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Apostila 2 - Leitura e Compreensão

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Prévia do material em texto

1 
 Poder Executivo 
Ministério da Educação 
Universidade Federal do Amazonas 
Instituto de Ciências Humanas e Letras 
Departamento de Línguas e Literaturas Estrangeiras 
 
UNIDADE 1 - O QUE ENTENDEMOS POR LEITURA E COMPREENSÃO 
 
1) O QUE É LEITURA? 
A leitura é um processo ativo, geralmente feito silenciosamente, sem se repetir as palavras e 
cuja habilidade depende da coordenação de um número de habilidades especiais. Na leitura o autor 
se comunica com o leitor por meio de palavras que expressam suas idéias. Neste momento, o leitor 
freqüentemente concorda, argumenta, critica, isto é, cria uma verdadeira comunicação interativa 
com o texto. Toda leitura deve ser vista como um processo duplo, envolvendo um PROCESSO 
(compreendendo) e um PRODUTO (compreensão). 
As características da boa leitura são as mesmas em qualquer língua, apesar das diferenças 
que possa haver quanto ao sistema de escrita, por exemplo. 
Ler em voz alta é uma atividade que não fazemos com freqüência e que implica em que o 
leitor além de entender o texto, transmita-o com entonação, pontuação, acentuação e pronúncia 
corretas. 
Quando lemos silenciosamente, buscamos a compreensão, o que significa que não 
necessitamos ler cada palavra ou letra em cada sentença. Uma vez que o texto faça sentido, 
podemos adivinhar muito do que contém enquanto lemos. 
 
2) COMO PROCESSAMOS A INFORMAÇÃO 
Para entendermos, não precisamos apenas identificar letras, palavras e sentenças, mas 
também relacioná-las às nossas habilidades cognitivas, criando novas estruturas de significado, isto 
é, interpretando o texto. 
A quantidade de informação recebida na leitura é limitada. O leitor forma uma expectativa 
sobre o material e seleciona as pistas que melhor transmitem a mensagem do autor. Para isso, o 
leitor tira vantagem do seu conhecimento do vocabulário, da sintaxe, do discurso e do seu 
conhecimento de mundo. 
A maior parte da informação é contribuída pelo leitor e não pelo texto em si. Na verdade, a 
habilidade de ler depende da interação eficiente entre o conhecimento lingüístico e o nosso 
conhecimento prévio ou conhecimento de mundo. 
2 
Esse tipo de conhecimento existente em nossas mentes é um tipo de banco de dados que 
chamamos Schemata e que acionamos para relacionar os sinais escritos ao significado e, assim, 
interpretar o texto. Cada pessoa possui Schemata diferente e também o aciona de maneira diversa. 
Às vezes o leitor pode não compreender um texto se não possuir Schemata adequado. Isto, por 
exemplo, pode acontecer quando lemos textos de áreas que não são de nosso conhecimento, como 
física nuclear, metafísica, etc. Já os textos que são de nossa área de conhecimento são mais 
facilmente compreendidos. Por outro lado, o leitor deve também estar familiarizado culturalmente 
com a informação do texto. A falta do conhecimento cultural apropriado para entender certos textos 
pode distorcer a compreensão real da mensagem. 
 
