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Execução no Direito Processual Civil

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL III
 
Execução: Nos casos em que uma decisão depende de um comportamento do réu (sentença condenatória: executiva e mandamental), o poder judiciário impõe o cumprimento a ele, ainda que contra sua vontade. O autor entra com um processo de conhecimento para que o judiciário “reconheça” seu direito. Depois da fase de conhecimento vem a fase executiva, onde o objetivo do processo é satisfeito (cumprido), ele se faz por meio do TITULO EXECUTIVO. 
=> Titulo Executivo = Exigibilidade
Execução autônoma:
- É aquela execução fundada em titulo executivo extrajudicial, se entra direto com a execução em juízo, sem processo de conhecimento.
Execução imediata:
- É aquela execução fundada em titulo executivo judicial, primeiro tem uma “fase de conhecimento”, para depois executar.
PRINCIPIOS:
	* Responsabilidade Patrimonial do Devedor: A execução recai no patrimônio do devedor, sobre os seus bens penhoráveis.
Art. 591. O devedor responde, para o cumprimento de suas obrigações, com todos os seus bens presentes e futuros, salvo as restrições estabelecidas em lei.
	* Princípio da livre disponibilidade da execução pelo credor: A execução esta a disposição do credor. O credor pode desistir da execução ou de alguns atos executivos a qualquer tempo.
Desistência: O credor pode desistir da execução, se não prescrever pode entrar com ela de novo.
Art. 569. O credor tem a faculdade de desistir de toda a execução ou de apenas algumas medidas executivas.
Parágrafo único. Na desistência da execução, observar-se-á o seguinte: 
a) serão extintos os embargos que versarem apenas sobre questões processuais, pagando o credor as custas e os honorários advocatícios; 
b) nos demais casos, a extinção dependerá da concordância do embargante. 
Renuncia: Quando o credor renuncia ao direito, extingue-se aquele direito:
				Art. 794. Extingue-se a execução quando:
III - o credor renunciar ao crédito.
=> Nas defesas da execução, se o executado embargar (e não tratarem sobre questões processuais) depende de concordância do executado para desistir.
	
* Princípio da Adequação: A execução deve ser feita pelo meio adequado, sob pena de NULIDADE.
A execução deve ser feita pelo meio adequado:
* Princípio da Especificidade: A execução deve recair ESPECIFICAMENTE sobre o objeto especifico em questão, menos nos casos de perdas e danos. Deve ser analisado junto com o principio da adequação.
* Princípio da Menor Gravame: A execução deve ser feita do modo MENOS gravoso para o EXECUTADO. O bem que recair a execução deve ser proporcional a divida, podendo o executado pedir a substituição por outro.
=> O Credor se manifesta sobre.
Art. 620. Quando por vários meios o credor puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o devedor.
* Princípio da Autonomia do Titulo Executivo: Só o que autoriza a execução é o TITULO EXECUTIVO.
* Princípio da Responsabilidade Objetiva do Credor: A execução acontece por conta e risco do credor. Se ele fizer alguma cobrança indevida, poderá ser condenado como litigante de má fé. Em caso de divida já paga, ele pode ser condenado a pagar o DOBRO.
Art. 574. O credor ressarcirá ao devedor os danos que este sofreu, quando a sentença, passada em julgado, declarar inexistente, no todo ou em parte, a obrigação, que deu lugar à execução.
Código Civil 
Art. 940. Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as quantias recebidas ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso, o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se houver prescrição.
* Princípio da Utilidade da Execução: A execução deve ser útil. Ela se realiza com o cumprimento da obrigação. Se o oficial de justiça perceber que os bens do não são suficientes para pagar nem as custas processuais, ele não deve fazer a penhora. O processo fica suspenso. 
* Princípio da dignidade da pessoa humana: Proteção do devedor e da sua família com restrições à penhorabilidade de seus bens. 649 CPC
=> Existem exceções à esse princípio, como na responsabilidade por ato ilícito.
=> A execução corre por conta do executado: Não é apenas o valor da dívida, mas também despesas com publicação de editais, comissão (leiloeiro, corretor), honorários advocatícios, etc.
SUJEITOS DA EXECUÇÃO
Exeqüente: Credor
Executado: Devedor
Legitimidade Ativa:
	Originária: (Art. 566, CPC)
* Credor: Quem possui o titulo executivo.
* Ministério Público: Nos casos previstos em Lei.
- Quando postula indenização civil em favor de vitima de crime que não tenha condições de fazê-lo quando não há defensoria pública. 
- Ações de reparação de danos por lesão ao meio ambiente.
- Ações sobre interesses difusos ou coletivos de consumidores.
- Ações populares.
- Execução de condenações pela Lei Improbidade Administrativa
- Execução de Titulo Extrajudicial em termo de ajustamento de conduta.
	Extraordinária: (Art. 567, CPC)
		* Espólio: Por meio do inventariante.
* Herdeiros: Através do espólio, os títulos executivos são distribuídos para os herdeiros e estes são legítimos. 
* Cessionário: Quando o credito foi transmitido para esse, é necessário comprovar a cessão.
* Sub-Rogado: Nos casos de sub-rogação legal ou convencional.
Legal: Aval ou Fiança.
Convencional: Quando alguém que não tem nada a ver com a divida paga ela, ele passa a ser o credor.
Legitimidade Passiva: (Art. 568, CPC):
	Originaria: Devedor
Superveniente: 	Espólio: Antes do formal de partilha.
		Herdeiros: Depois do formal de partilha, cada herdeiro 			responde pelas dividas do espólio.
=> Sem inventário, se o herdeiro renunciar a herança, pode ser considerado fraude a credores, nesse caso como advogado do credor pode-se pedir abertura do inventário, e processar o inventário para a herança ir ao herdeiro devedor.
=> Com o inventário em andamento, o advogado do credor pode solicitar penhora nos autos do inventário.
Art. 674. Quando o direito estiver sendo pleiteado em juízo, averbar-se-á no rosto dos autos a penhora, que recair nele e na ação que Ihe corresponder, a fim de se efetivar nos bens, que forem adjudicados ou vierem a caber ao devedor.
Novo Devedor: Novo devedor, que assumiu o pólo passivo da ação, com o consentimento do credor.
Fiador Judicial: O juiz determina que a parte preste caução como garantia processual, então se apresenta o fiador judicial, aquele que assume a responsabilidade pelo pagamento do débito, ainda que não tenha figurado como parte no processo de conhecimento.
Responsável Tributário: Todos aqueles ligados ao fato gerador do tributo (Lei 6.830/80)
Avalista: Aquele que presta garantia do pagamento de título de crédito, caso o devedor não pague. A execução pode ser dirigida diretamente contra este.
COMPETENCIA:
=> Execução ajuizada em juízo incompetente = NULA
Cumprimento de Sentença (Titulo Executivo Judicial): 
			Art. 475-P. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante: 
I – os tribunais, nas causas de sua competência originária;  
II – o juízo que processou a causa no primeiro grau de jurisdição;  
III – o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral ou de sentença estrangeira.
São de competência funcional, ou seja, absoluta. Porém o inciso II sofreu flexibilização, o exeqüente pode optar pelo juízo onde se encontram os bens do executado. Nesse caso a competência se estende apenas para esse juízo, continuando absoluta para outros. A execução esta atrelada ao processo de conhecimento que vai dar origem a ela.
=> Se os bens do executado estão em outro lugar e o juízo for o de origem:
	- Carta precatória: Órgãos do mesmo nível hierárquico.
- Carta de ordem: Órgãos de nível hierárquico superior.
=> Em execução de alimentos familiares, o credor pode escolher o foro de seu próprio domicilio, mesmo que a sentença tenha sido em outro.
	Juízo de conhecimento = Competência Absoluta
	Juízo onde estão os bens = Se estendea competência.
	Qualquer outro = incompetente.
	Sentença penal condenatória: Observar regras de competência CPC.
	Sentença Arbitral: foro onde se realizou a arbitragem
	Sentença Estrangeira homologada STJ: Justiça Federal, 1º grau.
=> COMPETENTE É O JUÍZO, NÃO A FIGURA DA PESSOA DO JUIZ EM SI.
Execução Extrajudicial:
São de competência relativa, se apura de acordo com as regras gerais, estabelecidas no processo civil.
	Foro de Eleição: quando consta no título executivo o foto de eleição.
		Praça de Pagamento: No local que é a praça de pagamento do titulo.
		Foro do réu: Não havendo indicação ou praça, se observa a regra geral, 		foro do domicilio do réu.
Execução Fiscal: 
Art. 578. A execução fiscal (art. 585, Vl) será proposta no foro do domicílio do réu; se não o tiver, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado.
Parágrafo único. Na execução fiscal, a Fazenda Pública poderá escolher o foro de qualquer um dos devedores, quando houver mais de um, ou o foro de qualquer dos domicílios do réu; a ação poderá ainda ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou ocorreu o fato que deu origem à dívida, embora nele não mais resida o réu, ou, ainda, no foro da situação dos bens, quando a dívida deles se originar.
Competência Internacional:
Titulo Executivo Judicial: Necessita homologação do STJ. Justiça Federal de 1º grau.
	Titulo Executivo Extrajudicial: Não necessita homologação, se o titulo for aceito no país de origem, se faz a execução no domicilio do executado.
REGRAS DE COMPETENCIA
CUMULAÇÃO DE EXECUÇÕES:
É o instituto processual que permite ao exeqüente cumular várias execuções no mesmo processo. Possibilitando uma economia processual. 
- Aspecto formal: Um “processo”
- Aspecto material: varias execuções cumuladas.
Requisitos:		Mesmo Credor
		Mesmo Devedor
		Mesmo Juízo Competente
 		Mesma Forma Procedimental (Principio da Adequação):
PROCEDIMENTO EXECUÇÃO CPC
OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS
=> Quando há obrigações alternativas, opção A ou opção B, Se for cumprida UMA delas, o outro não pode processar pelo não cumprimento da outra, VEM DO NOME, ALTERNATIVO.
