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avaliaþÒo Sucesso e fracasso escolar determinismo ou escolha

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REVISTA ELETRÔNICA 
TRABALHO E EDUCAÇÃO EM PERSPECTIVA – Nº 2 
 
NETE – Núcleo de Estudos Sobre Trabalho e Educação da FaE-UFMG 
 
1 
SUCESSO E FRACASSO ESCOLAR: DETERMINISMO OU ESCOLHA? 
 
Karen Alves de Andrade1 
 
“ (...) para a aprendizagem se efetivar, é 
necessário levar em conta o aluno em sua 
totalidade, retomando a questão do aluno 
como um sujeito socio-cultural, quando sua 
cultura, seus sentimentos, seu corpo, são 
mediadores no processo de ensino e 
aprendizagem.” (DAYRELL, 1999). 
 
1. Introdução 
 
A relação existente entre o quadro social de determinada sociedade e o desempenho 
escolar é um fator que desperta um grande interesse nos estudos educacionais e sociológicos. 
Durante o desenvolver da Sociologia, enquanto ciência, duas principais vertentes dominaram 
seus estudos e buscaram explicar as conseqüências das desigualdades sociais no contexto 
escolar. A princípio, predominou o paradigma estrutural-funcionalista, defendido por Parsons, 
que via a educação como um fator de mobilidade social. Após ele, as idéias de Bourdieu 
revelaram uma nova forma de pensar esta relação: não seria a escola uma instituição 
reprodutora do sistema social? 
É partindo destas abordagens que me proponho a analisar o caso de Leandro, uma 
criança que parecia, aos seus próximos, destinada ao fracasso escolar. 
O texto que nos relata a história desta criança de dez anos é parte de uma pesquisa de 
mestrado realizada em 1994 por uma aluna da Faculdade de Educação da UFMG. 
Consta que Leandro, nome simbólico para identificarmos a criança, é um garoto de 
camada social baixa, mas que não chegou a vivenciar a pobreza; nada lhe faltava. O sustento 
de sua casa vinha do trabalho de seus pais e da ajuda de seu irmão mais velho. Não lhe faltava 
comida, roupas, ou nenhum dos suprimentos básicos para o crescimento saudável de uma 
criança. Mesmo experimentando esta modesta estabilidade, Leandro não era, na escola, um 
aluno bem sucedido. Seria reprovado em 1994, pela 4ª vez, na 1ª série do ensino fundamental. 
 
1Orientada pela Professora Ana Cristina Ribeiro Vaz – mestre em Microbiologia e professora efetiva de Ciências da 
Escola Fundamental do Centro Pedagógico da UFMG 
REVISTA ELETRÔNICA 
TRABALHO E EDUCAÇÃO EM PERSPECTIVA – Nº 2 
 
NETE – Núcleo de Estudos Sobre Trabalho e Educação da FaE-UFMG 
 
2 
Leandro, assim como alguns outros alunos com as mesmas dificuldades, recebia um 
tratamento diferenciado na sala de aula; era praticamente ignorado. Enquanto as outras 
crianças recebiam a atenção necessária das professoras, eram sempre questionados se 
possuías alguma dúvida, se estavam acompanhando e, portanto, faziam parte da construção de 
conhecimento proposta na sala de aula, Leandro e alguns outros poucos alunos ficavam 
dispersos a qualquer ocorrência que lhes garantisse um ganho de saber. As professoras, que 
pareciam já ter desistido da criança após as sucessivas repetições da 1ª série do ensino 
fundamental, atribuíam o insucesso de Leandro à falta de acompanhamento escolar por parte 
dos pais. Não se viam, na verdade, como grandes responsáveis pelo aprendizado insuficiente 
do aluno. A supervisora da escola acreditava ser o fracasso de Leandro conseqüência da falta 
de cultura da mãe, que, não havendo completado seus estudos, reproduzia no filho seus 
padrões educacionais. Já esta, atribuía o fato a um repentino desinteresse apresentado pelo 
filho após a conclusão do primário, não sabia explicar, porém, a causa deste desinteresse. 
Leandro não apresentava nenhuma motivação pelo aprendizado, não gostava das aulas, 
das atividades e nem se dispunha a aprender coisas novas. Estava sempre disperso e 
desatento, não fixando sua atenção, em nenhum momento, á fala das professoras e dos 
colegas de classe. O cotidiano escolar era pra ele como uma desagradável rotina. Fato é que a 
criança não desenvolvia as habilidades esperadas pelos professores e, devido à falta de 
interesse pelos estudos, incapacidade cultural dos pais em apóia-lo ou mesmo descrença por 
parte dos educadores, Leandro configura um exemplo comum de fracasso escolar: uma 
criança, sem antecedentes traumáticos ou problemas cognitivos, incapaz de adquirir o mínimo 
de habilidades exigidas para progredir no nível de aprendizado. Um aluno estagnado no 
processo de produção de conhecimento. 
O que pode realmente explicar o fracasso escolar de Leandro? Sabemos ser a 
desigualdade nos resultados escolares algo muito comum nas escolas brasileiras, e que tem 
cooperado para produzir nas crianças uma educação bastante inconsistente. Porém, não é 
simples enumerar ou detectar os fatores que colaboram com esse quadro. É comum ouvirmos 
ser a situação econômico-financeira da família do aluno, ou seja, o desfavorecimento social, o 
grande determinante do insucesso escolar. Porém, casos como o de Leandro não se 
respondem apenas nesta perspectiva. É baseando-me nas teorias da escola como fator de 
mobilidade e de reprodução que buscarei problematizar ou rastrear outras possibilidades este 
caso. 
 