UNIDADE 2 - PISTAS PARA A COMPREENSÃO DA LEITURA 
 
1) PISTAS PARA COMPREENSÃO DA LEITURA 
Compreender um texto implica em extrair a informação necessária da melhor maneira 
possível. Não se consegue compreender um texto lendo-se palavra por palavra ou buscando-se no 
dicionário o significado de toda palavra desconhecida. Isto é improdutivo, cansativo e 
extremamente monótono, além de não se conseguir, desse modo, compreensão alguma. 
Quando lemos, devemos estar cientes das estratégias e pistas que nos levam ao significado e 
que resultam em compreensão do texto. Por exemplo, quando lemos em inglês, devemos buscar as 
semelhanças entre esse idioma e o português, tais como o alfabeto, a ordem da escrita, a classe 
gramatical das palavras, etc. 
Além disso, sempre que lemos um texto, devemos procurar por palavras cognatas, 
palavras repetidas e pelas marcas tipográficas que facilitam a nossa compreensão. 
PALAVRAS COGNATAS: são palavras muito parecidas com o português porque têm a 
mesma raiz latina ou grega. Um texto, em geral, tem pelo menos 20% de palavras cognatas. 
PALAVRAS REPETIDAS: são palavras que são importantes porque tem a ver com o 
assunto do texto e por isso se repetem. Essas palavras repetidas são geralmente substantivos, 
adjetivos ou verbos e podem ser palavras-chave para a nossa compreensão e é, portanto, essencial 
saber o significado destas palavras. Para isso, devemos tentar adivinhar o seu significado usando o 
contexto e relacionando a palavra ao tópico do texto ou mesmo procurar o significado dessa 
palavra-chave no dicionário, se for o caso. 
MARCAS TIPOGRÁFICAS: são tipos gráficos ou sinais que podem nos ajudar a entender 
a informação. As pistas tipográficas são de grande importância quando se usa a técnica SCANNING 
para se localizar informações específicas no texto. 
3 
As marcas tipográficas podem ser: 
 Maiúsculas (John, Brazil), siglas (CPMF, IPVA) e acrônimos (INPA/UFAM); 
 Datas e números: 5; Sep 7 th, 1950; 
 Símbolos e sinais: %, &, *, ( ), “ “, +, -, x, R$, #; 
 Palavras em negrito, em itálico, ou sublinhadas; 
 Gráficos, tabelas, figuras, mapas, títulos, sub-títulos e outros. 
 
UNIDADE 3 - TIPOS DE LEITURA 
 
A leitura de um texto pode ser determinada por dois fatores: a técnica e o objetivo do leitor. 
a) Técnica: por técnica entende-se o método empregado para alcançar um objetivo. Em leitura são 
empregadas as seguintes técnicas: 
SKIMMING: consiste em ler rapidamente o texto para se obter a idéia geral sobre o 
assunto. Utilizando as pistas adequadas para captar a mensagem do autor o leitor pode, dando uma 
rápida olhada no texto, dizer sobre o que ele trata. 
SCANNING: é buscar uma determinada informação contida no texto. Para isso, você deve 
pressupor como a informação (nome, data, etc.) se apresentará no texto (por meio de letras 
maiúsculas, datas, sinais, etc.). Usando essa técnica, você não precisa ler o texto inteiro para 
conseguir determinada informação (quem?, quando?, onde?), mas poderá pinçá-la do texto. Essa 
técnica é muito útil para buscar informações em dicionários, enciclopédias, catálogos, etc. 
SELETIVIDADE: consiste em escolher, caso não queiramos ler o texto todo, quais as suas 
partes que merecem mais atenção, como o título, o(s) sub-título(s), o parágrafo inicial e/ou o último 
ou a primeira sentença de cada parágrafo do texto. Estas partes podem nos dar a informação 
desejada sobre o texto e podemos então decidir se devemos lê-lo mais detalhadamente ou não. 
 
b) Objetivo do leitor: você já deve ter percebido que sempre que usamos qualquer uma de nossas 
habilidades de falar, ouvir, ler e escrever o fazemos com um determinado objetivo. Assim, é muito 
importante, antes de iniciarmos um texto, determinarmos qual o nosso objetivo na sua leitura a fim 
de adotarmos a técnica adequada. Ao lermos, podemos ter os seguintes objetivos: 
LER PARA APLICAR: significa ler com a intenção de decidir se a mensagem do texto 
serve para nós ou se vai ser útil aos nossos propósitos. 
LEITURA CRÍTICA: envolve o espírito crítico do leitor, que tem que decidir se o texto 
tem sentido, se é bom ou não, se aplica-se aos seus propósitos, etc. Quando lemos, somos sempre 
críticos desde que tenhamos um parâmetro para fundamentar nossa crítica. Ler criticamente e 
4 
questionar os argumentos ou idéias do autor é sempre muito importante para não se aceitar 
passivamente tudo o que se lê. Assim ao lermos devemos nos perguntar: 
 
 Concordo com isso? Por quê? 
 Os argumentos usados são convincentes? 
 Os fatos são verdadeiros? 
 Que partes são relevantes para mim? 
 
