Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
� � � � ���������� � ���� � ������� ���� ���������� ��������� ��� ��������� �� ����� � � � Mecanismo da Trombose Os fatores pró-agregação e pró-antiagregação são normalmente balanceados e com mecanismos opostos. Para proteção contra lesão vascular e o risco de sangramento o sistema pró-agregação é ativado, formando o trombo para limitar a hemorragia. Portanto, como a lesão endotelial é uma característica da doença cardíaca isquêmica, o potencial trombogênico é alto. A formação do trombo ocorre em 4 etapas de acordo com o conceito celular, que salienta o papel inicial do fator tecidual: 1) Exposição do fator tecidual subendotelial (ruptura da placa) 2) Adesão, ativação e agregação de plaquetas (1º agregado) 3) Formação de trombina >>> conversão de fibrinogênio em fibrina (etapa essencial na formação do trombo) ² Estabiliza o 1º agregado 4) Adesão e agregação plaquetária potencializadas (2º agregado) + vasoconstricção Ativação Plaquetária Drogas Inibidoras da Agregação Plaquetária x Ácido Acetilsalicílico (AAS) Mecanismo de Ação: acetilação irreversível da cicloxagenase (COX). Inutiliza a plaqueta (novas plaquetas em 7-10 dias) Em baixas doses a inibição da COX (COX-1 / ĻTromboxano A2 e Ĺ Prostaciclina) apresenta efeitos terapêuticos cardiovasculares (100x mais efetivo que os efeitos colaterais) e efeitos colaterais gastrointestinais (hemorragia digestiva em 2:1000 tratados), assim como um pequeno aumento na chance de AVC hemorrágico. Em altas doses atua na via da COX-2 com efeitos anti-inflamatórios, porém prejudiciais ao sistema cardiovascular (reduz produção de prostaglandinas) Resistência ao AAS ´$�UHVSRVWD�FOtQLFD�DR�XVR�GH�$$6�HVWi�UHODFLRQDGD�D�SRWrQFLD�GR�HVWtPXOR�WURPERJrQLFRµ Pode ocorrer em até 16% dos pacientes com IAM e está diretamente relacionada a um risco 4x maior de morte, reinfarto e nova internação em 12 meses. As hipóteses para tal resitência seriam: - Polimorfismo de receptores - Ativação de plaquetas por outras vias que não a da COX - Aumento da atividade inflamatória com aumento da experessão da COX-2 que não é pesadamente inibida por baixas doses de AAS. Uso Clínico do AAS Metanálise de 135.000 pacientes em 287 estudos confirmam os efeitos benéficos de baixas doses do AAS (75-100mg) na AE, AI, IAM, AVC, ICP e após RVM cirúrgica (iniciar dentro de 48h). Prevenção Secundária: todos os pacientes com um evento cardiovascular devem receber AAS. Na angina estável, em paciente betabloqueados, AAS reduz o risco de IAM e morte súbita em 34% quando comparado ao placebo. Quais seriam as reduções de risco estimadas em outras situações clínicas ? Angina Instável ² 46% Intervenção Coronária Percutâea ² 53% IAM prévio ² 25% AVC prévio oi AIT ² 22% Doença Vascular Periférica ² 23% Prevenção Primária: está indicada em pacientes de alto risco para eventos cardiovasculares, sempre tendo-se em mente o potencial risco de eventos hemorrágicos. Obs.1: Na prevenção do AVC, quando warfarin é contra-indicado e em pacientes com escore CHADS < 2 pontos o AAS é a opção Obs.2: É importante racionalizar o uso de baixas doses de AAS, tendo em vista que a dose < 100mg demora 2 dias para ter efeito total de antiagregação plaquetária, portanto nas SCA a dose é de 200mg inicialmente. Contra-indicações: alergia ao AAS, história de hemorragia digestiva, úlcera péptica, gota Uso de AINH e Doença