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Dos crimes contra a pessoa - até art. 136

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DOS CRIMES CONTRA A VIDA
Homicídio (Art. 121): Matar alguém. 
	O homicídio é a morte de um homem, provocada por outro homem. O meio de prova que constata a materialidade do delito é o Exame de corpo de delito direto (exame necroscópico) ou indireto (através de testemunhas e documentos demonstrativos da realidade). O homicídio pode se consumar através da:
- Ação: Comportamento positivo, movimentação corpórea.
-Omissão: Comportamento negativo, a abstenção de movimento. A omissão penalmente relevante é a constituída de dois elementos: 
	. Não fazer: Abstenção do fazer.
	. Aquilo que tinha o dever jurídico de fazer (Art. 13 § 2): É preciso que, no caso concreto, haja uma norma determinando o que devia ser feito. Ausente este, não comete o agente crime nenhum. É a chamada teoria normativa, adotada pelo Código penal. Presente uma das hipóteses do dever jurídico de agir, responderá o agente por homicídio, doloso ou culposo, segundo a omissão dolosa ou culposa.
Dever Legal: Imposto por lei.
Dever do Garantidor: derivado de contrato ou liberalidade do omitente.
Dever por ingerência da norma: omitente cria o perigo e torna-se obrigado a evita-lo.
O homicídio é consumado no momento da cessação do funcionamento cerebral, circulatório, e respiratório. 
O homicídio pode acontecer na forma tentada, e para isso é necessário que ele tenha sua execução iniciada e não seja consumado por motivo alheio a vontade do agente. O homicídio se distingue em várias modalidades, previstas no Código Penal, sendo elas:
- Homicídio Simples (caput): Constitui o tipo básico fundamental, é o que contém os componentes essenciais do crime. Pena: De 6 a 20 anos
-Homicídio Privilegiado (§1º): Não deixa de ser o homicídio previsto no “caput” , porém, em virtude da presença de certas circunstâncias subjetivas que conduzem a menor reprovação social da conduta homicida, o legislador prevê uma causa especial de atenuação de pena. Pena: Redução de 1/6 a 1/3. As hipóteses de homicídio privilegiado, são:
	. Motivo de relevante valor moral: É aquele que corresponde ao interesse individual, cujo valor é nobre, aprovado pela moralidade média. 
	. Motivo de relevante valor social: É aquele que corresponde ao interesse coletivo. O agente é impulsionado pela satisfação de um anseio social, ou seja, o agente nada mais fez do que satisfazer a vontade da sociedade.
	. Domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima: A violenta emoção é aquela que se apresenta forte, provocando um verdadeiro choque emocional. A provocação injusta do ofendido é aquela sem motivo razoável, injustificável. 
-Homicídio Qualificado (§2º): Certas circunstâncias agravantes previstas no art. 61 do CP vieram incorporadas para constituir elementares do homicídio, nas suas formas qualificadas, para efeito de majoração de pena. Dizem motivos determinantes do crime e aos meios e modos de execução, reveladores de maior periculosidade ou extraordinário grau de perversidade do agente. Pena: De 12 a 30 anos.
	. Mediante paga ou promessa de recompensa, ou outro motivo torpe: Trata-se de qualificadora subjetiva, pois diz respeito aos motivos que levaram o agente a prática do crime. Torpe é o motivo moralmente reprovável, desprezível que suscita a aversão ou repugnância geral, que envolva dinheiro. P. ex. matador de aluguel, herança, rivalidade profissional.
	. Motivo fútil: É a flagrante desproporção entre o motivo e o resultado obtido. A eliminação da vida alheia deu-se em elemento insignificante se comparado ao resultado provocado. P. ex. Marido X Esposa, trânsito, namoro.
	. Emprego de veneno (Podemos conceituar veneno como qualquer substância que, introduzida no organismo, seja capaz de colocar em perigo a vida ou a saúde humana através de ação química, bioquímica ou mecânica), fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso (é aquele dissimulado na sua eficiência maléfica. Somente será insidioso quando a vítima não tiver qualquer conhecimento de seu emprego), cruel (é o que causa sofrimento desnecessário a vítima ou revela uma brutalidade incomum) ou que provoque perigo comum (é aquele que que pode expor a perigo um número indeterminado de pessoas)
	. Traição (cometido mediante ataque súbito e sorrateiro, atingida a vítima, descuidada ou confiante. Para caracterizar a traição deve haver a quebra de fidelidade ou confiança), emboscada (tocaia, inerente a premeditação), ou mediante dissimulação (ocultação da intenção hostil, para acometer a vítima de surpresa, que não requer laço afetivo entre o agente e a vítima) ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido: Aproveitar-se da boa-fé, usar de covardia.
	. Assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime
-Homicídio Culposo (§3º): Pena: De 1 a 3 anos.
	.Imprudência
	.Negligência
	.Imperícia
- Aumento de Pena (§4º): Pena: Aumentada de 1/3
	. Menor de 14 ou maior de 60: Agravamento de 1/3, nas hipóteses de crime doloso.
	. Se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante.
- Perdão Judicial (§5º): Trata-se de causa de extinção da punibilidade aplicável a modalidade culposa do delito. Ocorre nas hipóteses de homicídio culposo em que as consequências da infração atingiram o agente de forma tão grave que acaba por tornar-se desnecessária a aplicação de pena.
Induzimento, instigação ou auxilio a suicídio (Art. 122): Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça;
 O suicídio é a deliberada destruição da própria vida. O crime do art. 122 só será consumado com a produção do resultado morte ou lesões corporais de natureza grave. Pena: De 2 a 6 anos, se o suicídio é consuma, ou de 1 a 3 anos, se resulta em lesão corporal grave.
- Induzir: Suscitar a ideia, sugerir o suicídio. Ocorre o induzimento quando a ideia de autodestruição é inserida na mente do suicida, que não havia pensado nisso por si só. 
- Instigar: Reforçar, estimular, encorajar um desejo já existente.
- Prestar auxílio: Consiste na prestação de ajuda material, que tem caráter meramente secundário. 
	Além da forma simples de induzimento, instigar ou auxiliar o suicídio, também pode acontecer na forma qualificada. Pena: Duplicada 
	. Motivos egoísticos: É aquele que diz respeito a interesse próprio, a obtenção de vantagem pessoal.
	. Vítima menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência: Menor de 18 e maior de 14, ou aquele que tiver diminuída a capacidade de resistência por qualquer causa.
Infanticídio (art. 123): Matar, sob influência estado puerperal, o próprio filho durante o parto ou logo após. Pena: De 2 a 6 anos.
Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento (art. 124): Destruição do produto da concepção (ovo, embrião ou feto), sem o consentimento da gestante. Trata-se da eliminação da vida uterina em qualquer de suas fases. O aborto indicado no CP não abrange o aborto espontâneo/natural, só engloba o tipo provocado/criminoso. Pena: De 1 a 3 anos.
Aborto s/ consentimento (art. 125): Quando o aborto for praticado sem o consentimento da vítima, ou o consentimento for inválido. Pena: De 3 a 10 anos.
Aborto c/ consentimento (art. 126): É provocado por terceiro com o seu consentimento. O requisitos para o consentimento válido (expresso ou tácito) é que ele dure por todo o procedimento e que a gestante seja capaz. O consentimento será inválido quando a gestante for menor de 14 anos, alienada ou débil mental, ou quando for empregado força, ameaça ou fraude para se conseguir o consentimento, sendo que, nesses casos, aplica-se a regra do artigo anterior. Pena: De 1 a 3 anos.
Forma qualificada (art. 127): Se o aborto praticado por terceiro (com ou sem consentimento), ou seus meios empregados, resultar em:
- Lesões corporais de natureza grave a gestante a pena é aumentada de um terço.
- Morte da gestantea pena é duplicada.
Aborto permitido (art. 128): Não se pune o aborto praticado por médico, quando:
I – Se não há outro meio de salvar a vida da gestante (estado de necessidade)
II – Se a gravides é resultado de estupro, e tem o consentimento da gestante, ou seu representante legal, se ela for incapaz. Neste inciso, se os pais (representante legais, no caso da gestante incapaz) tiverem vontades conflitantes, deve prevalecer a vontade daquele que quer respeitar o Direito a vida.
	Tal inciso é considerado tecnicamente inconstitucional, porém entende-se que o Estado não proporcionou segurança a mulher, e não se pode exigir que a gestante tenha um filho, fruto de uma violência sexual, que poderá trazer características físicas e psicológicas do pai (estuprador, criminoso, sem vergonha, muleque! Pede pra sair, você não é caveira!). Encontramos, nesse caso, inexigibilidade de conduta diversa.
Aborto eugênico: é o aborto em razão da má formação de algum órgão. No Brasil, atualmente, não é permitido, embora já tenha um projeto de lei que visa a permissão de tal modalidade de aborto, pois ninguém tem o direito de decidir antecipadamente quem deve ou não viver. Há casos de anencefalia absoluta, onde a família procura o judiciário, e com uma tese baseada na dignidade da pessoa humana da mãe, consegue a autorização do juiz para praticar o aborto, uma vez que não se pode exigir que a mãe leve adiante uma gravidez, para, ao final dela, ter que enterrar seu bebe.
DAS LESÕES CORPORAIS