LER PARA OBTER INFORMAÇÃO: é ler com o propósito de se saber algo que não 
sabíamos antes. Este é o nosso objetivo quando nos propomos, por exemplo,a ler uma revista ou 
um jornal. 
LER POR DIVERTIMENTO: significa que o nosso objetivo principal é satisfazer uma 
curiosidade natural, passar o tempo ou ler por prazer. 
 É importante lembrar que é possível iniciarmos a leitura de um texto com um determinado 
objetivo e mudarmos ou ampliarmos este objetivo durante sua leitura. 
 
UNIDADE 4 - ESTRATÉGIAS DE LEITURA 
 
Além de usar técnicas, ao lermos também lançamos mão de estratégias que nos possibilitam 
captar pistas que facilitam a compreensão da mensagem do texto. Algumas dessas estratégias são: 
Antecipação: é usar nossa experiência para adivinhar o tópico que será tratado. Quando 
conversamos é comum anteciparmos as palavras de nosso interlocutor antes que ele as pronuncie. 
Na leitura, podemos antecipar facilmente palavras, ações, acontecimentos e talvez até mesmo como 
um autor terminará seu livro ou seu texto. 
Predição: é, como o próprio nome indica, predizer sobre o que trata o texto; adivinhar o que 
vem em seguida fazendo uso de pistas gramaticais, do conhecimento lógico e seqüencial e 
conhecimentos culturais. 
Adivinhação: é tentar descobrir o significado de palavras, frases ou sentenças 
desconhecidas ou ainda o que é importante no texto usando-se para isso o nosso conhecimento de 
mundo ou outras pistas que o texto contenha. 
Inferência: é usar informações do próprio texto para entender idéias relevantes. É ler nas 
entrelinhas o que não foi dito ou escrito. As palavras contêm mais informação do que o significado 
aparente nos transmite, por isso temos que usar pistas lógicas, sintáticas e culturais para 
5 
conhecermos o significado real dos elementos conhecidos. Dessa forma podemos opinar sobre o 
que está implícito, deduzindo ou tirando conclusões a partir de dados disponíveis. Inferir é ler nas 
entrelinhas, preencher vazios, completar informações que não estão claramente impressas. Isso pode 
ser feito inferindo-se diretamente do contexto, informações pessoais sobre o assunto, do significado 
das palavras usadas e mesmo da intenção que o autor dá ao significado de suas palavras. 
 
UNIDADE 5 - NÍVEIS DE COMPREENSÃO DA LEITURA 
 
 O principal objetivo ao se ler em qualquer língua é a compreensão. A compreensão de um 
texto depende principalmente de três fatores: 
 o conhecimento da língua; 
 o conhecimento do assunto em questão e 
 o nível de compreensão que se quer alcançar. 
 
 Vejamos quais são os níveis de compreensão que podemos atingir ao lermos um texto: 
 
COMPREENSÃO GERAL: nesse nível, o leitor sabe qual é o tópico do texto, isto é tem uma boa 
idéia dos fatos sobre os quais o autor trata, do tipo de linguagem empregada (jornalística, científica, 
coloquial, etc.) bem como sabe se o texto é antigo ou recente. 
 
