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Apostila de Metodologia Científica

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CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE MACEIÓ (CESMAC) 
FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS (FACET) 
 
 
 
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Professora: ftÇwÜt `ftÇwÜt `ftÇwÜt `ftÇwÜt `ööööÜv|t wx fÉâét VtÜàtåÉÜv|t wx fÉâét VtÜàtåÉÜv|t wx fÉâét VtÜàtåÉÜv|t wx fÉâét VtÜàtåÉ 
sandracartaxo@cesmac.com.br 
 
 
 
 
 
 
Maceió/AL 
Agosto/2009 
 
 
O MÉTODO O MÉTODO O MÉTODO O MÉTODO 
CIENTÍFICOCIENTÍFICOCIENTÍFICOCIENTÍFICO 
 
Apostila elaborada pela Professora Sandra Márcia de Souza Cartaxo - versão Agosto/2009 
Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas (FACET) 
2 
SUMÁRIO 
 
 
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ..................................................................... 5 
 
 
2 A METODOLOGIA CIENTÍFICA E A UNIVERSIDADE .................................. 6 
 
 
3 A COMUNICAÇÃO GLOBAL - MÉTODOS E ESTRATÉGIAS DE ESTUDO 
E APRENDIZAGEM .................................................................................................... 
 
10 
3.1 A LEITURA ............................................................................................................. 10 
3.1.1 O que é ler? .......................................................................................................... 10 
3.1.2 Alcance da leitura: ............................................................................................... 10 
3.1.3 Tirando proveito da Leitura ............................................................................... 11 
3.1.4 Recomendações: ................................................................................................... 12 
 
 
4 A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO ........................................................... 17 
4.1 TIPOS DE CONHECIMENTO ................................................................................ 18 
4.1.1 Conhecimento Empírico, ou vulgar, ou senso comum ..................................... 18 
4.1.2 Conhecimento Filosófico ..................................................................................... 19 
4.1.3 Conhecimento Teológico ..................................................................................... 20 
4.1.4 Conhecimento Científico ..................................................................................... 20 
 
 
5 SISTEMATIZAÇÃO DO ESTUDO ......................................................................... 23 
5.1 ESQUEMA ............................................................................................................... 23 
5.2 RESUMO .................................................................................................................. 24 
5.2.1 Resumo Indicativo ............................................................................................... 24 
5.2.2 Resumo Informativo ............................................................................................ 25 
5.2.3 Resumo Crítico ..................................................................................................... 25 
5.3 FICHAMENTO ........................................................................................................ 27 
5.4 SEMINÁRIO ............................................................................................................ 28 
5.4.1 Tarefas em Grupo ................................................................................................ 29 
5.4.2 Tarefas Individuais .............................................................................................. 29 
5.5 ARTIGO CIENTÍFICO ............................................................................................ 29 
5.5.1 Estrutura do Artigo ............................................................................................. 30 
5.5.2 Corpo do Artigo ................................................................................................... 30 
5.6 PAINEL .................................................................................................................... 31 
5.6.1 Tamanho do Painel .............................................................................................. 31 
5.6.2 Seqüência para apresentação de dados do Painel ............................................ 32 
5.6.3 Corpo do Painel .................................................................................................... 32 
 
 
6 CITAÇÕES E NOTAS DE RODAPÉ ...................................................................... 33 
6.1 CITAÇÃO ................................................................................................................. 33 
6.1.1 Citação Direta ..................................................................................................... 33 
6.1.2 Citação Indireta .................................................................................................. 34 
6.1.3 Citação de citação ............................................................................................... 34 
6.2 NOTAS DE RODAPÉ .............................................................................................. 36 
6.2.1 Apresentação das Notas de Rodapé .................................................................... 36 
6.2.2 Tipos de Notas de Rodapé ................................................................................... 36 
 
 
 
 
 
Apostila elaborada pela Professora Sandra Márcia de Souza Cartaxo - versão Agosto/2009 
Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas (FACET) 
3 
7 REFERÊNCIAS – FORMAS DE ENTRADA ........................................................ 37 
7.1 REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO ............................................................ 37 
7.2 ESPECIFICAÇÕES E ORDEM DOS ELEMENTOS ............................................ 38 
7.2.1 Livros com 01 autor ............................................................................................. 38 
7.2.2 Livros com dois e três autores ........................................................................... 39 
7.2.3 Livros com mais de três autores ........................................................................ 39 
7.2.4 Capítulo de livro .................................................................................................. 39 
7.2.5 Tese/Dissertações/Monografias ......................................................................... 40 
7.2.6 Autor Entidade (órgãos governamentais, empresas, associações, congressos, 
seminários, etc). ........................................................................................................... 
40 
7.2.7 Autoria desconhecida .......................................................................................... 41 
7.2.8 Legislação ............................................................................................................ 41 
7.2.9 Periódicos: Artigo de Revista, Boletim e outros .............................................. 42 
7.2.10 Artigo de Revista com Autor ............................................................................. 42 
7.2.11 Artigo de revista sem autor ............................................................................... 42 
7.2.12 Dicionário ........................................................................................................... 43 
7.2.13 Artigos de Jornal ............................................................................................... 43 
7.2.14 Artigosem autor ................................................................................................ 43 
7.2.15 Documento de Eventos ..................................................................................... 44 
7.2.16 Trabalhos apresentados em eventos ................................................................ 44 
7.2.17 Referências de documentos eletrônicos .......................................................... 44 
7.2.18 Artigo de Revista eletrônica ............................................................................. 45 
7.2.19 Artigo de Revista eletrônica não assinada (sem autor) .................................. 45 
7.2.20 E-mail (não recomendado dada a informalidade) .......................................... 45 
 
 
8 ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DE RELATÓRIOS ................................. 46 
8.1 DEFINIÇÕES E ESTRUTURA ............................................................................... 46 
8.1.1 Relatório ............................................................................................................... 46 
8.1.1.1 Estrutura do Relatório ......................................................................................... 46 
8.1.1.2 Definição dos componentes da Estrutura do Relatório ...................................... 47 
8.1.1.2.1 Resumo ............................................................................................................. 47 
8.1.1.2.2 Sumário ............................................................................................................ 47 
8.1.1.2.3 Introdução ........................................................................................................ 47 
8.1.1.2.4 Desenvolvimento .............................................................................................. 48 
8.1.1.2.5 Conclusão ......................................................................................................... 48 
8.1.1.2.6 Referências ..................................................................................................... 48 
8.1.1.2.7 Apêndice (se houver) ....................................................................................... 48 
8.1.1.2.8 Anexos (se houver) .......................................................................................... 48 
8.1.1.2 Digitação do Documento – segundo a NBR 14724/2005 .................................. 49 
8.1.1.3 Estilo e Orientação para Redação ...................................................................... 49 
8.1.2 Relatório de Estágio Supervisionado .................................................................. 50 
8.1.2.1 Introdução .......................................................................................................... 51 
8.1.2.2 Histórico e descrição da Empresa ...................................................................... 51 
8.1.2.3 Relato das Atividades desenvolvidas ................................................................. 52 
8.1.2.4 Carga Horária ...................................................................................................... 52 
8.1.2.5 Tecnologias Utilizadas ....................................................................................... 52 
8.1.2.6 Equipamentos e Dispositivos Utilizados ............................................................ 52 
8.1.2.7 Resultados Obtidos ............................................................................................. 52 
8.1.2.8 Análise dos Resultados ....................................................................................... 53 
8.1.2.9 Propostas e soluções para resolução de problemas ............................................ 53 
 
 
Apostila elaborada pela Professora Sandra Márcia de Souza Cartaxo - versão Agosto/2009 
Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas (FACET) 
4 
8.1.2.10 Conclusão .......................................................................................................... 53 
8.1.2.11 Referências ....................................................................................................... 53 
 
 
9 A PESQUISA .............................................................................................................. 54 
9.1 CONCEITO .............................................................................................................. 54 
9.2 TIPOS DE PESQUISA ............................................................................................. 54 
9.2.1 Quanto à Natureza ............................................................................................... 55 
9.2.2 Quanto aos Objetivos ........................................................................................... 55 
9.2.3 Quanto aos Procedimentos .................................................................................. 55 
 
 
10 O PROJETO DE PESQUISA ................................................................................. 57 
10.1 O QUE É O PROJETO DE PESQUISA? .............................................................. 57 
10.2 ESTRUTURA DO PROJETO DE PESQUISA ..................................................... 57 
10.2.1 Tema ou Assunto – Responde à pergunta O Quê? ......................................... 58 
10.2.2 Problema ............................................................................................................ 58 
10.2.3 Hipóteses ............................................................................................................ 58 
10.2.4 Justificativa ......................................................................................................... 59 
10.2.5 Objetivos ............................................................................................................. 59 
10.2.5.1 Objetivo Geral ................................................................................................... 60 
10.2.5.2 Objetivos Específicos ........................................................................................ 60 
10.2.6 Marco Teórico de Referência ou Referencial Teórico ................................... 60 
10.2.7 Metodologia ........................................................................................................ 61 
10.2.8 Cronograma ....................................................................................................... 61 
10.2.9 Referências .......................................................................................................... 61 
 
 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 62 
 
ANEXO A – MODELO DE CAPA ............................................................................. 63 
ANEXO B – MODELO DE FOLHA DE ROSTO ..................................................... 64 
ANEXO C – MODELO DE FOLHA DE APROVAÇÃO ......................................... 65 
ANEXO D – MODELOS DE TEXTO PARA FOLHA DE ROSTO ....................... 66 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila elaborada pela Professora Sandra Márcia de Souza Cartaxo - versão Agosto/2009 
Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas (FACET) 
5 
 
1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 
 
Objetivos: 
Apresentar a Disciplina Metodologia Científica, sua importância para dotar o 
aluno de ferramentas para elaboração de trabalhos acadêmicos. Apresentar os conceitos de 
Método, Metodologia e Metodologia Científica. Situar a Metodologia Científica na 
Universidade. 
 
