas a reparo de produtos com defeito de 
fabricação, quando a operação for executada gratuitamente por 
concessionários ou representantes, em virtude de garantia dada pelo 
fabricante. 
XIII. As matérias-primas, os produtos intermediários e os materiais de 
embalagem, de fabricação nacional, vendidos a: 
a) Estabelecimento industrial, para industrialização de produtos destinados à 
exportação; 
b) Estabelecimento comercial, para industrialização em outro 
estabelecimento da mesma firma ou de terceiro, de produto destinado à 
exportação. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 23 
Da mesma forma, o Artigo 44 expõe que as bebidas alcoólicas e demais 
produtos de produção nacional, classificados nas Posições 22.04, 22.05, 2206.00 e 
22.08 da TIPI, acondicionados em recipientes de capacidade superior ao limite 
máximo permitido para venda a varejo, sairão obrigatoriamente com suspensão do 
imposto dos respectivos estabelecimentos produtores, dos estabelecimentos 
atacadistas e das cooperativas de produtores, quando destinados aos seguintes 
estabelecimentos: 
 
I. Industriais que utilizem produtos como matéria-prima ou produto 
intermediário na fabricação de bebidas; 
II. Atacadistas e cooperativas de produtores; 
III. Engarrafadores dos mesmos produtos. 
 
De acordo com o Artigo 48 do decreto nº 7.212/2010, outros produtos 
poderão ser desembaraçados com suspensão do imposto: 
 
I. Os produtos de procedência estrangeira importados diretamente pelos 
concessionários das lojas francas. 
II. As máquinas, os equipamentos, os veículos, os aparelhos e os 
instrumentos, sem similar nacional, bem como suas partes, peças, 
acessórios e outros componentes, de procedência estrangeira, 
importados por empresas nacionais de engenharia, e destinados à 
execução de obras no exterior, quando autorizada a suspensão pelo 
Secretário da Receita Federal do Brasil. 
III. Os produtos de procedência estrangeira que devam sair das repartições 
aduaneiras com suspensão do Imposto de Importação, nas condições 
previstas na respectiva legislação. 
 
Ainda sobre o decreto nº 7.212/2010, no Artigo 54 é descrito todos os 
produtos e mercadorias que são isentos do IPI: 
I - Os produtos industrializados por instituições de educação ou de 
assistência social, quando se destinarem, exclusivamente, a uso próprio ou à 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 24 
distribuição gratuita a seus educandos ou assistidos, no cumprimento de suas 
finalidades. 
II - Os produtos industrializados por estabelecimentos públicos e autárquicos 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que não se destinarem 
ao comércio. 
III - As amostras de produtos para distribuição gratuita, de diminuto ou 
nenhum valor comercial, assim considerados os fragmentos ou partes de qualquer 
mercadoria, em quantidade estritamente necessária a dar a conhecer a sua 
natureza, espécie e qualidade, atendidas as seguintes condições: 
a) Indicação no produto e no seu envoltório da expressão “Amostra 
Grátis”, em caracteres com destaque; 
b) Quantidade não excedente de 20% do conteúdo ou do número de 
unidades da menor embalagem da apresentação comercial do mesmo 
produto, para venda ao consumidor; 
c) Distribuição exclusivamente a médicos, veterinários e dentistas, bem 
como a estabelecimentos hospitalares, quando se tratar de produtos 
da indústria farmacêutica. 
 
