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Prévia do material em texto

Temos agora o texto final do novo Código 
Florestal Brasileiro, publicado através da Lei 
12.651, de 25 de maio de 2012, modificada pela 
Lei 12.727, sancionada em 17 de outubro de 2012 
e regulamentada pelo Decreto 7.830. Este 
conjunto de normas prevê como devem ser as 
propriedades rurais do Brasil a partir de agora. 
 
 O valor da Lei é igual para antigas e novas 
propriedades. Mas cada uma tem obrigações 
diferentes a cumprir, de acordo com as 
características e o período de ocupação. 
 
 
 Primeiro, vamos entender termo a termo, o que 
cada nome representa: 
 
 Módulo Fiscal: Unidade de medida de terras, 
calculada em hectares. Um módulo é 
equivalente a determinado número de hectares, 
diferente para cada município do Brasil. O 
principal critério para determinar o tamanho do 
módulo fiscal é a produtividade da terra. 
 
 Tamanho das propriedades: 
 Pequena – Até 4 Módulos Fiscais 
 Grande – Acima de 4 Módulos Fiscais 
 
 Amazônia Legal: Acre, Pará, Amazonas, Roraima, 
Rondônia, Amapá Mato Grosso, norte do Tocantins 
e Goiás e oeste do Maranhão. 
 
 Reserva Legal: Área obrigatoriamente protegida 
dentro da propriedade rural, específica para cada 
Bioma. 
 
 Área de Preservação Permanente (APPs): Área 
protegida para preservação de recursos naturais 
em zonas de maior fragilidade para o solo e a 
biodiversidade. 
 
 Área Rural Consolidada: Área rural ocupada com 
atividade agrossilvipastoris anteriores a 22 de 
julho de 2008. 
 
 Propriedade Rural Familiar/ Subsistência: Área 
rural de pequeno porte, ocupada por uma família 
para a produção para o consumo próprio. O 
excedente da produção pode ser destinado à 
venda. Assentamentos e projetos de reforma 
agrária estão incluídos aqui. 
 
 Atividade Consolidada ou Tradicional: Atividade 
agrossilvipastoril praticada antes de 22 de julho 
de 2008. Áreas em regime de Pousio estão 
incluídas. 
 
 Recomposição: Plantio de novas mudas em área 
desmatada. 
 
 
Na Amazônia Legal: 
Floresta – 80% 
Cerrado – 35% 
Campos Gerais – 20% 
 
Demais áreas: 20% 
 
 
 O Novo Código respeita as legislações vigentes na 
época de ocupação das propriedades. Portanto, as 
áreas de Reserva Legal desmatadas em 
conformidade com a lei da época do desmatamento 
não precisam ser reflorestadas em nenhuma região 
do Brasil. 
 
 Em propriedades de até quatro módulos fiscais, será 
considerada Reserva Legal a vegetação nativa 
existente em 22 de julho de 2008. Se esta vegetação 
for duas árvores, duas árvores serão consideradas a 
Reserva Legal. Não é permitido desmatar novas áreas 
quando houver menos área de Reserva Legal do que 
o percentual exigido pela Lei. 
 
 
 
 Para áreas superiores a quatro módulos fiscais, 
que desmataram mais que o que era permitido na 
época é necessário recompor, regenerar ou 
compensar a área de Reserva Legal obrigatória 
para a região. 
 
 
 
 
 No caso de recomposição será aceito o plantio 
associado de espécies nativas com exóticas ou 
frutíferas, para uso social, em no máximo 50% da 
área. Os outros 50% devem ser abandonados para 
regeneração natural. 
 
 É possível também compensar a Reserva Legal, 
com áreas fora da propriedade principal, mas 
obrigatoriamente dentro do mesmo Bioma. 
 
 
O que isso significa? 
 
 Que o proprietário poderá comprar áreas de mata 
nativa certificadas e contabilizar estes módulos 
fiscais na soma necessária para atingir a Reserva 
Legal. Quem tem áreas nativas excedentes poderá 
buscar um certificado e vendê- 
las a quem estiver precisando. 
 
