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PERGUNTAS E RESPOSTAS CPC 3 RECURSOS

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QUESTIONÁRIO DIREITO PROCESSUAL CIVIL - RECURSOS
RECURSOS
1. O que é recurso?
Recurso é o procedimento que visa ao reexame de qualquer ato judicial decisório, seja sentença, acórdão ou decisão interlocutória.
2. Quais os recursos cabíveis contra sentenças, decisões interlocutórias e despachos?
Apelação, nas sentenças; agravo de instrumento nas decisões interlocutórias. De despachos não cabe qualquer recurso.
3. Como se contam os prazos para a interposição de recurso?
A partir da data em que os advogados são intimados da decisão, da sentença ou do acórdão. Caso seja proferida em audiência, a partir desta data.
4. Quais os recursos existentes contra sentenças?
No primeiro grau de jurisdição, cabem: apelação da sentença, agravo de instrumento, embargos de declaração e embargos de alçada. Embora não conste de texto expresso de lei, considera-se também a correição parcial como recurso.
5. Quais os recursos existentes contra decisões dos Tribunais?
Contra acórdãos: embargos de declaração, embargos de divergência, recurso ordinário constitucional, recurso extraordinário e recurso especial. 
6. Quais recursos existem quando as decisões de tribunais são diferentes?
Contra decisões diferentes de acórdãos: agravo contra decisão do relator que denega agravos regimentais (no STF e previstos nos Regimentos Internos de cada Tribunal Estadual). 
7. Como são chamados os recursos sem nome específico?
Há ainda recursos sem um nome específico, daí por que são chamados de inominados.
8. O que é deserção?
Deserção é o não-seguimento do recurso por falta de preparo, isto é, por falta de pagamento das custas para interpô-lo.
9. O que significa a expressão "preparo do recurso"?
Atualmente o recurso só é recebido se feito o preparo, isto é, se for feito o pagamento antecipado das custas. 
10. Quem tem legitimidade e interesse para interpor recurso?
A parte vencida, ao menos parcialmente; o terceiro prejudicado; o Ministério Público, quando couber.
11. Quais os pressupostos e as condições objetivas analisados pelo órgão julgador do recurso?
As condições objetivas analisadas são: a) o cabimento e a adequação do recurso; b) tempestividade; c) regularidade procedimental, incluindo-se a motivação e o preparo; d) inexistência de fato impeditivo ou extintivo.
12. Caso não a parte interessada não supra o valor do preparo, o acontece com o processo?
A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, implicará deserção se o recorrente intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo.
13. Qual é o prazo para o preparo?
No prazo de 5 (cinco) dias.
14. Quais os pressupostos e condições subjetivas analisados pelo órgão julgador do recurso?
As condições subjetivas analisadas são: a) a legitimidade das partes; b) o interesse jurídico do recorrente, que decorre da sucumbência.
15. Para que o terceiro prejudicado possa ter seu recurso acolhido, o que deve demonstrar?
O nexo de interdependência entre seu interesse jurídico de intervir e a relação jurídica submetida ao Poder Judiciário.
15. Em que efeitos são recebidos os recursos?
Efeito devolutivo e suspensivo.
16. Em que consiste o efeito devolutivo?
Todos os recursos são recebidos em seu efeito devolutivo, isto é, submete-se novamente ao crivo do Poder Judiciário a matéria impugnada. 
17. Em que consiste o efeito suspensivo?
A regra geral é o recebimento também em seu efeito suspensivo, isto é, seu recebimento impede a produção imediata dos efeitos da decisão.
18. Em que momento se faz a sustentação oral perante o Tribunal?
Após a leitura do relatório pelo Relator.
19. De quantos membros se compõe a Câmara?
O relator, o revisor e o terceiro juiz.
20. O que faz cada membro?
O Relator, que lê e analisa, em profundidade, todo o processo e dele faz um resumo da causa; o Revisor, que analisa novamente o processo; e o terceiro juiz, que somente vota.