 - Em caso de Execução por obrigação alternativa, se estiver estipulado que o credor escolhe a obrigação, este o faz. Se não:
- Se a escolha for do devedor, ele deverá ser citado para escolher qual bem vai entregar. Se ele não exercer, a opção volta ao credor.
- Se a escolha for do credor, na petição inicial ele deve dizer os bens que quer penhorar, sob pena de inépcia.
PRESSUPOSTOS DA EXECUÇÃO
A execução deve estar fundada em pressupostos jurídicos e um pressuposto fáticos. NA falta de algum, a Execução é nula. Pois ambos são necessários para configurar INTERESSE do autor na ação.
* Pressupostos Jurídicos:
Certeza: O titulo deve apontar a natureza da obrigação. Deve apontar também se é dinheiro, entregar coisa, fazer ou não algo.
Liquidez: Diz o valor que consiste o titulo. O titulo é liquido quando se identifica o valor da obrigação. Na execução judicial tem a fase liquidação de sentença, onde se faz a liquidação do valor. 
=> Nas obrigações alternativas se quantifica o valor da coisa.
=> Mera correção monetária não torna ilíquido o titulo extrajudicial (REsp 1.291.575)
=> Liquidação de sentença É EXCLUSIVO do titulo judicial.
=> Execução Extrajudicial tem, QUANDO MUITO, complementação da liquidez. 
Exigibilidade: Quando se pode exigir a “coisa” em questão.
Titulo Judicial: Transito em Julgado.
Titulo Extrajudicial: data do vencimento.
podem ser exigidos antes do transito em julgado, os títulos judiciais nos casos de ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. (art. 520, VII, CPC)
Art. 586.  A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível.
					Art. 618. É nula a execução:
I - se o título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquida e exigível (art. 586); 
II - se o devedor não for regularmente citado;
III - se instaurada antes de se verificar a condição ou de ocorrido o termo, nos casos do art. 572.
* Pressupostos Fático:
Inadimplemento: É necessário o INADIMPLEMENTO da parte contraria para a execução ser válida. Deve haver o INADIMPLEMENTO para a execução se válida.
Art. 582. Em todos os casos em que é defeso a um contraente, antes de cumprida a sua obrigação, exigir o implemento da do outro, não se procederá à execução, se o devedor se propõe satisfazer a prestação, com meios considerados idôneos pelo juiz, mediante a execução da contraprestação pelo credor, e este, sem justo motivo, recusar a oferta.
Parágrafo único. O devedor poderá, entretanto, exonerar-se da obrigação, depositando em juízo a prestação ou a coisa; caso em que o juiz suspenderá a execução, não permitindo que o credor a receba, sem cumprir a contraprestação, que Ihe tocar.
=> A falta de qualquer um deles poderá FULMINAR a execução por meio de exceção de pré-executividade.
 
TITULOS EXECUTIVOS:
Titulo Executivo Extrajudicial: São documentos que pela sua constituição, gozam de um grau de certeza que permite o processo ser ajuizado diretamente na execução, sem a fase de conhecimento. 
=> Como se instaura diretamente na fase executiva, o executado deve ser CITADO.
O CPC enumera no seu Artigo 585 os títulos executivos extrajudiciais.
Art. 585. São títulos executivos extrajudiciais: 
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;  
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; o documento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas; o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública ou pelos advogados dos transatores; 
III - os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese e caução, bem como os de seguro de vida;  
IV - o crédito decorrente de foro e laudêmio; 
V - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;  
VI - o crédito de serventuário de justiça, de perito, de intérprete, ou de tradutor, quando as custas, emolumentos ou honorários forem aprovados por decisão judicial; 
VII - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;  
VIII - todos os demais títulos a que, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva. 
§ 1o A propositura de qualquer ação relativa ao débito constante do título executivo não inibe o credor de promover-lhe a execução.  
§ 2o Não dependem de homologação pelo Supremo Tribunal Federal, para serem executados, os títulos executivos extrajudiciais, oriundos de país estrangeiro. O título, para ter eficácia executiva, há de satisfazer aos requisitos de formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração e indicar o Brasil como o lugar de cumprimento da obrigação.
* Títulos de Crédito: Os títulos de crédito em geral: cheques, debêntures, letra de cambio, nota promissória, duplicata...
* Escritura Pública ou documento público assinado pelo devedor: São a escritura ou o documento lavrados por tabelião ou funcionário publico em sua função, onde o devedor se compromete a cumprir certa prestação.
* Documento Particular firmado pelo devedor e duas testemunhas: Algum documento onde o devedor reconheça que deve cumprir uma obrigação, assinado por duas testemunhas.
* Instrumento de Transação referendado pelo MP, DP ou advogados dos transatores (termo de ajustamento de conduta): Um acordo voluntário, onde os transatores tem conhecimento do conteúdo e é referendado pelo MP, pela DP ou pelos advogados deles.
* Contratos garantidos por hipoteca, penhora, anticrese, caução, seguros de vida: Os contratos com garantia real, importante levar a registro.
* Crédito de foro e Laudêmio: Laudêmio é um valor anual que quem utiliza o imóvel paga para o dono dele.
* Aluguel e encargos acessórios: O contrato escrito de locação, é irrelevante a duração,sendo necessário apenas que o bem locado seja imóvel. 
* Créditos de Auxiliares da Justiça: As custas e emolumentos devidos ao serventuários da justiça, e os honorários do perito, interprete, tradutor...
* Certidão de Divida Ativa: A certidão de divida ativa da Fazenda Publica da União, Estados, DF, Territórios e municípios.
* Contrato de honorários advocatícios: São aqueles que o advogado e seu cliente tenham convencionado em contrato, que indica o montante.
* Outros Dispositivos previstos em Lei: Há possibilidade de Leis especiais criarem outros.
Titulo Executivo Judicial: São previstos no Art. 475-N, CPC e são produzidos no exercício da jurisdição:
				
			Art. 475-N. São títulos executivos judiciais:  
I – a sentença proferida no processo civil que reconheça a existência de obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa ou pagar quantia; 
II – a sentença penal condenatória transitada em julgado; 
III – a sentença homologatória de conciliação ou de transação, ainda que inclua matéria não posta em juízo;  
IV – a sentença arbitral;  
V – o acordo extrajudicial, de qualquer natureza, homologado judicialmente; 
VI – a sentença estrangeira, homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;  
VII – o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal.  
Parágrafo único. Nos casos dos incisos II, IV e VI, o mandado inicial (art. 475-J) incluirá a ordem de citação do devedor, no juízo cível, para liquidação ou execução, conforme o caso.
* Sentenças proferidas no processo civil: A sentença condenatória no processo civil, que reconhece existência de obrigação de pagar quantia, fazer, não fazer ou entregar coisa.
	=> Como já teve processo de conhecimento, o executado é INTIMADO.
* Sentença penal condenatória transitada em julgado: Sentença penal condenatória transitada em julgada, que pode ser executada no civil.
=> Como é sentença penal executada no civil, sem processo de conhecimento, o executado será CITADO. 
* Sentença homologatória de conciliação ou transação: A sentença que homologa conciliação ou transação, mesmo que de matéria ainda não posta em juízo. Mas só tem eficácia se prever alguma obrigação a ser cumprida.
* Sentença Arbitral: Ela não é homologada pelo juiz, mas sim pelo arbitro.
	=> Como não há processo de conhecimento, o executado é CITADO.
* Acordo extrajudicial, homologado judicialmente: O acordo feito extrajudicialmente pelas partes e levado a juízo, com a finalidade de obter titulo executivo, deve impor a alguma delas uma prestação.
* Sentença Estrangeira Homologada pelo STJ: A sentença estrangeira, que para ter eficácia no Brasil, foi homologada pelo STJ.
	=> O executado terá de ser CITADO.
* Formal e certidão de partilha: Os formais de partilha, feitos em inventario.
=> Obs.: Se todos os herdeiros forem maiores e capazes não é necessário fazer inventário judicial, formando título extrajudicial (art. 585, inciso II, CPC).
EXECUÇÃO DEFINITIVA:
Art. 475-I. O cumprimento da sentença far-se-á conforme os arts. 461 e 461-A desta Lei ou, tratando-se de obrigação por quantia certa, por execução, nos termos dos demais artigos deste Capítulo.  
§ 1o É definitiva a execução da sentença transitada em julgado e provisória quando se tratar de sentença impugnada mediante recurso ao qual não foi atribuído efeito suspensivo.
Em regra, a execução fundada em titulo executivo judicial e extrajudicial é definitiva, porém há exceções, casos em que a PODEM SER DE CARATER PROVISÓRIO.
EXECUÇÃO PROVISÓRIA:
Hipóteses: 
* Judicial:
- Quando fundada em decisão judicial não transitada em julgado 
 	-sentença ou acórdão sobre o qual ainda pende recurso sem	efeito suspensivo, 
 	- decisões onde há antecipação de tutela.
* Extrajudicial:
Foi embargada;
Os embargos foram recebidos com efeito suspensivo;
Houve sentença de improcedência desses embargos (os embargos foram julgados improcedentes);
Essa sentença foi atacada por recurso de apelação, recebido apenas no efeito devolutivo (art. 520, inciso V, CPC).
=> Fora essas hipóteses a execução é definitiva.
=> Se os embargos não foram recebidos com efeito suspensivo na extrajudicial, ou se resta agravo de impugnação na judicial, a execução será definitiva. 
=> Tanto na definitiva como na provisória, se houver algum tipo de reversão do julgado, e houver prejuízos para o devedor, o credor respondera OBJETIVAMENTE pelos danos.
Principios:
Art. 475-O. A execução provisória da sentença far-se-á, no que couber, do mesmo modo que a definitiva, observadas as seguintes normas:  
I – corre por iniciativa, conta e responsabilidade do exeqüente, que se obriga, se a sentença for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido;  
II – fica sem efeito, sobrevindo acórdão que modifique ou anule a sentença objeto da execução, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidados eventuais prejuízos nos mesmos autos, por arbitramento;  
III – o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem alienação de propriedade ou dos quais possa resultar grave dano ao executado dependem de caução suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos.  
