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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE DARCY RIBEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL II Pêndulo Simples / Físico EXPERIÊNCIA 02 SUELLEN SIQUEIRA MARTINS DE MORAES Mat. 00108111659 EXPERIMENTO EM: 27/09/2010 RELATÓRIO EM: 01/10/2010 CAMPOS DOS GOYTACAZES Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro 2 ÍNDICE Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro 3 1. INTRODUÇÃO Qualquer movimento que se repete a intervalos iguais constitui um movimento periódico ou oscilatório. Os movimentos oscilatórios constituem uma classe de movimentos muito importante na física. Um pêndulo simples (Fig.1) se define como sendo uma massa m suspensa por um fio inextensível, de comprimento L com massa desprezível em relação ao valor de m; já o pêndulo físico (Fig.2) consiste de um corpo rígido qualquer de massa m, suspenso por um eixo horizontal que o atravessa, em torno do qual o corpo pode girar. Na Fig. 1a é ilustrado o movimento de um corpo de massa m preso a um fio, e na Fig. 1b, as forças que atuam sobre este corpo. Se a massa se desloca para uma posição (ângulo que o fio faz com a vertical, que deve ser < 15°) e então for abandonada (velocidade inicial zero), o pêndulo começa a oscilar. O caminho percorrido pela massa suspensa é chamado de arco. O período de oscilação que vamos chamar de T é o tempo necessário para a massa passar duas vezes consecutivas pelo mesmo ponto, movendo-se na mesma direção, isto é, o tempo que a massa leva para sair de um ponto e voltar ao mesmo ponto percorrendo o mesmo arco. O pêndulo descreve uma trajetória circular, um arco de circunferência de raio L. Deslocando o pêndulo pelo ângulo a partir da vertical, a força restauradora é mgsen . A rigor, não existe movimento harmônico, pois a força restauradora é proporcional a sen , enquanto o deslocamento a , entretanto para pequenos ângulos sen ~ , ou seja, F −mg . Na ausência de atritos, as forças que agem sobre a partícula de massa m são apenas duas: Seu peso, mg , vertical para baixo e a ação do fio, a tração T,de direção radial e sentido indicado na figura 1a. Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro 4 (a) (b) Figura 1 – Pêndulo Simples Figura 2 - Pêndulo Físico. Corpo de massa M oscila em um plano vertical, em torno de um eixo horizontal que o suspende sem atrito. O corpo executa Movimento Harmônico Simples, no limite de pequenas amplitudes angulares. O torque restaurador exercido pela força peso atua no sentido de levar o corpo para a posição de equilíbrio, na vertical. A figura mostra o desvio angular no sentido anti-horário e o torque restaurador no sentido contrário(horário). 2. OBJETIVO O objetivo desta aula experimental é o de determinar a aceleração da gravidade através do pêndulo simples, estudar a dependência do período de um pêndulo em função da massa, determinar o período do pêndulo físico, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro 5 comparar os valores encontrados de aceleração da gravidade com o valor teórico (9,8 m/s²) e também graficar os dados por meio de Regressão linear. 