21. O que significa dizer que o Tribunal conhece do recurso, mas não dá provimento?
Conhecer: significa que estão preenchidas as condições da ação, objetivas e subjetivas. Não dar provimento: significa que, quanto ao mérito, a sentença foi desfavorável ao autor.
DA ORDEM DOS PROCESSOS NO TRIBUNAL
1. Qual é o procedimento de recebimento dos autos no tribunal?
Os autos serão registrados no protocolo do tribunal no dia de sua entrada, cabendo à secretaria ordená-los, com imediata distribuição.
2. Após distribuídos o que acontece com os autos?
Distribuídos, os autos serão imediatamente conclusos ao relator.
 
3. Qual o prazo para o relator restituir os autos com o voto?
30 (trinta) dias, depois de elaborar o voto, restituí-los-á, com relatório, à secretaria.
4. O que será julgado primeiro a questão preliminar ou o mérito?
A questão preliminar.
5. O relator ou outro juiz que não se considerar habilitado a proferir imediatamente seu voto poderá solicitar vista pelo prazo máximo de quantos dias? 
10 (dez) dias, após o qual o recurso será reincluído em pauta para julgamento na sessão seguinte à data da devolução.
6. Pode haver prorrogação desse prazo?
Sim, por igual período.
7. Quando os autos na prorrogação do prazo, se aquele que fez o pedido de vista ainda não se sentir habilitado a votar, o que fará o presidente? 
Convocará substituto para proferir voto, na forma estabelecida no regimento interno do tribunal.
8. Caso seja constatada a ocorrência de fato superveniente, o que o relator deve fazer?
Se o relator constatar a ocorrência de fato superveniente à decisão recorrida ou a existência de questão apreciável de ofício ainda não examinada que devam ser considerados no julgamento do recurso, intimará as partes para que se manifestem no prazo de 5 (cinco) dias.
9. Em que casos cabem a sustentação oral?
No recurso de apelação; no recurso ordinário; no recurso especial; no recurso extraordinário; nos embargos de divergência; na ação rescisória, no mandado de segurança e na reclamação; no agravo interno originário de recurso de apelação, de recurso ordinário, de recurso especial ou de recurso extraordinário; no agravo de instrumento interposto contra decisões interlocutórias que versem sobre tutelas provisórias de urgência ou da evidência; em outras hipóteses previstas em lei ou no regimento interno do tribunal.
10. Quem pode fazer a sustentação oral nesses casos?
Na sessão de julgamento, depois da exposição da causa pelo relator, o presidente dará a palavra, sucessivamente, ao recorrente, ao recorrido e, nos casos de sua intervenção, ao membro do Ministério Público,
11. Qual o tempo de sustentação oral?
Pelo prazo improrrogável de 15 (quinze) minutos para cada um, a fim de sustentarem suas razões, nas seguintes hipóteses. 
12. Qual o prazo para requerer proferir a sustentação oral?
O procurador que desejar proferir sustentação oral poderá requerer, até o início da sessão, que o processo seja julgado em primeiro lugar, sem prejuízo das preferências legais.
13. No julgamento de apelação ou de agravo de instrumento, a decisão será tomada, no órgão colegiado, pelo voto de quantos juízes?
Pelo voto de 3 (três) juízes.
14. Quando o resultado da apelação for não unânime, como será o julgamento?
O julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no regimento interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores.
15. Em que casos será admitida sustentação oral por meio de vídeo conferência?
É permitido ao advogado com domicílio profissional em cidade diversa daquela onde está sediado o tribunal realizar sustentação oral por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que o requeira até o dia anterior ao da sessão.
16. Em que casos não se aplica o disposto noartigo do julgamento com sessão continuada? 
No incidente de assunção de competência e ao de resolução de demandas repetitivas; na remessa necessária; em julgamento não unânime proferido, nos tribunais, pelo plenário ou pela corte especial.
