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Seminario de clima e doença

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO - UNEMAT
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTA FLORESTA
DEPARTAMENTO DE AGRONOMIA 
CLIMATOLOGIA E DOENÇA DE PLANTAS 
Discentes: Cristian de Paula Nunes 
 Kátia Karolini Mesnerocks
 Pablo Eduardo Gotardo
Alta Floresta – MT
Maio de 2013
Prof. Dr. Edgley Pareira da Silva 
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INTRODUÇÃO
CLIMA
Descreve a sucessão dos estados de tempo de uma determinada região, isto é um conjunto de fenômenos meteorológicos (temperatura, precipitação) que são medidos anualmente e que caracterizam o estado médio da atmosfera de uma região, durante o período mínimo de 30 anos.
O clima é caracterizado por elementos como: precipitação, temperaturas, vento, umidade, e pressão atmosférica.
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INTRODUÇÃO
CLIMA DE MATO GROSSO 
Predomina o clima típico da Amazônia, tropical super·úmido de monção (Aw) na maior parte do estado, cujas temperaturas são elevadas, média anual em torno dos 26ºC. O índice pluviométrico local atinge por volta dos 2.000 mm anuais, sendo portanto considerado alto.
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INTRODUÇÃO
DOENÇA DE PLANTAS 
Doença é o mal funcionamento de células e tecidos do hospedeiro (planta), resultado de uma contínua Irritação, causada por um organismo patogênico ou fator ambiental, e que conduz ao desenvolvimento de sintomas (AGRIOS, 1988).
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Epidemiologia é o "estudo de populações de patógenos em populações de hospedeiros e da doença resultante desta interação, sob a influência do ambiente e a interferência humana.
INTRODUÇÃO
Epidemia refere-se ao "aumento da doença numa população de plantas em intensidade ou extensão, isto é, um aumento na incidência-severidade ou um aumento na área geográfica ocupada pela doença”.
A epidemiologia tem como principais objetivos: 
a) estudar a evolução das doenças em populações do hospedeiro; 
b) avaliar os prejuízos absolutos e relativos causados pelas doenças nas culturas; 
c) avaliar os efeitos simples e as interações entre resistência do hospedeiro, medidas sanitárias, uso de fungicidas e outras medidas de controle das doenças; 
d) avaliar a eficiência técnica e econômica das medidas de controle em cada etapa sobre os agroecossistemas; 
e) estabelecer estratégias de controle das doenças e aperfeiçoá-las para a proteção das culturas.
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INTRODUÇÃO
TRIANGULO DE DOENÇAS 
Para que uma doença possa completar com sucesso todas as fases do seu ciclo de vida e causar epidemias no campo, é necessário que existam três elementos para formar o triangulo das doenças: hospedeiro, inoculo de patógeno virulento e ambiente. 
Hospedeiro
Ambiente
Patógeno
Patógeno: patógenos ou partes de patógenos como esporos fúngicos ou ovos de nematoides capazes de causar doenças. 
Hospedeiro: plantas vulneráveis. 
Ambiente: condições ambientais favoráveis à interação do agente causador da doença com a planta.
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INTRODUÇÃO
ELEMENTOS DE UMA EPIDEMIA 
Patógeno: patógenos ou partes de patógenos como esporos fúngicos ou ovos de nematoides capazes de causar doenças. 
Hospedeiro: plantas vulneráveis. 
Ambiente: condições ambientais favoráveis à interação do agente causador da doença com a planta.
Homem: A interferência humana pode afetar o tipo de planta desenvolvida numa determinada área, o grau de resistência da planta, a época de plantio e densidade de plantas cultivadas. 
Tempo: A quantidade de doença é afetada pelo ponto específico em tempo no qual um evento particular ocorre no desenvolvimento da doença e a duração de tempo desse evento. 
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PATÓGENOS 
As doenças de plantas geralmente são causadas por microrganismos que interferem no seu metabolismo, provocando processos fisiológicos prejudiciais. 