 
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TRABALHO E EDUCAÇÃO EM PERSPECTIVA – Nº 2 
 
NETE – Núcleo de Estudos Sobre Trabalho e Educação da FaE-UFMG 
 
3 
3. Uma análise sob a Teoria da Mobilidade 
 
Apoiada no paradigma estrutural-funcionalista por muito tempo sustentou-se uma 
mentalidade em que se acreditava ser a escola a instituição que possibilitaria mobilidade social. 
Essa teoria, defendida por PARSONS em Sociologia da Juventude, baseia-se em dados 
resultantes de pesquisas realizadas nas décadas de 60 e 70 e leram a educação como 
responsável por promover ascensão social. 
Para Parsons, a classe funciona como um agente de socialização que treina as 
personalidades individuais de modo a se prepararem para desempenhar, futuramente, o papel 
de adultos, úteis e funcionais em sua sociedade. Para ele, ao ingressar na escola, as crianças 
estariam ainda niveladas, com a mesma carga de conhecimentos, apresentando diferenças 
apenas quanto ao sexo. Minimizam-se assim, ou desconsideram-se, no contexto escolar, as 
experiências trazidas pelos alunos de seus lares, do meio em que vivem. 
Esta teoria diz-se universalista e polarizadora. O caráter universalista explica-se pela 
aplicação de tarefas, conteúdos e avaliações comuns a todos os alunos, enquanto a 
polarização consiste na reunião desses alunos em um único patamar, inferior ao de seus 
professores, dando à escola a possibilidade de um julgamento comum do aproveitamento dos 
alunos. 
Esta teoria acredita que, dentro destes padrões, a oportunidade oferecida a cada um 
dos alunos é a mesma, dependendo apenas deles o aproveitamento dessa oportunidade de 
ascenderem socialmente, sendo as desigualdades de resultados explicada pelos dons naturais 
possuídos por determinadas crianças. 
É na verdade esta igualdade de possibilidades bastante questionável. Além de ignorar 
os processos de socialização já vividos pela criança fora da escola, desconsidera as diferentes 
habilidades de aprendizado e a própria pressão social que acaba por determinar aos 
desfavorecidos a impossibilidade de atingir qualquer mudança em suas condições. É o que 
critica Bourdieu no seguinte fragmento: 
 
É provavelmente por um efeito de inércia cultural que continuamos 
tomando o sistema escolar como um fator de mobilidade social, segundo 
a ideologia da "escola libertadora", quando ao contrário tudo tende a 
mostrar que ele é um dosa fatores mais eficazes de conservação 
social,pois fornece a aparência de legitimidade às desigualdades 
sociais, e sanciona a herança cultura e o dom social tratando como dom 
natural. (BORDIEU, 1966) 
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TRABALHO E EDUCAÇÃO EM PERSPECTIVA – Nº 2 
 