3. TEORIA Na ilustração (Fig. 1a), as componentes da força peso segundo as direções radial e tangencial valem: Direção radial : Py =mgcos . Direção tangencial : P x =mgsen . A componente tangencial produz um TORQUE (T) restaurador em relação ao ponto de equilíbrio. T = F = -Lmgsen Sabemos que T = I I = 1/3 ML² , onde I é o momento de inércia e é a aceleração angular. Com isso: I = -Lmgsen ou = -Lmgsen/I = -Lmg/I O período T será: T = 4²L/g , onde g = 4²L/ T² (9,8m/s²) Quando o ângulo de oscilação do pêndulo é pequeno ( < 150 ), temos que sen . Dessa forma, o pêndulo descreverá oscilações harmônicas descritas pela equação: = mgL/I Uma vez que a freqüência angular é = 2/T, o período de oscilação do pêndulo será, portanto: T = 2I/mgh , se I = mL² , então, T = 2L/g 4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 4.1. MATERIAS UTILIZADOS – Figura 2 • Photogate (Pasco Scientific) – Fig. 2a • Balança – Fig. 2b • Régua • Transferidor – Fig. 2c • Massas pendulares – Fig. 2d • Fios de linha (massa desprezível) – Fig. 2e • Suporte para os fios – Fig. 2e Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro 6 (a) (c) (b) (e) (d) Figura 2 – Materiais Utilizados 4.2 . PROCEDIMENTOS a. Parte 1 – Pêndulo Simples Fixando a massa m = 113,5 g e variando o comprimento L Para começarmos o experimento, medimos a massa de um corpo e ajustamos o comprimento inicial do fio. Então deslocamos a massa da posição de equilíbrio, até um ângulo , obedecendo a relação de que este ângulo não deve ser maior do que 15º, neste caso fizemos = 10 º. Após termos deslocado a massa e determinado a posição inicial de lançamento, nós a soltamos e marcamos o período, como sendo a média entre 10 leituras feitas no photogate, para cada comprimento L do fio, para que assim, obtivéssemos uma maior precisão. Utilizamos cinco comprimentos diferentes para L. TABELA 1 – PÊNDULO SIMPLES N Comprimento L (m) ±0,01m Período T (s) ±0,0001s Período Médio (s) ±0,00001s (Período)² T² (s²) ±0,00001s 0,7265 0,7256 0,7264 0,7262 0,7271 1 0,11 0,7273 0,7262 0,7267 0,7254 0,7261 0,72635 0,52758 0,9516 0,949 0,9495 0,952 0,9548 2 0,20 0,9547 0,9578 0,9466 0,9525 0,9511 0,95196 0,90623 1,1650 1,1667 1,1692 1,1662 1,1684 3 0,30 1,1716 1,1682 1,1725 1,1699 1,1714 1,16891 1,36635 1,2245 1,2247 1,2258 1,2245 1,2239 4 0,34 1,2257 1,2239 1,2249 1,2267 1,2246 1,22492 1,50043 1,2962 1,2958 1,2965 1,2921 1,2924 5 0,38 1,2899 1,2956 1,294 1,2893 1,2915 1,29333 1,67270 b. Parte 2 – Pêndulo Simples com massa maior Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro 7 Fixando o comprimento L = 0,20 m e a massa m = 225,2 g Nesta etapa, ajustamos o comprimento do fio do pêndulo de modo que o mesmo tivesse uma medida igual a uma das utilizadas com a massa menor. Então deslocamos a massa da posição de equilíbrio, até um ângulo igual a 10º. Em seguida, nós a soltamos e marcamos o período diretamente no photogate, fazendo 10 leituras e assim tirando a média, para que assim obtivéssemos uma maior precisão. Utilizamos apenas 1 massa diferente, somentepara verificarmos a influência da massa no cálculo do período. TABELA 2 – PÊNDULO SIMPLES COM MASSA MAIOR N Comprimento L (m) ±0,01m Período T (s) ±0,0001s Período Médio (s) ±0,00001s (Período)² T² (s²) ±0,00001s 0,9568 0,9581 0,9558 0,9592 0,9581 0,9569 0,9571 0,9561 1 0,2 0,9584 0,9566 0,95731 0,91644 c. Parte 3 – Pêndulo Físico (régua) Fixando o comprimento L = 0,355 m e o ângulo < 15º Na última etapa do experimento, utilizamos uma régua como sendo um pêndulo físico, a deslocamos da posição de equilíbrio até um ângulo < 15º. Em seguida, nós a soltamos e marcamos o período no photogate, fazendo 5 leituras, repetindo esta operação 2 vezes, como isso completamos 10 leituras, e assim tiramos a média. TABELA 3 – PÊNDULO FÍSICO N Comprimento L (m) ±0,01m Período T (s) ±0,0001s Período Médio (s) ±0,00001s (Período)² T² (s²) ±0,00001s 0,99 0,9895 0,9903 0,9861 0,961 0,9834 1 0,355 0,9773 0,9754 0,9794 0,95922 Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro 8 0,9856 0,9554 5. RESULTADOS OBTIDOS Com base nos valores de L (m) e T² (s²) encontrados no estudo do Pêndulo Simples, foi calculada a Regressão Linear, que nos forneceu os valores: A = 0,0603 B = 4,2645 Y=A+Bx C = 0,9995 Arbitrando valores para x, sendo que eles se encontrem entre os já existentes, obtivemos: x=0,16 m -> y=0,7426 s² x=0,25 m -> y=1,1264 s² x=0,36 m -> y=1,5955 s² Figura 3 – T²xL Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro 9 Como primeiro objetivo do relatório, vamos determinar a aceleração da gravidade através do pêndulo simples. O coeficiente B, encontrado pela regressão linear, é o coeficiente angular da curva. Com isso, o inverso dele será o comprimento/período ao quadrado. 