IV - As amostras de tecidos de qualquer largura, e de comprimento até 45 
centímetros para os de algodão estampado, e até 30 centímetros para os demais, 
desde que contenham, em qualquer caso, impressa tipograficamente ou a carimbo, 
a expressão “Sem Valor Comercial”, dispensadas desta exigência as amostras cujo 
comprimento não exceda de 25 centímetros e de 15 centímetros nas hipóteses 
supra, respectivamente. 
V - Os pés isolados de calçados, conduzidos por viajante do 
estabelecimento industrial, desde que tenha gravada, no solado, a expressão 
“Amostra para Viajante”. 
VI - As aeronaves de uso militar e suas partes e peças, vendidas à União. 
VII - Os caixões funerários. 
VIII - O papel destinado à impressão de músicas. 
IX - As panelas e outros artefatos semelhantes, de uso doméstico, de 
fabricação rústica, de pedra ou barro bruto, apenas umedecido e amassado, com ou 
sem vidramento de sal. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 25 
X - Os chapéus, roupas e proteção, de couro, próprios para tropeiros. 
XI - O material bélico, de uso privativo das Forças Armadas, vendido à 
União, na forma das instruções expedidas pelo Secretário da Receita Federal do 
Brasil. 
XIII - O veículo de fabricação nacional adquirido por funcionário das missõesdiplomáticas acreditadas junto ao Governo brasileiro, ao qual seja reconhecida a 
qualidade diplomática, que não seja de nacionalidade brasileira e nem tenha 
residência permanente no País, sem prejuízo dos direitos que lhe são assegurados 
no inciso XII, ressalvado o princípio da reciprocidade de tratamento. 
XV - Os materiais e equipamentos saídos do estabelecimento industrial, ou 
equiparado à industrial, para a Itaipu Binacional, ou por esta importados, para 
utilização nos trabalhos de construção da central elétrica da mesma empresa, seus 
acessórios e obras complementares, ou para incorporação à referida central elétrica, 
observadas as condições previstas no artigo XII do Tratado entre a República 
Federativa do Brasil e a República do Paraguai, concluído em Brasília a 26 de abril 
de 1973. 
XVIII - Os bens de passageiros procedentes do exterior, desembaraçados 
com a qualificação de bagagem tributada, com o pagamento do Imposto de 
Importação. 
XIX - Os bens contidos em remessas postais internacionais sujeitas ao 
regime de tributação simplificada para a cobrança do Imposto de Importação. 
XX - As máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, bem como suas 
partes e peças de reposição, acessórios, matérias-primas e produtos intermediários, 
destinados à pesquisa científica e tecnológica, importados pelo Conselho Nacional 
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, por cientistas, pesquisadores 
e entidades sem fins lucrativos ativas no fomento, na coordenação ou na execução 
de programas de pesquisa científica e tecnológica ou de ensino devidamente 
credenciadas pelo CNPq. 
XXII - Os seguintes produtos de procedência estrangeira, nos termos, limites 
e condições estabelecidos em regulamento próprio: 
a) Troféus, medalhas, placas, estatuetas, distintivos, flâmulas, bandeiras e 
outros objetos comemorativos recebidos em evento cultural, científico ou 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 26 
esportivo oficial realizado no exterior ou para serem distribuídos 
gratuitamente como premiação em evento esportivo realizado no País. 
b) Bens dos tipos e em quantidades normalmente consumidos em evento 
esportivo oficial. 
c) Material promocional, impressos, folhetos e outros bens com finalidade 
semelhante, a serem distribuídos gratuitamente ou utilizados em evento 
esportivo oficial. 
d) Bens importados por desportistas, desde que tenham sido utilizados por 
estes em evento esportivo oficial e recebidos em doação de entidade de 
prática desportiva estrangeira ou da promotora ou patrocinadora do 
evento. 
 
XXIII - Os veículos automotores de qualquer natureza, máquinas, 
equipamentos, bem como suas partes e peças separadas, quando destinadas à 
utilização nas atividades dos Corpos de Bombeiros, em todo o território nacional, 
nas saídas de estabelecimento industrial ou equiparado à industrial. 
XXIV - Os produtos importados destinados ao consumo no recinto de 
congressos, feiras e exposições internacionais, e eventos assemelhados, a título de 
promoção ou degustação, de montagem ou conservação de estandes, ou de 
demonstração de equipamentos em exposição, observado que a isenção: 
a) Não se aplica a produtos destinados à montagem de estandes, 
susceptíveis de serem aproveitados após o evento; 
b) Está condicionada a que nenhum pagamento, a qualquer título, seja 
efetuado ao exterior, com relação aos produtos objeto da isenção; 
c) Está sujeita a limites de quantidades e valor, além de outros requisitos, 
estabelecidos pelo Ministro de Estado da Fazenda. 
 
XXV - Os bens de informática destinados à coleta eletrônica de votos, 
fornecidos diretamente ao Tribunal Superior Eleitoral, bem como: 
a) As matérias-primas e os produtos intermediários importados para serem 
utilizados na industrialização desses bens e dos produtos classificados 
sob os Códigos 8471.60.52, 8471.60.61, 8473.30.49, 8504.40.21 e 
8534.00.00 da TIPI a eles destinados. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 27 
b) As matérias-primas, os produtos intermediários e os materiais de 
embalagem, de fabricação nacional, para serem utilizados na 
industrialização desses bens. 
 
XXVIII - Os aparelhos transmissores e receptores de radiotelefonia e 
radiotelegrafia, os veículos para patrulhamento policial, as armas e munições, 
quando adquiridos pelos órgãos de segurança pública da União, dos Estados e do 
Distrito Federal. 
 