§ 1o No caso do inciso II do caput deste artigo, se a sentença provisória for modificada ou anulada apenas em parte, somente nesta ficará sem efeito a execução. 
§ 2o A caução a que se refere o inciso III do caput deste artigo poderá ser dispensada:  
I – quando, nos casos de crédito de natureza alimentar ou decorrente de ato ilícito, até o limite de sessenta vezes o valor do salário-mínimo, o exeqüente demonstrar situação de necessidade;  
II - nos casos de execução provisória em que penda agravo perante o Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça (art. 544), salvo quando da dispensa possa manifestamente resultar risco de grave dano, de difícil ou incerta reparação. 
§ 3o  Ao requerer a execução provisória, o exequente instruirá a petição com cópias autenticadas das seguintes peças do processo, podendo o advogado declarar a autenticidade, sob sua responsabilidade pessoal:  
I – sentença ou acórdão exeqüendo;  
II – certidão de interposição do recurso não dotado de efeito suspensivo; 
III – procurações outorgadas pelas partes; 
IV – decisão de habilitação, se for o caso;  V – facultativamente, outras peças processuais que o exeqüente considere necessárias.
- A execução provisória corre por conta e risco do exeqüente: Caso a sentença seja reformada, ele se responsabiliza em ressarcir os danos que causou ao executado.
 	=> Essa regra se aplica na definitiva, quando houver possibilidade de reversão...
- Caso haja reforma da sentença, os danos serão liquidados nos mesmos autos, por arbitramento.
- Para atos que visem levantamento de depósito em dinheiro e atos que importem alienação de propriedade ou que possam trazer dano grave ao executado, o executado deve PRESTAR CAUÇÃO.
Art. 694.  Assinado o auto pelo juiz, pelo arrematante e pelo serventuário da justiça ou leiloeiro, a arrematação considerar-se-á perfeita, acabada e irretratável, ainda que venham a ser julgados procedentes os embargos do executado.  
§ 2o  No caso de procedência dos embargos, o executado terá direito a haver do exeqüente o valor por este recebido como produto da arrematação; caso inferior ao valor do bem, haverá do exeqüente também a diferença
Casos em que o credor poderá praticar atos de execução provisória sem prestar caução:
	* Quando nos créditos de natureza alimentar ou decorrentes de ato ilícito até 60 vezes o salário mínimo, O CREDOR MOSTRAR NECESSIDADE.
	* Nos casos de execução provisória que penda agravo perante STF ou STJ, menos quando dessa dispensa tenha possibilidade de grave dano, de difícil reparação ao executado.
EXECUÇÃO PROVISÓRIA X EXECUÇÃO DEFINITIVA:
Ambas se processam do mesmo modo, mas a provisória corre por conta e risco do exeqüente, já que há o risco de reforma. Por essa razão há a exigência de caução para atos delevantamento de dinheiro, alienação de domínio ou que possam trazer grave dano ao executado. Mesmo assim, a caução poderá ser dispensada nas hipóteses do Art. 475-O, § 2º, CPC.
Requisitos: (§ 3° do art. 475-O do CPC): Como a execução é provisória, não correrá nos autos do processo, portanto é necessário juntar os seguintes documentos:
Sentença ou acórdão exeqüendo: Título executivo judicial;
Certidão de interposição do recurso não dotado de efeito suspensivo: Se não foi interposto recurso a execução é definitiva.
Demais documentos necessários para o processo.
RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL DO DEVEDOR:
A responsabilidade patrimonial é entendida como a sujeição do patrimônio de alguém ao cumprimento de uma obrigação. O responsável pelo cumprimento que não o faz, poderá ter sua esfera patrimonial invadida, para assegurar o cumprimento da obrigação ao credor.
Bens sujeitos a Execução:
Art. 591. O devedor responde, para o cumprimento de suas obrigações, com todos os seus bens presentes e futuros, salvo as restrições estabelecidas em lei.
=> EM PRINCIPIO, todos estão sujeitos, desde os que existiam no momento que a obrigação foi contraída, até os que foram adquiridos depois, sejam eles corpóreos ou incorpóreos, desde que tenham valor econômico, NO ENTANTO, a Lei faz numerosas restrições.
Bens não sujeitos a execução: 
					Art. 649. São absolutamente impenhoráveis:
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;
II - os móveis, pertences e utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; 
III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor; 
IV - os vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, proventos de aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios; as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, observado o disposto no § 3o deste artigo;  
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício de qualquer profissão;  
VI - o seguro de vida;  
VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas; 
VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família; 
IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social; 
X - até o limite de 40 (quarenta) salários mínimos, a quantia depositada em caderneta de poupança.  
XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos, nos termos da lei, por partido político.  
§ 1o  A impenhorabilidade não é oponível à cobrança do crédito concedido para a aquisição do próprio bem.  
§ 2o  O disposto no inciso IV do caput deste artigo não se aplica no caso de penhora para pagamento de prestação alimentícia. 
=> Lei 8009/90: Impenhorabilidade do Bem de família: O imóvel residencial da família ou entidade familiar é impenhorável por dividas de qualquer natureza. SALVO as exceções do Art. 3º da lei.
	=> A impenhorabilidade cessa, se o DEVEDOR oferecer o bem à penhora, seria “como uma renuncia ao beneficio”.
	=> Se o devedor não é proprietário do bem, mas sobre ele tiver direitos, não há impenhorabilidade. Porém essa recai sobre o DIREITO do devedor, não sobre o bem em si.
* Alegação de impenhorabilidade: A impenhorabilidade é matéria de ordem pública, deve ser reconhecida de oficio. Se não o fizer, o devedor a deve alegar por petição simples.
	
	* Responsabilidade Patrimonial de Terceiros: O responsável primeiro é o devedor, porém a lei processual, em certos casos, estende a responsabilidade a terceiros. As hipóteses de responsabilidade de terceiros estão no Art. 592. CPC:
Sucessor singular, quando se tratar de execução fundada em direito real ou obrigação reipersecutória; 
Bens dos sócios: Nos casos de desconsideração da personalidade jurídica.
Do devedor, quando em poder de terceiros: Quando o bem pertence ao devedor, mas esta sob responsabilidade de terceiros.
Do cônjuge, nos casos em que a divida foi revertida em proveito do casal ou da família, salvo por ato ilícito.
Alienados ou gravados em fraude de execução: É possível penhorar o bem de terceiro, que foi adquirido por fraude a execução.
FRAUDE A EXECUÇÃO
Art. 593. Considera-se em fraude de execução a alienação ou oneração de bens:
I - quando sobre eles pender ação fundada em direito real;
II - quando, ao tempo da alienação ou oneração, corria contra o devedor demanda capaz de reduzi-lo à insolvência;
III - nos demais casos expressos em lei.
Conceito: É um ato atentatório a dignidade da justiça, se diferenciando de fraude a credores.
A fraude à execução é considerada ato atentatório à dignidade da Justiça (art. 600, CPC). Nesses casos, cabe multa de até 20%, que se reverte ao credor (art. 601, CPC).
Só é possível alcançar bens que foram alienados à terceiros, quando esses bens foram alienados em fraude à credores ou fraude à execução.
Acontece quando o devedor começa a se desfazer de seus bens, se reduzindo a um estado de insolvência, QUANDO JÁ EXISTIA PROCESSO CONTRA ELE (não precisa ser necessariamente execução).
Fraude contra credores, é quando o devedor começa a se desfazer de seus bens, se reduzindo a um estado de insolvência, SEM QUE HAJA PROCESSO CONTRA ele, DEPOIS DA DIVIDA EXISTIR.
Na fraude a execução, o credor pode pedir o reconhecimento de fraude nos próprios autos.
Na fraude a credores ele deve entrar com uma ação paulina.
Pela Sumula 195 STJ, SOMENTE FRAUDE A EXECUÇÃO pode ser reconhecida nos embargos de terceiros
Fraude a Credores: Requisitos:
Insolvência, dano (Já existir divida e ocorrer inadimplência)
Animo de fraudar. (intenção de fraudar)
Algumas jurisprudências entendem que não é necessário animo de fraudar. Pelas suspeitas e características do negocio, o adquirente já podia imaginar que havia algo estranho.
Fraude a Execução: Requisitos:
Processo pendente.
Insolvência, dano.
Má fé do adquirente.
Art. 615-A.  O exeqüente poderá, no ato da distribuição, obter certidão comprobatória do ajuizamento da execução, com identificação das partes e valor da causa, para fins de averbação no registro de imóveis, registro de veículos ou registro de outros bens sujeitos à penhora ou arresto. 
§ 1o  O exeqüente deverá comunicar ao juízo as averbações efetivadas, no prazo de 10 (dez) dias de sua concretização.  
§ 2o  Formalizada penhora sobre bens suficientes para cobrir o valor da dívida, será determinado o cancelamento das averbações de que trata este artigo relativas àqueles que não tenham sido penhorados.  
§ 3o  Presume-se em fraude à execução a alienação ou oneração de bens efetuada após a averbação (art. 593). 
§ 4o  O exeqüente que promover averbação manifestamente indevida indenizará a parte contrária, nos termos do § 2o do art. 18 desta Lei, processando-se o incidente em autos apartados.  
§ 5o  Os tribunais poderão expedir instruções sobre o cumprimento deste artigo.
	O Art. 615-A autoriza o exeqüente a obter uma certidão que comprova o ajuizamento da ação, para que ele possa averbar isso no registro de imóveis, veículos ou de outros, onde estão registrados os bens do devedor, sujeitos a penhora. 
Má-fé do Adquirente:
	Súmula 375 do STJ: O reconhecimento da fraude depende do registro de penhora na matricula, ou se provar a má-fé do terceiro comprador.
 Se a matrícula está disponível, presume-se a boa-fé do comprador. Tecnicamente pode ter fraude à credores ou à execução, entretanto o terceiro comprador não vai perder o bem.
