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CCJ0032 5 PENAL 2 PLANO DE AULA

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DIREITO PENAL II - CCJ0032
Semana Aula: 5
SISTEMAS DE APLICAÇÃO DA PENA CRIMINAL II
Tema
SISTEMAS DE APLICAÇÃO DA PENA CRIMINAL II. 
 Sistema trifásico. Pena Provisória. Agravantes e atenuantes. Pena Definitiva. Causas 
de aumento e diminuição.
Palavras-chave
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
· Compreender o sistema trifásico de aplicação de penas.
· Selecionar, na análise dos casos concretos apresentados, as penas cabíveis, 
em conformidade com os princípios constitucionais e infraconstitucionais, juízo de 
reprovabilidade do agente e conforme seja necessário e suficiente para prevenção e 
reprovação da infração penal.
 
Estrutura de Conteúdo
Sistema Trifásico de Aplicação de Pena 
1.1. Pena-Base: Teoria das Circunstâncias Judiciais.
1.2. Pena Provisória: Teoria das Circunstâncias Legais.
 
 1.3 Pena Definitiva
 - distinção entre elementares e circunstâncias.
2. Circunstâncias Legais
 2.1 Agravantes Genéricas
 2.2 Atenuantes Genéricas
 2.3. Confronto entre Agravantes e Atenuantes ? Circunstâncias Preponderantes
3. Causas de Aumento e Diminuição de Pena.
4. Qualificadoras.
 4.1. Possibilidade de Concurso entre Qualificadoras e Privilégio no delito de 
Homicídio.
Indicação Bibliográfica
 Leia os arts. 59 a 76, do Código Penal.
 Leia os Verbetes de Súmula n.231, 241, 440, 442, 443 e 444, do Superior Tribunal de 
Justiça, disponíveis em http://www.stj.jus.br. 
 Leia o item 39, do seu material didático sobre aplicação da pena. pp.472 a 498. 
 Leia o Capítulo XXXIV, pp. 661 a 679, BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de 
Direito Penal. 15. ed. São Paulo: Saraiva.v 1, conforme plano de ensino.
· Leia a seguinte decisão proferida pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande 
do Sul.
Apelação Crime nº 70058616756, Segunda Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, 
Relator: José Antônio Cidade Pitrez, Julgado em 10/07/2014, disponível em 
http://www.tjrs.jus.br.
 
Estratégias de Aprendizagem
Indicação de Leitura Específica
Aplicação: articulação teoria e prática
Questão n.1) Toni e foram condenados como incursos nas sanções do artigo 121, caput, 
(réu Chris) e artigo 121, § 2º, I, (réu Toni), na forma do artigo 29, todos do Código Penal. 
Chris foi condenada à pena de 07 (sete) anos de reclusão, a ser cumprida em regime 
inicial semiaberto, e Toni, à pena de 13 (treze) anos e 07 (sete) meses de reclusão, a ser 
cumprida em regime inicial fechado pela prática de homicídio qualificado pelo motivo 
torpe.
Inconformados com a pena fixada pelo Conselho de Sentença interpõem recurso de 
apelação por intermédio de seus advogados com vistas à reforma da sentença e a 
realização de novo julgamento pelo Tribunal do Júri ou à readequação da pena imposta 
com base no art. 593, III, alíneas ?b?, ?c? e ?d?, do Código de Processo Penal (fl. XX).
Sustenta a defesa em suas razões em relação ao réu Toni (fl. XY) que houve equívoco do 
juízo no que tange à aplicação da pena, havendo erro e injustiça quando da fixação da 
reprimenda. Alega que a pena-base foi fixada acima do devido, sendo as circunstâncias e 
consequências normais e inerentes ao tipo penal, não se mostrando fatores a considerar 
para aumentar a pena-base. Acrescenta que a vítima contribuiu para a ocorrência do 
crime, devendo a pena-base ser fixada no mínimo legal. Aduz, com base no artigo 593, 
III, ?d?, do CPP, que a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova produzida 
nos autos, devendo ser realizado novo júri. Requer o provimento da apelação, para 
reconhecer que a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos 
(artigo 593, III, ?d?, do CPP) ou que seja provido o apelo, com base no artigo 593, III, 
?a?, ?b? e ?c?, do CPP.
Ante o exposto, responda às questões apresentadas de forma objetiva e fundamentada a 
partir dos estudos realizados sobre individualização de pena:
a) A tese defensiva deve prosperar no que concerne à fixação da 
pena-base acima do mínimo legal?
b) A qualificadora motivo torpe, prevista no §2, inciso I do art.121, 
do Código Penal foi utilizada pelo magistrado em qual momento do 
sistema trifásico de aplicação de pena?
c) Diferencie qualificadora de causa aumento de pena.
 
 
Questão n.2) (OAB. EXAME DE ORDEM UNIFICADO JULHO/2011. TIPO 1 . 
BRANCO. QUESTÃO 63) Em relação ao cálculo da pena, é correto afirmar que:
a) a análise da reincidência precede à verificação dos maus antecedentes, e 
eventual acréscimo de pena com base na reincidência deve ser posterior à redução 
pela participação de menor importância. 
b) é defeso ao juiz fixar a pena intermediária em patamar acima do máximo 
previsto, ainda que haja circunstância agravante a ser considerada. 
c) o acréscimo de pena pela embriaguez preordenada deve se feito 
posteriormente à redução pela confissão espontânea 
d) é possível que o juiz, analisando as circunstâncias judiciais do art. 59 do 
Código Penal, fixe pena-base em patamar acima do máximo previsto. 
 