 
De acordo com Mattasoglio Neto1, Metodologia é algo que falta ao aluno 
ingressante no Ensino Superior. Talvez esta seja sua maior deficiência, até mesmo maior que 
a do domínio do conteúdo específico das diversas disciplinas do Ensino Médio. 
Ele afirma que esta falta de visão de uma metodologia de trabalho,está 
relacionada à falta de visão da construção do conhecimento, o que dificulta ao estudante 
participar ativamente do seu processo de aprendizagem e, consequentemente, desenvolver 
plenamente sua futura atividade profissional. 
Sendo assim, a disciplina Metodologia Científica assume grande importância no 
Ensino Superior como forma de orientar os alunos a sistematizar seus estudos na busca e 
apreensão do Conhecimento, bem como elaborar trabalhos acadêmicos em conformidade com 
as Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 
É importante destacar que a presente Apostila não tem a pretensão de abranger 
todos os assuntos relacionados à Metodologia Científica, cabendo ao aluno buscar, em livros 
sugeridos na Referência apresentada ao final, maior aprofundamento dos temas abordados. 
A Apostila está subdivida em Aulas, onde serão apresentados os conteúdos que 
serão abordados durante todo o semestre e trata-se de instrumento indispensável às aulas, 
como forma de direcionar o estudo. 
Serão efetuadas 02 Avaliações de Aprendizagem e, caso o aluno não alcance a 
média, será feita 01 Avaliação de Reposição e/ou Final, em conformidade com o Calendário 
Oficial da FACET. 
A Primeira Avaliação de Aprendizagem será aplicada tomando por base um 
Texto, que será indicado oportunamente, onde será solicitado ao aluno que elabore um 
Resumo e um Esquema do mesmo, nos moldes das orientações metodológicas apresentadas 
em aulas. 
A Segunda Avaliação de Aprendizagem será a apresentação e defesa de um Pré-
projeto de Pesquisa e de um Relatório de Filme. 
A Avaliação de Reposição será composta por questões abertas, referentes ao 
conteúdo do Semestre Letivo. 
 
 
1
 Professor da Escola de Engenharia Mauá - São Caetano do Sul 
 
 
Apostila elaborada pela Professora Sandra Márcia de Souza Cartaxo - versão Agosto/2009 
Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas (FACET) 
6 
2 A METODOLOGIA CIENTÍFICA E A UNIVERSIDADE 
 
Objetivos: 
Refletir sobre a importância da Disciplina Metodologia Científica nos cursos de 
graduação. 
 
De acordo com Guedes (1997, p. 61), 
O papel fundamental das universidades é ajudar na passagem do saber espontâneo 
para o saber científico. O saber popular tradicional não dá conta dos fenômenos do mundo 
atual que se encontra numa construção mediatizada pelas teorias científicas, 
consequentemente, distante da percepção ingênua. 
Um homem do senso comum passaria a vida toda olhando para uma cachoeira 
sem jamais imaginar que a água está desenvolvendo um trabalho, que o trabalho que a água 
realiza gasta energia e, muito menos, que a energia em potencial do alto de uma cachoeira 
pode ser transformada em energia elétrica e transmitida para exercer força e luz para as 
indústrias e para as cidades. Esse raciocínio é próprio de quem dispõe de um mínimo de 
elementos teóricos para enxergar o mundo. 
Sendo assim alguns pontos deverão ser observados para entender a importância da 
Metodologia científica na Universidade e quais as vantagens em utilizá-la adequadamente: 
a) Deve ser entendida como um elemento facilitador da produção do 
conhecimento, uma ferramenta capaz de auxiliar o entendimento do processo de busca de 
respostas e o adequado posicionamento das perguntas importantes sobre o que se ignora. 
b) Auxiliar na formação profissional do estudante buscando formar um 
profissional competente que saiba ler crítica e analiticamente o seu cotidiano. 
c) Considerando-se a universidade como centro de saber, como uma instituição 
preocupada com a qualificação do ensino, com o rigor da aprendizagem e com o progresso da 
ciência, ela terá na metodologia científica um valioso ajudante quanto ao desenvolvimento de 
capacidades e habilidades do universitário. 
d) Deve apresentar diretrizes para a formação paulatina de hábitos de estudos 
científicos já que a pesquisa e a reflexão devem constituir-se em objetivos principais da vida 
universitária. 
 
Apostila elaborada pela Professora Sandra Márcia de Souza Cartaxo - versão Agosto/2009 
Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas (FACET) 
7 
e) Fornecer os pressupostos do trabalho científico, ou seja, normas técnicas e 
métodos reconhecidos pelo uso entre cientistas, referentes ao planejamento da investigação 
científica à estrutura e à aplicação, apresentação e comunicação dos seus resultados. 
f) Aprendendo a pensar, a pesquisar e formando o seu espírito científico, o 
universitário estará obtendo conhecimentos novos e ao mesmo tempo construindo-se como 
ser ativo, integrado à comunidade em que está inserido e participante da história, sendo capaz 
de colaborar efetivamente na transformação da realidade. 
O uso adequado da Metodologia permite: 
a) Descobrir fatores responsáveis pelas ocorrências dos fenômenos; 
b) Organizar o pensamento para delimitação clara de uma questão: 
c) Elaborar possíveis respostas para problemas: 
d) Construir instrumentos objetivos de coleta de dados; 
e) Tabular, analisar e interpretar dados; 
f) Extrair conclusões acerca dos dados; 
g) Preparar a comunicação do processo e dos resultados da pesquisa para difusão 
à comunidade. 
Numa visão bastante resumida, pode-se apresentar os conceitos de Método, 
Metodologia e Metodologia Científica a partir da seguinte figura: 
 
Metodologia Científica
METODOLOGIA
“Estudo dos Métodos”METODO
“Conjunto de regras 
e procedimentos 
que orienta o 
trabalho do 
pesquisador e 
confere aos seus 
resultados a 
confiabilidade 
científica.”
METODOLOGIA 
CIENTÍFICA
“Área de 
reflexão acerca 
dos métodos 
que orientam a 
investigação 
sistemática no 
mundo”
 
Figura 1 - Conceitos 
 
Apostila elaborada pela Professora Sandra Márcia de Souza Cartaxo - versão Agosto/2009 
Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas (FACET) 
8 
���� Para saber mais, leia o artigo a seguir: 
 