 
1.7.7 ICMS (Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e 
Serviços) 
 
 
É o principal imposto estadual e o de maior arrecadação. Incide sobre 
operações relacionadas à circulação de mercadorias, de serviços de transporte e de 
comunicações. O Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadoria e 
sobre Prestação de Serviços de Transportes Interestaduais e Intermunicipal e de 
Comunicação. 
O ICMS é regulamentado pela por meio da legislação: 
 
a) Art. 155, II e § 2ª da CF/1988 (Constituição Federal). 
b) Lei Complementar nº 87 de 1996 (complementa os dispositivos 
constitucionais e traz regras gerais para a cobrança do ICMS, válido para todos os 
Estados). 
c) Lei nº 6.374/89 (instituidora do imposto no Estado de São Paulo). 
d) Decreto 45.490/200 (Aprova o Regulamento do ICMS no Estado de São 
Paulo - RICMS/SP). 
 
O ICMS é um imposto não cumulativo, ou seja, não é cobrado em todas as 
operações de circulação de mercadoria ou prestação de serviços (de transportes 
interestadual e intermunicipal e de comunicação) a que está sujeito. Dessa maneira, 
para evitar esta cumulatividade do imposto, ou a sua dupla tributação, faz-se a 
devida compensação dos valores que forem devidos com os valores já cobrados nas 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 28 
operações anteriores, seja no mesmo estado ou em outro do país (CF/88 artigo 155, 
§§ 2º, inciso I). 
O contribuinte do ICMS é toda pessoa física ou jurídica que pratica a 
circulação de mercadorias, ou a prestação de serviços de transportes interestadual e 
intermunicipal e de comunicação. 
O ICMS é obrigatório às empresas comerciais e industriais, aos produtores 
rurais e às prestadoras de serviços de transportes, seja interestadual e 
intermunicipal, além de empresas que prestam serviços de comunicação. Todas 
essas empresas necessitam ter o respectivo registro de Inscrição Estadual junto à 
Secretaria da Fazenda do Estado, o qual é descrito com a abreviatura de “I.E.” e é 
composto por algarismos numéricos com 12 dígitos (111.222.333.444). 
Por meio da obtenção do número de registro da inscrição estadual, a 
empresa está devidamente registrada e pode executar operações com mercadorias 
ou serviços. 
O fato gerador do ICMS consta em toda e qualquer saída de mercadorias da 
empresa, seja comercial ou industrial. A esse respeito, o artigo 2º do RICMS/SP 
expõe que o fato gerador do ICMS consta de: 
 
A. Na saída de mercadoria, a qualquer título, de estabelecimento de contribuinte, 
ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular; 
B. No fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer 
estabelecimento, incluídos os serviços que lhe sejam inerentes; 
C. No fornecimento de mercadoria com prestação de serviços: 
 
a) Não compreendidos na competência tributária dos municípios; 
b) Compreendidos na competência tributária dos municípios, mas que, 
por indicação expressa de lei complementar, sujeitem-se à incidência 
do imposto de competência estadual. 
 
D. Na aquisição, em licitação promovida pelo Poder Público, de mercadoria ou bem 
importados do exterior e apreendidos ou abandonados; 
E. Na entrada, em estabelecimento de contribuinte, de mercadoria oriunda de outro 
Estado destinado a uso ou consumo ou ao ativo permanente;AN02FREV001/REV 4.0 
 29 
F. Na entrada, no território paulista, de lubrificantes e combustíveis líquidos e 
gasosos derivados de petróleo e de energia elétrica oriundos de outro Estado, 
quando não destinados à comercialização ou à industrialização; 
G. Na transmissão de propriedade de mercadoria ou de título que a represente, 
quando esta não transitar pelo estabelecimento do transmitente; 
H. Na transmissão de propriedade de mercadoria depositada em armazém geral ou 
em depósito fechado; 
I. No início da prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, 
por qualquer via; 
J. No ato final do transporte iniciado no exterior; 
K. Na prestação onerosa de serviços de comunicação feita por qualquer meio, 
inclusive na geração, emissão, recepção, transmissão, retransmissão, repetição 
e ampliação de comunicação de qualquer natureza; 
L. No recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado ou iniciado no exterior; 
M. Na utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em 
outro Estado e não esteja vinculada à operação ou prestação subsequente 
alcançada pela incidência do imposto; 
N. Por ocasião da venda do bem arrendado, na operação de arrendamento 
mercantil. 
O. Na entrada em estabelecimento de contribuinte sujeito às normas do Regime 
Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidas pelas 
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - “Simples Nacional”, de 
mercadorias, oriundas de outro Estado ou do Distrito Federal. 
 