SÚMULA
1. O que é súmula?
Súmula é a interpretação pacífica ou majoritária adotada por um Tribunal a respeito de um tema específico, a partir do julgamento de diversos casos análogos. 
2. Qual é a finalidade da súmula?
Tem a dupla finalidade de tornar pública a jurisprudência para a sociedade bem como de promover a uniformidade entre as decisões.
3. O que é uma súmula vinculante?
É a Jurisprudência que, quando votada e aprovada pelo Supremo Tribunal Federal, por pelo menos 2/3 do plenário, se torna um entendimento obrigatório a todos os outros tribunais e juízes, bem como a Administração Pública, Direta e Indireta, terão que seguir. 
4. O que acontece na prática com seu efeito?
Na prática, adquire força de lei, criando um vínculo jurídico e possuindo efeito erga omnes.
5. A súmula vinculante vincula o poder legislativo?
A referida espécie de súmula não vincula o Poder Legislativo, sob pena de criar uma indesejável petrificação legislativa.
6. A súmula vinculante vincula o STF?
Não vincula o próprio STF que pode alterar o seu entendimento esposado em súmula vinculante. 
7. Como o STF pode alterar uma súmula vinculante?
Através de votação que obedeça o mesmo quórum necessário à sua aprovação inicial (2/3 dos seus membros).
8. Que emenda constitucional criou a súmula vinculante? 
A súmula vinculante foi criada em 30 de dezembro de 2004, com a Emenda Constitucional n° 45, que adicionou o artigo 103-A à Constituição Brasileira e lei 1141/06.
9. Qual é o objeto das súmulas vinculantes?
O enunciado da súmula terá por objeto a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas. 
10. O que é necessário para haver uma súmula vinculante?
É necessário que haja controvérsia atual que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre idêntica questão entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública.
11. Quem são os legitimados para propor a criação de súmulas vinculantes?
A criação é restrita ao STF, a edição, revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante pode ser de ofício, ou seja, pelo próprio STF, ou por provocação, onde pode ser proposto por uma das pessoas expressamente previstas na lei nº 11.417, e são: o Presidente da República; a Mesa do Senado Federal; a Mesa da Câmara dos Deputados; o Procurador-Geral da República; o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; o Defensor Público-Geral da União; partido político com representação no Congresso Nacional; confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional; a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; o Governador de Estado ou do Distrito Federal; os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de Estados ou do Distrito Federal e Territórios, os Tribunais Regionais Federais, os Tribunais Regionais do Trabalho, os Tribunais Regionais Eleitorais e os Tribunais Militares.
INCIDENTE DE ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA E DE ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE
1. Quando é admissível a assunção de competência?
É admissível a assunção de competência quando o julgamento de recurso, de remessa necessária ou de processo de competência originária envolver relevante questão de direito, com grande repercussão social, sem repetição em múltiplos processos.
2. Qual parte não pode suscitar conflito de competência?
Não pode suscitar conflito a parte que, no processo, arguiu incompetência relativa. 
3. O conflito de competência impede que a parte que não o arguiu suscite a incompetência?
O conflito de competência não obsta, porém, a que a parte que não o arguiu suscite a incompetência.
4. Em que casos aplica-se a assunção de competência?
Aplica-se o disposto neste artigo quando ocorrer relevante questão de direito a respeito da qual seja conveniente a prevenção ou a composição de divergência entre câmaras ou turmas do tribunal.
5. Qual é o procedimento de arguição de inconstitucionalidade?
Arguida, em controle difuso, a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do poder público, o relator, após ouvir o Ministério Público e as partes, submeterá a questão à turma ou à câmara à qual competir o conhecimento do processo.
6. O que deverá ser considerado para admitir a manifestação de outros órgãos ou entidades?
Considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, o relator poderá admitir, por despacho irrecorrível, a manifestação de outros órgãos ou entidades.
7. Quem pode propor conflito de competência?
O juiz, a parte ou o Ministério Público.