A Metodologia da Pesquisa Científica como ferramenta na Comunicação 
Empresarial2 
Maria Joaquina Fernandes Pinto é graduada em Filosofia, Teologia e Letras. Tem mestrado 
e doutorado em Teologia pela PUC-Rio e especialização em Antropologia, Ética e Metodologia da 
Pesquisa Científica. Professora Titular do Curso de Mestrado e da disciplina de MPC do Curso de 
Administração - UniFOA 
O estudo de Metodologia Científica nas universidades raramente é bem aceito pelos alunos. As 
perguntas cruciais advêm do por que e para que estudar tantas regras, tantos detalhes, indicações rígidas para 
digitação e formatação do texto, que parecem cercear a liberdade do aluno em pensar e escrever sem nenhuma 
exigência metodológica. 
Num mundo marcado pela pressa, pela falta de tempo, pelo tic-tac do relógio, falar de disciplina e 
de método é realmente desesperador. Acostumamo-nos a um necessário e exacerbado ativismo, a agir como 
robôs mecanizados, a copiar idéias e posturas - é mais fácil! - e deixamos de lado uma das maiores riquezas 
humanas que é a capacidade de pensar. 
O primeiro objetivo da disciplina de Metodologia Científica é resgatar em nossos alunos a 
capacidade de pensar. Pensar significa passar de um nível espontâneo, primeiro e imediato a um nível reflexivo, 
segundo, mediado. O pensamento pensa o próprio pensamento, para melhor captá-lo, distinguir a verdade do 
erro. Aprende-se a pensar à medida que se souber fazer perguntas sobre o que se pensa. (LIBÂNIO, 2001, p. 39). 
Uma segunda meta a ser alcançada pela Metodologia Científica é aprender a arte da leitura, da 
análise e interpretação de textos. Vivemos o fenômeno do aluno-copista, que reproduz em suas pesquisas e 
trabalhos acadêmicos aquilo que outros disseram, sem nenhum juízo de valor, de crítica ou apreciação. 
Sabemos da dificuldade que a leitura e hermenêutica de um texto apresentam em relação à 
interpretação de um autor, a sua realintenção e que um texto/palavra é um mundo aberto a ser lido e interpretado 
- já dizia Wittgenstein - e, exatamente por isso o texto linguagem significa, antes de tudo, o meio intermediário, 
pelo qual duas consciências se comunicam. Ele é o código que cifra a mensagem (SEVERINO, 2002, p. 49). 
E um terceiro ponto que norteia o ensino da Metodologia é aprender a fazer, que significa colocar-
se num movimento histórico em que o presente assume continuamente uma instância crítica em relação ao 
passado. Aprender a fazer captando o lado ético de todo agir humano implica um senso de responsabilidade pois 
quanto mais cuidamos de vislumbrar o futuro nos atos presentes, mais aprendemos a fazer. Aprender a fazer e a 
pensar não é privilégio de inteligências. Grandes gênios se perderam no encurralamento de seu saber 
fragmentado e hiperespecializado, desenvolvendo experiências que terminaram em produtos nefastos para a 
humanidade. Não se pode entender o investimento de inteligências na pesquisa de armamentos de morte, a não 
ser porque essas pessoas nunca aprenderam a pensar e a fazer. (LIBÂNIO, 2002, p. 43-47). 
Vemos, portanto, que a Metodologia objetiva bem mais que levar o aluno a elaborar projetos, a 
desenvolver um trabalho monográfico ou um artigo científico como requisito final e conclusivo de um curso 
acadêmico. Ela pode levar o(a) aluno(a) à comunicar-se de forma correta, inteligível, demonstrando um 
pensamento estruturado, plausível e convincente. 
O método, quando incorporado a uma forma de trabalho ou de pensamento, leva o indivíduo a 
adquirir hábitos e posturas diante de si mesmo, do outro e do mundo que só têm a beneficiar a sua vida tanto 
profissional quanto social, afetiva, econômica e cultural. 
Por método entendemos caminho que se trilha para alcançar um determinado fim, atingir-se um 
objetivo; para os filósofos gregos metodologia era a arte de dirigir o espírito na investigação da verdade. 
 
2
 Disponível em: <http://www.comtexto.com.br/2convicomcomunicaMariaJoaquina.htm.> Acesso em 
02/08/2005, 19:52h. 
 
 
Apostila elaborada pela Professora Sandra Márcia de Souza Cartaxo - versão Agosto/2009 
Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas (FACET) 
9 
Ora, as regras e passos metodológicos que são ensinados na universidade, visando à inserção do 
estudante no mundo acadêmico-científico - que são pertinentes e necessárias - objetivam também, e sobretudo, a 
criar hábitos que o acompanharão por toda a sua vida, como o gosto pela leitura, a compreensão dos diferentes 
interlocutores, um espírito crítico maduro e responsável, o diálogo claro e profundo com os outros e com o 
mundo, a auto-disciplina, o respeito à alteridade e ao diferente, uma postura de humildade diante do pouco que 
se sabe e da infinidade de saberes existentes, o exercício da ética e do respeito a quem pensa diferente, a 
ousadia/coragem de expor o próprio pensar. 
A disciplina de Metodologia da Pesquisa Científica nas universidades deve ajudar os alunos na 
experiência de sentirem-se cidadãos, livres e responsáveis, a administrar suas emoções e exercitar o bom senso e 
a eqüidade. 
De um modo peculiar, os alunos do Curso de Administração muito se enriquecem quando 
assimilam bem tudo que foi exposto. Como tantos outros cursos, os alunos de Administração saem da faculdade, 
cheios de teorias, de idéias para revolucionarem as empresas, levá-las a patamares recordes de lucro e eficiência; 
acumulam teorias dos mais renomados especialistas em marketing, em controle de qualidade, logística, 
organização empresarial, enfim, administração pública, reserva de mercado. 
Deparam-se, muitas vezes, com a questão do método. Por onde começar? Qual o primeiro passa a 
ser dado? O que é mais urgente? Entre teoria e método há uma grande diferença, ainda que sejam 
interdependentes. Ambos buscam realizar o objetivo proposto, a teoria pode gerar e dar forma ao método e vice-
versa; o método quando alimentado de estratégia, de iniciativa, invenção e arte estabelece uma relação com a 
teoria capaz de propiciar a ambos regenerarem-se mutuamente pela organização de dados e informações 
(MORIN apud VERGARA, 1996, p. 335). 
O método numa empresa ou instituição abre caminhos, aponta ou intui soluções, minimiza tempo e 
gastos, estimula o diálogo entre opiniões contrárias e/ou diferentes, resgata a postura ética, cria o espírito de 
participação e responsabilidade comuns na solução de problemas, no enfrentamento de desafios e na conquista 
de metas. 
O(A) administrador(a) de empresas que pauta sua vida por princípios metodológicos adquiridos na 
universidade adquire possibilidades de pensar e ver para além do que lhe é mostrado e exigido; ele(a) pode levar 
a empresa a se destacar e até mesmo inovar em áreas específicas, pois aprendeu a traçar metas e objetivos claros, 
convencidos das hipóteses levantadas, apoiados em referenciais de análise seguros que justificam os argumentos 
expostos. 
Tudo isto como fruto de alguém que aprendeu a pensar, aprendeu a ler, analisar e interpretar - não 
só os textos como a vida - aprendeu, assim, a fazer! Isto também é Comunicação Empresarial! 
A importância da Metodologia Científica para os(as) alunos(as) dos Cursos de Administração de 
Empresas consiste, sobretudo, no salto qualitativo que tal prática pode desencadear, ou seja, no aprender a ser. 
Acreditamos que o mundo acadêmico-científico é uma cartilha - um pouco mais elaborada - para 
aprender a arte de “com-viver”. E “viver-com” é a arte de ser. Quando assimilarmos no cotidiano da vida, não 
apenas as regras metodológicas da ABNT e suas infinitas exceções e peculiaridades, com o objetivo de elaborar 
um trabalho científico de excelência, mas avançarmos, transformando as mesmas regras frias e intelectuais em 
hábitos que integralizam a pessoa, então, estaremos, também, aprendendo a ser. 
Entrar nesse processo significa superarmos a tentação de medir tudo em termos de eficiência e de 
interesses e substituirmos esses critérios quantitativos por intensidade da comunicação, pela difusão dos 
conhecimentos e das culturas, pelo serviço recíproco e a boa harmonia para levar adiante uma tarefa comum 
(LIBÂNIO, 2002, p. 85). 
 
 Esta forma de ver e aprender Metodologia da Pesquisa Científica talvez possa contribuir para um maior 
desempenho dos professores que se responsabilizam pelo seu ensino, uma melhor aceitação da matéria por parte 
dos alunos - nem sempre muito receptivos -, e poderá, finalmente, proporcionar uma dinâmica interdisciplinar 
com as demais matérias visando um ensino eficaz e integrador. 
 
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10 
3 A COMUNICAÇÃO GLOBAL - MÉTODOS E ESTRATÉGIAS DE ESTUDO E 
APRENDIZAGEM 
 
Objetivos: 
Despertar, no aluno, a necessidade de adotar nova postura de estudo, voltada à 
compreensão e avaliação do material de estudo. Refletir sobre o que é ler e seu significado 
dentro da universidade. 
 
 Para Costa et al (2006, p. 19) “a aprendizagem é uma tarefa eminentemente 
pessoal e o estudante deve empenhar-se ao máximo num trabalho individualizado, apoiado no 
domínio e na manipulação de uma série de técnicas e instrumentos que permitam a 
sistematização e o sucesso em seus estudos”. 
 A Comunicação Global apresenta alguns questionamentos/etapas que, ao serem 
respondidos/observados, facilitam o processo de estudo e aprendizagem, como pode-se ver a 
seguir: 
 
3.1 A LEITURA 
 
 De acordo com Andrade (1997, p. 15), “aprender a ler não é um tarefa tão 
simples, pois exige uma postura crítica, sistemática, uma disciplina intelectual por parte do 
leitor, e esses requisitos básicos só podem ser adquiridos através da prática”. 
 
3.1.1 O que é ler? 
a) Ler significa conhecer, eleger,escolher, decifrar, interpretar; 
b) Ler significa distinguir dentre as idéias do autor, do texto lido, aquelas que nos 
são mais importantes, mais significativas, mais sugestivas. 
 