A base de cálculo é o valor que é designado pela legislação relacionada ao 
imposto. Por meio da legislação de cada estado da confederação é determinada 
qual é a base para a aplicação das alíquotas de cada mercadoria, obtendo-se assim, 
o valor do imposto que é correspondente. 
Nesse contexto, além da base de cálculo, também se necessita definir as 
alíquotas relacionados ao imposto. As alíquotas são os valores percentuais, que são 
definidos por legislação sobre a base de cálculo, onde se consegue obter o valor do 
imposto. A legislação, como foi dito anteriormente, é específica para cada estado da 
confederação do Brasil. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 30 
As Tabelas 2A e 2B demonstram os valores de alíquotas do ICMS para os 
diversos estados do Brasil. 
 
TABELA 2A - VALORES DE ALÍQUOTAS DO ICMS PARA OS DIVERSOS 
ESTADOS DO BRASIL 
 
Alíquota 
Interna 
do 
ICMS D E S T I N O 
O AC AL AM AP BA CE DF ES GO MA MT MS MG PA 
 AC 17 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 
R AL 12 17 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 
 AM 12 12 17 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 
I AP 12 12 12 17 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 
 BA 12 12 12 12 17 12 12 12 12 12 12 12 12 12 
G CE 12 12 12 12 12 17 12 12 12 12 12 12 12 12 
 DF 12 12 12 12 12 12 17 12 12 12 12 12 12 12 
E ES 12 12 12 12 12 12 12 17 12 12 12 12 12 12 
 GO 12 12 12 12 12 12 12 12 17 12 12 12 12 12 
M MA 12 12 12 12 12 12 12 12 12 17 12 12 12 12 
 MT 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 17 12 12 12 
 MS 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 17 12 12 
 MG 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 18 7 
 PA 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 17 
 PB 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 
 PR 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 12 7 
 PE 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 
 PI 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 
 RN 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 
 RS 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 12 7 
 RJ 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 12 7 
 RO 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 
 RR 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 
 SC 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 12 7 
 SP 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 12 7 
 SE 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 
 TO 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 
FONTE: Disponível em: <http://www.fiscontex.com.br/legislacao/ICMS/aliquotainternaicms.htm>. 
Acesso em: 10 jan. 2013. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 31 
 
TABELA 2B - VALORES DE ALÍQUOTAS DO ICMS PARA OS DIVERSOS 
ESTADOS DO BRASIL 
 
Alíquota 
Interna 
do 
ICMS D E S T I N O 
O PB PR PE PI RN RS RJ RO RR SC SP SE TO 
 AC 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 
R AL 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 
 AM 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 
I AP 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 
 BA 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 
G CE 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 
 DF 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 
E ES 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 
 GO 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 
M MA 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 
 MT 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 
 MS 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 
 MG 7 12 7 7 7 12 12 7 7 12 12 7 7 
 PA 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 
 PB 17 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 
 PR 7 18 7 7 7 12 12 7 7 12 12 7 7 
 PE 12 12 17 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 
 PI 12 12 12 17 12 12 12 12 12 12 12 12 12 
 RN 12 12 12 12 17 12 12 12 12 12 12 12 12 
 RS 7 12 7 7 7 17 12 7 7 12 12 7 7 
 RJ 7 12 7 7 7 12 19 7 7 12 12 7 7 
 RO 12 12 12 12 12 12 12 17 12 12 12 12 12 
 RR 12 12 12 12 12 12 12 12 17 12 12 12 12 
 SC 7 12 7 7 7 12 12 7 7 17 12 7 7 
 SP 7 12 7 7 7 12 12 7 7 12 18 7 7 
 SE 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 17 12 
 TO 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 17 
FONTE: Disponível em: <http://www.fiscontex.com.br/legislacao/ICMS/aliquotainternaicms.htm>. 
Acesso em: 10 jan. 2013. 
 
 
 
 
 
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 32 
No estado de São Paulo, como exemplo, as alíquotas do ICMS utilizadas, de 
acordo com o artigo 52 e seguintes do RICMS/SP, são: 
 
