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CLÍNICA - SÍNDROMES PLEURO-PULMONARES SCHEILA MARIA PULMONARES: CONSOLIDAÇÃO; ATELECTASIA; HIPERAERAÇÃO; CONGESTÃO PASSIVA DOS PULMÕES; 1. CONSOLIDAÇÃO: Representa a substituição do ar dos espaços aéreos (o ácino pulmonar) por um produto patológico qualquer, que pode ser transudato, exsudato, sangue, produto de acúmulo (gordura, proteína, etc.) ou células (neoplásicas ou inflamatórias). Portanto, o volume dos espaços aéreos é preservado. À medida que os espaços aéreos são preenchidos o pulmão adquire a densidade de um órgão sólido, como o fígado, passando a configurar a Síndrome de Consolidação Pulmonar. Causas: Pneumonia, Infarto, Tuberculose Exame físico: Inspeção: mobilidade, tórax simétrico Palpação : FTV, expansibilidade Percussão : submaciço ou maciço Ausculta : respiração brônquica na região, pectorilóquia, MV Sons adventícios : estertores finos ao final da inspiração na região afetada. Obs: PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE: Acomete o pcte fora do ambiente hospitalar ou em até 48H após a admissão, maior incidência entre <5 e > 70 anos. Apresenta quadro de tosse, secreção, dispneia e febre. Nos idosos há sintomas resp. e febre pois apresentam outros sintomas como confusão, delírio, e piora de doença preexistente. FR é sinal de infecção respiratória nessa faixa etária. Ao EXAME FÍSICO, taquipneia, estertores, roncos, sinais de consolidação, derrame pleural, e achados extra- pulmonares. Quanto aos CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS necessita-se da combinação dos fatores: 02 sint. de doença aguda do trato respiratório inferior + achados focais no exame físico + 01 achado sistêmico (febre, cefaleia, sudorese, mialgia, calafrio, confusão) + Infiltrado radiológico não presente previamente. 2. ATELECTASIA Indica redução do volume de um pulmão, lobo ou segmento pulmonar, por qualquer causa. Nos casos de etiologia aguda, o colapso é geralmente muito pronunciado; nos crônicos, como há preenchimento brônquico por secreções e produtos inflamatórios distalmente ao local do colapso, geralmente o colapso é menor e muitas vezes pode se assemelhar a uma pneumonia de evolução prolongada. Pode ser central (causa uma atelectasia lobar ou pulmonar total) ou periférica (os brônquios centrais estão livres, porém por conta de uma obstrução generalizada dos bronquíolos terminais, os espaços aéreos não são ventilados acarretando um efeito final semelhante a de uma obstrução central). Causas: Processo obstrutivo por neoplasia ou corpo estranho, estenoses decorrentes de inflamações, infecções ou radio, fratura por trauma e compressão extrínseca (neo mediastinal, cardiomegalia, aneurisma de aorta). Exame físico: Inspeção: mobilidade, tiragem Palpação : FTV, expansibilidade Percussão : submaciço ou maciço Ausculta : ressonância vocal, MV ou ausente Sons adventícios : - 3. HIPERAERAÇÃO A DPOC é caracterizada por uma obstrução ao fluxo aéreo que não é totalmente reversível, sendo geralmente progressiva. É associada a uma resposta inflamatória pulmonar desencadeada por exposição a partículas ou gases tóxicos, sendo o tabagismo o agente agressor mais freqüente. Causas: Enfisema pulmonar (como na DPOC). Exame físico: Inspeção: mobilidade, tórax em tonel Palpação: FTV, expansibilidade Percussão: timpânico Ausculta: ressonância vocal, MV ou ausente Sons adventícios: sibilos e roncos PLEURAIS: DERRAME PLEURAL; PNEUMOTÓRAX; PLEURITE SECA; PLEURITE AGUDA 1. PLEURITE SECA CRÔNICA As pleurites infamatórias podem não se acompanhar de derrame pleural ou antecederem a sua formação. A presença de atrito pleural é o sinal semiológico mais marcante. A dor torácica é geralmente sugestiva e corresponde ao local do atrito. A pleurite seca, os derrames inflamatórios, o empiema, o hemotórax após a sua cicatrização provocam uma cicatriz fibrosa na pleura. Se o espessamento pleural é significativo, pode Envolver todo o pulmão e impedir sua adequada expansão. Causas: Espessamento da pleura Exame físico: Inspeção: mobilidade, retração torácica Palpação: FTV, expansibilidade Percussão: maciço ou sub maciço Ausculta: ressonância vocal, MV 2. DERRAME PLEURAL Acúmulo anormal de líquido no espaço pleural resultante de um desequilíbrio fisiológico das forças que regulam a formação e reabsorção do líquido pleural ou de eventos fisiopatológicos decorrentes de processos inflamatórios ou infiltrativos dos folhetos pleurais. Exame físico: Inspeção: mobilidade Palpação: FTV ou ausente, expansibilidade Percussão: maciço ou sub maciço Ausculta: Egofonia, MV ou ausente 3. PNEUMOTÓRAX Presença de ar na cavidade pleural Exame físico: Inspeção: mobilidade, abaulamento dos espaços intercostais Palpação: FTV, expansibilidade Percussão: timpânica Ausculta: MV ausente, ressonância vocal BRÔNQUICAS: OBSTRUÇÃO; DILATAÇÃO OBSTRUÇÃO = ASMA Exame físico: Inspeção: tiragem, tórax insuflado Palpação: FTV ou normal Percussão: timpânica ou normal Ausculta: MV com expiração prolongada Sons adventícios: sibilos e roncos, as vezes estertores DILATAÇÃO = BRONQUIECTASIAS Exame físico: Inspeção: mobilidade Palpação: FTV ou normal Percussão: pode aparecer submacicez Ausculta: MV normal com sons aventícios Sons adventícios: estertores crepitantes localizados DOENÇAS: ICC Exame físico: Inspeção: mobilidade ou normal Palpação: FTV ou normal Percussão: claro pulmonar, submacicez nas bases Ausculta: MV normal, pode ter expiração prolongada Sons adventícios: estertores nas bases pulmonares, influenciados pelo decúbito, às vezes sibilos.
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