3.1.2 Alcance da leitura: 
a) Ampliar e aprofundar conhecimentos sobre determinado campo cultural ou 
científico, 
 
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11 
b) Aumentar nosso vocabulário pessoal e, por conseqüência, 
c) Comunicarmos nossas idéias de forma mais eficiente 
d) Constitui-se em um dos fatores mais importantes para o aprendizado de 
qualquer conteúdo 
e) Reconhecer os símbolos gráficos do texto; 
f) Compreender o pensamento do autor; 
g) Interpretar o pensamento do autor, além de reter (memorizar) suas idéias 
expostas no texto; 
h) Valorar, isto é, comparar as informações obtidas na leitura com seus próprios 
conceitos e sentimentos, a fim de aceitar ou refutar as afirmações do autor 
 
3.1.3 Tirando proveito da Leitura 
 
 Para que haja efetividade na leitura faz-se necessário ao leitor: 
a) Atenção – entender, assimilar e apreender; 
b) Intenção – vontade, interesse; 
c) Reflexão – observar todos os ângulos; 
d) Espírito Crítico – avaliar o texto lido; 
e) Fazer Análise – fracionar o texto; 
f) Fazer Síntese – sintetizar para reconstruir; 
g) Ter ritmo – particularidade de cada leitor. 
h) Sublinhar ou destacar - colocar em destaque as idéias principais e palavras-
chaves de um texto: 
- Fazer uma primeira leitura integral do texto, sem sublinhá-lo; 
- Em segunda leitura, sublinhar apenas o que é realmente importante: idéias 
principais, dando destaque às palavras-chave. As palavras sublinhadas devem permitir uma 
releitura do texto com a continuidade semelhante à leitura de um telegrama; 
 
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12 
- Destacar passagens importantes do texto, com traços na margem, assim como 
indicar as dúvidas com pontos de interrogação; 
- Não interromper a leitura ao encontrar palavras desconhecidas. Se após a leitura 
completa do texto as dúvidas persistirem, o leitor deverá anotá-las para buscar 
esclarecimentos. 
i) Fazer Esquema - Fazer um esquema é listar os tópicos essenciais do texto, 
com a finalidade de permitir ao leitor uma visualização completa do texto. A partir do 
esquema, é possível estabelecer uma hierarquia das idéias contidas no texto, e destacar as 
diretrizes que estabelecem sua unidade e coerência. 
j) Elaborar Resumo - O resumo é a condensação do texto, guardando seus 
elementos principais. O resumo deve conter os elementos essenciais do texto, tendo-se o 
cuidado de manter as intenções do autor. 
k) Efetuar Análise de texto 
- Analisar significa estudar, decompor, dividir, interpretar. 
- Analisar um texto é separar os elementos e partes que o compõe até alcançar a 
"chave" do autor. 
- É descobrir seu plano e estruturar suas idéias, separando as mais importantes 
(primárias), que dão significado ao texto, das secundárias, que complementam o sentido do 
que está escrito. 
 
3.1.4 Recomendações: 
 
a) O ato de ler deve ser realizado considerando-se que o leitor deve ser o sujeito 
da leitura. E, para tal fim, o leitor deve entender o que lê. 
b) O leitor-sujeito deve compreender, avaliar, discutir e aplicar aquilo que leu; 
c) O leitor como sujeito da leitura deve estar atento para três pontos 
fundamentais: 
- Ter o objetivo de compreender e não apenas memorizar a mensagem contida no 
texto; 
 
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13 
- Avaliar o texto lido e buscar compatibilidade das idéias expressas pelo autor 
com a realidade vivida pelo leitor. 
- Ter uma atitude de constante questionamento, de pergunta, de busca de diálogo 
com o autor do texto, procurando detectar sua verdadeira intenção. 
 
 
���� Para saber mais, leia o artigo abaixo: 
 
Como Estudar3 
 
Métodos de Estudo 
Muitas pessoas se dizem "estudantes", mas na verdade desconhecem o verdadeiro 
sentido da palavra ESTUDAR. 
Estudar é Trabalhar !!! 
Não é somente reler um texto na última hora, um dia antes da prova e depois de 
obter o retorno, em forma de notas baixas, reclamar para si mesmo: - Puxa! Eu estudei 
tanto!!!! 
Estudar é ir à procura da Verdade !!! 
A meta do estudante deve ser: chegar a aprender, enxergar com seus próprios 
olhos. 
Quando uma pessoa estuda algo, ela chega a ter uma opinião própria sobre 
determinado assunto não dependendo de opiniões alheias para tirar suas conclusões. 
Estudo é trabalho Duro, Penoso e Exaustivo que requer Empenho, Dedicação e 
Perseverança. 
Mas afinal de contas: Como estudar????? 
Existem algumas técnicas que auxiliam o estudante a alcançar seus objetivos. Se 
estas técnicas forem seguidas, seguramente o sucesso será alcançado e o próprio aluno 
perceberá que pode ultrapassar seus limites... 
 
Fator Externo 
AMBIENTE 
O ambiente propício para o estudo deverá ser: 
� sossegado, 
 
3
 Texto disponível em: <http://www.espirito.org.br/portal/artigos/ednilsom-comunicacao/como-estudar.html>. 
Acesso em 16/08/06. 
 
 
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14 
� com boa iluminação, 
� sem música, 
� com uma mesa - somente com os materiais básicos para o estudo para que não 
haja distração com outras coisas do tipo: fotos, revistas, etc, 
� uma cadeira confortável (para se manter uma boa postura durante o estudo), 
� um bom dicionário não pode faltar. 
 
Fator Interno 
MOTIVAÇÃO E AUTO DISCIPLINA 
"Um homem sem objetivos não sabe para onde vai" 
Um fator que determina o bom estudo é a vontade de querer saber mais, sem esta 
vontade o aluno não chegará a nenhum lugar. Para que isto aconteça o aluno deve saber onde 
quer chegar, enfim, ter os seus objetivos bem definidos!!! 
A auto disciplina entra aí como um auxiliar do estudante que deve treinar-se para 
ter domínio sobre a fantasia, imaginação, emoções e impulsos. 
A constância vence as impressões de falso cansaço que freqüentemente nos 
assaltam. 
 
Planejamento e Organização 
TEMPO 
É importante que o aluno separe um tempo para estudar. 
A escolha deste período é individual, pois cada pessoa tem os seus compromissos 
pessoais no decorrer da semana. Mas se faz necessário um empenho por parte do estudante 
para descobrir seus horários vagos e se dedicar ao estudo. 
1. Descobrir os períodos de tempo vagos. 
2. Selecionar aqueles períodos do dia em que você se sente mais "disposto"(Ex: 
há pessoas que trabalham melhor à noite, outros logo ao amanhecer...) 
3. Separar pelo menos duas horas para estudo, mas, entre uma hora e outra 
descansar 15 minutos (saia do ambiente de estudo e faça algo para descansar a mente). 
Somente em último caso estude mais que estas 2 horas porque é melhor que você 
tenha 2 horas de estudo por dia com uma certa freqüência ( por exemplo:4 vezes por semana) 
do que 4 horas em um só dia. 
 
Anotações em Sala de Aula 
As anotações em sala de aula são muito importantes para o estudo, pois elas são 
pessoais, ou seja, o aluno escreve com suas palavras o que está entendendo da aula, quando 
nós anotamos algo estamos usando não somente as memórias visual e auditiva. Quando 
escrevemos algo memorizamos mais! 
 
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15 
� Prepare um caderno para anotaçõesou utilize o próprio caderno da matéria a 
ser estudada, porque quando fazemos anotações em qualquer folha corremos o risco de perdê-
la! 
� Crie o hábito de rever as anotações quando chegar em casa, ao revê-las 
podemos relembrar coisas importantes que deixamos de anotar durante a aula. 
� As anotações também podem ser feitas em forma de "MIND MAPPING" 
(Mapas Mentais) 
Obs.: Estas anotações são muito úteis também para serem usadas durante: 
Palestras, Exposições de Trabalhos, Vídeos, etc. 
 
Estudando em Casa 
Com o hábito saudável de estudar com uma certa constância você nunca estará 
com muitas matérias "difíceis" para "tentar decifrar"! 
Tudo será uma grande REVISÃO deixando o estudante mais despreocupado, pois 
ele tem o domínio da matéria! 
1º Passo 
Ler o conteúdo a ser estudado despreocupadamente. 
2º Passo 
Ler o conteúdo sublinhando o que você está achando mais importante no texto. 
3º Passo 
Fazer um questionário sobre o que foi lido. (lembre-se que este material é seu por 
isso tente abordar todos os aspectos do texto! (Não seja um traidor de si mesmo!!) 
4º Passo 
Fazer um "Mapa Mental" do material (observando cores diferentes para as 
ramificações) 
5º Passo 
Se houver exercícios para serem feitos a hora é agora. Depois de ter seguido todos 
estes passos você não encontrará dificuldades em resolvê-los 
 
Dica de Aprofundamento 
Muitos alunos ficam apenas com o que o professor aborda em sala de aula e por 
este motivo, muitas vezes, não chegam a compreender o conteúdo. 
Uma dica legal para que o estudante finalmente se liberte e possa discutir e 
analisar os fatos com mais profundidade é a PESQUISA. 
Muitas vezes atitudes simples nos ajudam a ter mais conhecimento sobre fatos e, 
por este motivo, ser vista como uma pessoa "interessada". 
Levar para a sala de aula um recorte de jornal, ou de uma revista sobre o tema 
estudado é um modo simples de aprofundamento. 
 