COMPREENSÃO DE PONTOS PRINCIPAIS: é o nível em que o leitor além de conseguir uma 
compreensão geral deve também entender os argumentos principais do autor, sem se preocupar com 
os pequenos detalhes. Na leitura para compreensão de pontos principais o leitor reconhece o ponto 
de vista do autor, percebe sua atitude em relação ao tema, até mesmo nas entrelinhas, e ao final 
pode fazer um pequeno resumo e até mesmo criticar o texto, se for o caso. 
 
COMPREENSÃO DETALHADA: este nível requer que o leitor além da compreensão geral e de 
pontos principais seja capaz de compreender os detalhes do texto. Esses detalhes podem ser 
importantes ou de pouco interesse, dependendo da necessidade do leitor. 
 
 Quando lemos em nossa própria língua facilmente alcançamos os dois primeiros níveis de 
compreensão. Por exemplo, quando lemos um livro, lembramos essencialmente das idéias 
principais, mas provavelmente não nos lembramos de todos os detalhes. Isto significa que o nível de 
compreensão detalhada só é alcançado quando esse é o nosso objetivo ao ler. 
6 
 
 Ao lermos em qualquer língua, é importante seguirmos estes passos: 
1) Olhar rapidamente o texto todo para se ter uma compreensão geral para então decidir se 
interessa ou não voltar a ler para entender mais; 
2) Procurar entender os pontos principais, lendo rapidamente sem nos determos nos 
problemas de vocabulário, língua, etc; decidir se interessa ou não ler para compreensão 
de detalhes, e então; 
3) Procurar vencer os obstáculos para entender os detalhes do texto. 
 
 Este enfoque de leitura implica em se retornar à leitura tantas vezes quantas forem 
necessárias, sem frustração. 
Adaptado de Mike Scott 
 
UNIDADE 6 - COMPREENSÃO DO VOCABULÁRIO 
 
 O problema do vocabulário é para a maioria dos leitores de língua estrangeira, um dos mais 
sérios obstáculos durante a leitura. Entretanto, analisando o problema mais serenamente, veremos 
que a solução de muitas dificuldades pode ser bem simples. 
 Vejamos o que pode ser feito: 
 
1) VERIFIQUE SE A PALAVRA É IMPORTANTE 
 Sempre que encontrar uma palavra desconhecida não se preocupe. Verifique primeiro se a 
palavra é ou não importante para o texto. Parece uma tarefa difícil decidir que palavras são as mais 
importantes, mas não se pode resolver problemas de vocabulário apenas perguntando ao professor 
ou a alguém o seu significado. Melhor será verificar se a palavra em questão é realmente importante 
para a compreensão do texto. 
 Primeiramente, verifique se a palavra: 
 aparece várias vezes no texto; 
 vem em estilo diferente, isto é em negrito ou itálico; 
 explica um aspecto importante do texto; 
 é parafraseada ou explicada depois. 
Se assim for, a palavra pode então ser considerada importante para o texto. 
Você pode ainda considerar a palavra relacionando-a ao assunto do texto, quanto à sua posição 
na sentença (sujeito, predicado, etc.) bem como considerar o título, sub-título(s), figuras, etc., que 
7 
podem lhe dar uma pista da importância da palavra. Assim, sempre que encontrar uma palavra 
desconhecida, você deve: 
1) Decidir se a palavra é importante para a compreensão; 
2) Não considerá-la no caso de não ter importância para o sentido do texto; ou 
3) Tentar deduzir o significado pelo contexto, no caso da palavra ser importante ou 
estimular sua curiosidade. 
 