Se não houver registro, o credor terá de provar que o terceiro adquirente estava de má fé.
O reconhecimento de fraude a execução prescinde de ação declaratória, pode ser feita na forma incidental, na própria execução,quando o juiz verificar que o devedor está insolvente e alienou os bens depois da citação.
Beneficio de Ordem na Execução (Art. 595 e 596 do CPC)
 Instituto processual que assegura que os bens do afiançado e da sociedade vem antes dos bens do fiador e dos sócios.
Advogado do credor: Deve-se colocar nos contratos que os fiadores ou sócios renunciam ao benefício de ordem. Isso permite que a cobrança seja feita diretamente deles.
Direito de Retenção (Art. 594 CPC)
 O credor, que estiver, por direito de retenção, na posse de coisa pertencente ao devedor, não poderá promover a execução sobre outros bens senão depois de excutida a coisa que se achar em seu poder.
Advogado do credor: Nunca deve seguir esse artigo. Sempre indicar outro bem para ser penhorado. Pois pelo direito de retenção o credor poderá usufruir do bem e expropriar outro. Isso causa mais gravame a parte contrária.
EXECUÇÃO ESPECIFICA
Conceito: É aquela que tem como objetivo fazer que o devedor cumpra exatamente aquilo que foi convencionado, nas ações que tem por objetivo cumprimento de obrigação de fazer, não fazer ou entrega de coisa.
Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.  
§ 1o A obrigação somente se converterá em perdas e danos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente.  
§ 2o A indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuízo da multa (art. 287).  
§ 3o Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou mediante justificação prévia, citado o réu. A medida liminar poderá ser revogada ou modificada, a qualquer tempo, em decisão fundamentada. 
§ 4o O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando-lhe prazo razoável para o cumprimento do preceito.
O Art. 461 dá ao juiz poderes determinar providencias que assegurem o resultado equivalente ao do adimplemento.
Coerção: multa por tempo de atraso. (Obrigações fungíveis e infungíveis).
Sub-rogação: outra pessoa cumpre as custas do devedor. (obrigações fungíveis).
Conversão em Perdas e danos:
	Só cabe em duas hipóteses:
Quando a execução especifica se tornar impossível e não há providencias que assegurem resultado pratico equivalente.
Quando o credor requerer a conversão, porque o devedor não cumpre especificamente a obrigação.
O credor só pode fazer isso se houver a recusa do devedor. O credor não pode preferir a conversão, se o devedor esta disposto a cumprir a obrigação. Do mesmo modo que o credor não é obrigado a aceitar prestação diversa da combinada.
Multa: É o mecanismo pelo qual o juiz tenta pressionar o juiz a cumprir a obrigação. São periódicas, cada vez maiores enquanto permanece a inércia do devedor.
O juiz avalia o caso concreto para decidir um montante razoável, tem a liberdade de modificar o valor da multa, de oficio ou a requerimento das partes, quando verificar que ela é INSUFICIENTE ou EXCESSIVA.
Quando a execução estiver fundada em titulo extrajudicial, o juiz tem liberdade para fixar multa, exceto se as partes já o fizeram extrajudicialmente, mesmo assim ele possui liberdade para reduzi-la, mas não aumentá-la.
A multa se reverte sempre em favor do credor.
Cobrança da Multa: O prazo começa a correr quando o devedor é intimado para cumprir a obrigação.
SUMULA 410 STJ
“A prévia intimação pessoal do devedor constitui condição necessária para a cobrança de multa pelo descumprimento de obrigação de fazer ou não fazer” 
Ela não poderá ser cobrada de imediato quando a decisão ainda não for definitiva, nem nos casos de antecipação de tutela.
Se a sentença for procedente e confirmar a tutela antecipada, transformando ela em definitiva, a multa é devida desde o cumprimento da liminar. SE NÃO RESTAR RECURSO COM EFEITO SUSPENSIVO.
A incidência da multa tem inicio quando termina o prazo que o juiz deu para o devedor cumpri-la.
REQUISITOS DA INICIAL EXECUTIVA
	A inicial executiva deve vir instruída com:
Art. 614. Cumpre ao credor, ao requerer a execução, pedir a citação do devedor e instruir a petição inicial:
I - com o título executivo extrajudicial; 
II - com o demonstrativo do débito atualizado até a data da propositura da ação, quando se tratar de execução por quantia certa;  
III - com a prova de que se verificou a condição, ou ocorreu o termo (art. 572). 
Art. 615. Cumpre ainda ao credor:
I - indicar a espécie de execução que prefere, quando por mais de um modo pode ser efetuada;
II - requerer a intimação do credor pignoratício, hipotecário, ou anticrético, ou usufrutuário, quando a penhora recair sobre bens gravados por penhor, hipoteca, anticrese ou usufruto;
III - pleitear medidas acautelatórias urgentes;
IV - provar que adimpliu a contraprestação, que Ihe corresponde, ou que Ihe assegura o cumprimento, se o executado não for obrigado a satisfazer a sua prestação senão mediante a contraprestação do credor.
a) Pedir a citação do devedor quando for Titulo Executivo Extrajudicial e no judicial quando for uma das hipóteses do Art. 475-N, Parágrafo Único, CPC.
b) Instruir com o título executivo (475-N e 585, CPC)
c) Demonstrativo do débito até a data que a ação foi proposta.
d) Com a prova do inadimplemento. Prova da condição.
e) Indicando a execução que prefere. O credor indica o processo executivo que ele prefere. O credor deve fazer o pedido expressamente.
f) Todo o credor titular de garantia real deve ser intimado (Art. 698, CPC) 
g) O exeqüente pode solicitar medidas urgentes ao juiz para assegurar o resultado útil da execução.
f) Art. 614, III e Art. 615, IV – Exceção do contrato não cumprido, exceção de inadimplemento.
=> Deve respeitar os mesmos requisitos do Art. 282, CPC: Causa de Pedir: O titulo Executivo em questão e a inadimplência do devedor.
Art. 616 CPC: Quando a petição inicial estiver incompleta, o juiz intima o credor para completar, sob pena de indeferimento da inicial.
EXCEÇÃO DE PRÉ EXECUTIVIDADE
A exceção é uma defesa processual que ataca a pretensão executiva quando ela é nula, no âmbito da própria execução. Ela não visa atacar o direito, mas impedir que a execução progrida. 
=> Sempre que for possível demonstrar ao juiz que a execução é nula (Art. 618, CPC), pode operar exceção de pré-executividade.
=> A exceção deve ser interposta por petição. Caso não for conhecida, cabe agravo. Se for conhecida, o processo vai ser extinto e cabe apelação.
*A EXCEÇÃO NÃO ADMITE DILAÇÃO PROBATÓRIA:
	=> Na falta de qualquer pressuposto da execução, é possível alegar exceção de pré-executividade: Exemplo: Titulo não ser certo, liquido ou exigível, não ser o devedor inadimplente, ilegitimidade passiva, prescrição, entre outros...
	=> No caso de Titulo Executivo Extrajudicial, o prazo dos embargos começa com a citação, deve-se alegar a exceção de pré-executividade como preliminar dos embargos, para não perder o prazo.
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA ($) FUNDADA EM TITULO 				EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL 
Execução por quantia certa é que o credor pretende que o devedor pague determinada quantia em dinheiro.
Art. 646 CPC: A execução por quantia tem como finalidade expropriar bens do devedor, para satisfazer o direito do credor através de penhora e avaliação.
Se a execução por quantia certa tem por finalidade expropriar bens penhoráveis, o legislador tem que indicar as espécies de expropriação (art. 647 CPC). São elas:
Adjudicação;
Alienação por iniciativa particular;
Alienação em hasta pública;
Usufruto: O executado não perde a propriedade do bem, só se expropriam os frutos para pagar a divida.
I – Penhorabilidade: A execução por quantia tem como finalidade expropriar benspenhoráveis, por isso é necessário conhecer a penhorabilidade dos bens. Pode haver sobre o bem impenhorabilidade absoluta ou relativa.
Bens absolutamente impenhoráveis (art. 649 CPC): Nem sempre a penhorabilidade é absoluta, depende do caso concreto.
- Salário;
- Poupança até 40 salários mínimos;
- Bens destinados ao trabalho da parte;
- Imóvel de residência do devedor (Lei 8.009/90).
Casos de impenhorabilidade relativa (art. 650 CPC): Os bens declarados inalienáveis por um ato de liberalidade tem impenhorabilidade relativa, sendo que os frutos desses bens, na falta de outros, podem ser penhorados.
II – Remição da Execução (art. 651 CPC): O devedor executado, a qualquer tempo, desde que antes da expropriação dos bens, pode pagar integralmente a dívida, incluindo juros, correção monetária, custas processuais e honorários advocatícios.
=> Isso é importante porque, quando penhorado, um bem pode ser vendido por 50% do valor na segunda praça, o que pode causar um grande prejuízo ao executado.
O último momento para ocorrer remição:
No caso da adjudicação: Antes da assinatura do auto de adjudicação (art. 685-A, CPC).
No caso da alienação particular: Antes da assinatura do termo de alienação particular (art. 685-C, CPC).
No caso de alienação judicial: Antes da assinatura do auto de arrematação judicial (art. 693, CPC).
Remição da execução: Pagamento total da divida pelo executado.
Remição de bens: É a liberação dos bens penhorados pelas pessoas legitimadas (cônjuge, ascendente e descendente) desde que depositem o preço pelo qual o bem foi expropriado.
PROCEDIMENTO
=> O devedor será citado para efetuar o pagamento da dívida. Se não cumprir, haverá penhora, que sempre deve estar formalizada num auto ou termo de penhora.
Antes da citação, o credor pode utilizar a previsão do art. 615-A CPC, de forma a se proteger contra fraude.
=> Após a citação, o devedor tem o prazo de 15 dias para embargar (art. 738 CPC).