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16 
Quando a matéria requer exercícios, como por exemplo matemática, o estudante 
deve procurar em livros de outros autores exercícios diferentes, e a partir destes, o próprio 
aluno poderá criar os seus. 
 
Estudando Exatas 
A matemática sempre foi um "bicho de 7 cabeças" para o estudante. 
Com a aplicação do estudo sistematizado esta MÁ FAMA deverá sumir! 
As dicas são basicamente as mesmas: 
� Prestar atenção às aulas fazendo anotações 
� Tentar resolver alguns exercícios em sala, formulando assim perguntas para o 
professor. 
� Quando chegar em casa: REVISÃO!!! Escreva observações e perguntas, se as 
tiver. 
� Pesquisar outros livros é muito importante para o domínio da matéria! 
 
Dica 
"PERGUNTAR É SINÔNIMO DE INTELIGÊNCIA E INTERESSE, POIS QUEM 
NÃO PERGUNTA É PORQUE PROVAVELMENTE ESTÁ COM A MENTE VOANDO FORA 
DA SALA DE AULA" 
Seguindo estes conselhos práticos o estudante, sem sombra de dúvidas, irá 
alcançar êxito em sua carreira e, é claro, que este êxito se refletirá em boas notas!!!! 
BONS ESTUDOS!!!!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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17 
4 A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO 
 
Objetivos: 
Apresentar o conceito de Conhecimento e seus diversos tipos. Situar o aluno sobre 
qual nível de conhecimento adotar na universidade. 
 
Para Seabra (2001, p. 13) “o conhecimento tem sua origem no conjunto de 
informações adquiridas desde a infância, por meio do aprendizado resultante do contato com 
pais, irmãos, amigos professores, leituras de livros, meios de comunicação, observações, 
experimentos e reflexões pessoais”. 
 Nesse sentido, Seabra afirma que “conhecer é elucidar a realidade”, sendo que 
o ato de conhecer é o processo de interação efetuado entre o indivíduo e a realidade, 
permitindo descobrir a sua forma de ser ou, pelo menos, adquirir respostas provisórias para 
um problema definido (2001). 
Para a Epistemologia, disciplina filosófica que tem como objetivo refletir sobre a 
problematização do conhecimento, este, o conhecimento, é o resultado da relação entre sujeito 
e objeto. 
 
O Homem adquire conhecimento:
� Pelo que recebe dos antepassados
� Pelas próprias descobertas
� Pelas suas investigações
A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
CONHECIMENTO: é o resultado da relação entre
SUJEITO OBJETO
CONHECIMENTO: é a apreensão da realidade
 
Figura 2 – A Construção do Conhecimento 
 
 
 
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18 
Guedes (1997) conclui: 
Assim, suas bases fundamentais para reflexão são esses dois elementos do 
conhecimento. Desenvolvendo o que constitui cada um deles, é possível se entender 
as possibilidades e os diferentes tipos de conhecimento que o homem constrói para 
melhor se adaptar ao mundo e para manter a sua sobrevivência (p. 25). 
 
4.1 TIPOS DE CONHECIMENTO 
 
No processo de apreensão da realidade do objeto, o sujeito cognoscente pode 
penetrar em todas as esferas do conhecimento: ao estudar o homem, por exemplo, pode-se 
tirar uma série de conclusões sobre a sua atuação na sociedade, baseada no senso comum ou 
na experiência cotidiana; pode-se analisá-lo como um ser biológico, verificando através de 
investigação experimental, as relações existentes entre determinados órgãos e suas funções; 
pode-se questioná-lo quanto à sua origem e destino, assim como quanto à sua liberdade; 
finalmente, pode-se observá-lo como ser criado pela divindade, à sua imagem e semelhança, e 
meditar sobre o que dele dizem os textos sagrados. 
Apesar da separação metodológica entre os tipos de conhecimento popular, 
filosófico, religioso e científico, estas formas de conhecimento podem coexistir na mesma 
pessoa: um cientista, voltado, por exemplo, ao estudo da física, pode ser crente praticante de 
determinada religião, estar filiado a um sistema filosófico e, em muitos aspectos de sua vida 
cotidiana, agir segundo conhecimentos provenientes do senso comum. 
A seguir, algumas características desses tipos de conhecimento: 
 
4.1.1 Conhecimento Empírico, ou vulgar, ou senso comum 
 
É o tipo de conhecimento comum a todo ser vivo. É superficial, sensitivo, 
subjetivo, assistemático, acrítico (ANDER-EGG apud MARCONI e LAKATOS, 2003): 
a) Superficial - conforma-se com a aparência, com aquilo que se pode comprovar 
simplesmente estando junto das coisas. 
b) Sensitivo - referente a vivências, estados de ânimo e emoções da vida diária. 
 
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19 
c) Subjetivo - é o próprio sujeito que organiza suas experiências e 
conhecimentos. 
d) Assistemático - a organização das experiências não visa a uma sistematização 
das idéias, nem da forma de adquiri-las nem na tentativa de validá-las. 
e) Acrítico - verdadeiros ou não, a pretensão de que esses conhecimentos o sejam 
não se manifesta sempre de uma forma crítica. 
 
4.1.2 Conhecimento Filosófico 
 
Busca respostas para as interrogativas fundamentais da existência, não por meio 
da crença, numa revelação transcendental, mas mediante o raciocínio lógico. De onde se 
originou o Cosmos? Existe vida após a morte? Matéria e espírito são inseparáveis? As 
respostas o homem busca em várias áreas do saber. É valorativo, racional, sistemático, não 
verificável, infalível e exato. 
a) Valorativo - seu ponto de partida consiste em hipóteses, que não poderão ser 
submetidas à observação. As hipóteses filosóficas baseiam-se na experiênciae não na 
experimentação. 
b) Não verificável - os enunciados das hipóteses filosóficas não podem ser 
confirmados nem refutados. 
c) Racional - consiste num conjunto de enunciados logicamente correlacionados. 
d) Sistemático - suas hipóteses e enunciados visam a uma representação coerente 
da realidade estudada, numa tentativa de apreendê-la em sua totalidade. 
e) Infalível e exato - suas hipóteses e postulados não são submetidos ao decisivo 
teste da observação, experimentação. 
A filosofia encontra-se sempre à procura do que é mais geral, interessando-se pela 
formulação de uma concepção unificada e unificante do universo. Para tanto, procura 
responder às grandes indagações do espírito humano, buscando até leis mais universais que 
englobem e harmonizem as conclusões da ciência. 
 
 
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20 
 
4.1.3 Conhecimento Teológico 
 
Busca da compreensão dos fenômenos da natureza imaginando a intervenção de 
seres sobrenaturais, através da criação de mitos e de dogmas. 
Apóia-se em doutrinas que contêm proposições sagradas, valorativas, por terem 
sido reveladas pelo sobrenatural, inspiracional e, por esse motivo, tais verdades são 
consideradas infalíveis, indiscutíveis e exatas. É um conhecimento sistemático do mundo 
(origem, significado, finalidade e destino) como obra de um criador divino. Suas evidências 
não são verificadas. Está sempre implícita uma atitude de fé perante um conhecimento 
revelado. 
O conhecimento religioso ou teológico parte do princípio de que as verdades 
tratadas são infalíveis e indiscutíveis, por consistirem em revelações da divindade, do 
sobrenatural. 
 
4.1.4 Conhecimento Científico 
 
Estudo da natureza física visando à compreensão de seus fenômenos, a sua 
classificação e a dominação dela por parte do homem e em seu benefício, usando métodos 
rigorosos de investigação. É real (factual), contingente, sistemático, verificável, falível, 
aproximadamente exato. 
a) Real, factual - lida com ocorrências, fatos, isto é, toda forma de existência que 
se manifesta de algum modo. 
b) Contingente - suas proposições ou hipóteses têm a sua veracidade ou falsidade 
conhecida através da experimentação e não pela razão, como ocorre no conhecimento 
filosófico. 
c) Sistemático - saber ordenado logicamente, formando um sistema de idéias 
(teoria) e não conhecimentos dispersos e desconexos. 
d) Verificável - as hipóteses que não podem ser comprovadas não pertencem ao 
âmbito da ciência. 
 
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21 
e) Falível - em virtude de não ser definitivo, absoluto ou final. 
f) Aproximadamente exato - novas proposições e o desenvolvimento de novas 
técnicas podem reformular o acervo de teoria existente. 
Lakatos (2003, p. 80) conclui que: 
[...] estas formas de conhecimento podem coexistir na mesma pessoa: um cientista, 
voltado, por exemplo, ao estudo da física, pode ser crente praticante de determinada 
religião, estar filiado a um sistema filosófico e, em muitos aspectos de sua vida 
cotidiana, agir segundo conhecimentos provenientes do senso comum. 
 