Esses microorganismos são chamados de patógenos ou fitopatógenos. Os mais comuns são: 
 Fungos; 
 Bactérias
 Vírus 
 Nematoides 
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Os fatores do patógeno os que mais contribuem para o sucesso de uma epidemia destaca-se o nível de virulência, a quantidade de inoculo no hospedeiro, a velocidade de reprodução e a disseminação eficiente. 
PATÓGENOS 
Portanto, quanto maior o número de propágulos produzidos, alcançando a superfície do hospedeiro, aumenta a chance da ocorrência de uma epidemia.
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PATÓGENOS 
FUNGOS 
Em todo o mundo, os fungos são os fitopatógenos mais importantes, pois eles causam a maioria das doenças de plantas que prejudicam a agricultura. 
Os fungos são organismos uni ou multicelulares que não possuem clorofila, e são incapazes de produzir o próprio alimento. Eles possuem filamentos (hifas) que se reproduzem formando esporos. 
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PATÓGENOS 
FUNGOS - CICLO DE VIDA 
ESPOROS 
O ciclo de vida de um fungo inicia-se com a chegada de um esporo na planta hospedeira. Após este momento, começa a fase de germinação dos esporos e posteriormente a penetração nos tecidos da planta. 
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PATÓGENOS 
FUNGOS - CICLO DE VIDA 
TUBO GERMINATIVO 
Para germinar, o esporo necessita de condições adequadas de umidade e temperatura. Satisfeitas essas condições, forma-se um tubo longo e delgado denominado tubo germinativo.
APRESSÓRIO 
Para que o tubo germinativo não se desprenda da planta pela ação do vento ou da água, forma-se uma estrutura dilatada denominada apressório. 
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PATÓGENOS 
FUNGOS - CICLO DE VIDA 
COLONIZAÇÃO 
Após a penetração, começa a fase de colonização, onde ocorre o crescimento do fungo no interior do tecido da planta.
Os fungos se multiplicam formando novos esporos num processo chamado de esporulação. A propagação desses esporos no ambiente, acontece por meio de agentes que podem ser a água, o vento os insetos ou o próprio homem.
ESPORULAÇÃO 
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PATÓGENOS 
BACTERIAS 
As bactérias são organismos unicelulares, procariontes, cujo material genético não é envolto por uma membrana. As bactérias causadoras de doenças de plantas são aclorofiladas e heterotróficas.
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Os vírus são compostos de ácidos nucleicos envoltos por uma capa feita de proteína que os protegem. Eles somente se multiplicam em células vivas e podem causar várias doenças.
PATÓGENOS 
VIRUS 
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PATÓGENOS 
NEMATOIDE 
São seres multicelulares, aclorofilados, heterotróficos, e que possuem uma abertura para alimentar-se. Os fitonematóides mais importantes para o Brasil são os nematoides dos cistos da soja, Heterodera glycines, e os nematoides das galhas, Meloidogyne spp.
 Geralmente, o contágio se dá de uma planta para outra, por enxertos, disseminação de pólen e sementes, ou mesmo por meio de vetores. Há, ainda, a possibilidade de um vegetal ser contaminado pelo simples contato mecânico.
Nematoide cisto da soja
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DOENÇAS CAUSADAS POR FUNGOS 
CULTURA DO MILHO 
DOENÇAS FOLIARES - Mancha foliar de Diplodia (Stenocarpella macrospora)
Importância e Distribuição: Esta doença está presente nos estados de Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Bahia e Mato Grosso e na região Sul do país.
Sintomas: As lesões são alongadas, grandes, podem alcançar até 10cm de comprimento.
Epidemiologia: A disseminação ocorre através dos esporos e dos restos de cultura levados pelo vento e por respingos de chuva. Temperaturas entre 25 e 30oC e de elevada umidade relativa do ar favorecem o desenvolvimento da doença.
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DOENÇAS CAUSADAS POR FUNGOS 
CULTURA DO MILHO 
DOENÇAS FOLIARES - Ferrugem Polissora (Puccinia polysora Underw.)
