A TEOLOGIA E SEUS MÉTODOS

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RESUMO: A TEOLOGIA E SEUS MÉTODOS
Thomas P. Raush, SJ., inicia sua explanação acerca da teologia e seus métodos, mostrando o fim de ministério de Jesus Cristo, onde Ele faz uma pergunta aos seus discípulos: “quem dizem os homens que eu sou?”, porém, os discípulos apenas relata aquilo que o povo falava a respeito de Jesus, do mestre. Como afirma Thomas, Pedro usa de “uma imagem religiosa de seu tempo”, usando a afirmação que Cristo é realmente o Messias.
Ora, o Messias, por sua vez, deveria ser aquele que é o ungido por Deus, aquele que traria a salvação aos povos. Na resposta do discípulo Pedro percebe-se, portanto, a “fé pessoal em Jesus”, ao afirmar que Ele é o Messias e ao mesmo tempo ele faz uma “declaração teologal”.
A teologia é de fato uma ciência que fala de Deus, sobre Deus e principalmente da experiência do homem com o divino e sobretudo compreende, interpreta a experiência de fé. Fazer teologia, significa revelar, demonstrar a fé pessoal de uma determinada pessoa dentro de uma realidade religiosa própria. Para se fazer teologia a ponte é Deus, portanto, a teologia está voltada a experiência de fé de um determinado indivíduo.
Karl Rahner, sobre tudo afirma que a teologia além de “ciência, a teologia é também uma tarefa da Igreja”. A teologia é sobretudo, uma ciência de fé, que tem como objeto a ser trabalhado a “revelação divina”, ou seja, a “automanifestação de Deus em Jesus Cristo”. A função principal da teologia é organizar os elementos da fé cristã.
Além de ciência, a teologia, elabora pesquisas a partir de determinadas metodologias, dentre estas as ciências físicas, as próprias fontes bíblicas, outras construtivas que nos remete a uma compreensão de Deus, outras pastorais que remete a vida de oração, as práticas e até mesmo o próprio culto.
A atividade da teologia bíblica implica em resgatar o valor histórico do conteúdo bíblico, a teologia fundamenta o sentido do texto bíblico com o “sentido lateral das palavras”. No sentido histórico requer alguns métodos, como por exemplo: a crítica da forma, a crítica da fonte, a crítica da redação, critica textual.
Assim, a teologia histórica estuda a evolução da fé da Igreja e também a tradição teológica em diversos períodos da história. Além de histórica a teologia é sistemática e que busca, portanto, entender as doutrinas em relação a fé e como elas se relacionam. A teologia enquanto sistemática busca a expressão da fé a doutrina da Igreja. Por sua vez, a teologia adota diversos métodos e especificamente teológica.
Para compreendermos, desenvolvermos uma teologia contemporânea deve-se perceber o crescimento da Igreja voltado o olhar nas mais diversas comunidades do Novo Testamento. Contudo, para se compreender a teologia contemporânea, precisamos recorrer a teologia histórica, pois será ela que irá nos ajudar e a compreender que a Igreja a cada dia.
Um outro ponto dentro da teologia é a moral e que, por sua vez, dedica-se ao estudo e a pesquisa do comportamento humano em relação aos princípios morais. A ética busca sobre tudo “aplicar o Evangelho e os ensinamentos sociais da Igreja”, nas mais diversas áreas. Conforme a encíclica Rerun Novarum, destaca sobretudo o respeito, a dignidade do homem criada a partir de Deus. Ora todos devem ter direitos, direitos no trabalho e sobretudo nos bens da sociedade etc. 
Continua a afirmar Rahner que “a teologia pastoral ou prática se dedica a servir e a formar comunidade através da pregação, do culto, do aconselhamento, da educação religiosa e do serviço”. O que é de fato espiritualidade? Segundo o autor espiritualidade é particular e que cada indivíduo tenta vivê-la. Sabe-se, portanto, que dentro da tradição encontramos diversas formas de espiritualidades.
A teologia é, portanto, uma disciplina crítica como qualquer outra ciência e que procura “reintegrar a linguagem da Igreja para que ela possa refletir sempre adequadamente a fé”. Surge agora quatro fatores que podem limitar essas expressões da revelação. O primeiro é a força expressiva da linguagem dos tempos; o segundo trata-se do conhecimento limitado dos tempos; o terceiro refere-se as condições específicas que motivaram a definição ou afirmação e por fim as conceitualizações (ou categorias de pensamento) mutáveis do tempo.
Sabemos que o objeto e o sujeito da teologia é Deus, portanto, a teologia é aquela que defende e ao mesmo tempo “está a serviço da fé cristã”. Contudo, os primeiros a estarem nesta defesa da fé são os que participam efetivamente desta realidade como os bispos e os teólogos. A respeito dos que defendem a fé em especial aos bispos, eles, portanto, “têm a responsabilidade de supervisionar as proclamações da Igreja e de preservar seu deposito da fé”.
Quais os critérios para as afirmações teológicas? Há diversos meios, mas, o autor destaca apenas cinco. 1. Ela é coerente com a tradição bíblica? 2. Ela encontra respaldo na tradição oficial da Igreja? 3. É coerente com a fé do povo cristão? 4. É coerente com o conhecimento científico?; e por fim, 5. Ela se dirige às preocupações das pessoas contemporâneas?
Mas, como a fé cristã expressa sua fé? Por meio de “dedicação e serviço aos outros, na oração e no culto, na música, arquitetura e arte, nas Sagradas Escrituras e na tradição cristã viva”. Por fim, os teólogos e dos bispos são elementos importantíssimos na construção da comunidade cristã.
Apreciação
 Thomas P. Raush, nos ajuda a compreender melhor um pouco acerca da doutrina cristã, sobretudo, apreender os diversos conceitos tratados ao longo do texto sobre o que é teologia e para que serve. Na teologia cristã a referência sempre vai ser a Deus e somente Deus. A teologia não é somente vivência, más, sim um aspecto da fé. A fé também se torna um ato inteligente e que a teologia é uma das dimensões da fé. A teologia é uma teoria, mas, cada ciência está determinada pelo seu objeto de pesquisa. Para se fazer teologia, portanto, deve-se ter acesso a Jesus. A teologia está sempre ligada a uma experiência de fé de alguém.