2) USE O CONTEXTO 
 O contexto abrange tanto as palavras vizinhas à palavra desconhecida como a tudo que você 
já entendeu do texto. Usar o contexto é uma estratégia que fazemos quase que inconscientemente 
quando lemos em nossa língua. Aprendemos a maioria das palavras que conhecemos em nossa 
língua pelo uso do contexto na escrita e na fala, e não pelo uso do dicionário. 
 Como podemos tirar vantagem do uso do contexto? 
 1) Verificando as palavras próximas à palavra desconhecida. Muitas vezes o significado da 
palavra desconhecida está óbvio ou pode ser inferido. 
 2) Se as palavras na mesma sentença não ajudarem a conhecer o significado de uma palavra 
desconhecida, tente relacioná-la com o(s) parágrafo(s) anterior(es), ou a tudo que você já aprendeu 
ou captou do texto. Considere também as pistas tipográficas como: os cognatos, e as marcas 
tipográficas usadas no texto, sua relação com o título, sub-título(s), figuras, a formação de palavras, 
bem como a pontuação usada próxima à palavra a que pertence. 
 3) Leia adiante! Muitas vezes uma palavra é explicada ou parafraseada mais tarde no texto. 
 
3) ANALISE A FORMAÇÃO DA PALAVRA 
 Assim como em Português, o acréscimo de AFIXOS à palavra base ou radical cria uma nova 
palavra. Os afixos podem se referir a: 
 a) prefixos que são acrescentados ao início da palavra. 
 Ex.: MIS + UNDERSTAND = MISUNDERSTAND 
 b) sufixos que são acrescentados ao final da palavra: 
 Ex.: MISUNDERSTAND + ING = MISUNDERSTANDING 
 Através da técnica de formação de palavras,uma palavra pode mudar de significado (pelo 
acréscimo de um prefixo) ou pode mudar de classe de palavras (pelo acréscimo de um sufixo). 
 
Exemplo: 
 
8 
Nation (SUBSTANTIVO) Nação 
National (ADJETIVO) Nacional 
Nationalize (VERBO) Nacionalizar 
Nationally (ADVÉRBIO) Nacionalmente 
International (ADJETIVO) Internacional 
 
4) TENTE IDENTIFICAR A CLASSE GRAMATICAL DA PALAVRA DESCONHECIDA 
 Como em português as palavras em inglês mudam de classe gramatical de acordo com sua 
posição na sentença, o que pode provocar uma mudança em seu significado. Vejamos como a 
palavra cost pode mudar de significado de acordo com a posição que ocupa na sentença: 
a) The cost of living is increasing. (O custo de vida está aumentando). 
Aqui o artigo faz prever que a palavra seguinte é um substantivo. 
 b) Oil is going to cost a lot of money. (O petróleo vai custar muito dinheiro). 
 A partícula TO geralmente indica que a palavra que a segue pode ser um verbo no infinitivo. 
No caso, como a expressão usada antes é GOING TO, que indica futuro, a palavra COST é 
realmente um verbo. 
c) He explained the mechanism of cost analysis. (Ele explicou o mecanismo da análise de 
custo). 
Neste caso as duas palavras COST e ANALYSIS são substantivos. Entretanto, a primeira 
delas COST funciona como adjetivo, já que em inglês o adjetivo precede o substantivo, daí ser 
função modificar o substantivo ANALYSIS. 
d) The book cost R$ 20,00. (O livro custou R$ 20,00). 
Podemos deduzir que a palavra em questão é um verbo, pois sabemos que em inglês a ordem 
das palavras na sentença é: 
 
 S + V + O ou S + V + C 
 
UNIDADE 7 - GRUPOS NOMINAIS E PALAVRAS SINALIZADORAS 
 
1) GRUPOS NOMINAIS 
 Para que possamos compreender de forma eficaz uma frase em outra língua, é preciso que 
compreendamos antes, como ela se estrutura. Em inglês, a estrutura de uma frase possui, na grande 
maioria das vezes, esta forma: 
9 
S + V + C (ou O) 
 O elemento verbal é, portanto, o centro da frase, sendo necessário o seu reconhecimento e 
sua classificação temporal. Uma vez feito tal reconhecimento, deparamo-nos com os outros dois 
elementos da frase: o sujeito e o objeto (ou complemento). Na sua grande maioria, esses dois 
elementos são grupos nominais. 
CONCEITO: um grupo nominal é um grupo sintático-estrutural lógico, cujo núcleo é um nome, 
ou seja, um substantivo. É sintático por fazer parte da sintaxe da frase como sujeito, objeto ou 
complemento; é estrutural por ter uma estrutura interna definida e bem organizada; é lógico por ter 
como principal ponto de reconhecimento a lógica da frase. 
 