Importância e Distribuição: Perdas superiores a 40% na produção de milho. A doença está distribuída por toda a região Centro-Oeste, pelo Noroeste de Minas Gerais, por São Paulo e por parte do Paraná.
Sintomas: Os sintomas são caracterizados pela formação de pústulas circulares a ovais, de coloração marron clara, distribuídas, predominantemente, na face superior das folhas.
Epidemiologia: A ocorrência da doença é dependente da altitude, ocorrendo com maior intensidade em altitudes abaixo de 700m, onde predominam temperatura mais elevadas (25 a 35oC). A ocorrência de períodos prolongados de elevada umidade   relativado  ar.
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DOENÇAS CAUSADAS POR FUNGOS 
CULTURA DO MILHO 
DOENÇAS DO COLMO - Podridão de Diplodia
Etiologia: Essa podridão pode ser causada por duas espécies de fungos, Diplodia maydis e Diplodia macrospor), os mesmos agentes causais da podridão branca das espigas.
Sintomas: Plantas infectadas por esses fungos apresentam, externamente, próximo aos entrenós inferiores, lesões marrom claras, quase negras, observa-se a presença de pequenos pontinhos negros (picnídios). Internamente, o tecido da medula adquire coloração marrom, é possível observar a presença de picnídios
Epidemiologia: As podridões do colmo causadas por Stenocarpella spp. são favorecidas por temperaturas entre 28 e 30oC e alta umidade, principalmente na forma de chuva.
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DOENÇAS CAUSADAS POR BACTERIAS 
CULTURA DO MILHO 
DOENÇAS DO COLMO - Podridões bacterianas 
Etiologia: varias espécies de bactérias do gênero Pseudomonas e Erwinia causam podridões do colmo em plantas de milho.
Sintomas: Os sintomas típicos dessa doença são a murcha e a seca das folhas decorrentes de uma podridão aquosa na base do cartucho. As folhas se desprendem facilmente e exalam um odor desagradável
Epidemiologia: Essas podridões são favorecidas por altas temperaturas associadas a altos teores de umidade.
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DOENÇAS CAUSADAS POR VIRUS 
CULTURA DO MILHO 
DOENÇAS FOLIARES - Enfezamento vermelho
Etiologia: o enfezamento vermelho é causada por procarionte pertencente ao gênero phytoplasma denominado pelo nome comum fitoplasma. 
 Sintomatologia: Os sintomas típicos dessa doença são o avermelhamento das folhas, a proliferação de espigas, perfilhamento na base da planta e nas axilas foliares e encurtamento dos entrenós.
Epidemiologia: A incidência e severidade dessas doenças são influenciadas por grau de susceptibilidade da cultivar, por semeaduras tardias temperaturas elevadas e densidade elevada de cigarrinhas coincide com as fases iniciais de desenvolvimento da lavoura de milho. 
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DOENÇAS CAUSADAS POR VIRUS 
CULTURA DO MILHO 
DOENÇAS FOLIARES - Enfezamento pálido
Etiologia: O enfezamento pálido é causado por um patogeno do gênero spiroplasma denominado comum como espiroplasma.
Sintomas: Os sintomas característicos são estrias esbranquiçadas irregulares na base das folhas que se estendem em direção ao ápice. Normalmente, as plantas são raquíticas devido ao encurtamento dos entrenós, podendo haver uma proliferação de espigas pequenas e sem grãos.
Epidemiologia: A incidência e severidade dessas doenças são influenciadas por grau de susceptibilidade da cultivar, por semeaduras tardias temperaturas elevadas e densidade elevada de cigarrinhas coincide com as fases iniciais de desenvolvimento da lavoura de milho. 
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DOENÇAS CAUSADAS POR VIRUS 
CULTURA DO MILHO – VETORES 
Vetores são insetos capazes de se alimentar de plantas infectadas e transmitir o inoculo da doença para plantas sadias. 