Cardiovascular (Informe) Recomendações clínicas desenvolvidas em sessões científicas do ACC para o uso de antiinflamatórios são as seguintes: Uso continuado de aspirina em baixa dosagem, quando indicado; Alternativas a AINEs devem ser consideradas, como paracetamol e terapias tópicas; Se o uso de um AINE for necessário, a primeira escolha é naproxeno associado a um inibidor de bomba de prótons; Inibidores específicos de COX-2 não devem ser usados a não ser que todas as estratégias acima falhem. x Clopidogrel Bloqueia o ADP liberado pelas plaquetas induzindo antagonismo no receptor P2Y12, impedindo a ativação final dos receptores IIb/IIIa. O antagonismo do P2Y12 promove não só antiagregação como ainda a desagregação (previne e trata) Mais seguro que a Ticlopina , que foi o primeiro inibidor de ADP amplamente utilizado, em relação a ocorrência de mielotoxicidade (neutropenia e púrpura trombocitopênica) ² somente 0.8%. Melhor na redução de eventos em SCA do que a Ticlopidina, com melhor tolêrancia ao fármaco por parte do paciente. Clopidrogrel é uma pró droga inativa que requer ativação pelo citocromo CYP3A4 hepático e isoemzimas 2C19. Uma dose de 600mg atinge inibição plaquetária máxima após 2h, porém o estado de equilíbrio se dá entre 3 ² 7 dias. Já a dose de 300mg tem efeito máximo em 24-48h. No estudo CURRENT- OASIS 7, a dose de 600mg seguida de 150mg por 7 dias foi superior a dose de 300mg acompanhada por 75mg/dia para pacientes submetidos a intervenção coronária percutânea (ICP) na SCA em 30 dias. Houve uma incidência significativamente menor do desfecho primário com a dose dupla de clopidogrel, em relação à dose padrão, na coorte submetida à ICP (3,9% vs 4,5%, HR 0,85; IC 95% 0,74-0,99, p=0,039). A trombose de stent foi significativamente menor no grupo clopidogrel dose dupla (0,7% vs 1,3%, HR 0,54, IC 95% 0,39-0,74, p=0,0001), independente do tipo de stent (farmacológico ou convencional). Nesta coorte de ICP, sangramentos maiores foram mais frequente com dose dupla de clopidogrel (1,6% vs 1,1%, HR 1,41, IC 95% 1,09- 1,83, p=0,009), enquanto as hemorragias graves pelos critérios TIMI ocorreram em 0,5% de cada grupo (p=0,79). Quando a dose do clopidogrel é suspensa, o tempo para geração de novas plaquetas é de aproximadamente 5 dias, portanto se um paciente será submetido a cirurgia, recomenda-se no mínimo este tempo de suspensão para evitar hemorragias. Não há necessidade de ajuste de dose em pacientes idosos ou com disfunção renal Efeitos Colaterais: neutropenia em 0.02% x 2.4% com ticlopidina e sangramentos maiores (1%). Interações com outras Drogas Atorvastatina e omeprazol inibem competitivamente a ativação do clopidogrel reduzindo sua eficácia (ex vivo). A expressão clínica de tal interação não foi demonstrada clinicamente com peso de evidência, portanto a associação não é condenável. Outros Inibidores P2Y12 Ticagrelor tem algumas vantagens sobre o prasugrel (não requer ativação hepática) e seu efeito e revertido em 3-4 dias x 5-10 dias com o prasugrel. Além disso, o ticagrelor apresenta pesada evidência de redução na mortalidade em SCA com demonstrado no estudo PLATO Uso após ICP com Stent x ICP com Stent Farmacológico: manutenção por 1 ano x ICP com Stent Convencional: manutenção por 1 mês Obs. : na intolerância ao AAS o Clopidogrel é a 1ª escolha Regime AAP Combinado AAS + Clopidogrel: indicado nas SCA com ou sem ICP. Redução