HEAD-WORD (núcleo) e MODIFIERS (modificadores) 
 Tomemos como exemplo a seguinte frase em português: 
Minha tia fazia o café em sua cozinha. 
 Se dividirmos a frase acima de maneira lógica, veremos que a opção A é muito mais lógica 
do que a opção B, ambas abaixo: 
a) Minha tia /fazia /o café/ em sua cozinha. 
b) Minha/ tia fazia o/ café em sua/ cozinha. 
Se “enxugarmos” cada grupo lógico da frase a, a frase ainda poderá ser compreendida: Tia 
fazia café em cozinha. 
O mesmo não é válido para a frase b: Minha fazia sua. 
Com o exposto na página anterior, verificamos que há palavras que podem ser retiradas da 
frase sem prejuízo à sua compreensão, e há palavras que não podem ser omitidas sob pena de perda 
de sentido da frase. 
À palavra essencial ao grupo damos o nome de palavra-núcleo ou “head-word”, em inglês. 
Às demais, chamamos de modificadores ou “modifiers”. 
No grupo lógico “Minha tia”, o núcleo é “tia”. “Tia” é um substantivo, um nome. Trata-se, 
portanto, de um GRUPO NOMINAL. No segundo grupo, o núcleo é o verbo fazer (“fazia”): grupo 
verbal. Em “em sua cozinha”, tanto a preposição “em” quanto a palavra “cozinha” não podem ser 
omitidas. Temos aí um grupo preposicional com um núcleo nominal nele inserido. (Todo grupo 
preposicional traz um grupo nominal consigo). 
Por que o interesse no grupo nominal? Porque o grupo nominal está presente em mais de 
95% das frases. É importante saber como ele se organiza como se estrutura e como pode ser 
reconhecido na frase. 
 
10 
COMO RECONHECER UM GRUPO NOMINAL 
 Para delimitarmos a “fronteira” final do grupo nominal não encontramos problemas. Para 
começar, é bastante a idéia de que onde houver um substantivo na frase, ali terminará um grupo 
nominal. Por exemplo: The Brazilian statisticians helped the German group. 
 Na frase acima, nós temos dois substantivos: “statisticians” e “group”. Conseqüentemente, 
temos dois grupos nominais. 
 O nosso problema, na verdade, consiste em identificar a “fronteira” inicial do grupo 
nominal. O que fazer? 
 Vejamos abaixo a relação de palavras que determinam o começo de um grupo nominal: 
 Artigos: the, a, an; 
 Demonstrativos: this, that, these, those; 
 Determinantes: some, any, several, many, much, few, a few, little, a little, every, each, etc.; 
 Números: one, ten, two million, etc.; 
 Adjetivos: crazy, nice, expensive, etc. 
 Voltando à frase anterior, notamos que “The” delimita o começo e “statisticians” delimitam 
o fim do grupo. Tudo que vem antes do substantivo-núcleo, no final do grupo, é um modificador. 
“Brazilian” é um modificador. Para compreensão do grupo, pergunta-se: Os estatísticos. Quais 
estatísticos? Os estatísticos brasileiros. 
 
