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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE NITERÓI/RJ PROCESSO Nº PEDRO, nacionalidade, estado civil, engenheiro, portador do RG nº___, do CPF nº___, domiciliado (endereça completo), vem a presença de vossa excelência, por intermédio de seu advogado, constituído conforme procuração nos autos, apresentar: QUEIXA CRIME PELO RITO SUMARÍSSIMO Em desfavor de HELENA, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora do RG nº___, CPF nº___, residente e domiciliada (endereço completo), com fundamento nos artigos 100, do CP e 41, do CPP, com base nos fatos e fundamentos hora expostos. I – DOS FATOS O querelante marcou, através da rede social Facebook uma reunião com seus amigos e parentes em uma churrascaria para comemorar a ocasião de seu aniversário. Assim procedeu fazendo uma postagem pública para convidar seus contatos, na sua conta a qual ele utiliza para entrar em contato com diversas pessoas de seus variados círculos sociais. A querelada, que é vizinha e antiga namorada do querelante, viu o convite publicado para aquela comemoração, e publicou então uma mensagem no perfil do mesmo, na qual afirmava o seguinte: “não sei o motivo da comemoração, já que Pedro não passa de um idiota, bêbado, porco, irresponsável e sem vergonha! ele trabalha todo dia embriagado e vestindo saia! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!?” Com essa postagem, que pretendia prejudicar Pedro perante seus colegas de trabalho e denegrir sua reputação, Helena o atingiu, de forma que assim que ele viu a mensagem com alguns amigos presentes, sentiu-se mortificado e acabou se abatendo tanto que desmarcou a comemoração daquela noite para seu aniversário. No dia seguinte aos fatos, Pedro procurou a Delegacia de Polícia Especializada em Repressão aos Crimes de Informática e narrou o caso à autoridade policial, entregando o conteúdo impresso da mensagem ofensiva e a página da rede social na Internet onde ela poderia ser visualizada. Estes sendo os fatos, passo a fundamentação. II – DA TIPIFICAÇÃO DO DELITO A querelada incorreu no crime de difamação do artigo 139, do Código Penal, pois narrou em sua postagem fatos não criminosos do querelado, os quais foram prontamente vistos por terceiros e dessa forma atingiu a honra objetiva do autor, devendo neste caso fazer com que a mesma promova uma retratação. Incorreu ainda no crime de injúria do artigo 140, do Código Penal, pois atribuiu ao antigo namorado adjetivos pejorativos, de forma que lhe alcançou a honra subjetiva, irrecuperável da qual tornou o autor triste e abatido, até mesmo desmarcando a comemoração antes prevista vez que não se sentia mais bem com toda a situação. Por fim, a de se notar que a esses crimes se aplica o concurso material do artigo 69, do Código Penal, posto que houve uma ação resultante em dois crimes, devendo as penas dos crimes atribuídos a querelada serem somadas, acumuladas. Dessa forma, pede-se a condenação da querelada pelo artigo 139, combinado com o 140, na forma do 69, do Código Penal. III – DOS PEDIDOS Mediante o exposto, requer: Que seja citada a querelada para que, querendo, apresente resposta no prazo de lei, sob pena de confissão e revelia; Que seja o membro do MP notificado, para que, querendo, adite a inicial; Que seja a querelada condenada as penas do artigo 139, combinado com o 140, na forma do 69, do código penal; Que vossa excelência fixe indenização mínima de cunho moral, com base no artigo 387, inciso IV, do Código de Processo Penal; A procedência dos pedidos dessa peça processual. III – DAS PROVAS Protesta pela produção de todas as provas admitidas em direito, em especial as documentais, periciais e testemunhais. V – DO VALOR DA CAUSA Dá-se a causa o valor de R$ 100,00 (cem reais). Termos em que, Pede deferimento. Niterói, 19/08/2014 Advogado OAB DO ROL DE TESTEMUNHAS 1. 2. 3. 4. 5.
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