Cigarrinha (Dalbulus maidis) inseto-vetor de molicutes e vírus da risca
Pulgão (Rhopalosiphum maidis) inseto-vetor dos vírus doMosaico comum
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DOENÇAS CAUSADAS POR NEMATOIDES 
CULTURA DO MILHO 
Etiologia: Mais de 40 espécies de 12 gêneros de nematóides têm sido citadas como parasitas de raízes de milho. No Brasil, as espécies mais importantes, devido à patogenicidade, à distribuição e à alta densidade populacional, são Pratylenchus brachyurus, Pratylenchus zeae, Helicotylenchus dihystera, Criconemella spp., Meloidogyne spp. e Xiphinema spp.
Sintomas: Plantas atacadas por nematóides apresentam, em sua parte aérea, os seguintes sintomas: enfezamento e cloroses; sintomas de murcha durante as horas mais quentes do dia, com recuperação à noite; espigas pequenas e mal granadas.
Epidemiologia: os nematóides são favorecidos pela monocultura, e por umidade elevada principalmente nas chuvas ou por irrigação sendo mais comum a presença desses nematóides em hortas e temperatura ótima: 15-30°C
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MICROCLIMA E DOENÇAS DE PLANTAS
Uma doença de planta pode se desenvolver em uma parte de um vale e não se desenvolver no restante devido ao microclima.
Se a encosta de uma colina voltada para o norte recebe mais luz do Sol que a encosta voltada para o sul, é de se esperar que a encosta voltada para o norte seja mais quente. Esses climas em escala reduzida são chamados de microclimas.
A principal dificuldade para ocorrerem epidemias é a influência do clima. Logo, ao conhecermos bem o efeito do clima, podemos tirar algum proveito para o manejo dessas doenças.
Face voltada para o N
Baixada
Espigão
Meia-encosta
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MICROCLIMA E O CICLO DE VIDA DOS FUNGOS – GERMINAÇÃO
Sob condições favoráveis os esporos começam a germinar e se as condições se tornam desfavoráveis eles paralisam a germinação.
Para que um esporo germine é necessário que haja água em quantidade suficiente e temperatura adequada.
Em muitos casos, quando ocorre uma mudança das condições climáticas, a germinação é abortada e o fungo morre. Porém, em alguns fungos, os esporos retomam a germinação, quando as condições voltam ao ideal.
É o caso dos esporos de Alternaria solani, o agente causal da pinta preta do tomateiro e da batateira.
Pinta preta do tomateiro
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MICROCLIMA E O CICLO DE VIDA DOS FUNGOS – ESPORULAÇÃO
A produção de esporos dos fungos é altamente influenciada por fatores climáticos. Em geral, estas respostas são típicas de esporulação em função da temperatura e da umidade.
Quando a temperatura está baixa, ocorre pouca produção de esporos. À medida que a temperatura aumenta, a esporulação aumenta até atingir um ponto máximo ou o ponto ótimo para a esporulação. A partir deste ponto ocorre declínio na esporulação, pois as temperaturas altas começam a prejudicar o fungo.
Podemos constatar o efeito da temperatura na quantidade de esporos formados por exemplo pelo fungo Phytophthora infestans.
Míldio 
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MICROCLIMA E O CICLO DE VIDA DOS FUNGOS – DISPERSÃO
Para que haja epidemias no campo, é necessário que a doença seja disseminada da planta doente para a planta sadia. Um dos fatores climáticos mais eficazes em disseminar doenças fúngicas é o vento. Ele é capaz de remover os esporos produzidos pelo fungo numa planta doente e transportá-los por longas distâncias.
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MICROCLIMA E O CICLO DE VIDA DOS FUNGOS – SOBREVIVÊNCIA
O período de sobrevivência é crítico para a maioria dos fungos causadores de doenças de plantas, pois durante esta fase as reservas alimentares dos fungos são escassas e não há disponibilidade de tecidos do hospedeiro para a nutrição. Além disso, os fungos ficam sujeitos às condições climáticas adversas tais como baixa umidade e temperatura. Como exemplo, tem-se o efeito da umidade do solo na sobrevivência de Fusarium subglutinans.