8. Qual instrumento será usado por cada um para iniciar o pedido?
O conflito será suscitado ao tribunal pelo juiz, por ofício, pela parte e pelo Ministério Público, por petição.
9. O que acontecerá com o processo quando arguido o conflito de competência?
O relator poderá determinar, quando o conflito for positivo bem como for negativo, o sobrestamento do processo, e designará um dos juízes para resolver, em caráter provisório, as medidas urgentes.
10. Após o prazo designado pelo relator, qual será o prazo para o julgamento?
5 dias.
11. Ao decidir o conflito, o que o tribunal declarará?
Ao decidir o conflito, o tribunal declarará qual o juízo competente, pronunciando-se também sobre a validade dos atos do juízo incompetente.
DA HOMOLOGAÇÃO DE DECISÃO ESTRANGEIRA E DA CONCESSÃO DO
EXEQUATUR À CARTA ROGATÓRIA
1. Por qual instrumento será requerida a homologação de decisão estrangeira?
A homologação de decisão estrangeira será requerida por ação de homologação de decisão estrangeira, a decisão interlocutória estrangeira poderá ser executada no Brasil por meio de carta rogatória.
2. O que a homologação irá obedecer?
A homologação obedecerá ao que dispuserem os tratados em vigor no Brasil e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça.
3. A decisão estrangeira terá eficácia no Brasil após o que?
A decisão estrangeira somente terá eficácia no Brasil após a homologação de sentença estrangeira ou a concessão do exequatur às cartas rogatórias.
4. Que decisões são passíveis de homologação pela lei brasileira?
É passível de homologação a decisão judicial definitiva, bem como a decisão não judicial que, pela lei brasileira, teria natureza jurisdicional.
5. Uma decisão estrangeira poderá ser homologada somente totalmente?
A decisão estrangeira poderá ser homologada parcialmente. 
6. A autoridade judiciária brasileira poderá deferir pedidos de urgência e realizar atos de execução provisória no processo de homologação de decisão estrangeira.
Sim.
7. Quando haverá homologação de decisão estrangeira para fins de execução fiscal?
Quando prevista em tratado ou em promessa de reciprocidade apresentada à autoridade brasileira.
8. A sentença estrangeira de divórcio consensual produz necessita de homologação para produzir efeitos no Brasil?
A sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos no Brasil, independentemente de homologação pelo Superior Tribunal de Justiça.
9. Quais são os requisitos indispensáveis à homologação da decisão estrangeira?
Constituem requisitos indispensáveis à homologação da decisão: ser proferida por autoridade competente; ser precedida de citação regular, ainda que verificada a revelia; ser eficaz no país em que foi proferida; não ofender a coisa julgada brasileira; estar acompanhada de tradução oficial, salvo disposição que a dispense prevista em tratado; não conter manifesta ofensa à ordem pública.
10. Em que hipótese não será homologada decisão estrangeira?
Não será homologada a decisão estrangeira na hipótese de competência exclusiva da autoridade judiciária brasileira.
11. Perante qual autoridade judicial o cumprimento da decisão estrangeira será feita?
O cumprimento de decisão estrangeira far-se-áperante o juízo federal competente, a requerimento da parte, conforme as normas estabelecidas para o cumprimento de decisão nacional.
APELAÇÃO 
1. O que é apelação?
Apelação é o recurso da parte, total ou parcialmente vencida, que visa à reforma de parte ou de toda a decisão que a prejudicou.
2. Qual o prazo para a apelação?
15 dias.
3. Se o Tribunal não conceder apelação, qual o recurso previsto? 
Se matéria constitucional, Recurso Extraordinário para o STF; se matéria infraconstitucional, Recurso Especial para o STJ.
4. Quando é a apelação recebida somente no efeito devolutivo?
A apelação é recebida somente no efeito devolutivo quando for interposta contra sentença que: a) homologar divisão ou demarcação; b) condenar à prestação de alimentos; c) julgar a liqüidação da sentença; d) decidir o processo cautelar; e) rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-los improcedentes (Lei n.º 8.950/94); e f) julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem (Lei n.º 9.307/96).