ORGANIZAÇÃO DO GRUPO NOMINAL 
 Uma vez delimitado o grupo nominal, é preciso agora entendê-lo. A palavra núcleo do 
grupo é, em quase 100% das vezes, a última. É em função dela que as demais trabalham. 
 Vejamos alguns exemplos bem variados de grupos nominais retirados de textos autênticos: 
a) The immediate solution ____________________________________________ 
b) An excellent free-of-charge excursion _________________________________ 
c) The two American cancer hospitals ___________________________________ 
d) New anti-ulcer chemical elements ____________________________________ 
e) A few popular definitions ___________________________________________ 
f) The traditional German elites ________________________________________ 
g) The British Electoral system _________________________________________ 
h) The social and economic transformation _______________________________ 
i) A well written textbook ______________________________________________ 
 
11 
2) PALAVRAS SINALIZADORAS 
 
 Algumas palavras não possuem significado em si. Essas palavras são usadas como sinais 
para mostrar a relação existente entre a parte de uma frase e outra, entre frases de um parágrafo, ou 
ainda relação entre parágrafos. Denominamos essas palavras de palavras sinalizadoras. Estas 
palavras dão coesão e coerência ao texto e podem ser advérbios, conjunções ou preposições. 
Consulte na apostila à parte, vários exemplos dessas palavras. 
 
UNIDADE 8 - REFERÊNCIA CONTEXTUAL 
Todos os textos contêm referentes contextuais, por meio dos quais palavras ou grupos de 
palavras são representados por outra palavra ou ainda por outro grupo de palavras. O autor se utiliza 
deste artifício para evitar a repetição e conseguir um texto mais “enxuto” e mais econômico. 
Todos os pronomes são referentes contextuais, bem como os adjetivos demonstrativos this, 
that, these e those. Há ainda outras palavras que também têm por função remeter o leitor a algo que 
já foi mencionado, servindo, portanto, de palavras substitutas ou sinônimos dessas palavras: the 
former (o primeiro, de dois mencionados), the latter (o último, de dois mencionados), the first, 
the second, etc. (o primeiro, o segundo, etc) the last (o último). 
Algumas vezes estas palavras fazem referência a algo já mencionado (neste caso chamamos 
de referência anafórica.Outras vezes, as referências são às palavras ou grupos de palavras que 
ainda serão mencionadas, a referência catafórica. 
A seguir, um quadro com os principais referentes da língua inglesa: 
 
Personal 
Pronouns 
Object 
Pronouns 
Possessive 
Adjective 
Possessive 
Pronouns 
Reflexive 
Pronouns 
Demonstrative 
Pronouns 
Other 
Pronouns 
Expressions 
I Me My Mine Myself This Which The fomer 
You You Your Yours Yourself That Who The latter 
He Him His His Himself These Whose The first 
She Her Her Hers Herself Those That The last 
It It Its [Its] Itself Such etc. 
We Us Our Ours Ourselves One 
You You Your Yours Yourselves 
They Them Their Theirs Themselves 
 
 Quadro adaptado de CAVALCANTI, L. Inglês Instrumental. Fortaleza: Editora da UFC, 2001 
 
12 
No seguinte parágrafo, alguns exemplos de referência contextual: 
 
 AGRICULTURE 
 
 Even though it employs less than six per cent of the country’s 
labor force, agriculture is Canada’s second most important primary 
industry. The agriculturists are very important for this country 
and the government gives them some benefits to help them develop 
their work. However, it is necessary to use a lot of muscular work 
to get their crops every season. 
 
 As palavras nos círculos são referentes; as palavras sublinhadas são as palavras referidas. 
Ligue-as por setas, em seguida, cheque o resultado: 
 
Referência anafóricas: 
This country = Canada 
Them = the agriculturists 
Them = the agriculturists 
Their = the agriculturists’ 
Their = the agriculturists’ 
 
Referências catafóricas: 
It = agriculture 
It = to use a lot of muscular work 
 
______________________________________________________________________________ 
Material adaptado pela Profa. Marta de Faria e Cunha Monteiro, M. Sc. do original elaborado pelos professores Edlamar 
Benevides, M. Sc., Irene da Costa Alves, M. Sc. e Dr. Sérgio Augusto Freire de Souza. (versão 2013/2).

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