 No caso de compensação de Reserva Legal com 
área externa é necessária a averbação desta área 
adquirida em cartório. E esta averbação deve ser 
gratuita em todos os cartórios os país. 
 
 
As áreas de Preservação Permanente podem ser 
contabilizadas no percentual de Reserva Legal. 
Desde que isso não possibilite novos 
desmatamentos. 
 
 A única exceção é caso o produtor sozinho opte 
por compensar a Reserva com uma área que 
esteja fora da propriedade, no sistema de 
compensação previsto na lei. 
 
 Mas, atenção! Se a compensação for feita em 
grupo, nos chamados condomínios, aí sim a APP 
pode contar como Reserva Legal. 
 
A localização de qualquer nova área de Reserva 
Legal deverá ser aprovada por órgão estadual, 
após a inclusão do imóvel no CAR. A escolha não 
pode ser feita conforme a decisão do proprietário, 
porque precisa estar baseada nestes critérios: 
 
 Plano de bacia hidrográfica; 
Zoneamento Ecológico-Econômico do município ou do 
Estado; 
Formação de corredores com outras reservas legais; 
Área de maior importância para conservação da 
biodiversidade; 
Área de maior fragilidade ambiental. 
 
 
Em todos os casos é permitida a exploração 
comercial da Reserva Legal, desde que sejam 
preservadas as condições do solo e a integridade 
da biodiversidade original. Ou seja, o produtor 
poderá plantar mandioca, que é uma cultura de 
ciclo longo, consumir parte da produção e vender 
o excedente, por exemplo. 
 
 
 São consideradas Áreas de Preservação 
Permanente dois tipos de locais: 
 
 1- Locais alagados: 
 Margens de cursos d’água naturais, perenes e 
intermitentes como: 
Veredas – que são as margens de brejo; 
 
 Mangues; 
 
 Restingas; 
 
 
 
1- Locais alagados: 
 
 Várzeas; 
 
 Salgados e apicuns; 
 
 Nascentes e olhos d’água perenes; 
 
 Lagos e lagoas naturais; 
 
 Reservatórios artificiais decorrentes de barramento 
ou represamento de cursos d’água naturais. 
 
 
 
2- Locais acidentados: 
 
 Encostas com declividade superior a 45°; 
 
 Topos de morros, montes, montanhas e serras, com 
altura mínima de 100m e inclinação média superior a 
25°; 
 
 Bordas de tabuleiros e chapadas; 
 
 Áreas de altitude superior a 1.800 metros. 
 
 
 
Todas estas áreas devem ser mantidas e 
preservadas integralmente caso ainda não tenham 
sido utilizadas para atividade agrossilvipastoril até 
22 de julho de 2008. 
 
 É permitido o acesso de pessoas e animais para 
obtenção de água e para realização de atividades 
de baixo impacto ambiental. 
 
 A situação das áreas alagadas é a única 
obrigatoriedade de recomposição para todas as 
propriedades consolidadas, inclusive as pequenas, 
aquelas de até quatro módulos fiscais. 
 
 
 
 
 
 
Tamanho do 
Imóvel (em 
módulos fiscais) 
Largura do 
curso d’água 
Tamanho da 
APP para 
recomposição 
Até 01 Qualquer tamanho 5 metros 
Mais de 01 até 02 Qualquer tamanho 8 metros 
Mais de 02 até 04 Qualquer tamanho 15 metros 
Mais de 04 até 10 Até 10 metros 20 metros 
 
Demais casos 
 
Qualquer tamanho 
½ da largura do 
curso d’água, 
mínimo de 30m e 
máximo de 100m 
 
 
 