Flor de manga com fusarium
Espiga de milho com fusarium
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CONDIÇÕES QUE AFETAM O DESENVOLVIMENTO DE EPIDEMIAS
Vários fatores internos e externos das plantas hospedeiras exercem importantes funções no desenvolvimento de epidemias.
FATORES DO HOSPEDEIRO
Níveis de resistência genética ou 
suscetibilidade do hospedeiro 
Grau de uniformidade genética das plantas hospedeiras 
Tipo de cultura 
Idade da planta hospedeira
Suscetibilidade do hospedeiro, nível de resistência oferecida ao patógeno. 
Quanto maior a uniformidade genética do hospedeiro, maior a possibilidade da ocorrência de epidemias.
Em culturas anuais, as epidemias desenvolvem mais rápido, do que em cultivos perenes, como fruteiras e essências florestais.
Plantas mudam sua suscetibilidade às 
doenças com a idade.
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CONDIÇÕES QUE AFETAM O DESENVOLVIMENTO DE EPIDEMIAS
FATORES DO PATÓGENO
Nível de virulência e agressividade 
Quantidade de inoculo próximo ao hospedeiro
Tipo de reprodução
Ecologia e modo de disseminação do inoculo 
Virulência: intensidade da doença.
Agressividade: velocidade do aparecimento da doença. 
Quanto maior a quantidade de propágulos próximo ao hospedeiro, maior a chance de uma doença.Patógenos policíclicos: Alta capacidade de reprodução e maior quantidade de inoculo.
Patógenos monocíclicos: baixa capacidade de reprodução e menor quantidade de inoculos.
Produção de inoculos na parte externa das folhas.
Produção de inoculos na parte interna das folhas.
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CONDIÇÕES QUE AFETAM O DESENVOLVIMENTO DE EPIDEMIAS
FATORES DO AMBIENTE
A presença numa mesma área de plantas suscetíveis e patógenos virulentos nem sempre garantem numerosas infecções e, muito menos, o desenvolvimento de uma epidemia. Esse fato reforça a influência do ambiente no desenvolvimento de epidemias. O ambiente pode afetar a disponibilidade, estádio de crescimento e suscetibilidade genética do hospedeiro. Pode também afetar a sobrevivência, a taxa de multiplicação, a esporulação, a distância de disseminação do patógeno, a taxa de germinação dos esporos e a penetração.
Umidade 
Temperatura 
Luminosidade 
pH
Fertilidade do solo 
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CONDIÇÕES QUE AFETAM O DESENVOLVIMENTO DE EPIDEMIAS
FATORES DO AMBIENTE - UMIDADE
Umidade abundante, prolongada ou frequente, seja na forma de orvalho, chuva ou mesmo umidade relativa é fator predominante no desenvolvimento da maioria das epidemias causadas por fungos, bactérias e nematoides, pois facilita a reprodução e a disseminação da maioria dos patógenos (Agrios 1998). Epidemias causadas por vírus e fitoplasmas são apenas indiretamente afetadas pela umidade, no que se refere ao efeito sobre a atividade do vetor.
FATORES DO AMBIENTE - TEMPERATURA 
Epidemias são em geral favorecidas por temperaturas mais altas ou mais baixas que a faixa ótima de temperatura para a planta, pois reduzem o nível de resistência do hospedeiro. O efeito mais comum da temperatura em epidemias, no entanto, é sobre o patógeno durante as fases de germinação de esporos, eclosão de nematoides, penetração no hospedeiro, crescimento ou reprodução, colonização e esporulação.
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CONDIÇÕES QUE AFETAM O DESENVOLVIMENTO DE EPIDEMIAS
FATORES DO AMBIENTE - LUMINOSIDADE 
A qualidade e quantidade de luz disponível ao hospedeiro afeta a fotossíntese e, consequentemente, as reservas nutritivas, afetando também a sua reação a uma determinada doença.
FATORES DO AMBIENTE - pH 
O pH influencia tanto as plantas como os patógenos. Se um pH desfavorecer a planta, poderá favorecer o patógeno. Em geral, os fungos 
desenvolvem-se bem numa faixa de pH entre 4.5 a 6.5, enquanto bactérias preferem de 6.0 a 8.0.