Resumindo: 
 
TIPO DE 
CONHECIMENTO 
MEIO 
UTILIZADO 
Empírico Experiência 
Filosófico Razão 
Teológico Crença 
Científico Experimentação 
 
 
���� Para refletir sobre o assunto, leia o artigo abaixo: 
 
CONHECIMENTO E HUMANIZAÇÃO4 
Margarida Montejano da Silva 
RESUMO: Refletir sobre os caminhos trilhados pela humanidade e sobre as implicações da ação 
do homem no domínio da natureza e na construção de si mesmo é o objetivo desta reflexão. Consciente de que 
esta apropriação só foi possível graças a ciência e o conhecimento historicamente elaborado e construído 
coletivamente, torna-se imprescindível uma permanente atitude crítica frente aos desafios que ameaçam o 
processo de humanização. 
O ser humano foi, ao longo do tempo, distanciando-se de sua natureza animal e, com isso, 
aproximando-se da possibilidade de sua humanização. Podemos dizer que, na luta pela sobrevivência, o homem 
aprendeu a agir sobre a natureza e percebeu que isso lhe trazia prazer e poder sobre os outros animais. Percebeu-
se como um feixe de possibilidades num universo a construir. Para alimentar-se e proteger-se dos animais 
ferozes, o homem primitivo endireitou o corpo, aprendeu a correr do perigo, subiu em árvores, esticou os 
membros, controlou o fogo e desenvolveu a habilidade motora fina. Viu que isso era bom e que, por conta da 
precisão do movimento do seu polegar opositor, era possível construir ferramentas. Construiu o arco, a flecha, o 
facão e, dentre outras construções, registrou suas observações nas pedras e paredes. Construiu a escrita. 
 
4
 Disponível em: 
<https://www.unipinhal.edu.br/ojs/educacao/include/getdoc.php?id=13&article=3&mode=pdf>. Acesso em 
16/01/2007. 
 
 
Apostila elaborada pela Professora Sandra Márcia de Souza Cartaxo - versão Agosto/2009 
Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas (FACET) 
22 
De uma idéia à outra, inventando aqui e acolá, o homem foi produzindo a história. Com sua 
capacidade criadora, curiosa e criativa, modificou os espaços naturais e produziu a si mesmo, recriando sua 
segunda natureza – a cultura. Entendeu que o conhecimento produzido ganhava qualidade à medida que se 
transformava noutros saberes e foi aí que percebeu que todo conhecimento humano era uma construção coletiva. 
Que quanto mais pessoas dele se apropriavam, mais qualidade a ele era acrescentada, mais rica e prazerosa 
tornava-se a vida. 
Hoje, a humanidade se aperfeiçoa a cada momento e todos os homens da terra gozam dos avanços 
da ciência e da tecnologia. A consciência do sentido do conhecimento produziu o novo ser do homem, que à 
guerra, prefere a paz. À ganância, elege a partilha. À escravidão, escolhe a liberdade e, ao grito, opta pelo 
diálogo. Essa é a sua linguagem e dessa nova consciência sobre o conhecimento se desvela a sua humanização. 
Essa é a história que gostaríamos de escrever, de contar para os nossos filhos, netos, alunos... De 
ver registrada em nossas memórias, livros e discos. Mas, as coisas não são bem assim. Sabemos que no processo 
civilizatório a distribuição do conhecimento não se deu de forma eqüitativa e que tampouco o acesso a ele por 
todos foi possível. 
Ao contrário do exposto na “história” acima, o homem se apropriou de maneira indébita da ciência 
e dos conhecimentos produzidos. Descobriu-se forte com os avanços do conhecimento e percebeu-se mais uma 
vez dominador. Tomou para si os espaços construídos para a ampliação do conhecimento e os reservou aos seus. 
Mandou construir cercas, grades e armas para se proteger. Escreveu palavras de ordem e submissão, 
subserviência e determinismos. Criou mecanismos de ‘educação’ para um mundo cada vez mais individualista, 
desumano e pobre. Cruel e distante da sua humanização. 
Não podemos negar que o homem atingiu patamares incalculáveis na história e que, ao 
desenvolver a cultura, produziu-se a si mesmo. Contudo, neste processo de civilização, percebeu que, além dos 
benefícios produzidos à humanidade, o conhecimento estava intimamente ligado ao poder e isso lhe possibilitava 
a idéia de controle e de manutenção de privilégios. 
Entretanto, sabemos que outros fatores sócio-econômico-políticos foram contribuindo para a 
tecitura da história. Que as ideologias que enraizaram a ambição, o egoísmo e os individualismos foram tomando 
lugar na vida humana e hoje se fazem mais presentes do que nunca. A sociedade civilizada, resultado do trabalho 
humano, mostra acintosamente as riquezas que os homens podem usufruir, ao mesmotempo revela-se 
contraditória, desigual, colocando à margem das conquistas e dos benefícios do processo civilizatório, a maioria 
dos seres humanos. O futuro parece certo, definido, claro. Cada coisa e cada um no seu lugar... 
[...] Sempre recusei o fatalismo. Prefiro a rebeldia que me confirma como gente e que jamais 
deixou de provar que o ser humano é maior do que os mecanismos que o minimizam. (FREIRE, 1997, p. 130) 
Optando pela rebeldia que me confirma como gente, concordarmos com o pensamento de Freire - 
as coisas não estão prontas e nada é em definitivo. O mesmo conhecimento que cumulou o homem de poder e 
inteligência sobre a natureza e sobre si, dota-nos de consciência sobre os estragos produzidos pela má utilização 
da ciência e dos conhecimentos produzidos. Mostra-nos a conseqüência dos egoísmos e das ganâncias humanas e 
nos convida a refletir cotidianamente sobre o processo de marginalização do ser do homem. 
Hoje, as naturezas física e humana se rebelam, clamam pela reflexão sobre o conhecimento e 
esperam por atos concretos rumo à construção de um amanhã mais próximo da nossa humanização. À educação 
e à arte, o feixe de possibilidades se abre. E, a nós, ávidos de esperança e preocupados com o contar de uma nova 
história, se apresenta o desafio de escrevê-la sob uma outra perspectiva. A perspectiva da indignação. Provar, 
com nossa capacidade de transgredir, com nossa rebeldia humana, que o futuro não está dado. Que a vida pode e 
deve ser melhorada com a nossa luta e que o conhecimento do bem é maior que o conhecimento do poder que 
ora nos desumaniza. 
Que a educação e a arte impressas na veia humana possam fazer as perguntas que ainda não foram 
feitas e provar, num breve tempo, que todos os seres humanos têm condições de construir o conhecimento. Que 
todo conhecimento humano é sempre uma construção e reconstrução coletiva e que a verdade sobre o 
conhecimento é sempre uma verdade provisória. 
Para Jorge Luiz Borges, “não há um instante que não esteja carregado como uma arma” Quem 
sabe, possamos aprender nas transgressões do momento, que o conhecimento está carregado de nossa 
humanização e nós, por cegueira, quem sabe, dele ainda não tomamos consciência. 
 
 
 
Apostila elaborada pela Professora Sandra Márcia de Souza Cartaxo - versão Agosto/2009 
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23 
5 SISTEMATIZAÇÃO DO ESTUDO 
 
 
Objetivos: 
Apresentar os diversos tipos de trabalhos acadêmicos. Destacar sua importância 
para a pesquisa e para a produção do Trabalho Final de Graduação. Exercitar a elaboração de 
Resumos, Esquemas, Fichamento. 
 
De acordo com Costa et al (2006, p. 15): 
Quando falamos em dificuldades na produção acadêmica seja a elaboração de 
sínteses, fichamento, relatórios ou até de uma monografia, não podemos deixar de 
levar em consideração que estas dificuldades advêm, muitas vezes, da ausência, para 
muitos, de uma sistemática de estudo realmente eficaz e eficiente. 
 
Como elaborar um bom trabalho acadêmico se as leituras necessárias, embora 
tenham sido feitas, não proporcionaram, de fato, a apreensão do conteúdo tratado? Como 
escrever bem, com coesão, clareza e boa argumentação, se as leituras que fazemos são 
superficiais? 
 Dessa forma, considerando que a aprendizagem é uma tarefa eminentemente 
pessoal e o estudante deve empenhar-se ao máximo num trabalho individualizado, apoiado no 
domínio e na manipulação de uma série de técnicas e instrumentos que permitam a 
sistematização e o sucesso em seus estudos, apresentamos alguns desses instrumentos que 
facilitarão a apreensão do estudo. 
 
5.1 ESQUEMA 
 
O esquema é um registro gráfico (bastante visual) dos pontos principais de um 
determinado conteúdo. Não há normas para elaboração do esquema, ele deve ser um registro 
útil para você, por isso, é você quem deve definir a melhor maneira de fazê-lo. Um bom 
esquema, porém, deve: 
a) Evidenciar o esqueleto do texto (ou da aula, do filme, da palestra, etc.) em 
questão, apresentando rapidamente a organização lógica das idéias e a relação entre elas; 
 
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b) Ser o mais fiel possível ao texto, limitando-se a reproduzir e compreender o 
conteúdo esquematizado. 
 
