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CLÍNICA – HIPERTENSÃO PORTAL SCHEILA MARIA # circulação hepática # - Tronco celíaco artéria gastroduodenal (no omento menor) artéria hepática própria artéria hepática direita e esquerda. Seus ramos se dividem e formam os interlobulares que nutrem o t. conjuntivo e ramos que desembocam nos sinusóides levando oxigênio e nutriente para os hepatócitos. - Veia mesentérica superior + veia esplênica veia porta direita e esquerda. Seus ramos ficam cada vez menores, formam os ramos interlobulares que se abrem nos sinusóides da periferia dos lóbulos hepáticos. LEVA SANGUE VENOSO COM PRODUTOS DA DIGESTÃO E DESTRUIÇÃO DE HEMÁCIAS NO BAÇO. OS SINUSÓIDES ENTÃO RECEBEM SANGUE VENOSO E ARTERIAL, QUE AÍ SE MISTURAM! Drenagem: percurso dos sinusóides veia centrolobular veia hepática veia cava inferior. O sistema VP AH VH VCI não possui válvulas: ELEVAÇÕES DE PRESSÃO CAUSAM OBSTRUÇÃO A MONTANTE. # Anastomoses porto-sistêmicas # - São o escape do sangue para a circulação sistêmica quando a v. porta está obstruída. Nem sempre é suficiente para a pressão portal (pois ocorre do fluxo esplâncnico e da resistência das colaterais). As áreas anastomoses porto- sistêmicas são: a. Na cárdia, originando as varizes de esôfago b. Reabertura das veias umbilicais tributárias da VCI ou VCS. c. Veia esplênica a pancreática anastomosam com renal esquerda VCI d. Veia retal superior anastomosa com v. retal média e inferior VCI e. Ramos esplâncnicos anastomosam com a cava inferior na parede abd posteior. - A maior parte do sangue desviado drena para sistema ázigos tributária da VCS e em menor parte, VCI. Levam substâncias que deveriam ter sido metabolizadas no fígado = agravamento do quadro do paciente. Em alguns órgãos, esta circulação colateral pode tornar-se superficial originando veias dilatadas e tortuosas, as VARIZES. # Classificação da hipertensão portal # - É definida coo a elevação do gradiente de pressão venosa hepática (antes e após o local de aumento) para > 5mmHg OU pressão na veia porta > 10mmHg (normal 5-10mmHg). - A classificação baseia-se no local de obstrução ao fluxo sanguíneo portal. a. Pré-sinusoidal Extra-hepática: trombose de v. porta e de v. esplênica Intra-hepática: esquistossomose, cirrose biliar primária, hepatite crônica, idiopática, fibrose hepática congênita. b. Sinusoidal Cirrose hepática (vírus, drogas, álcool), hepatite alcoólica. c. Pós-sinusoidal Hepática: doença venoclusiva, cirrose c/ esclerose centrolobular Supra-hepática: sídrome de Budd-Chiari, pericardite constrictiva, cardiopatia com congestão venosa esquerda. # Diagnóstico # - Ocorre quando existe uma alteração na hemodinâmica do sistema venoso portal resultando em aumento de pressão e estase Ocorre então o desvio de sangue para uma rede de vasos tributários que alcançam a circulação sistêmica, provocando uma série de efeitos deletérios ao organismo. - DIAGNÓSTICO: indireto, através da medida do calibre da veia porta (>1,2cm) e esplênica (>0,9cm). Trombocitopenia, baço aumentado, encefalopatia hepática e ascite revelam HP em pacientes cirróticos crônicos em acompanhamento. - SÍNDROME CLÍNICA: As principas complicações são três e se manifestam com achados no exame físico. São (1) varizes gastroesofágicas com hemorragia GI alta, (2) esplenomegalia (+ hiperesplenismo com de plaquetas e leucócitos) e (3) ascite, algumas vezes já com circulação colateral abdominal. A PRIMEIRA CAUSA DE MORTE E PRINCIPAL INDICAÇÃO DE TX HEPÁTICO NOS CIRRÓTICOS. Consequências: encefalopatia hepática, ascite, formação de colaterais (gastro-esofagianas + importantes clinicamente). VE constituem a causa de morte em 1/3 pacientes cirróticos A evidência e história natural das VE podem influenciar a freqüência de endoscopias assim como o início de profilaxia primária ALGUNS DADOS: • 40 a 60% dos cirróticos apresentam varizes • gastroesofagianas • 20 a 30% dos cirróticos apresentam sangramento por VE ( 2 ANOS) • Mortalidade após HDA é de 25-30% em 6 semanas • Ressangramento em 2 anos é de 60% e de morte em 40-50% # Semiologia da hipertensão portal # - Investigar hepatopatia subjacente: cirrose, esquistossomose, neoplasia - Identificação: Uso de ACO - trombose portal Procedência rural - esquistossomose - Queixa principal: HDA/HDB, desconforto abdominal por ascite ou esplenomegalia, emagrecimento, edema de MMII e inapetência por falência hepática. Em crianças, baixo peso e déficit de crescimento. - HDA: Caracterizar os sinais = dor, abdominal, icterícia, surgimento e evolução de edemas, perda de peso, queda de pêlos, ginecomastia, redução da libido. Detalhar histórico de hemorragias (hematêmese, melena) e suas repercussões hemodinâmicas. Detalhar variações do nível de consciência e as alt. comportamentais. Histórico de ACO; QT; drogas ilícitas e lícitas (fumo e álcool) Histórico transfusional ESQUEMA-RESUMO Bloqueio pré/intra/pós-hepático resistência ao fluxo venoso portal Hipertensão portal Aumento do tônus vascular intra-hepático resistência ao fluxo venoso portal Hipertensão portal E formação de derivações porto-sistêmicas deficiência de metabolização hepática. nº de hepatócitos funcionantes deficiência de metabolização hepática deficiência de metabolização hepática liberação de vasodilatadores (glucagon, prostaciclina, NO, endotoxinas) vasodilatação esplâncnica hiperdinamismo da circulação, RVS e PA, DC catecolaminas, HAD a ativação do SRAA retenção de sódio e água expansão do volume plasmático ascite E fluxo portal Hipertensão portal.
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