NETE – Núcleo de Estudos Sobre Trabalho e Educação da FaE-UFMG 
 
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Assim, o que nateoria de Parsons é apresentado como libertador nada mais é que um 
"lavar de mãos" por parte do sistema diante da ineficácia da proposta educacional vigente. 
Consente que todas as medidas possíveis para sanar as desigualdades e para promover a 
possibilidade de ascensão social já tivessem sido aplicadas, restando a responsabilidade pela 
vitória ou fracasso ao próprio aluno. 
O caso de Leandro seria, então, explicado, dentro desta vertente, como 
responsabilidade única da própria criança, ou seja, tendo tido ele as mesmas oportunidades - 
conteúdos, avaliações e tarefas iguais - que os outros alunos, seu insucesso corresponderia 
somente à sua indiferença, desinteresse e falta de dons que lhe privilegiem na aquisição de 
novos conhecimentos. Desconsidera-se qualquer bagagem social que possa intervir neste 
processo, ou mesmo a inadequação do aluno este sistema de ensino (ou do sistema de ensino 
para o aluno). 
Daí dizer que a seleção promovida pela escola dá-se pela valorização dos dons e 
talentos possuídos pela criança. Não se percebe que estes chamados dons são na verdade 
habilidades adquiridas no meio cultural em que vivem. Isso quer dizer que, na acepção de 
Parsons, se possuísse “dons”, Leandro poderia se mover socialmente, além de conhecer o 
sucesso escolar. Na verdade o que Leandro não tem é acesso a esta cultura extra-classe, que 
a maioria dos alunos de classes favorecidas já conhece. É enfim, uma maneira de atribuir ao 
aluno aquilo que é culpa do sistema. 
 
4. Uma análise sob a Teoria da Reprodução 
 
A Teoria da Reprodução é defendida por Bourdieu em "A escola conservadora: as 
desigualdades frente à escola e à cultura". Sua análise compreende ainda uma vertente 
estruturalista, já que enfatiza as grandes estruturas sociais - macroanálises - ignorando o sujeito 
como ator social, a identidade e a cultura. 
Como o nome já diz, esta teoria apresenta a escola não como um fator de mobilidade 
social, mas sim de conservação da estrutura predominante. Ao contrário da teoria da 
mobilidade, pressupõe que toda criança, ao ingressar na escola, traz consigo diversos fatores 
que devem ser considerados ao avaliarmos a relação entre desigualdades sociais e escolares. 
O capital cultural, ou herança, compreende aquilo que compõe a criança a nível cultural, 
apreendido da família e do meio nos processos de socialização aos quais foi submetida, direta 
ou indiretamente. Deste capital cultural, a parte mais relevante no âmbito escolar consiste nas 
informações acerca do mundo universitário, do percurso na carreira escolar, facilidade verbal e 
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cultura extra-classe. O aluno familiarizado com estas informações acaba tomando-as como 
valores a serem buscados para suas vidas. É, porém, fácil perceber que tais informações 
podem não circular no contexto de famílias mais humildes, como a de Leandro. Assim como a 
língua escolar não é a língua materna de muitas crianças de classes sociais desprivilegiadas, a 
rotina escolar, rígida e inflexível imposta a Leandro, pode não ser compatível com as suas 
necessidades que ele possui para ter um bom aproveitamento escolar. A alienação e o 
desinteresse confirmam esta hipótese e o nivelamento escolar inicial nada mais é que um mito, 
uma ilusão. 
Assim, o sucesso dos alunos não é conseqüente, apenas, de seus dons "naturais" ou da 
renda de suas famílias. É diretamente afetado pelo conhecimento da família acerca da cultura 
escolar e seu progresso, e também sucesso, nesta área. A criança que cresce em um meio em 
que circula a informação universitária, por exemplo, e reconhece em seus pais um bom 
desempenho nesta área, estaria muito mais propensa a ter o mesmo desempenho que lhe 
serviu de modelo. Dessa forma, a criança que ignora estas informações e não encontra 
modelos bem sucedidos é condicionada a conformar-se com a conservação de posições 
sociais. 
Sem que se perceba, a estrutura social começa, então, a determinar as escolhas das 
crianças, dos jovens, com base nas estatísticas intuitivas existentes, de vitórias de indivíduos de 
sua classe social: interioriza-se o destino imposto pela classe. 
Visto que os pais de Leandro trabalham para o sustento da casa em atividades que não 
requerem formação escolar superior, é possível supor que o conhecimento acerca desta 
educação e a necessidade de alcançá-la são logo superadas pela necessidade do trabalho e 
pela valorização do mesmo. 
Além de tudo isso, é fundamental perceber que o desinteresse de Leandro pode, além 
dos fatores já citados, ser advindo de um não enquadramento aos valores desta escola, 
provavelmente burgueses. Isso quer dizer que, para promover melhorias no aprendizado dos 
alunos, a escola deveria começar a valorizar estas diferenças entre os alunos, buscando 
compreende-los e inseri-los de maneira natural no ambiente de ensino, sem confrontar 
radicalmente os valores que estes já adquiriram. Pois é tratando igualmente os desiguais que é 
que a escola reproduz as diferenças. “O tratamento uniforme dado pela escola só vem 
consagrar a desigualdade e as injustiças das origens sociais dos alunos” (DAYRELL, 1999). 
Para ele o ideal para se aproveitar as diferenças e saber usufruir delas, sem prejudicar o aluno: 
 