 
Tamanho do Imóvel 
(em módulos fiscais) 
Tamanho da APP 
no entorno (para 
recomposição) 
Qualquer tamanho 15 metros 
Tamanho do Imóvel 
(em módulos fiscais) 
Tamanho da APP 
(recomposição mínima, 
a partir do espaço 
permanentemente 
encharcado) 
Até 04 30 metros 
Mais de 04 50 metros 
 
 
 
Tamanho do Imóvel 
(em módulos fiscais) 
Tamanho da APP no entorno 
(para recomposição) 
Até 01 5 metros 
Mais de 01 até 02 8 metros 
Mais de 02 até 04 15 metros 
Mais de 04 30 metros 
Tamanho do Imóvel 
(em módulos fiscais) 
Limite máximo das APPs em 
relação ao tamanho do 
imóvel 
Até 01 5 metros 
Mais de 01 até 02 8 metros 
Mais de 02 até 04 15 metros 
Mais de 04 30 metros 
 
 
 
 
 
 Em casos de reservatórios artificiais, que não 
tenham ligaçãocom barramentos de cursos 
naturais de água, não é exigida APP. 
 
 Nas acumulações de água naturais ou artificiais, 
com superfície menor de um hectare, é dispensada 
a recomposição de APP, mas está proibida a 
supressão de vegetação nativa existente. 
 
 
 
 
 
 
 Caso das barragens de hidrelétricas 
 
 É obrigatória a aquisição, desapropriação ou 
instituição de servidão administrativa, das áreas de 
APP criadas em seu entorno, pelo empreendedor. O 
empreendedor deverá elaborar um Plano 
Ambiental de Conservação e Uso do Entorno do 
Reservatório
Área rural Área urbana 
Mínimo 30 metros 
Máximo 100 metros 
Mínimo 15 metros 
Máximo 30 metros 
 
 
 
 
 
 
 
 Caso dos apicuins e salgados 
Propriedades com uso consolidado podem 
permanecer desde que seja garantida a preservação 
integral de manguezais arbustivos. Podem ser 
utilizados para atividades de carcinicultura e salinas 
no limite de 10% da área total ocupada em cada 
Estado no bioma amazônico e 35% nos demais. 
 
 Áreas de manguezais arbustivos devem ser 
preservados integralmente e é obrigatório 
recolhimento e tratamento de efluentes e resíduos. 
A licença ambiental será de cinco anos, e áreas 
superiores a 50 hectares terão de apresentar Estudo 
Prévio de Impacto Ambiental. 
Uso das APPs 
 
 Está autorizado o uso das APPs com declividade entre 
25° e 45°, por atividades agrossilvipastoris, atividades 
de sobrevivência, para infraestrutura associada à 
moradia e ao trabalho, e para ecoturismo e turismo 
rural, respeitando os limites previstos pelo Código e o 
uso de técnicas de manejo sustentáveis. 
 
 No caso de atividades consolidadas em encostas e 
topos de morros, só é permitida a continuidade no 
cultivo de culturas lenhosas, perenes ou de ciclo longo. 
Todas estas culturas têm em comum o longo período 
de cultivo – três a quatro anos –, o que as torna culturas 
pouco agressivas ao meio ambiente, diminuindo riscos 
de erosão do solo. 
 
 
 
 
 Culturas lenhosas perenes ou de ciclo longo: 
 
 Pastagens 
 Eucalipto 
 Pinus 
 Cana-de-açúcar 
 Café 
 Cacau 
 Mandioca 
 
 
 
 
 
 O Cadastro Ambiental Rural, chamado de CAR, é o 
registro da propriedade rural. Todas as propriedades, 
para se regularizarem, terão de fazer a inscrição no 
CAR. 
 
 O documento será uma espécie de RG da propriedade, 
contendo todas as informações, dados e características 
da área. O CAR será feito eletronicamente, através do 
Sistema de Cadastro Ambiental Rural - SICAR. 
 
 O sistema será igual para todo o país e estará ligado ao 
SINIMA – Sistema Nacional de Informações sobre o 
Meio Ambiente e deverá além de cadastrar, gerenciar e 
integrar dados de todos os imóveis rurais brasileiros. 
 