1/B = L/T² = 0,2345 Desta forma, podemos encontrar a aceleração da gravidade, que é: g = 4²L/T² g = 4²0,2345 g = 9,2577 m/s² Já no experimento do Pêndulo Simples com massa maior, obtivemos o período T=0,95731. 0,95731 – 0,95196 = 0,00535 -> 0,5% de Erro Utilizando o valor da aceleração da gravidade encontrado (g = 9,2577 m/s²), podemos calcular o período do pêndulo físico por meio da fórmula, para compararmos com o valor lido diretamente no photogate. T = 22.L/3.g T = 22.0,355/3.9,2577 1,0046 – 0,9794 = 0,0252 -> 2,52% de erro T = 1,0046 s 6. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS O valor do período encontrado no experimento do pêndulo simples com massa maior, foi de 0,95731, o que nos confirma que: o período independe da massa, ele só depende do comprimento do fio; por isso, uma massa maior tem praticamente o mesmo período que uma massa menor. A diferença entre os períodos de massas diferentes foi de apenas 0,5%. Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro 10 O período lido no photogate, durante o experimento do pêndulo físico, foi bem próximo valor obtido através da fórmula, usando a aceleração da gravidade calculada durante o experimento (g=9.2577 m/s²). A diferença foi de apenas 2,5 %. 7. CONCLUSÃO Com este experimento podemos verificar que o período independe da massa, ele só depende do comprimento do fio; por isso, uma massa maior tem praticamente o mesmo período que uma massa menor. A aceleração da gravidade calculada urante o experimento foi de 9,2577 m/s², com uma diferença de apenas 2,5 % da usual de 9,8 m/s². Com relação os erros, toda e qualquer experiência deve ser feita em local especifico, com os materiais e ferramentas adequados e com o máximo de atenção possível do experimentador. Notou-se, ao efetuar o procedimento experimental, divergências quanto ao proposto na teoria. No cálculo da aceleração da gravidade local, a porcentagem de erro encontrada foi de aproximadamente 5,4%, com relação à aceleração real. Este erro deve-se a fatores como por exemplo: a percepção visual na hora de definir o valor do comprimento do fio do pêndulo e a habilidade psicomotora de cada integrante do grupo para soltar o bloco metálico da mesma altura. Um tempo maior dedicado e apenas um experimentador, talvez, gerem resultados mais confiáveis. Tomando os devidos cuidados, e não querendo fazer o experimento correndo os resultados ficam bem melhores!!! Eu teria vergonha de escrever isso!!! Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro 11 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] D. Halliday, R. Resnick , J. Walker – Fundamentos de Física – Vol.1, 3ª Edição LTC Editora - (1998); [2] H. M. Nussenzveig – Curso de Física Básica – 1 – Mecânica – 3³ Edição – Edgard Blücher Ltda – (1996); [3] Hatsumi Mukai e Paulo R.G. Fernandes - Manual de Laboratório – Física Experimental I. [4] H. M. Nussenzveig, Edgara Blucher - Curso de Física Básica, Vol. 2. [5] D. Halliday, R. Resnick e J. Meril - Fundamentos da Física, Vol. 2, LTC. [6] H. D. Young e R. A. Freedman, Pearson - Física II: Termodinâmica e Ondas,.
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