Trata-se de compreendê-lo na sua diferença, enquanto indivíduo que 
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possui uma historicidade, com visões de mundo, escala de valores, 
sentimentos, emoções, desejos, projetos, com lógicas de 
comportamento e hábitos que lhe são próprios.(DAYRELL, P.1999) 
 
5. Conclusão 
 
Como vimos, não podemos pensar na escola como fator de mobilidade social para 
explicar os fenômenos de desigualdades dos resultados escolares. Até porque, hoje em dia, 
não podemos entender a educação, incluindo o curso superior, como algo que garante um 
lugar na sociedade, ou uma colocação empregatícia. Já a Teoria da Reprodução dá um 
importante passo ao reconhecer a escola como conservadora das estruturas sociais já 
existentes, porém, creio que ainda não se pode ver o caso como encerrado. A valorização das 
atitudes individuais, a identidade dos mesmos e outros fatores que atraem as atenções para o 
indivíduo podem cooperar para o melhor entendimento desta complexa estrutural social. 
 
O reflexo desse paradigma emergente é um novo humanismo, que 
coloca a pessoa, enquanto ator e sujeito do mundo, no centro do 
conhecimento, mas, tanto a natuireza quanto as estruturas estão no 
centro da pessoa, ou seja, a natureza e a sociedade são antes de tudo 
humanas (...) O que cada um deles é, ao chegar à escola, é fruto de um 
conjunto de experiências sociais vivenciadas nos mais diferentes 
espaços sociais. (DAYRELL, 1999) 
 
É o que a Sociologia tratará mais a frente em suas análises microestruturas, ou seja, 
nas microanálises. 
Especificamente no caso de Leandro, devia-se buscar solucionar, primeiramente, as 
causas do desinteresse do aluno. Detecta-las, investiga-las e, então, buscar formas 
alternativas de aprendizagem, que privilegiassem as habilidades que ele já possui. Para isso, o 
professor deve estar atento à individualidade do aluno, seu ritmo de aquisição de conhecimento 
e todo o contexto social que o cerca. Não há como analisar um aluno sem entendê-lo como um 
ser completo. O que acontece fora da sala de aula coopera para a formação de um indivíduo 
dotado de características que precisam ser respeitadas e, portanto, conhecidas pelo professor, 
que poderá transforma-las em qualidades importantes no processo de ensino-aprendizagem. O 
professor é um grande responsável pelo fracasso ou sucesso escolar de seus alunos, sendo 
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assim, aquele que desiste de algum deles também fracassa. A persistência e o desejo pelo 
sucesso de seus alunos são atribuições essenciais a um educador consciente da importância e 
da indispensabilidade de seu papel, não somente para o aluno, mas para toda a sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TRABALHO E EDUCAÇÃO EM PERSPECTIVA – Nº 2 
 
NETE – Núcleo de Estudos Sobre Trabalho e Educação da FaE-UFMG 
 
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6.Referências Bibliográficas: 
 
BOURDIEU, Pierre. A escola conservadora: as desigualdades frente à escola e à cultura. In: 
NOGUEIRA, Maria Alice e CATANI, Alfredo. Escritos de educação. 5ª ed. Petrópolis: Vozes, 
2003. 
 
DAYRELL, Juarez. A escola como espaço sócio-cultural. Múltiplos olhares sobre educação 
e cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999. 
 
GRIFFO, Clenice. Dificuldades de aprendizagem na alfabetização: perspectivas do 
aprendiz. Belo Horizonte: Centro de referência do professor / programa de Pós-Graduação em 
Educação da Faculdade de Educação da UFMG, s/d. 
 
PARSONS, Talcott. A classe como sistema social. In: BRITTO, Sulamita de (org.). Sociologia 
da Juventude, III: a vida coletiva e juvenil. Rio de Janeiro: Zahar, 1968. 
 
WEIS, Bruno e PADILLA, Ivan. Perigo! Escola. Istoé, n. 1544, 5 mai. 1999. Disponível em 
http://www.terra.com.br/istoé