I. Nas operações ou prestações internas, ainda que iniciadas no exterior, 18% 
(dezoito por cento); 
II. Nas operações ou prestações interestaduais que destinarem mercadorias ou 
serviços a contribuintes localizados nos Estados das regiões Norte, Nordeste e 
Centro-Oeste e no Estado do Espírito Santo, 7% (sete por cento); 
III. Nas operações ou prestações interestaduais que destinarem mercadorias ou 
serviços a contribuintes localizados nos Estados das regiões Sul e Sudeste, 12% 
(doze por cento); 
IV. Nas prestações interestaduais de transporte aéreo de passageiro, carga e mala 
postal, em que o destinatário do serviço seja contribuinte do imposto, 4% (quatro 
por cento); 
V. Nas operações com energia elétrica, no que respeita aos fornecimentos adiante 
indicados: 
 
a) 12% (doze por cento), em relação à conta residencial que apresentar 
consumo mensal de até 200 (duzentos) kWh; 
b) 25% (vinte e cinco por cento), em relação à conta residencial que 
apresentar consumo mensal acima de 200 (duzentos) kWh; 
c) 12% (doze por cento), quando utilizada no transporte público 
eletrificado de passageiros; 
d) 12% (doze por cento), nas operações com energia elétrica utilizada em 
propriedade rural. 
 
VI. Assim considerada a que efetivamente mantiver exploração agrícola ou pastoril 
e estiver inscrita no Cadastro de Contribuintes do ICMS. 
 
Parágrafo único - O imposto incidente sobre o serviço prestado no exterior 
deverá ser calculado mediante aplicação da alíquota prevista no inciso I. Aplica-
se 25% 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 33 
VII. Aplica-se a alíquota de 25% (vinte e cinco por cento) nas operações ou 
prestações internas com os produtos e serviços adiante indicados, ainda que se 
tiverem iniciado no exterior: 
 
a) Nas prestações onerosas de serviço de comunicação; 
b) Bebidas alcoólicas, classificadas nas posições 2204, 2205 e 2208, exceto os 
códigos 2208.40.0200 e 2208.40.0300; 
c) Fumo e seus sucedâneos manufaturados, classificados no capítulo 24; 
d) Perfumes e cosméticos, classificados nas posições 3303, 3304, 3305 e 
3307, exceto as posições 3305.10e 3307.20, os códigos 3307.10.0100 e 
3307.90.0500, as preparações antissolares e os bronzeadores, ambos 
classificados na posição 3304; 
e) Peleteria e suas obras e peleteria artificial, classificadas nos códigos 
4303.10.9900 e 4303.90.9900; 
f) Motocicletas de cilindrada superior a 250 centímetros cúbicos, classificadas 
nos códigos 8711.30 a 8711.50; 
g) Asas-delta, balões e dirigíveis, classificados nos códigos 8801.10.0200 e 
8801.90.0100; 
h) Embarcações de esporte e de recreio, classificadas na posição 8903; 
i) Armas e munições, suas partes e acessórios, classificados no capítulo 93; 
j) Fogos de artifício, classificados na posição 3604.10; 
k) Trituradores domésticos de lixo, classificados na posição 8509.30; 
l) Aparelhos de sauna elétricos, classificados no código 8516.79.0800; 
m) Aparelhos transmissores e receptores (do tipo "walkie-talkie"), classificados 
no código 8525.20.0104; 
n) Binóculos, classificados na posição 9005.10; 
o) Jogos eletrônicos de vídeo (videojogo), classificados no código 
9504.10.0100; 
p) Bolas e tacos de bilhar, classificados no código 9504.20.0202; 
q) Cartas para jogar, classificada na posição 9504.40; 
r) Confetes e serpentinas, classificados no código 9505.90.0100; 
s) Raquetes de tênis, classificadas na posição 9506.51; 
t) Bolas de tênis, classificadas na posição 9506.6; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 34 
u) Esquis aquáticos, classificados no código 9506.29.0200; 
v) Tacos para golfe, classificados na posição 9506.31; 
w) Bolas para golfe, classificadas na posição 9506.32; 
x) Cachimbos, classificados na posição 9614.20; 
y) Piteiras, classificadas na subposição 9614.90; 
z) Álcool etílico anidro carburante. 
 
O ICMS necessita ser apurado mensalmente pelos estabelecimentos que 
realizaram operações com mercadorias ou serviços, e a responsabilidade pela 
apuração é do próprio estabelecimento. Os valores a serem recolhidos constarão da 
diferença entre os créditos de ICMS que a empresa conseguiu e os débitos 
respectivos. Se o saldo for devedor, a empresa faz o pagamento do referido imposto 
por meio do uso da Guia de Arrecadação Estadual (GARE-ICMS). Se o saldo for 
credor, ou seja, os valores de débitos são menores que os de crédito, então a 
empresa utiliza esse saldo para a apuração no mês seguinte. 
 
FIGURA 1 - IMPOSTOS 
 
FONTE: Disponível em: <http://blogdojadir.com.br/2012/01/chuva-de-impostos/>. 
Acesso em: 10 jan. 2013. 
 
 
 
FIM DO MÓDULO I

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