FATORES DO AMBIENTE - FERTILIDADE DO SOLO 
A nutrição mineral das plantas, governada pela disponibilidade de nutrientes no solo, tem sido um dos fatores mais estudados com relação à suscetibilidade e resistência de plantas a doenças.
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CONDIÇÕES QUE AFETAM O DESENVOLVIMENTO DE EPIDEMIAS
FATORES DO HOMEM
Muitas atividades humanas têm um efeito direto ou indireto nas epidemias de doenças de plantas, algumas favorecem e outras reduzem a frequência e a taxa da epidemia.
Seleção e preparo do local de plantio
Seleção do material de propagação
Práticas culturais
Introdução de novos patógenos
Campos mal drenados e, com aeração do solo deficiente, tendem a favorecer o aparecimento desenvolvimento de epidemias.
O uso de sementes, mudas e outros materiais propagativos contaminados com patógenos favorecem grandemente o desenvolvimento de epidemias.
Monocultura contínua, grandes áreas plantadas com uma mesma variedade, manutenção de restos culturais no campo, plantio adensado, irrigação dentre outras práticas inadequadas, 
A facilidade e a frequência de viagens ao redor do mundo têm aumentado o movimento de sementes, tubérculos, estacas e outros materiais.
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MANEJO DE DOENÇAS DE PLANTAS EM CULTIVO PROTEGIDO
Com o cultivo protegido, tornou-se possível alterar, de modo acentuado, o ambiente de crescimento e de reprodução das plantas, com controle parcial dos efeitos adversos do clima (Castillo, 1985; Araújo, 1991). Desta forma, permite-se obter colheitas fora de época normal, maior crescimento das plantas, precocidade de colheita, possibilidade de maior eficiência no controle de doenças e pragas, redução de perdas de nutrientes por lixiviação, redução de estresses fisiológicos das plantas, aumento de produtividade, aumento do período de colheita para culturas de colheita múltipla e melhoria na qualidade de produção (Martins, 1991; Santos, 1994; Brandão Filho & Callegari, 1999; Oliveira, 1999).
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EFEITO DO AMBIENTE DA ESTUFA SOBRE O
HOSPEDEIRO E SOBRE O PATÓGENO
O ambiente na estufa geralmente é mais favorável ao crescimento e produção das plantas. No entanto, mudanças em determinados fatores do ambiente, principalmente nas variáveis climáticas e nutricionais, podem causar mudanças na fisiologia ou anatomia das plantas podendo torná-las mais predispostas à infecção por patógenos.
Desta forma, o ideal é manejar a estufa de modo a propiciar um ambiente conducivo para a produtividade da cultura e supressivo, de alguma forma, para a atividade dos patógenos (Vida et al., 1998).
Além dos fatores climáticos (temperatura, umidade relativa do ar, umidade do
solo, ventos, evapotranspiração), há também que se considerar o estado nutricional das plantas na estufa e a sua maior densidade, que podem propiciar condições mais favoráveis aos patógenos e/ou predispor as plantas à infecção (Zambolim et al., 1999; Vida et al., 2002).
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O clima na estufa é mais quente e mais úmido em relação ao cultivo convencional (Robledo & Martins, 1981). Entre os fatores ambientais, estes são os que mais influenciam no início e no desenvolvimento de doenças infecciosas em plantas. Consequentemente, as interações patógeno-hospedeiro-ambiente serão diferentes em relação ao cultivo convencional. A temperatura age como catalisador do processo doença, atuando no número de gerações do patógeno.
A elevada umidade relativa do ar, associada às altas temperaturas, propiciam condições para algumas doenças da parte aérea tornarem-se muito mais severas nos cultivos em estufa que nos convencionais.