 
 O Cadastro deverá possibilitar o controle, 
monitoramento e planejamento ambiental e 
econômico das propriedades rurais brasileiras. A 
inscrição deverá ser feita pelos órgãos ambientais 
estaduais ou municipais, em até um ano após a sua 
implantação. Serão exigidos documentos de 
identificação, comprovação de posse e memorial 
descritivo, junto da planta da propriedade. 
 
 A Reserva Legal, quando já averbada, não precisará ser 
comprovada para registro do CAR. 
 
 O CAR tem um prazo de um ano, prorrogável por mais 
um, para ser criado pela União. A data que vale para 
contar o prazo é 25 de maio de 2012, quando foi 
publicada a Lei 12.651. 
 
 Cada Estado (e Distrito Federal) terá o seu Programa de 
Regularização Ambiental – PRA. 
 
 A União regulamentou a criação dos PRAs através do 
Decreto 7.830, de 17 de maio de 2012, data em que foi 
sancionada a lei com os vetos e determinações 
propostas pela Medida Provisória do Código Florestal. 
 
 Os Estados e o Distrito Federal têm o prazo de um ano – 
contado a partir de 25 de maio – prorrogável por mais 
um, para editarem os seus PRAs. Cada PRA vai conter 
orientações específicas, que levarão em conta as 
características ambientais de cada um dos estados, 
considerando as metas nacionais de preservação. Para a 
adesão ao PRA é obrigatória inscrição do imóvel no CAR. 
 
 
 
 Os produtores que foram multados antes de 22 de 
julho de 2008, por supressão irregular de vegetação em 
áreas de APP e Reserva Legal, não poderão ser 
autuados durante a implantação e adesão ao PRA e 
enquanto estiver sendo cumprido termo de 
compromisso. 
 
 As multas e os TACs – referentes à supressão irregular 
de vegetação em APP’s e Reserva Legal – recebidos até 
julho de 2008 estão suspensos no período de 
adequação ao novo Código. As propriedade multadas 
receberão um Termo de Regularização e, após o 
cumprimento do disposto na lei, multas serão 
convertidas como serviços ambientais prestados. 
Multas e TACs recebidos por outros motivos e todos os 
documentos posteriores a 22 de julho de 2008 devem 
ser negociados e cumpridos. 
 
 
 A União deve criar um programa de incentivo à 
conservação do meio ambiente, adoção de 
tecnologias e boas práticas. Pequenas propriedades 
de uso familiar devem ser priorizadas. Não há prazo 
para a criação deste programa. 
 
 O programa prevê o pagamento de incentivos a 
serviços ambientais com retribuição – monetária ou 
não – pelas atividades de conservação do meio 
ambiente 
 
 
 Entre as compensações previstas: 
 
 - Obtenção de crédito agrícola em todas as 
modalidades, com taxas de juros menores e limites e 
prazos maiores; 
 
 - Contratação de seguro agrícola, dedução das áreas de 
APP’s e Reserva Legal da base de cálculo do Imposto 
sobre a Propriedade Territorial – ITR; 
 
 - Linhas de financiamento para iniciativas de 
preservação voluntária; 
 
 - Isenção de impostos para compra de insumos e 
equipamentos. 
 
 Foi criada a cota de Reserva Ambiental – CRA, um 
título representativo de área com vegetação nativa 
preservada, ou em processo de recuperação. 
 
 Propriedades com área de Reserva Legal além do 
exigido pela lei, poderão emitir o CRA, depois de 
inscritos no CAR e com laudo do órgão ambiental 
que comprove a integridade da área. 
 
 Cada CRA corresponderá a um hectare. Os CRAs 
deverão ser averbados na matrícula do imóvel rural 
onde estão localizados. Os títulos de CRA poderão 
ser transferidos e compensados como Reserva Legal 
no mesmo bioma.

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