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Análise do filme "Entre os muros da Escola"

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
Prof.ª Drª Lívia Godinho Nery Gomes Azevedo
 
 
DÉBORA eVELIN sANTOS rODRIGUES
Análise Do Filme “Entre Os Muros Da Escola”
 
 
 
 São Cristóvão/SE, 16 de março de 2016
	1. Ficha Técnica
	Título Original: Entre les Murs 
Título em Português: Entre os Muros da Escola
Gênero: Drama/ Documentário
Tempo de Duração: 128 mim
Ano de Lançamento:
24/05/2008 Festival de Cannes
24/09/2008 França
26/08/2008 EUA
30/10/2008 Portugal
13/03/2009 Brasil
Direção: Laurent Cantet
Distribuição: Imovision
Elenco: François Bégaudeau
Nassim Amrabt
Laura Baquela
Halle Blee
Cherif Bounaïdja Rachedi
Juliette Demaille
Dalla Doucoure
Arthur Fogel
Damien Gomes
	2. Qual a cena de maior influência ou maior impacto? Justifica.
	Houve dois momentos distintos durante o filme que chamam bastante atenção, o primeiro deles é quando um dos professores têm um surto de raiva intenso, no qual entra na sala dos professores chutando, jogando cadeiras e mesas para os lados, além de falar palavras de baixo calão, pois os alunos não querem aprender sobre as novas tecnologias que ele tenta ensinar e o segundo, é quando o professor François ‘xinga’ uma das alunas em sala de aula, pois ela falou algo que ocorreu durante a reunião do conselho escolar, que não era para passar aos colegas, além do comportamento adotado lá que o professor considerou errado pelo seu ponto de vista e por conta da profundidade da briga, os outros alunos se envolvem, que ele é chamado atenção pela coordenadora e o diretor da escola.
	3. Que outras ideias ou mensagens são transmitidas pelo filme?
	Ele retrata o desafio dos docentes que realmente tem o interesse de dar o seu melhor, mas se depara com uma realidade completamente diferente da qual se espera. Para retratar isso, o diretor filmou o documentário numa escola de nível fundamental, localizado na França. Tem a duração de 2h09min, e aborda o dia a dia escolar, além de acompanhar a realidade do professor de francês François e a sua classe. 
Outra questão no qual o filme relata, é a migração dos mais diversos povos; isso é demonstrado através da classe do 8º ano, no qual o professor de francês leciona; lá aparece pessoas da China, África entre outras tantas nacionalidades.
No início do filme vemos diversos aspectos da profissão de professor, como a rotulação entre os alunos bem-comportados ou malcomportados, o enfrentamento entre aluno versus professor, as ‘algazarras’ dos alunos, conversas paralelas, desinteresse da parte dos discentes...
	4. Em que aspectos considera que o filme contribuiu para o estudo da disciplina?
	O filme nos mostra como se é dado o processo de socialização entre os adolescentes, a sociedade francesa no qual eles vivem atualmente e a escola. “Na escola, a criança vive um processo de socialização qualitativamente distinto, passando a internalizar novos conteúdos, padrões de comportamento e valores sociais. Será submetida a novos processos de internalização da realidade social, pela mediação de novos veículos sociais” (MIRANDA, p.134). 
Para Ivan Ilich, “ a escolaridade não promove nem a aprendizagem e nem a justiça, porque os educadores insistem em embrulhar a instrução com diplomas. Misturam-se, na escola, aprendizagem e atribuição de funções sociais” (p. 36). Vemos com esta afirmação o quanto o sistema escolar atual está mais voltado para a ideia de que, se é necessário ter um diploma de ensino superior para ‘ser alguém melhor na vida’, do que se preocupar com o conhecimento no qual o aluno pode adquirir pelo contato que tiver com a escola.
Com o texto de Bernard Charlot, há uma passagem que este escritor diz o seguinte: “a organização escolar do tempo e do espaço, os princípios de distribuição dos alunos entre as turmas, as próprias normas da escola – incluídas as que dizem respeito à avaliação – fomentam práticas tradicionais”; com esta afirmação vemos claramente como a pedagogia tradicional usada até hoje nas escolas, - e que está sendo retratada no filme -, está engessada e de certa forma ‘parada no tempo’, pois segue um modelo ultrapassado e que afeta o nível escolar; se faz necessário que o modelo onde o professor só passa o conteúdo e os alunos ficam ‘fingindo’ aprender seja quebrado. O professor tem que se mostrar disponível para os seus alunos, assim como os discentes devem se sentirem à vontade para debaterem, fazerem perguntas e tirar suas dúvidas, sem se preocuparem se vão ser reprimidos pelos educadores e pela sua própria classe.
Segundo Marta Oliveira e Vygotsky, o professor tem o papel explícito de interferir na zona de desenvolvimento proximal dos alunos, provocando avanços que não ocorreriam espontaneamente. O único bom ensino é aquele que se adianta ao desenvolvimento. Os procedimentos regulares que ocorrem na escola – demonstração, assistência, fornecimento de pistas, instruções – são fundamentais na promoção do ‘bom ensino’.
Para finalizarmos, a partir das afirmações e acontecimentos citados ao longo desta análise pelos teóricos da psicologia da aprendizagem, e pelo filme Entre os Muros da Escola que tomamos como base, vemos claramente quais as dificuldades que os profissionais da educação enfrentam cotidianamente e a partir dos fatos demonstrados, esses futuros profissionais dessas áreas podem ficarem cientes com antecedência, e quem sabe pensar num modo de instigar uma solução para os seus futuros alunos, se interessarem pelo conhecimento que o educador tem para repassar a eles.
REFERÊNCIAS
https://www.youtube.com/watch?v=XHuvaPK98Lg acessado em 05 de fevereiro de 2016 às 22h19min
CHARLOT, Bernard. “A avaliação na escola brasileira hoje: um conjunto de contradições”. Em: Cruz, Maria Helena Santana (org.) Pluralidade de Saberes e territórios de pesquisa em educação sob múltiplos olhares dos sujeitos investigadores. Aracaju: Info Graphics, 2008.
ILICH, Ivan. “Por que devemos desinstalar a escola”. Em: Sociedades sem escolas. Petrópolis: Vozes, 1973.
MIRANDA, Marília Gouvea de. “O processo de socialização na escola: a evolução da condição social da criança” Em: Lane, Silvia T. M., Codo, Wanderley (orgs.). Psicologia Social: o homem em movimento. São Paulo: Brasiliense, 2004.
OLIVEIRA, Marta Khol de. “Desenvolvimento e aprendizado”. Em: Vygotsky, aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio-histórico. São Paulo: Scipione, 1997.

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