=> No prazo para os embargos, o devedor tem o direito de pagar a dívida parceladamente (art. 745-A CPC), ficando suspensa a execução. A proposta tem que ser deferida pelo juiz.
Devedor não encontrado na citação:
Arresto (Art. 653, CPC)
 	|
Edital (Art. 654, CPC)
 	|
Penhora (Art. 652, CPC)
O arresto é a medida cautelar típica da execução por quantia certa, tem por finalidade preservar o bem para futura penhora.
Após o arresto, cabe ao credor, no prazo de 10 dias, requerer a citação por edital do devedor (art. 654 CPC). Sem a citação por edital, a execução seria nula. Findo o prazo do edital, reabre o prazo do 652, devendo o devedor efetuar o pagamento em 3 dias. Na ausência de pagamento, o arresto será convertido em penhora.
Pagamento: Para extinguir a execução, deve haver o pagamento integral da divida, acrescido de correção monetária, juros de mora, eventual multa e honorários advocatícios.
Penhora e Depósito:
	A penhora é o ato que individualiza a responsabilidade patrimonial do devedor no quanto necessário. Ela sempre vai estar formalizada no auto de penhora (art. 665 CPC), lavrado na justiça, ou em um termo de penhora (art. 657 CPC), que é lavrado no cartório.
	Por meio da penhora, os bens do devedor serão apreendidos e alienados, o dinheiro fruto disso será usado para quitar a divida principal, juros, custas, honorários, etc... 
Penhora de Imóveis: 
	A penhora de bens imóveis vem regulada nos § 4º e 5º do Art. 659, CPC. Ela pode ser realizada por auto ou por termo.
	=> Por auto, quando feita por oficial de justiça, só ocorre quando o credor assim preferir ou se houver alguma razão para a intervenção do oficial.
	=> Se houver nos autos certidão imobiliária, a penhora de imóveis poderá dispensar a participação do oficial de justiça e será realizada a termo.
	=> Feita por termo ela TEM COMO VANTAGEM PODER SER REALIZADA MESMO QUE O IMOVEL ESTEJA EM OUTRA COMARCA. Feita por termo dela é intimado o devedor e por este ato constituído depositário (Art. 659 § 5º, CPC)
Penhora no rosto dos autos.
É a penhora que recai sobre eventual direito do executado, discutido em processo judicial distinto. Quando o executado demanda processo contra terceiros.
* Caso ele saia vitorioso, a penhora terá os bens ou créditos que a este conseguiu.
* Caso saia derrotado, não há efeito nenhum.
Com a penhora no rosto dos autos o exeqüente terá três opções:
* Aguardar o resultado do processo.
	* Tentar alienar o direito litigioso, o que não é fácil diante das dificuldades de encontrar arrematantes.
* Sub-rogar-se nos direitos do executado, tornando-se titular do direito litigioso.
Averbação da Penhora
Se a penhora cair sobre imóvel, o exeqüente deve providenciar para que seja averbada no Cartório de Registro de Imóveis. Tem por finalidade tornar a penhora pública.
=> Cumpre ao credor precavido promover ela.
=> Ela provoca a má fé do executado e do terceiro adquirente, se eles adquiriram depois dela. SUMULA 375 STJ
* A averbação é feita por certidão do inteiro teor dos autos, apresentada ao Cartório de Registro de Imóveis ou por meio eletrônico (Art. 659, §6º, CPC).
Renovação (segunda penhora) (art. 667 CPC): 
Só é permitida segunda penhora quando:
– A primeira foi anulada.
– Quando o valor da penhora não foi suficiente para pagar a dívida.
– Penhorar bem sobre o qual corre outra ação reivindicando a propriedade.
Substituição (Arts. 668/656 CPC): 
- Art. 668: O executado sempre deverá ser intimado da penhora, para que, querendo, solicite a substituição do bem penhorado. O princípio do menor gravame (art. 620 CPC) foi protegido neste artigo, desde que garanta a execução.
=> Art. 656: Tanto o exeqüente como o executado podem pedir a substituição.
Redução (art. 685, I, CPC): 
 	Redução das penhoras, nos casos de excesso de penhora, (quando o bem objeto de penhora vale muito mais do que a dívida).
 		=> Não CONFUNDIR COM EXCESSO DE EXECUÇÃO(QUANDO 		O CREDOR PLEITEIA MAIS DO QUE É DEVIDO).
Ampliação (art. 685, II, CPC):
Ocorre ampliação da penhora, quando o valor dos bens penhorados for inferior ao crédito.
Ordem de gradação legal (art. 655 CPC) 
Existe uma ordem de gradação legal. Entretanto, deve-se ter sempre em mente a garantia, liquidez e menor gravame.
Dinheiro
Outros
Penhora online (art. 655-A CPC): 
É a penhora das contas bancarias do devedor. Pode acabar recaindo sobre uma conta salário ou conta poupança de até 40 salarios mínimos, se comprovado pelo devedor, o juiz deve pedir a liberação.
Execução por carta (art. 658 CPC):
Quando os bens do devedor estão em outro domicilio. Carta precatória de penhora, avaliação e alienação judicial. Quando se tratar de imóveis, não é mais necessário carta precatória. Só é necessário juntar a matricula do imóvel nos autos, e o juiz lavra o termo de penhora (art. 659, § 5°).
Pluralidade de Penhoras sobre o mesmo Bem
Nada impede que o mesmo bem seja penhorado mais de uma vez. Pode ser levado a hasta pública em qualquer das execuções. 
 Preferência na hora de receber (Art. 711, CPC)
=> Verificar se há algum credor preferencial, como trabalhista, fiscal, garantia real e o credor condominial. Eles vem na frente dos demais. Havendo mais de um, deve ser respeitada a ordem “hierárquica dos créditos”.
=> Não havendo, tem preferência o credor que promoveu a primeira penhora do bem, e assim sucessivamente. A prioridade é dada a efetivação da penhora e não averbação no Registro de Imóveis ou ajuizamento da execução.
Avaliação (arts. 680-684 CPC): 
Efetivada a penhora, sempre vai aparecer uma avaliação, até porque o oficial é também avaliador. A avaliação é um incidente que permeia o processo de execução, e deve ser contemporânea à praça, para evitar perdas com a valorização do bem. Quando ocorre a substituição, o executado pode estimar o valor do bem, que pode ser aceito pelo exeqüente. É importante, na dúvida, requerer ao juiz que nomeie um avaliador especializado.
Alienação judicial antecipada (art. 670 CPC): 
Mesmo quando a execuçãoestiver suspensa por embargos recebidos no efeito suspensivo, pode ser realizada a penhora antecipada em duas hipóteses:
* Quando os bens estiverem sujeitos à deterioração ou depreciação.
* Quando houver vantagem muito excessiva em fazer isso. 
=> O dinheiro da venda fica bloqueada em garantia.
=> A alienação antecipada não impede a remição ou a execução. Ela facilita a remissão, pois o dinheiro fica disponível.
 
EMBARGOS DO DEVEDOR
Execução Titulo Extrajudicial: Quando se entra direto com a execução, o executado pode se defender utilizando os Embargos a execução.
Conceito Uma ação autônoma de conhecimento, que será distribuída ligada ao processo de execução e será julgada em apenso.
Prazo: 15 dias a contar do retorno aos autos do mandado de citação. (citação feita pelo Oficial de Justiça, Art. 222, CPC)
=> Nos embargos o devedor tenta provar que não esta devendo, que não existe título, que existe algum excesso de execução (nesse caso, o embargante deve dizer quanto ele acha que deve).
Efeitos: De regra, não suspendem o andamento da execução. Mas, o embargante pode alegar que sofrerá danos de difícil reparação e pedir que os embargos sejam recebidos no efeito suspensivo, o juiz pode concedê-lo mas é preciso:
* Requerimento do embargante.
* O juiz verificar que os fundamentos sejam relevantes e que sejam convincentes as alegações.
* O prosseguimento da execução possa causar ao executado grave dano de difícil reparação.
* A execução esteja garantida por penhora, deposito ou caução. NÃO É MAIS REQUISITOS DOS EMBARGOS, MAS PARA SOLICITAR O EFEITO SUSPENSIVO.
	=> Se o juiz indeferir o efeito, cabe agravo de instrumento.
=> Embargos a execução são uma medida de defesa da execução extrajudicial. Não existem na execução judicial (EXCETO nos casos do Art. 730, CPC)
Competência: São propostos no juízo da execução, devendo ser distribuídos por dependência. É competência funcional absoluta.
* Em penhora feita por carta, se aplica as regras do Art. 747, CPC, Os embargos podem ser apresentados tanto no juízo deprecante como no deprecado.
Desnecessidade de garantia: Antes da Lei 11.382/2006, para interpor os Embargos era necessária uma garantia em juízo. Agora não é mais necessário garantia para interpor embargos. 
Pagamento parcelado: O 745-A, CPC dispõe uma novidade. No prazo dos embargos o devedor poderá depositar 30% do valor da execução, incluindo custas e honorários, e pagar o saldo restante em até 6 parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e juros de 1% ao mês.
	=> É um DIREITO DO DEVEDOR, O CREDOR NÃO PODE RECUSAR.
		Caso o devedor deixe de fazer o pagamento, as outras parcelas 			vencerão antecipadamente e será acrescida multa de 10% sobre o			saldo restante. 
Indeferimento da Inicial dos Embargos: O Art. 739, CPC estabelece as situações em que eles são indeferidos liminarmente:
		- Intempestividade
		- inépcia da inicial (Art. 295, CPC)
		- quando manifestamente protelatórios
	=> O rol não é taxativo, as demais hipóteses do Art. 295, CPC também são de indeferimento, não apenas no caso de inépcia da inicial.
Resposta do Embargado: O credor-embargado é intimado para impugnar. Não cabe Ação Declaratória Incidental ou reconvenção. Nem intervenção de terceiros, EXCETO assistência.