Lesão Corporal (art. 129): Ofender a integridade física de alguém. O enquadramento do caput é feito por exclusão dos §§ 1, 2 e 3, ou seja, lesão corporal leve. Ação Penal: Pública Condicionada. Pena: De 3 meses a 1 ano.
- Natureza grave (§ 1º):
	I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias: Utilizado para qualquer ocupação lícita, ou seja, também abrange crianças a aposentados. Após o 30º dia é feito um exame pericial, que comprovará o afastamento.
II - perigo de vida: Na semântica deste inciso, o correto seria “perigo de morte”. Tem que haver a probabilidade de morte, como por exemplo: coma, traumatismo, coma.
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função: Menor capacidade funcional.
Membros: braços, pernas;
Sentidos: visão, audição, olfato;
Função: respiratória, circulatória, reprodutora.
IV - aceleração de parto
Pena: De 1 a 5 anos.
- Natureza gravíssima (§ 2º): Na lei, este parágrafo ainda é considerado lesão corporal de natureza grave, porém a doutrina o classifica como natureza gravíssima.
	I - Incapacidade permanente para o trabalho: Caráter perpétuo, em relação a atividade profissional.
II - Enfermidade incurável: P. ex. HIV.
III - Perda ou inutilização do membro, sentido ou função: vide III, item anterior.
Perda: Mutilação ou amputação;
Inutilização: Incapacidade de uso.
IV - Deformidade permanente: dano estético/visual que não terá recuperação natural.
V - Aborto: Trata-se de lesão corporal seguida de aborto, ou seja, o agente não pode objetivar que aconteça o aborto, deve ser um resultado do seu objetivo, que no caso, é a lesão corporal.
Pena: De 2 a 8 anos.
- Seguida de morte (§ 3º): Deve verificar a ausência do dolo de matar (crime preterdoloso [a consequência vai além da vontade do agente]). Pena: De 4 a 12 anos.
- Diminuição de pena (§ 4º): Quando o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima. Instituto igual ao aplicado no homicídio. Pena: diminuição de 1/6 a 1/3.
- Substituição de pena (§ 5º): O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela de multa (apenas a de detenção, a de reclusão não pode ser revertida).
I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior: motivo de relevante valor social ou moral, domínio de violenta emoção, logo em seguida injusta provocação da vítima.
II - se as lesões são recíprocas
- Lesão Culposa (§ 6º): Havendo negligência, imprudência ou imperícia. Ação penal: Pública Condicionada. Pena: De 2 meses a 1 ano.
- Aumento de pena (§ 7º): Pena: Aumentada de 1/3
	. Menor de 14 ou maior de 60, nos crimes dolosos.
	. Se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante.
- Perdão Judicial (§ 8º): O juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.
- Violência Doméstica (§ 9º): Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade. Pena: De 3 meses a 3 anos.
- Aumento de pena na violência doméstica em razão do resultado (§ 10º): Se houver lesão corporal grave, gravíssima, ou seguida de morte, nos termos do artigo anterior, será aplicado a pena aumentada em 1/3.
- Aumento de pena na violência doméstica em razão da pessoa (§ 10º): Se houver violência doméstica contra o portador de deficiência física, será a pena aumentada em 1/3.
DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE
Nesta seção, os crimes deixam de ser de dano, passando a ser crimes de perigo (momento que antecede o dano).
Perigo de Contágio Venéreo (art. 130): Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso (qualquer relação diversa da conjunção carnal), a contágio de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado. Para consumar tal crime não é necessário a contaminação, apenas o perigo de contaminar. Ação Penal: Pública Incondicionada. Pena: De 3 meses a 1 ano, ou multa. 
- Se é a intenção do agente transmitir a moléstia (§1º): Pena: De 1 a 4 anos, e multa.
Perigo de Contágio de Moléstia Grave (art. 131): Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave (toda doença transmitida que provoca sérias perturbações na vítima, excluindo aquela transmitida no ato sexual, que é regulada pelo artigo anterior) de que está contaminado, ato capaz de produzir o contágio. Pena: De 1 a 4 anos, e multa.
Perigo para a Vida ou a Saúde de outrem (art. 132): Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto (que está direcionado a qualquer pessoa ou grupo) e iminente (pode se tornar dano a qualquer momento). Pena: De 3 meses a 1 ano, se o fato não constitui crime mais grave. 
- Parágrafo único: A pena é aumentada se o risco decorre do transporte de pessoas para a prestação de serviços em estabelecimentos de qualquer natureza, em desacordo com as normas legais. Pena: aumentada de 1/6 a 1/3. 