RECURSO ADESIVO
1. O que é recurso adesivo?
Recurso adesivo é aquele que cabe à parte que não apelou nos 15 dias de prazo, subordinando-o ao recurso da parte contrária (recurso principal), caso esta o tenha interposto. 
2. Como deve ser compreendido o termo adesivo?
O termo "adesivo" deve ser compreendido não como uma adesão ao recurso interposto pela parte contrária, mas como uma adesão à oportunidade recursal aproveitada pelo oponente.
3. A desistência da parte ao recurso principal implica quê?
A desistência da parte ao recurso principal, implica, também, na desistência ao recurso adesivo, conforme o princípio de que o acessório segue o principal.
4. Qual o prazo para o recurso adesivo?
É o mesmo das contra-razões: 15 dias.
5. Quais as peculiaridades do recurso adesivo?
Além dos pressupostos comuns aos recursos, o recurso adesivo apresenta as seguintes características: a) a sentença deve ter sido apenas parcialmente procedente; b) se houver desistência, inadmissibilidade ou deserção do recurso principal, o adesivo será também prejudicado.
6. Quando cabe recorrer adesivamente?
Cabe interpor recurso adesivo quando o recurso da parte contrária for apelação, embargos infringentes, recurso extraordinário ou recurso especial.
AGRAVO DE APELAÇÃO
1. O que é agravo de instrumento?
Agravo de instrumento é o recurso cabível contra decisão interlocutória. 
2. Qual o procedimento do agravo?
Existem, atualmente, dois procedimentos:
a) o comum, para o agravo de instrumento; 
b) o especial, para o denominado agravo retido ou agravo retido nos autos, correspondendo, a cada qual, procedimento diverso.
 
3. Qual o procedimento do agravo em regime comum?
No regime comum: protocolada a petição no Tribunal competente ou remetida por via postal; o agravante tem 3 dias para requerer a juntada aos autos do processo de cópia da petição de agravo, do comprovante de sua interposição e de relação de documentos que instruam o recurso; distribui-se a um relator, que pode negar seguimento. 
4. Qual o prazo para o agravado recorrer?
O agravado será intimado para responder em 10 dias, e também o MP quando necessário; o órgão colegiado poderá pedir informações ao juiz a quo e atribuir efeito suspensivo em alguns casos, como no caso de depositário infiel e pagamento de pensão alimentar. 
5. Qual o procedimento do agravo em regime especial?
No procedimento especial, do agravo retido, o agravante requererá que o Tribunal o conheça, preliminarmente, por ocasião do julgamento da apelação; o agravo retido independe de preparo.
6. Qual o prazo do agravo de instrumento? 
10 dias.
7. Onde deve ser interposto o agravo?
Perante o Tribunal, devendo ser apresentado por protocolo, pelo correio com aviso de recebimento ou outra forma prevista pela lei local.
8. Em que casos o agravo pode ser recebido em seu efeito suspensivo?
Casos em que estiver sendo pedida prisão civil, adjudicação, remição de bens, levantamento de dinheiro sem caução idônea, e em outras hipóteses relevantes previstas em lei.
 
9. Se o relator negar seguimento ao agravo, qual será o recurso cabível?
Agravo em sentido estrito, em 5 dias.
10. Se o agravado não se conformar com a nova decisão, que recurso poderá interpor?
Poderá também interpor o recurso de agravo.
11. O que é agravo retido?
Agravo retido é modalidade do recurso de agravo, cabível em caso de decisão interlocutória, que consta de simples petição, retida nos autos, apresentada ao juiz da causa, para futura apreciação pelo Tribunal, por ocasião do julgamento da apelação.
