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“NEOPROCESSUALISMO e Código de Processo Civil /2015” A curto modo, o Neoprocessualismo é basicamente a fase de constitucionalização do direito processual, fase essa que obriga ao tradutor a fazer uma revisão dos institutos processuais à luz dos princípios constitucionais e dos direitos fundamentais. Na realidade, o processo já tramitava inspirado no Neoprocessualismo, mas explicitamente tal inspiração só adveio com o Código de Processo Civil/2015. E a Lei 13.105/2015, já apelidada de Novo CPC, tem base neoprocessual revelada expressamente em seu primeiro artigo: “Art. 1º. O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e os princípios fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as disposições deste Código”. (Grifos meus) O Código consagra, também de maneira expressa, alguns princípios constitucionais de natureza processual, a exemplo disso temos: a) a inafastabilidade da tutela jurisdicional; b) a razoável duração do processo; c) o contraditório e os decorrentes; e d) legalidade, publicidade e eficiência – que no texto constitucional são alguns dos princípios impostos a Adm. Pública. A opção por cláusulas gerais que tornam a atuação jurisdicional muito mais criativa e fazem do juiz um coparticipe da vida política do país, tornando a sentença algo mais justo, mais efetivo, mais próximo da realidade desejada pela Constituição é mais um exemplo possível a ser dado para comprovar a inspiração neoprocessual desse ordenamento. Esses são apenas alguns dos exemplos possíveis de serem mostrados para comprovar que de maneira geral o neoprocessualismo influenciou os responsáveis pela criação do Código de Processo Civil/2015.
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