 
Considerações Adicionais
Questões Controvertidas. Interpretação Jurisprudencial.
 Compensação da atenuante da confissão espontânea com a agravante da 
reincidência.
DIREITO PENAL. COMPENSAÇÃO DA ATENUANTE DA CONFISSÃO 
ESPONTÂNEA COM A AGRAVANTE DA REINCIDÊNCIA. RECURSO 
REPETITIVO (ART. 543-C DO CPC E RES. 8/2008-STJ).
É possível, na segunda fase da dosimetria da pena, a compensação da atenuante da 
confissão espontânea com a agravante da reincidência. Precedentes citados: EREsp 
1.154.752-RS, Terceira Seção, DJe 4/9/2012; HC 217.249-RS, Quinta Turma, DJe 
4/3/2013; e HC 130.797-SP, Sexta Turma, DJe 1º/2/2013. (STJ,REsp 1.341.370?MT, 
Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 10/4/2013).
 Verbete de Súmula n. 443/STJ.
AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. WRIT SUBSTITUTIVO DE 
RECURSO PRÓPRIO. FLAGRANTE ILEGALIDADE APTA A POSSIBILITAR A 
CONCESSÃO DA ORDEM DE OFÍCIO. ART. 157, § 2º, I E II, DO CÓDIGO PENAL. 
EXASPERAÇÃO DA PENA. TERCEIRA FASE DA DOSIMETRIA. MERA 
INDICAÇÃO DONÚMERO DE MAJORANTES. AUSÊNCIA DE 
FUNDAMENTAÇÃO CONCRETA. SÚMULA443/STJ. AGRAVO REGIMENTAL 
IMPROVIDO.
I - Acompanhando o entendimento firmado pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal, 
nos autos do Habeas Corpus n. 109.956, de relatoria do Excelentíssimo Ministro Marco 
Aurélio, a 5ª Turma deste Superior Tribunal de Justiça passou a adotar orientação no 
sentido de não mais admitir o uso do writ como substitutivo de recurso ordinário, previsto 
nos arts. 105, II, a, da Constituição da República e 30 da Lei n. 8.038/1990, sob pena de 
frustrar a celeridade e desvirtuar a essência desse instrumento constitucional.
II - O entendimento desta Corte evoluiu para não mais se admitir o manejo do habeas 
corpus em substituição ao recurso próprio, bem assim como sucedâneo de revisão 
criminal. Precedentes.
III - A despeito da impossibilidade de conhecimento do writ, convencionou-se analisar as 
alegações apresentadas, de forma fundamentada, a fim de apreciar a necessidade de 
concessão da ordem, de ofício.
IV - Consoante entendimento firmado no âmbito desta Corte Superior de Justiça, a 
presença de mais de uma majorante no crime de roubo não é causa obrigatória de 
aumento da punição em percentual acima do mínimo legal previsto, exceto quando 
constatada a existência de circunstâncias que indiquem a necessidade da exasperação.
V - O aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime de roubo circunstanciado 
exige fundamentação concreta, não sendo suficiente, para a sua exasperação, a mera 
indicação do número de majorantes. Súmula n. 443/STJ.
VI - Agravo Regimental improvido. (STJ, AgRg no HC 289593 / RJ n.2014/0045258-7, 
Relator(a)Ministra REGINA HELENA COSTA (1157), QUINTA TURMA, Data do 
Julgamento, 18/06/2014).
 
 Verbete de Súmula n.269, do Superior Tribunalde Justiça.
Ementa.
PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. 
FUNDAMENTO DA DECISÃO DENEGATÓRIA DE ADMISSIBILIDADE 
NÃO IMPUGNADO. INCIDÊNCIA DO VERBETE N. 182 DA SÚMULA DO 
STJ. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. RÉU REINCIDENTE ESPECÍFICO. 
TIPICIDADE MATERIAL RECONHECIDA. DOSIMETRIA DA PENA. 
REVISÃO. INCURSÃO NO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS 
AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. VERBETE SUMULAR N. 7/STJ. PENA 
INFERIOR A QUATRO ANOS. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS 
DESFAVORÁVEIS. ENUNCIADO SUMULAR N. 269/STJ. AGRAVO 
REGIMENTAL DESPROVIDO.
- É inviável o agravo que deixa de atacar, especificamente, os fundamentos da 
decisão agravada. Incidência do verbete n. 182 da Súmula desta Corte.
- Não há falar em aplicação do princípio da insignificância, porquanto, além de a 
conduta do recorrente atender à tipicidade formal (subtração de bem avaliado em 
R$ 80,00), de igual forma se reconhece presente a tipicidade material, 
consubstanciada na relevância penal da conduta e do resultado, pois trata-se de 
apenado multirreincidente específico, circunstância que, por si só, aponta a 
intensa reprovabilidade do seu comportamento, suficiente e necessária a 
recomendar a intervenção estatal, mesmo como forma de coibir a reiteração 
delitiva.
- Revisão das circunstâncias judiciais que demandaria incursão no conjunto 
fático-probatório dos autos, inadmissível em recurso especial ante o óbice do 
verbete sumular n. 7/STJ.
- Legalidade da imposição de regime fechado a réu reincidente, condenado a 
pena inferior a 4 anos, nas hipóteses em que as circunstâncias judiciais são 
desfavoráveis (Súmula n. 269/STJ).
Agravo regimental desprovido.
(STJ, AgRg no AREsp 412350 / DF, Sexta turma, Relator(a) istra MARILZA 
MAYNARD (DESEMBARGADORA CONVOCADA DO TJ/SE), Data do 
Julgamento 05/06/2014)

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