12. Por que difere do agravo de instrumento?
Difere do agravo de instrumento, porque fica retido nos autos, aguardando o desfecho do processo, o que evita a preclusão da decisão impugnada, não sendo necessária a formação do instrumento. 
13. O que é necessário para ser apreciado?
Para ser apreciado, é necessário que o agravante requeira que o Tribunal dele conheça, preliminarmente, por ocasião do julgamento da apelação. 
14. Não se conhecerá do agravo em que casos?
Não se conhecerá do agravo se o agravante não requerer expressamente, nas razões ou na resposta de apelação, sua apreciação pelo Tribunal.
15. Cabe juízo de retratação no agravo retido?
Sim, o juiz a quo poderá reformar sua decisão depois de ouvida a parte contrária, em 5 dias, contados a partir da resposta do agravante.
EMBARGOS
1. Quais os tipos de embargos existentes?
Embargo como ação (de terceiros); como ação incidental (do devedor); como medida constritiva (nunciação de obra nova); como recurso (infringentes; de divergência, de alçada).
2. O que são embargos de declaração?
Embargos de declaração é o recurso cabível quando houver, nas sentenças ou acórdãos, obscuridade, contradição ou omissão. Antes da reforma introduzida pela Lei n.º 8.950, de 13.12.1994, também a dúvida, ou ponto duvidoso da decisão judicial, podia ser objeto de embargos de declaração.
3. Qual o prazo para interpor embargos de declaração?
O prazo é de 5 dias, tanto no caso de sentença quanto no de acórdão. 
4. Cabem embargos de declaração de decisão interlocutória?
Não. Apenas de sentenças ou de acórdãos.
5. A que está sujeita a parte que interpõe embargos de declaração com finalidade meramente protelatória?
O embargante sujeita-se a ser condenado à multa até o valor de 1% sobre o valor da causa. 
6. Os embargos de declaração estão sujeitos a preparo?
Não, os embargos de declaração não estão sujeitos a preparo.
7. A quem são dirigidos os embargos de declaração?
Se contra sentença de primeiro grau, ao próprio juiz; se contra acórdão, ao Relator da Câmara que o proferiu.
8. O que são embargos divergentes?
Embargos divergentes são o recurso cabível contra apelação ou ação rescisória julgada por órgão fracionário (ou colegiado), desde que não-unânime.
9. O que é correição parcial?
Correição parcial é o recurso cabível contra decisão do juiz, tendente a tumultuar o processo, quando não houver um recurso específico, tendo a parte sofrido um gravame.
10. O que significa o princípio da fungibilidade dos recursos?
Considera-se que, interposto um recurso em lugar de outro, será conhecido como o recurso apropriado, desde que não tenha o recorrente cometido erro grosseiro, e que o recurso seja interposto tempestivamente.
11. Será aceito recurso de apelação, quando cabível poderia ser o recurso de agravo?
O recorrente interpôs apelação, quando cabível poderia ser o recurso de agravo. Mas o fez no prazo de 10 dias. Existindo dúvida sobre o tipo correto de recurso, o Tribunal o acolherá.
12. O que é recurso ordinário constitucional?
Recurso ordinário constitucional é aquele que cabe para o STF, no julgamento de determinadas matérias, decididas em única instância pelos Tribunais Superiores, tais como mandado de segurança e habeas corpus, conforme constitucionalmente disposto no art. 102, II. 
13. Em que situações cabe para o STJ?
Cabe ainda para o STJ, em matérias decididas pelosTribunais de segunda instância, da Justiça Comum, tais como mandado de segurança e habeas corpus, conforme constitucionalmente disposto no art. 105, II.
14. Qual o prazo para interposição do recurso ordinário?
15 dias.
RECURSOS ORDINÁRIO, EXTRAORDINÁRIO E ESPECIAL
1. O que é recurso extraordinário?
Recurso extraordinário é aquele que cabe para o STF em casos de ofensa a preceito constitucional, interposto nas causas julgadas em única ou última instância quando a decisão recorrida contrariar dispositivo da CF, declarar a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal, ou julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face da CF (vide art. 102, III, da CF).