	* Como há natureza de ação, a falta de impugnação IMPLICA REVELIA. A falta de impugnação faz presunção de veracidade dos fatos alegados na inicial, que NÃO SEJAM CONTRARIADOS PELO QUE CONSTA NO TITULO EXECUTIVO.
Prosseguimento: Apresentada a impugnação, o juiz intima o embargante para apresentar réplica. Em seguida verifica se há ou não necessidade de dilação probatória, se não julgará antecipadamente os embargos. Se sim, determinará as provas necessárias e designa a audiência de instrução e julgamento. NÃO HÁ RESTRIÇÃO A PROVAS NO S EMBARGOS A EXECUÇÃO.
Sentença: Pode ser de extinção sem resolução (267, CPC) de mérito ou com mérito (Art. 269, CPC), Em caso de improcedência, a execução prosseguira, pois a apelação neste caso não tem efeito suspensivo, porém a execução será provisória. Em caso de procedência, pode implicar na extinção da execução, redução do valor ou modificação/desconstituição de algum ato processual.
Recurso: Se improcedentes os embargos, o recurso cabível é apelação, SEM efeito suspensivo. Porém se a execução seguir paralelamente ela será provisória, não definitiva.
EMBARGOS DE SEGUNDA FASE
Conceito: É a oportunidade que o executado tem de alegar matérias supervenientes, como por exemplo vícios na realização das hastas ou da adjudicação, por falta de intimação do devedor para hasta, irregularidade no edital, venda por preço vil, etc...
Prazo: 5 dias contados da adjudicação, alienação ou arrematação.
=> Não se pode admitir que o devedor alegue nestes embargos matérias que poderia ter alegado anteriormente.
Prosseguimento: Igual o dos embargos do devedor.
MODALIDADES EXPROPRIATIVAS
Adjudicação (685-A)
A adjudicação é uma modalidade expropriativa, prevista no art. 685-A do CPC, onde o credor pode adquirir o próprio bem penhorado, por preço NÃO INFERIOR ao da avaliação.
Ela é ao mesmo tempo modalidade expropriativa (Art. 647, CPC)
Forma de pagamento (Art. 708, II, CPC)
Só na adjudicação o credor recebe a própria coisa como modalidade expropriativa e pagamento.
Se o valor do bem superar a divida, o credor deve pagar a diferença ao devedor.
Por outro lado, o credor pode tentar comprar o mesmo bem no leilão, em segunda praça, por valor inferior ao da avaliação.
Havendo vários credores pretendentes à adjudicação, deverá ocorrer entre eles uma licitação. Em igualdade de condições, tem preferência o cônjuge, descendente e ascendente (art. 685-A, § 3° - caso de remissão de bens) 
A adjudicação é completa com a assinatura do auto de adjudicação. Assinado o auto, deverá ser expedida a carta de adjudicação (quando se tratar de bem imóvel). Essa carta deve ir ao registro de imóveis, pois ela representa a escritura pública. Se for bem móvel, apenas um mandado de entrega. 
O executado tem o prazo de 5 dias, contado a partir do auto de adjudicação, para os embargos de segunda fase, para atacar adjudicação. 
Quem Leva? NENHUM credor, pois nenhum deles ofereceu valor superior ao da adjudicação. Na adjudicação o valor NÃO PODE SER INFERIOR AO DE AVALIAÇÃO DO BEM, assim a adjudicação seria nula.
Quem Leva? Nesse caso deve se fazer um novo “leilão” entre o credor 2 e 3.
 	OBS: Se eles baixarem o preço no novo leilão, deve ser chamado o credor 1 	novamente.
Quem Leva? O Descendente. Pois ele tem preferência.
Alienação Particular (art. 685-C do CPC)
É uma iniciativa particular do interessado, do credor.
 
Na prática, diferentemente do que está escrito no artigo, o credor vai ao juiz já com a alienação pronta, pelo preço que as partes quiserem, apenas para o juiz autorizar a alienação.
A alienação particular se completa pelo termo de alienação particular.
O limite para a resistência do credor é o crédito.
Alienação Judicial (686 CPC)
A arrematação é a alienação judicial dos bens penhorados para quem por eles pagar maior preço na praça (bens imóveis) ou no leilão (bens móveis ou semoventes).
A arrematação deve ser precedida de edital, que deverá observar os requisitos do art. 686 CPC.
Na primeira praça a alienação NÃO PODE OCORRER por preço não inferior ao da avaliação.
Na segunda praça, o bem penhorado pode ser alienado por qualquer preço, desde que não seja preço vil (o STJ considera preço vil 50% do valor do bem para baixo). 
 	=> Exceção: Salvo a hipótese do art. 701, que deve ser vendido por no mínimo 80%.
O executado tem o prazo de 5 dias a partir do auto de alienação judicial para interpor embargos de segunda fase.
Características da arrematação:
 	A arrematação da direito real ao arrematante sobre o bem, em relação ao executado. O arrematante tem direito a ser imitido na posse no caso de bem imóvel ou no caso de bem móvel por mandato de busca e apreensão.CUIDAR COM USUCAPIÃO. Se o arrematante perder o bem para um terceiro que tinha o direito do bem, ocorre a evicção. O devedor terá a responsabilidade para reembolsar o arrematante, sendo que o credor vai ter responsabilidade.
 A arrematação transfere ao arrematante os frutos pendentes.
Processamentos:
- Adjudicação (685-A/B) → Auto + 5 → Embargos (746)
- Alienação Particular (685-C) → Termo + 5 → Embargos (746)
- Alienação Judicial → Arrematação (686) → Auto + 5 → Embargos (746)
Auto de arrematação
Carta de arrematação (art. 703)
Características: 
Evicção
Exclui a argüição de vícios redibitórios, o arrematante não pode se queixar de vícios redibitórios.
Casos de desconstituição: A arrematação poderá ser desfeita nos casos do art. 694, § 1°, através de embargos de segunda fase, que atacaram a arrematação. 
 IMPORTANTE - Assinado o auto de arrematação (art. 694), a arrematação restará perfeita e acabada. E ela não será retratável mesmo que julgados procedentes os embargos.
Nesse caso, se julgados procedentes os embargos, a arrematação não será desfeita. O exeqüente será responsável por restituir o valor que recebeu, mais a diferença se o bem for arrematado por valor inferior ao da avaliação.
IMPORTANTE – Imóvel de incapaz não pode ser vendido por valor inferior à 85% do valor de avaliação. Na prática, não deve ser só imóvel.
Arrematante:
Quem não pode ser arrematante (690-A):
* Tutores
* Curadores
* Mandatários
* Juiz
* Membro do MP
O credor pode ser arrematante. Até o limite do seu crédito, ele não tem que tirar dinheiro do bolso. Se ultrapassar o valor do crédito, o credor tem que pagar a diferença.
Usufruto (716): 
	Modalidade de expropriação onde o devedor não perde a propriedade do bem. É quando o pagamento da divida é feito através de frutos ou rendas que a coisa produzir.
EXECUÇÃO JUDICIAL
* Requisitos: Titulo Executivo e Inadimplemento do Devedor.
	
	Constituído o titulo, o devedor tem 15 dias para pagar voluntariamente, não fazendo, o credor estará habilitado para requerer a execução, com expedição do mandado de penhora e avaliação. O montante da condenação será acrescido de multa de 10 % do débito.
* Pagamento voluntário: 
É um tempo, antes de se instaurar a execução, que o devedor tem para cumprir o debito voluntariamente, satisfazendo o credito, extinguindo assim a execução.
* Multa: 
A multa de 10% prevista no Art. 475-J, incide sobre o valor total da condenação, incluindo juros, correção monetária, custas e honorários. Esta multa só é devida nas execuções judiciais, nunca nas extrajudiciais.
* Iniciativa do Credor: 
Passado os 15 dias, cabe ao credor dar inicio ao cumprimento de sentença, basta apresentar petição, na qual requererá a expedição de mandado de penhora e avaliação. A petição deve:
* Apresentar memória discriminada do calculo do debito, indicando quais os itens que o compõem o débito, já acrescidos da multa de 10%
* Recolher as custas iniciais da execução, quando a lei estadual de custas exigir.
* Indicar, se possível, quais os bens que deseja ver penhorados. A prioridade de indicação de bens é do credor. Se não o fizer, o oficial de justiça passa a tentar localizar algum bem penhorável.
* Arquivamento por inércia: 
Se a execução não for requerida no prazo de 6 meses, o juiz manda arquivar. O arquivamento não impede que o credor ainda possa promover a execução, basta este pedir o desarquivamento e requerer a expedição do mandado de penhora e avaliação.
* Prescrição intercorrente: 
A sumula 150 do STF estabelece que a pretensão executiva prescreve no mesmo prazo que a condenatória. O prazo passa a correr quando terminam os 15 dias para o devedor pagar voluntariamente. Se o credor não der inicio a execução no prazo prescricional, o processo é extinto, se ele der inicio, mas se abandoná-la, o prazo volta a correr. NÃO HÁ PRESCRIÇÃO SE A EXECUÇÃO NÃO PODE PROSSEGUIR POR INEXISTENCIA DE BENS. ELA SÓ OCORRE POR INERCIA DO CREDOR.
* Honorários Advocatícios: 
São devidos honorários advocatícios relacionados a esta fase, NÃO SE CONFUNDINDO com os fixados na sentença condenatória. O credor pode postular ao juízo que os fixe desde o inicio.
* Mandado de Penhora e Avaliação: 
Se aplicam as mesmas regras da execução extrajudicial.
	=> Como se trata de EXECUÇÃO JUDICIAL, o devedor É INTIMADO, e não citado.
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA ($) FUNDADA EM TITULO EXECUTIVO JUDICIAL (CUMPRIMENTO DE SENTENÇA) 
	Procedimento regulado nos Artigos de 475-I até 475-R, CPC. Mas naquilo que não for compatível, aplica-se as regras do Livro II do CPC, como as regras relativas a penhora e avaliação.
=> Começa com a intimação do devedor.
O inadimplemento da obrigação ocorre com o trânsito em julgado ou execução provisória, 
Inadimplemento: Cuidar, pois a sentença pode exigir contraprestação.