5.2 RESUMO 
 
Resumir é apresentar de forma breve, concisa e seletiva um certo conteúdo. Isto 
significa reduzir a termos breves e precisos a parte essencial de um tema. Saber fazer um bom 
resumo é fundamental no percurso acadêmico de um estudante em especial por lhe permitir 
recuperar rapidamente idéias, conceitos e informações com as quais ele terá de lidar ao longo 
de seu curso. 
Em geral um bom resumo deve ser: 
a) Breve e conciso: no resumo de um texto, por exemplo, devemos deixar de lado 
os exemplos dados pelo autor, detalhes e dados secundários; 
b) Pessoal: um resumo deve ser sempre feito com suas próprias palavras. Ele é o 
resultado da sua leitura de um texto 
c) Logicamente estruturado: um resumo não é apenas um apanhado de frases 
soltas. Ele deve trazer as idéias centrais (o argumento) daquilo que se está resumindo. Assim, 
as idéias devem ser apresentadas em ordem lógica, ou seja, como tendo uma relação entre 
elas. O texto do resumo deve ser compreensível. 
O resumo tem várias utilizações. Isto significa também que existem vários tipos 
de resumo. Você irá encontrar resumos como parte de uma monografia, antes de um artigo, 
em catálogos de editoras, em revistas especializadas, em boletins bibliográficos, etc. 
Por isso, antes de fazer um resumo você deve saber a que ele se destina, para 
saber como ele deve ser feito. Em linhas gerais, costuma-se dizer que há 3 tipos usuais de 
resumo: o resumo indicativo, o resumo informativo e o resumo crítico (ou resenha). 
 
5.2.1 Resumo Indicativo 
 
Não dispensa a leitura do texto completo, faz uma referência às partes mais 
importantes do texto, descrevendo a natureza, forma e objetivo do texto-base, utilizando-se de 
 
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frases curtas. É também conhecido como abstract (resumo, em inglês). Este tipo de resumo 
apenas indica os pontos principais de um texto, sem detalhar aspectos como exemplos, dados 
qualitativos ou quantitativos, etc. 
Um bom exemplo deste tipo de resumo são as sinopses de filmes publicadas nos 
jornais. Ali você tem apenas uma idéia do enredo de que trata o filme. 
 
5.2.2 Resumo Informativo 
 
Também conhecido, em inglês, como summary, este tipo de resumo informa o 
leitor sobre outras características do texto. Se o texto é o relatório de uma pesquisa, por 
exemplo, um resumo informativo não diz apenas do que trata a pesquisa (como seria o resumo 
indicativo), mas informa as finalidades da pesquisa, a metodologia utilizada e os resultados 
atingidos. 
Um bom exemplo disto são os resumos de trabalhos científicos publicados nos 
anais de congressos. A principal utilidade dos resumos informativos no campo científico é 
auxiliar o pesquisador em suas pesquisas bibliográficas (link para pesquisa bibliográfica). 
Imagine-se procurando textos sobre seu tema de pesquisa. Quais você deve 
realmente ler? Para saber isso, procure um resumo informativo de cada texto. 
 
5.2.3 Resumo Crítico 
 
Este o tipo de resumo mais solicitados pelos professores. O resumo crítico é uma 
redação técnica que avalia de forma sintética a importância de uma obra científica ou literária. 
Quando um resumo crítico é escrito para ser publicado em revistas especializadas, 
é chamado de Resenha. 
A resenha (ou resumo crítico) não é apenas um resumo informativo ou indicativo. 
A resenha pede um elementoimportante de interpretação de texto. Você só fará uma boa 
resenha se tiver lido um texto ao menos até a quarta etapa de leitura, na classificação sugerida 
por Antônio Severino. 
 
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26 
Por isso, antes de começar a escrever seu resumo crítico você deve se certificar de 
ter feito uma boa leitura do texto, identificando: 
a) Qual o tema tratado pelo autor? 
b) Qual o problema que ele coloca? 
c) Qual a posição defendida pelo autor com relação a este problema? 
d) Quais os argumentos centrais e complementares utilizados pelo autor para 
defender sua posição? 
Uma vez tendo identificado todos estes pontos, que devem estar retratados no seu 
esquema do texto, você já tem material para escrever metade do seu resumo crítico. Este 
material já é suficiente para fazer um resumo informativo, mas, para um resumo crítico, falta 
a crítica, ou seja, a sua análise sobre o texto. E o que é esta análise? 
A análise é, em síntese, a capacidade de relacionar os elementos do texto lido com 
outros textos, autores e idéias sobre o tema em questão, contextualizando o texto que está 
sendo analisado. Para fazer a análise, portanto, certifique-se de ter: 
a) Informações sobre o autor, suas outras obras e sua relação com outros autores 
b) Elementos para contribuir para um debate acerca do tema em questão 
c) Condições de escrever um texto coerente e com organicidade 
 A partir daí você pode escrever um texto que, em linhas gerais, dece 
apresentar: 
a) Nos parágrafos iniciais, uma introdução à obra resenhada, apresentando 
- o assunto/ tema 
- o problema elaborado pelo autor 
- a posição do autor diante deste problema 
b) No desenvolvimento, a apresentação do conteúdo da obra, enfatizando: 
- as idéias centrais do texto 
- os argumentos e idéias secundárias 
c) Por último, uma conclusão apresentando sua crítica pessoal, ou seja: 
- uma avaliação das idéias do autor frente a outros textos e autores 
 
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- uma avaliação da qualidade do texto, quanto à sua coerência, validade, 
originalidade, profundidade, alcance, etc. 
 
5.3 FICHAMENTO 
 
“A ficha é um instrumento de trabalho importante para qualquer tipo trabalho 
científico ou de pesquisa, pois permite acumular um número significativo de material 
bibliográfico” (COSTA, 2006, p. 21). 
É uma forma de investigação que se caracteriza pelo ato de fichar (registrar) todo 
o material necessário à compreensão de um texto ou tema. Para isso, é preciso usar fichas que 
facilitam a documentação e preparam a execução do trabalho. Não só, mas é também uma 
forma de estudar/assimilar criticamente os melhores textos/temas de sua formação acadêmico-
profissional. Um fichamento completo deve apresentar os seguintes dados: 
a) Indicação bibliográfica – mostrando a fonte da leitura; 
b) Resumo – sintetizando o conteúdo da obra. Trabalho que se baseia no esquema 
(na introdução pode fazer uma pequena apresentação histórica ou ilustrativa); 
c) Citações – apresentando as transcrições significativas da obra; 
d) Comentários – expressando a compreensão crítica do texto, baseando-se ou não 
em outros autores e outras obras; 
e) Ideação – colocando em destaque as novas idéias que surgiram durante a 
leitura reflexiva. 
Exemplos: 
 
Título:
Autor(a):
Referência Bibliográfica:
Indicado para: 
FICHA BIBLIOGRÁFICA
Referências Importantes/anotações
 
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5.4 SEMINÁRIO 
 
Na visão de Santos (2005), o Seminário é um dos mais conhecidos tipos de 
atividades acadêmicas e científicas. Tem como suporte a leitura, o estudo, o resumo, a análise 
de texto, fundamentais para a produção de conhecimento organizado. 
Pode ser conceituado como uma técnica de pesquisa e pode se desdobrar em 
atividades de estudos individuais ou em grupos. 
É um recurso didático-científico bastante dinâmico visto que pode explorar a 
capacidade de alunos, professores e participantes. 
Sempre que se realizar um seminário deve-se realizar a avaliação do mesmo pelos 
seus participantes. Verifica-se: se o conteúdo versou sobre o tema escolhido; se teve unidade, 
seqüência, equilíbrio; se o tema foi tratado de forma adequada. A avaliação se estende à 
exposição, verificando se ela foi adequada quanto ao vocabulário, ao controle do grupo e ao 
uso de recursos didáticos. 
O objetivo fundamental de um seminário é a apresentação para debate de um 
estudo aprofundado de uma questão. Isto implica que, para participar de um seminário, deve-
se providenciar: 
Título:
Autor(a):
Referência Bibliográfica:
Indicado para: 
FICHA DE CONTEÚDO
Resumo
Citações importantes
Comentários
 
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a) Um estudo aprofundado que não se restrinja às características de um 
fichamento; 
b) Um estudo com vistas à comunicação e discussão; 
c) Um estudo que só pode ser bem debatido se partir de um texto-roteiro, 
preferencialmente entregue aos demais participantes. 
Sendo assim, é importante definir algumas tarefas: 
 
5.4.1 Tarefas em Grupo 
 
a) problematização do tema (geralmente introduzido pelo professor); 
b) estabelecimento de um cronograma que preveja: 
- encontro de grupo para analisar a lista bibliográfica, visando levantamento e 
seleção de livros; 
- encontro para discussão da problemática à luz das fichas de leitura dos 
integrantes do grupo, que já devem ter lido e fichado os textos; 
- encontro para elaboração de um texto-roteiro para o seminário, que deve ser 
distribuído aos demais componentes da turma, depois da apresentação; 
- encontro para operacionalizar a apresentação do seminário (recursos 
 
5.4.2 Tarefas Individuais 
- elucidação do tema ou do texto (ver sua pare dentro do grupo) 
- leituras e fichamento 
- situar sua parte no contexto do grupo 
 
5.5 ARTIGO CIENTÍFICO 
 
O artigo é a apresentação sintética, em forma de relatório escrito, dos resultados 
de investigações ou estudos realizados a respeito de uma questão. O objetivo fundamental de 
 
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30 
um artigo é o de ser um meio rápido e sucinto de divulgar e tornar conhecidos, através de sua 
publicação em periódicos especializados, a dúvida investigada, o referencial teórico utilizado 
(as teorias que serviam de base para orientar a pesquisa), a metodologia empregada, os 
resultados alcançados e as principais dificuldades encontradas no processo de investigação ou 
na análise de uma questão. Assim, os problemas abordados nos artigos podem ser os mais 
diversos: podem fazer parte quer de questões que historicamente são polemizadas, quer de 
problemas teóricos ou práticos novos. 
 