de eventos em 27% no período de 1 ano. Em pacientes com AIT ou AVC menor, sem indicação formal de ACO, essa associação demonstrou aumento de sangramento sem redução de eventos cardiovasculares (Estudo MATCH) ² Usar somente 1 AAP. x Prasugrel Também é uma pro droga. Potencial de inibição da AAP 5-9x > que o clopidrogrel com início de ação em 1h. TRITON-TIMI 38: 60mg de prasugrel + 10mg/dia X 300mg de clopidogrel + 75mg/dia em pacientes submetidos a ICP. Resultado: Prasugrel foi melhor em reduzir eventos, mas tem maior risco de sangramento. Fatores que aumentam o risco de sangramento 1) Uso associado de IIb/IIIa 2) História de AVC ou AIT (CI) 3) Idade > 75 anos 4) IMC < 60 Kg (CI)5) Acesso femoral x Ticagrelor Inibição competitiva reversível do P2Y12. Sem necessidade de ativação hepática. Início de ação mais rápido do que o clopidrogrel, porém com mais rápido término. Estudo PLATO (SCA de moderado e alto risco, com ou sem ICP): 300mg + 75mg/dia de Clopidogrel x 180mg + 90mg 2x/dia - TICAGRELOR foi melhor !!!! Efeitos adversos: dispneia, bloqueio sinusal (> 3 segundos ² noturna) e aumento de ácido úrico (assintomático). Cuidado em pacientes com doença do NS e BAV 2º ou 3º graus. x Cangrelor Rápida ação e reversibilidade. Uso IV e atua dentro de 20 minutos pra atingir 85% de AAP Estudo CHAMPION: redução de eventos precoces no IAM sem supra, em pacientes submetidos a ICP, quando comparado ao clopidogrel. x Inibidores IIb/IIIa (Abciximab, Tirofiban. Eptifibatide) Bloqueiam a via final da agregação plaquetária. Todos os estudos conduzidos antes do uso combinado de AAP Todas as diretrizes orientam que não seja usado antes da angiografia, exceto em casos de SCA que não estejam controlados com a terapia padrão e precisam aguardar a ICP (isquemia persistente). Podem induzir trombocitopenia (0.3% a 6%) ² Risco > com abciximab. Contra-indicações: sangramento ativo, risco de sangramento e trombocitopenia pre existente. Devem ser administrados com HNF ou HBPM (melhor) e são de uso IV com tempo de infusão de 24h Uso intracoronário: efeitos clínicos imediatos favoráveis. Sem dados conclusivos a médio e longo prazo. Abciximab Anticorpo monoclonal que atua no receptor IIb/IIIa Inibição máxima em 2h e retorno ao normal em 12h, entretanto o AC pode ser transmitido de plaquetas e durar até 14 dias após administração (média de 7 dias) Sua ação pode ser revertida por infusão de plaquetas Só há indicação de seu uso quando associado a ICP Trombocitopenia (< 20.00) em 0.5 ² 1% dos pacientes. Readministração pode fazer com que os AC causem trombocitopenia grave em 2.4% dos pacientes. Pode ser usado intracoronária Tirofiban Inibidor não altamente específico, não peptídico, dos receptores IIb/IIIa Indicado na AI e IAMSSST (dor refratária, flutuações ou infra de ST ao ECG e aumento enzimático) Risco de trombocitopenia de 0.3% Estudo TARGET: Tirofiban X Abciximab ² sem diferença significativa !!!! Só no preço $$$$ Estudo ON-TIME 2 (IAMCSST): dose alta de Tirofiban + HNF + AAS IV + Clopidogrel 600mg ² antes da ICP ² Redução de eventos cardíacos maiores em 30 dias. Eptifibatide Heptapeptídeo sintético que age em sítio diferente no mesmo receptor IIb/IIIa (afinidade menor) Estudo PURSUIT Único IIb/IIIa licenciado nos EUA para uso em SCA e ICP. Pode ser usado por via intracoronária Doses, Indicações, Estudos e Efeitos Colaterias dos Inibidores IIb/IIIa
Compartilhar