Abandono de incapaz (art. 133): Deixá-lo sem amparo, socorro, assistência. O agente é aquele que tem o dever, estabelecido através de uma relação jurídica, de cuidar da pessoa. Esta relação jurídica se estabelece através do dever de cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, pela natureza contratual seja pública ou privada ou não. Também pode ser considerado incapaz o turista que p. ex. contratou um guia, e se encontra em um lugar totalmente desconhecido. Pena: De 6 meses a 3 anos.
- Qualificado pelo resultado de Lesão Corporal (§ 1º): Se o abandono resulta de lesão corporal. Não deve ser o objetivo do agente. Pena: De 1 a 5 anos.
- Qualificado pelo resultado morte (§ 2º): Se o abandono resulta de morte. Também não deve haver o dolo do agente de matar. Pena: De 4 a 12 anos.
- Aumento de pena (§ 3º): Aumenta-se a pena em um terço, quando:
I - se o abandono ocorre em lugar ermo;
II - se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, irmão, tutor ou curador da vítima;
III - se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos.
Exposição ou abandono de recém-nascido (art. 134): Abandonar recém-nascido, para ocultar desonra própria. Idem ao anterior, porém está norma é mais específica. Devemos entender como recém-nascido, o bebedo nascimento até o momento da queda do cordão umbilical, que varia de organismo para organismo. É elemento do crime o fato de ocultar desonra própria, sendo que, sem ele é caracterizado o crime de abandono de incapaz, do artigo 133. Pena: De 6 meses a 2 anos.
- Qualificado pelo resultado de Lesão Corporal (§ 1º): Se o abandono resulta de lesão corporal. Não deve ser o objetivo do agente. Pena: De 1 a 3 anos.
- Qualificado pelo resultado morte (§ 2º): Se o abandono resulta de morte. Também não deve haver o dolo do agente de matar. Pena: De 2 a 6 anos.
Omissão de Socorro (art. 135): O crime ocorre no momento em que se omite o socorro (art. 135 combinado com o art. 4 do CP), independente de posterior volta e arrependimento. O agente deve ser alguém próximo da vítima e conhecer sua necessidade, e só então, se omitir. Não cabe a vítima escolher se quer ou não ser socorrida, e na impossibilidade do agente, cabe a ele pedir socorro a autoridade pública competente. Podem ser vítima da omissão de socorro:
- Crianças (com até 12 anos INCOMPLETOS) abandonadas (onde há o dolo de deixá-la) ou extraviadas (não há o dolo, mas ela está perdida).
- Pessoa inválida ou ferida
 Pena: De um a seis meses, ou multa.
Maus tratos (art. 136): O agente que comete tal crime, o comete com o objetivo de disciplinar/educar a vítima, onde a vítima e o agente tem relações entre si. Tal crime pode ser praticado em ambiente de:
- Educação: Aperfeiçoamento profissional;
- Ensino: Formação básica;
- Tratamento: Hospitais;
- Custódia: Presídios.
	As práticas de maus tratos podem ser privando a vítima de alimentação ou cuidados indispensáveis a sua manutenção (remédios, espaço adequado para descanso ou higiene pessoal). Pena: De 1 a 6 meses, ou multa.
- Qualificado por Lesão Corporal (§ 1º): Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave. Pena: De 1 a 4 anos.
- Qualificado pela morte (§ 2º): Pena: De 4 a 12 anos.
- Menor (§ 3º): Se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (catorze) anos. Pena: Aumentada de um terço.
Rixa (art. 137): Confusão, bagunça com pelo menos 3 pessoas. Participar de rixa, salvo para separar os contendores. Pena: De 15 dias a 2 meses, ou multa.
Parágrafo único: Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se, pelo fato da participação na rixa a Pena de 6 meses a 2 anos.
	Quando uma das 3 pessoas for inimputável, há uma divergência na doutrina e jurisprudência se deve ser ou não considerada rixa. Não responderá por rixa aquele que age em legitima defesa de terceiros, ou aquele que entrou na rixa somente para separar os agentes. 
PROVA 2010
1ª  Zé- Espingarda mata sebastião dolosamente.... art. 121  § 2º, I.
 
Qual o tribunal competente?
Qual o procedimento para compor o tribunal?
Qual ação penal cabível?
Quem deve promovê-la?
 
2ª O Marido deixa a esposa no serviço, leva o filho para a escola e esquece o pequeno no carro e vai trabalhar, o pequeno morre....
Qual a tipificação do crime? Justifique.
 
3ª  Disserte sobre o aborto Eugênico
 
4ª O pai em virtude do boletim escolar do filho o castiga severamente e com isto causa-lhe lesões graves...
Qual tipo de crime é este?
 
5ª O Beltrana em Estado Puerperal mata seu filho.....
O que é o Estado Puerperal?
Qual a especificação da pena? 
Como é aplicada a pena?
E se fosse em concurso de pessoas?
 
6ª Inconstitucionalidade do artigo 128, II CP ... indique o artigo e justifique.
 
7ª Indique o dispositivo legal do direito a Vida
 
8º Indique o dispositivo legal de homício qualificado
 
9º Destaque a diferença entre a 1ª parte do art 121 § 4º e a última parte do § único do art 135.

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