 
5.5.1 Estrutura do Artigo 
 
 
O artigo possui a seguinte estrutura: 
 
a) Título - Deve compreender os conceitos-chave que o tema encerra, e ser 
numerado para indicar, em nota de rodapé, a finalidade do mesmo. 
b) Autor(es) - O autor do artigo deve vir indicado do centro para a margem 
direita. Caso haja mais de um autor, os mesmos deverão vir em ordem alfabética, ou se 
houver titulações diferentes deverão seguir a ordem da maior para a menor titulação. Os dados 
da titulação de cadaum serão indicados em nota de rodapé através de numeração ordinal. 
c) Resumo e Abstract - Texto, com uma quantidade predeterminada de palavras, 
onde se expõe o objetivo do artigo, a metodologia utilizada para solucionar o problema e os 
resultados alcançados. O Abstract é o resumo traduzido para o inglês, sendo que alguns 
periódicos aceitam a tradução em outra língua. 
d) Palavras-chave - São palavras características do tema que servem para indexar 
o artigo, até 6 palavras. 
 
5.5.2 Corpo do Artigo 
 
a) Introdução - O objetivo da Introdução é situar o leitor no contexto do tema 
pesquisado, oferecendo uma visão global do estudo realizado, esclarecendo as delimitações 
estabelecidas na abordagem do assunto, os objetivos e as justificativas que levaram o autor a 
tal investigação para, em seguida, apontar as questões de pesquisa para as quais buscará as 
respostas. Deve-se, ainda, destacar a Metodologia utilizada no trabalho. Em suma: apresenta e 
delimita a dúvida investigada (problema de estudo - o quê), os objetivos (para que serviu o 
estudo) e a metodologia utilizada no estudo (como). 
 
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b) Desenvolvimento - Nesta parte do artigo, o autor deve: 
- fazer uma exposição e uma discussão das teorias que foram utilizadas para 
entender e esclarecer o problema, apresentando-as e relacionando-as com a dúvida 
investigada; 
- apresentar as demonstrações dos argumentos teóricos e/ou de resultados que as 
sustentam com base dos dados coletados; 
c) Conclusão - Após a análise e discussões dos resultados, são apresentadas as 
conclusões e as descobertas do texto, evidenciando com clareza e objetividade as deduções 
extraídas dos resultados obtidos ou apontadas ao longo da discussão do assunto. Neste 
momento são relacionadas às diversas idéias desenvolvidas ao longo do trabalho, num 
processo de síntese dos principais resultados, com os comentários do autor e as contribuições 
trazidas pela pesquisa. 
Cabe, ainda, lembrar que a conclusão é um fechamento do trabalho estudado, 
respondendo às hipóteses enunciadas e aos objetivos do estudo, apresentados na Introdução, 
onde não se permite que nesta seção sejam incluídos dados novos, que já não tenham sido 
apresentados anteriormente. 
d) Referências - Referências são um conjunto de elementos que permitem a 
identificação, no todo ou em parte, de documentos impressos ou registrados em diferentes 
tipos de materiais. As publicações devem ter sido mencionadas no texto do trabalho e devem 
obedecer as Normas da ABNT 6023/2000. Trata-se de uma listagem dos livros, artigos e 
outros elementos de autores efetivamente utilizados e referenciados ao longo do artigo. 
 
5.6 PAINEL 
 
O painel é uma forma de apresentação dos resultados dos trabalhos realizados em 
torno de um tema. 
 
5.6.1 Tamanho do Painel 
As dimensões do Painel são: 0,90m (largura) x 1m (altura). Recomenda-se que as 
ilustrações (fotos, esquemas, tabelas, gráficos e equações) ocupem no máximo 40 % da área 
total. O texto do painel deverá ser legível a uma distância de pelo menos 2 metros; 
 
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5.6.2 Seqüência para apresentação de dados do Painel 
 
a) Nome da Instituição: em letras minúsculas, com as iniciais em maiúsculas e 
centralizado; 
b) Título do trabalho: em letras maiúsculas, em negrito e centralizado; 
c) Nome(s) do(s) autor(es): em letras minúsculas, com as iniciais em maiúsculas e 
alinhado à margem direita; 
d) Nome do Orientador: em letras minúsculas, com as iniciais em maiúsculas e 
alinhado à margem direita; 
 
5.6.3 Corpo do Painel 
 
a) Introdução: a importância do assunto deve ser destacada resumidamente na 
forma de introdução ou equivalente; 
b) Metodologia: dar uma idéia compacta da metodologia ou forma de abordagem 
da pesquisa; 
c) Resultados e discussão: indicar apenas os de maior destaque; 
d) Conclusões: indicar as principais conclusões, a partir dos resultados obtidos; 
e) Referências: relacionar em formato resumido, apenas as mais diretamente 
ligadas ao assunto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6 CITAÇÕES E NOTAS DE RODAPÉ 
 
Objetivos: 
Orientar para a elaboração de citações na produção de Trabalhos Acadêmicos. 
 
 A elaboração de citações está disciplinada na NBR 10520:2002. A partir da 
leitura da documentação existente sobre o assunto estudado, para dar ênfase a certos aspectos 
abordados, o estudioso usa citações ou pontos de vista de outros pesquisadores ao longo do 
texto ou em notas de rodapé. Citação é uma "menção de uma informação extraída de outra 
fonte." (ABNT 2002, p. 1). 
 
6.1 CITAÇÃO 
 
 É a menção no texto de uma informação colhida de outra fonte. Pode ser direta, 
indireta e citação de citação. 
 
6.1.1 Citação Direta 
 
“Transcrição textual de parte da obra do autor consultado.” (NBR, 10520, p. 2). 
Podem ser apresentadas de duas formas: até três linhas escreve-se normalmente 
no texto e vêm entre aspas. Acima de três linhas, devem ser destacadas com recuo de 4 cm da 
margem esquerda, com letras fonte tamanho 10, sem aspas e com espacejamento simples. 
A indicação de autoria poderá ser inserida no texto em letras maiúsculas e 
minúsculas ou com letras maiúsculas quando estiverem entre parênteses. 
a) Exemplo de citação até 3 linhas com autor inserido no texto: 
Para Minayo (2001, p. 22) “o conjunto de dados quantitativos e qualitativos não 
se opõem, ao contrário, se complementam”. 
b) Exemplo de citação até 3 linhas com autor inserido entre parênteses, no 
final da citação: 
 
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“O professor universitário precisa de consolidada experiência de pesquisa para 
bem ensinar; o aluno da universidade precisa de uma vivência de prática investigativa para 
bem aprender.” (LIMA, 2004, p.18). 
 
c) Exemplo de citação com mais de 3 linhas com autor inserido entre 
parênteses, no final da citação: 
 
A ciência é a busca do conhecimento sistemático dos fenômenos da natureza e 
abrange um conjunto de conhecimentos racionais – certos e prováveis – obtidos 
segundo determinado método, sendo sistematizados e verificáveis, com a 
característica adicional de fazerem referência a objetos de uma mesma natureza. 
(OLIVEIRA, 2003, p. 39). 
 
d) Exemplo de citação com mais de 3 linhas com autor inserido no texto: 
Oliveira (2003, p. 39) ao abordar sobre ciência destaca que a mesma é 
[...] a busca do conhecimento sistemático dos fenômenos da natureza e abrange um 
conjunto de conhecimentos racionais – certos e prováveis – obtidos segundo 
determinado método, sendo sistematizados e verificáveis, com a característica 
adicional de fazerem referência a objetos de uma mesma natureza. 
 
6.1.2 Citação Indireta 
 
É a expressão da idéia contida na fonte citada, sem transcrição, dispensando o uso 
de aspas duplas. 
 
6.1.3 Citação de citação 
 
Consiste na transcrição direta ou indireta de um texto ao qual não se teve acesso 
ao original. Neste caso, a citação é feita pelo nome do autor original, seguido da expressão 
apud e do nome do autor da obra consultada. 
a) Exemplo de citação de citação transcrita de forma direta: 
Lênin (1999 apud MINAYO, 2001, p.16) diz que “o método é a alma da teoria”. 
 
Apostila elaborada pela Professora Sandra Márcia de Souza Cartaxo -

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