2. Qual o prazo para interposição do recurso extraordinário?
15 dias.
3. O que é recurso especial?
Recurso especial é aquele que cabe para o STJ, interposto nas causas decididas, em única ou última instância, nos Tribunais dos Estados e do DF, quando a decisão recorrida contrariar tratado ou lei federal ou negar-lhes vigência, julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face de lei federal, ou der à lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal (vide CF, art. 105, III).
4. Qual o prazo para interposição de recurso especial?
15 dias.
5. Em que efeitos são recebidos os recursos extraordinário e especial?
São recebidos somente no efeito devolutivo.
6. A quem são dirigidos os recursos extraordinário e especial?
São dirigidos ao Presidente do Tribunal estadual, para serem julgados, respectivamente, pelo STF e pelo STJ.
7. Se o Presidente do Tribunal do Estado negar seguimento ao recurso, qual o recurso que cabe desta decisão?
Cabe o recurso de agravo.
8. O que ocorre quanto ao julgamento, se de parte da decisão interpõe-se recurso extraordinário e de outra parte interpõe-se recurso especial?
Cada um deles deve ser interposto em petição distinta. Primeiramente julga-se o recurso especial, no STJ.
9. O que vem a ser o pré-questionamento?
Pré-questionamento é a argüição da questão controvertida perante o juiz de origem.
10. Inexistindo pré-questionamento, poderá ser interposto recurso extraordinário?
Não. A Súmula n.º 282 do STF dispõe claramente que, inexistindo pré-questionamento, será inadmissível o recurso extraordinário.
11. Quando cabem embargos de divergência?
É um recurso cabível, no STF, quando ocorre divergência de interpretação entre as Turmas ou entre as Turmas e o Plenário, no julgamento de Recurso Extraordinário ou de Agravo de Instrumento (denegatório do seguimento do Recurso Extraordinário do Presidente do Tribunal recorrido). 
12. Em que outros casos cabem embargos de divergência?
Cabe, também, contra decisão da Turma que, em Recurso Especial, divergir do julgamento de outra Turma, da Seção ou do órgão Especial. Consta do Regimento Interno para efeitos de procedimento. Admite-se também quando ocorre divergência entre acórdãos da mesma Turma se houve alteração na composição da Turma, de um julgamento para outro.
13. Enquanto o Relator lê o relatório, o advogado percebe que o Relator menciona um dado incorreto. O advogado pode apartear? 
Pode pedir a palavra a qualquer tempo, pela ordem.
14. Quando é vedado fazer sustentação oral?
No agravo de instrumento e nos embargos de declaração. 
15. Qual o tempo concedido para a sustentação oral?
15 minutos. Tendo mais de 1 autor ou mais de 1 réu com diferentes procuradores, o tempo será de 30 minutos, repartidos entre todos.
16. Quais são os remédios constitucionais?
Recursos constitucionais: ordinário, extraordinário e especial. Como ações: Habeas Corpus, Mandado de Segurança, Mandado de Injunção, Habeas Data, Ação Popular e Ação Civil Pública.
17. Decisão interlocutória trouxe um gravame à parte. Como proceder para suspender o processo? 
Agravo de Instrumento + Mandado de Segurança.
18. Se contra a sentença exeqüenda forem decididos os recursos pendentes e a sentença transitar em julgado, mas ainda existam embargos à execução pendentes, a execução continuará provisória? 
A execução transformar-se-á em definitiva.
19. O que é carta precatória?
Carta precatória é a requisição de diligência enviada por um juiz a outro, da mesma instância, em comarca diferente.
20. O que é carta rogatória?
Carta rogatória é a requisição de diligência à autoridade judiciária estrangeira, segundo convenção internacional, se houver. Se não houver, será remetida, depois de vertida para o idioma do país estrangeiro, para o país em que deve ser praticado o ato.

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