Liquidez: Verificar o valor atual do crédito na liquidação de sentença. 586 c/c 618
Liquidação de sentença: Finalidade é aperfeiçoar o Titulo Executivo Judicial para alcançar-lhe liquidez.
=> Obrigações alternativas para a entrega de coisa: Escolher. = liquidar. Individualizar o objeto da prestação.
=> É possível aplicar o parcelamento processual(Art. 475-A,CPC) no cumprimento de sentença, unindo o Art. 475-R c/c Art. 620, CPC.
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA
	É onde é a apurado o valor total do titulo. O que torna o titulo liquido, indicando a quantidade de bens ou valores que constituem a obrigação. Sempre que for proferida sentença ilíquida, antes do inicio do cumprimento de sentença, haverá a liquidação.
	=> A liquidação de sentença pode ser a qualquer tempo objeto de transação, mas jamais dispensada, o que implicaria em inviabilidade da execução.
=>Se não for possível apurar o valor, a liquidação de sentença vai ser extinta sem julgamento de mérito (jurisprudência).
	=> A liquidação de sentença deverá dirigir-se exclusivamente ao objeto da condenação, jamais ao mérito da sentença (475-G).
* Fase de Liquidação:
	Vem regulada nos Artigos 475-A até 475-H, CPC. 
* Legitimidade:
	Pode ser requerida tanto pelo credor quanto pelo devedor. Nas liquidações da sentença condenatória genérica de ações civis públicas, somente o credor é legitimado.
* Recurso:
	A liquidação se trata de decisão interlocutória, e por isso o recurso para atacar ela é o agravo de instrumento.
* Liquidação Provisória:
	Nos casos de execução provisória, é possível liquidação provisória, caso a sentença não seja liquida. Ela pode acontecer mesmo que esteja pendente recurso com efeito suspensivo, pelo fato que a liquidação não se confunde com a execução, não é tomada nenhuma providencia concreta. Mas ela é feita a risco de quem propuser, se houver reversão do julgado, ela que arca com os prejuízos desta. Ela é processada no órgão a quo enquanto os autos principais estão com o órgão ad quem, é necessário extrair autos suplementares.
* Sentença liquida / ilíqüida:
	Quando a sentença for parte liquida, parte ilíquida, o autor pode dar seguimento a execução da sentença liquida e, em autos apartados, a liquidação da outra parte.
* Espécies de Liquidação: 
	Existem três formas de liquidação, por calculo, por arbitramento ou por artigos. Elas iniciam após a intimação do devedor (Art. 475-A, § 1°, CPC). Nos casos de sentença penal, arbitral, estrangeira (art. 475-N, § único, CPC) ou contra fazenda pública (Art. 730, CPC), a liquidação ocorre mediante citação.
Calculo (Art. 475-B, CPC): Também chamada de liquidação por conta e risco do credor. É a única espécie em que o credor vai direto da sentença para a execução. Se faz a liquidação por cálculo, sempre que para apurar o valor da condenação se fizer necessária apenas cálculo aritmético (juros, correção monetária, aplicação de indexadores, percentuais, etc.), o credor, por sua conta e risco, instruirá o requerimento executivo com a memória de cálculo.
=> O juiz poderá encaminhar os autos ao contador do juízo, quando a memória apresentada pelo credor aparentemente exceder os limites da decisão.Arbitramento (475-C/D): É feita a liquidação por arbitramento sempre que, para apurar a liquidação da sentença, for necessária a atuação de um técnico ou de um perito, em decorrência da natureza da prestação. O perito nomeado tem que ter como atribuição profissional a avaliação. 
=> Se não tem como atribuição profissional, o laudo é nulo. 
Artigos (475-E): Se faz a liquidação por artigos sempre que para apurar o valor da condenação for necessária a prova de fato novo. Esse fato deverá referir-se exclusivamente ao objeto da condenação, jamais ao mérito da demanda (art. 475-G). Até porque, relativamente ao mérito, é caso de ação rescisória.
=> A liquidação por artigos é a mais completa, porém a mais complexa. É a mais completa porque possibilita a produção de todos os meios de prova, tais como testemunhal, documental, inspeção judicial, destinados a quantificar a condenação.
O fato novo não significa que ele ocorreu depois do trânsito em julgado. Ela é chamada por artigos, pois são tópicos que eu tenho que provar para quantificar a condenação. Quando são necessários mais provas de que uma simples perícia, é necessária a liquidação por artigos. 
 
IMPUGNAÇÃO
	Impugnação é o meio de defesa do executado na execução judicial. É um incidente da fase de cumprimento de sentença, NÃO uma ação autônoma, como os embargos. Julgado por decisão interlocutória.
	=> Quando tiver POR OBJETO declaração de inexistência de debito (Art. 475-L, CPC) ela será uma ação autônoma. 
* Prazo: 15 dias da data da penhora e avaliação de bens.
* Garantia do Juízo pela penhora: É um requisito para se propor impugnação, deve haver penhora. Como uma “garantia em juízo”.
* Efeito Suspensivo: Em regra ela não possui efeito suspensivo, no entanto o juiz pode concedê-lo:
* Havendo requerimento do impugnante.
	* Seja relevante a fundamentação.
	* Que o prosseguimento da execução possa causar um grave dano ou difícil reparação.
* Fundamentação: Existem limitações quanto as matérias alegáveis. O rol de defesas alegáveis se encontra no Art. 475-L, CPC:
a) Falta ou nulidade de citação, se o processo correu à revelia: Quando o réu permanecer revel, a falta ou nulidade da citação acarretará a inexistência da sentença. Se acolhida, será reconhecida a inexistência do titulo e o processo retorna a fase de conhecimento, podendo o réu oferecer contestação.
b) Inexigibilidade do título: Quando o titulo não é exigível. Não tendo sido prestada a contraprestação ou o titulo é fundado em lei declarada inconstitucional pelo STF.
c) Penhora incorreta ou Avaliação errônea: Sendo a impugnação pós penhora e avaliação, o executado pode alegar defeitos ou vícios em alguma delas.
d) Ilegitimidade: Quando a parte executada não era legitima e não foi citada no processo de conhecimento para se defender.
	e) Excesso de Execução: Os casos do Art. 743, § 2°
		* Quando o credor pede quantia superior à do titulo.
		* Quando recair sobre coisa diversa da declarada no titulo
		* Quando se processar de modo diferente do determinado na sentença
		* Quando o credor, sem cumprir a prestação correspondente, exigir o 			adimplemento da do credor.
		* Se o credor não provar que a condição se realizou.
	
f) Qualquer coisa que ocorreu depois da sentença pode ser argüida na impugnação.
=> Se ocorrer algum fato depois da contestação e antes da sentença, que possa influenciar no julgamento, pode ser argüido pelas partes por simples petição (art. 462). Depois da impugnação, ainda cabe embargos (art. 746).
=> Não tem cumulação de execuções, pois a obrigação de entregar coisa, fazer ou não fazer no TEJ tem carga de eficácia mandamental. Assim, é possível requerer no mesmo pedido de cumprimento de sentença. No caso de entrega de coisa, se essa perecer ou ser destruída, deve ser convertida em perdas e danos, e geralmente é autuado em apartado.
* Procedimento: O impugnante deve formular com clareza sua pretensão e os fundamentos, devendo se enquadrar no Art. 475-L, CPC. Se este o quiser, deve solicitar o efeito suspensivo.
	Recebida a impugnação, o juiz intima o impugnado para apresentar resposta em 15 dias. Após o juiz verifica se há condições de julgar. Não havendo, ele determina as provas necessárias.
=> Em quase todos os casos será uma decisão interlocutória, POREM SE O JULGAMENTO DA IMPUGNAÇÃO RESULTAR NA EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO É QUALIFICADO COMO SENTENÇA.
* Recursos:
Caso não causar extinção da Execução: Agravo de Instrumento.
 	Caso causar a extinção da Execução: Apelação.
Exceção pré-executividade: Pode ser alegada também na execução judicial, com a vantagem que se pode fulminar a execução sem necessidade da penhora. Alegando qualquer causa que gera a nulidade da execução.
* Execução contra a Fazenda Pública (Art. 730, CPC): Casos em que a fazenda é devedora:
	Transitada em julgado a sentença, a FP tem que ser citada para a execução, para se quiser opor embargos, no prazo de 30 dias. Não se aplica o 475-J. Tanto na execução judicial quanto extrajudicial.
	 Embargos da fazenda:
 		Prazo: 30 dias.
		Fundamentos: art. 741:
				I – falta ou nulidade da citação, se o processo correu à revelia; 
II - inexigibilidade do título;
III - ilegitimidade das partes;
IV - cumulação indevida de execuções;
V – excesso de execução; 
VI – qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que superveniente à sentença;  
VII - incompetência do juízo da execução, bem como suspeição ou impedimento do juiz.
* Execução na prestação de alimentos (475-Q):
	Geralmente ocorre no caso de alimento de trânsito: Obriga o executado a constituir um capital em imóveis ou dinheiro, que ficará bloqueado.
OBRIGAÇÃO DE ENTREGAR COISA E OBRIGAÇÃO DE FAZER OU NÃO FAZER FUNDADA EM TITULO EXECUTIVO JUDICIAL
Obrigação de Entregar coisa:
	=> Art. 461-A, CPC, devendo ser individualizada a coisa:
		Certa ou incerta:
			* Certa: Bens infungíveis.
			* Incerta: Bens fungíveis, determinados pelo gênero e quantidade.
		Móvel ou Imóvel:
			* Coisa Móvel: Busca e Apreensão.
			* Coisa Imóvel: Imissão na posse.
Depois de individualizada a coisa, a execução se dá pelo Art. 461, CPC. Quando a obrigação é de fazer ou não fazer, vai direto para o Art. 461, CPC.
= >461, § 3° (= 273): Pedido liminar de entrega da coisa.
=> 461, § 1° e 2°: Quando não for possível entregar a coisa ou fazer, pode ser convertido em perdas e danos + multa.
=> 461, § 6°: Pode ser modificado o valor da multa.
=> 461, § 5°: Cláusula processual aberta. O juiz pode usar tudo que entender necessário para efetivação da tutela executiva.
OBRIGAÇÃO DE ENTREGAR COISA FUNDADA EM TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL (Art. 621, CPC)
*Ocorre a Citação (para entrega sob pena de multa):
=> Se o credor não quiser mais a entrega da coisa, deve entrar com processo de conhecimento.
=> O depósito da coisa representa a garantia do juízo. E isso dá efeito suspensivo aos embargos (art. 739-A).
EMBARGOS DE RETENÇÃO POR BENFEITORIAS: Embargos opostos pelo devedor quando este fez benfeitorias na coisa, se estas não forem reembolsadas pelo credor, o devedor pode não entregar a coisa.
=> Quando o título executivo é judicial, não cabe impugnação por retenção de benfeitorias. O devedor deve falar disso na contestação, sob pena de preclusão. O juiz, acolhendo o pedido, irá exigir o reembolso, não podendo haver execução sem esse reembolso, uma vez que o devedor não será inadimplente enquanto não houver o reembolso.
* Fraude a execução: O devedor aliena a coisa a um terceiro. Isso caracteriza fraude à execução. Enquanto estiver na execução específica, o credor pode buscar o bem com terceiros. Entretanto, quando o credor converte a execução específica em perdas e danos, a compra e venda será convalidada, não cabendo buscar o valor com o terceiro.
OBRIGAÇÃO DE FAZER E NÃO FUNDADA EM TITULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL (Art. 632, CPC)
* Acontece a Citação para o devedor fazer no prazo fixado no título oupelo juiz, sob pena de multa (art. 645)
	=> 638 CPC – Obrigações personalíssimas convertem-se obrigatoriamente em perdas e danos quando há recusa do devedor.
Execução específica de obrigação de contratar ou de prestar declaração de vontade (Art. 466 A, B, C, CPC)
	É possível buscar através do processo de conhecimento uma sentença que supre a vontade daquele que declarou que vai contratar e não contratou.
Obs.: Proposta obriga o proponente.
 Requisitos:
Condição processual da ação: Possibilidade física material e possibilidade jurídica.
E não excluindo pelo título: Não pode constar do contrato ou da proposta a possibilidade de arrependimento. Se constar a essa possibilidade, não pode ser feita a execução específica.
EXECUÇÃO DE ALIMENTOS
* Tipos: 	
* Alimentos legítimos, devidos por parentesco, filiação, matrimonio ou União estável.
* Voluntários
* Indenizatórios (Art. 475-Q, CPC)
		
* Eficácia executiva por:
* Desconto em folha (art. 734, CPC): Descontado diretamente da folha de pagamento do devedor, podendo também ser descontado de algum tipo de rendimento que este possua (Exemplo: Aluguel).
* Por expropriação (Art. 732, CPC): Execução pelo método tradicional, com a penhora e expropriação de bens (652 – 475 J). Pode compreender até os últimos dois anos (prazo prescricional). 
* Por prisão – Súmula 309 STJ (somente em relação às 3 últimas prestações vencidas): Tem que ter pedido específico da parte. Não pode ser feito de ofício. Se for ilegal a prisão, cabe habeas corpus. Existe habeas corpus preventivo. O cliente não tem que ser preso para entrar o habeas. Para conseguir olhar o processo, pedir cópia integral do processo para entrar com habeas corpus.
=> Alimentos de caráter indenizatório, que decorrem de ato ilícito, são executados da forma convencional, sem possibilidade de prisão do devedor. 
Cumulação dos procedimentos
Normalmente o exeqüente pede cumulação do procedimento especial com a expropriação, MAS NÃO PODE SER ADMITIDO, JÁ QUE UM DOS REQUISITOS É QUE OS PROCEDIMENTOS SEJAM COMPATIVEIS.
=> Só será possível a cobrança das parcelas mais recentes e das mais antigas no mesmo processo só é possível se o credor ABRIR MÃO do procedimento especial, nesse caso, NÃO PODENDO se valer da prisão civil.
EMBARGOS DE TERCEIROS (Art. 1046, CPC)
	Quando ocorrer turbação ou esbulho da posse por uma ordem judicial, e ela ocorrer com um terceiro, o remédio jurídico são os embargos de terceiro.
Conceito: É o Remédio jurídico que visa afastar o ato judicial de turbação ou esbulho sobre bens e/ou direitos de terceiros, assegurando a eles a manutenção ou restituição dos bens.
Natureza jurídica: Se constituem em ação de conhecimento, distribuída ao juízo da qual se originou a ordem ou o ato de constrição, com cognição plena, mas com possibilidade de deferimento de medida liminar. 
Objeto: Assegurar os bens e/ou direitos do terceiro embargante, afastando a possível lesão e/ou violação, decorrente de ordem judicial.
Legitimidade: Terceiro que não foi parte no processo, ou, sendo parte, defende direito próprio. É necessário que o terceiro tenha a posse do bem. Se for apenas proprietário, mas não tiver posse, não cabe embargos de terceiro.
	=> Cônjuge/companheiro também tem embargos de terceiros (Art. 655-B, CPC – Súmula 134). O cônjuge também tem direito à embargos à execução (art. 745 CPC).
Art. 1.047. Admitem-se ainda embargos de terceiro:
I - para a defesa da posse, quando, nas ações de divisão ou de demarcação, for o imóvel sujeito a atos materiais, preparatórios ou definitivos, da partilha ou da fixação de rumos;
II - para o credor com garantia real obstar alienação judicial do objeto da hipoteca, penhor ou anticrese.
=> O Possuidor de fato pode utilizar deles para se defender.
=> O credor com garantia real pode utilizar, para impedir alienação judicial do objeto da hipoteca, penhor ou anticrese.
 Requisitos da inicial (art. 1050 CPC)
Art. 1.050. O embargante, em petição elaborada com observância do disposto no art. 282, fará a prova sumária de sua posse e a qualidade de terceiro, oferecendo documentos e rol de testemunhas.
§ 1o É facultada a prova da posse em audiência preliminar designada pelo juiz.
§ 2o O possuidor direto pode alegar, com a sua posse, domínio alheio.
§ 3o  A citação será pessoal, se o embargado não tiver procurador constituído nos autos da ação principal. 
Momento processual/prazo: 
=> Processo de conhecimento: Pode ser interposto a qualquer tempo, antes de transitada em julgado a sentença.
=> Processo de execução: Até 5 dias depois da arrematação, adjudicação ou remição, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta.
Liminar (art. 1051 CPC):
Art. 1.051. Julgando suficientemente provada a posse, o juiz deferirá liminarmente os embargos e ordenará a expedição de mandado de manutenção ou de restituição em favor do embargante, que só receberá os bens depois de prestar caução de os devolver com seus rendimentos, caso sejam afinal declarados improcedentes.
Resposta (art. 1053 CPC): No prazo de 10 dias.
Art. 1.053. Os embargos poderão ser contestados no prazo de 10 (dez) dias, findo o qual proceder-se-á de acordo com o disposto no art. 803.
MEDIDA CAUTELAR FISCAL
Lei 8.397/92
	Medida que visa assegurar a realização do credito tributário na execução fiscal. Após a constituição do crédito. Não precisa estar na execução fiscal: pode ser incidental ou preparatória. Os sujeitos passivos legitimados na cautelar somente sofrerão expropriação se forem incluídos na execução fiscal e regularmente citados.
Finalidade: Tornar indisponíveis os bens para assegurar a realização do crédito tributário na execução fiscal.
Prazo: 15 dias para contestar / 60 dias para propor a execução.
EXECUÇÃO FISCAL
Lei 6.830/80
Objeto: Cobrança do crédito tributário.
Legitimados: Originariamente, a pessoa física ou jurídica. Subsidiariamente, todo aquele que direta ou indiretamente estiver ligado ao fato gerador é legitimado. Ainda, todo aquele que direta ou indiretamente estiver ligado a algum desvio é legitimado.
=> Se a empresa for dissolvida de forma irregular, a dívida pode ser direcionada aos sócios e/ou responsáveis (súmula 435 STJ).
Requisitos inicial:
Art. 6º - A petição inicial indicará apenas:
I - o Juiz a quem é dirigida;
II - o pedido; e
III - o requerimento para a citação.
§ 1º - A petição inicial será instruída com a Certidão da Dívida Ativa, que dela fará parte integrante, como se estivesse transcrita.
§ 2º - A petição inicial e a Certidão de Dívida Ativa poderão constituir um único documento, preparado inclusive por processo eletrônico.
§ 3º - A produção de provas pela Fazenda Pública independe de requerimento na petição inicial.
§ 4º - O valor da causa será o da dívida constante da certidão, com os encargos legais.
Embargos:
Art. 16 - O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 (trinta) dias, contados:
        	I - do depósito;
       	II - da juntada da prova da fiança bancária;
     	III - da intimação da penhora.
§ 1º - Não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução.
§ 2º - No prazo dos embargos, o executado deverá alegar toda matéria útil à defesa, requerer provas e juntar aos autos os documentos e rol de testemunhas, até três, ou, a critério do juiz, até o dobro desse limite.
§ 3º - Não será admitida reconvenção, nem compensação, e as exceções, salvo as de suspeição, incompetência e impedimentos, serão argüidas como matéria preliminar e serão processadas e julgadas com os embargos.
Expropriação
Art. 10 - Não ocorrendo o pagamento, nem a garantia da execução de que trata o artigo 9º, a penhora poderá recair em qualquer bem do executado, exceto os que a lei declare absolutamente impenhoráveis.
Art. 11 - A penhora ou arresto de bens obedecerá à seguinte ordem:
        	I - dinheiro;
        	II - título da dívida pública, bem como título de crédito, que tenham cotação em bolsa;
        	III - pedras e metais preciosos;
        	IV - imóveis;

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