EFEITO DO AMBIENTE DA ESTUFA SOBRE O
HOSPEDEIRO E SOBRE O PATÓGENO
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*
O cultivo do cafeeiro (Coffea spp.) é um desafio aos produtores devido ao grande número de doenças e pragas que acometem essa cultura. A ferrugem, causada pelo fungo Hemileia vastatrix, é a principal doença do cafeeiro. Esta doença atinge quase todas as regiões produtoras de café no Brasil (ZAMBOLIM et al., 2002).
ZONEAMENTO DAS ÁREAS DE FAVORABILIDADE CLIMÁTICA DE 
OCORRÊNCIA DA FERRUGEM DO CAFEEIRO NO BRASIL
Para ocorrência de uma doença é necessário à interação de um hospedeiro suscetível, um patógeno virulento e fatores ambientais favoráveis (AGRIOS, 2005). Portanto, o ambiente é um componente relevante nesta interação, podendo inclusive 
impedir a ocorrência da doença mesmo na presença de hospedeiro suscetível e patógeno virulento (JESUS JUNIOR et al., 2003).
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MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS 
Manejo integrado de doenças foi definido a partir da década de 70 como sendo a utilização de todas as técnicas disponíveis para manter a população de patógenos abaixo do limiar de dano econômico e minimizar os efeitos deletérios ao meio ambiente.
As estratégias de controle que podem ser utilizadas incluem o controle biológico, cultural, físico, químico, legislação fitossanitária, resistência genética e pré-imunização.
Uso racional e múltiplo das clássicas técnicas de controle;
 Atuação sobre todos os componentes da cadeia produtiva (preparo do solo, seleção de cultivares e híbridos, fertilizações, irrigações, tratos culturais, manejo de pragas, etc), que estão mais ou menos relacionados à doença;
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MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS 
MANEJO DE DOENÇAS FÚNGICAS
 Queima de restos culturais; (não funciona para “Murcha-de-fusário”
 Eliminação de plantas hospedeiras (Solanáceas);
 Praticar rouguing (para evitar disseminação das doenças, diminuir o inóculo de patógenosnas mudas e evitar misturas de variedades);
 Desinfecção de ferramentas;
 Uso de Sistema de Previsão da doença para aplicação de fungicidas protetores.
 Remover plantas daninhas;
 Rotação de cultura;
 Evitar irrigação por aspersão;
Evitar práticas culturais com as folhas molhadas;
 Utilização de áreas novas que não tenham a presença do patógeno ou que nunca foram cultivadas com plantas hospedeiras. Sugere-se evitar a utilização de equipamentos nesta área que venham de um histórico com este patógeno.
 Uso de variedades resistentes
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MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS 
MANEJO DE DOENÇAS BACTERIANAS
 Manutenção do campo livre de plantas daninhas;
 Deve-se evitar o plantio em áreas quentes e plantios de verão quando predominar alta umidade relativa do ar;
 Descarte de material infectado distantes dos campos de produção;
 Desinfecção de equipamentos, de caixas para colheita e de galpões com água sanitária;
 Controle de insetos mastigadores;
 Adubações devem ser balanceadas. Excesso de nitrogênio, favorece o crescimento vegetativo da planta e a manutenção de umidade entre as folhas; além disso, essas plantas se quebram com facilidade, abrindo portas para a entrada da bactéria;
 Rotação de cultura;
 Emprego de água de boa qualidade (fazer análise prévia) na irrigação;
 Rouguing;
 Controle fitossanitário deve ser realizado no início da infecção. A utilização do cobre como preventivo deve ser considerada;
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MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS 
MANEJO DE DOENÇAS VIRÓTICAS
 Eliminação dos restos culturais;
 Cuidado com plantas daninhas
 Emprego de sementes sadias no plantio. Tratamento da semente com calor seco (78ºC por dois a três dias);
 Eliminação de vetores
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MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS 
A seguir, são mencionadas algumas medidas para evitar o aparecimento de doenças ou reduzir seu efeito:
 Plantar sementes de boa qualidade, adquiridas de firmas idôneas. Muitas doenças são transmitidas pela semente;
 Preferir variedades bem adaptadas ao clima local e à época de plantio, e que tenham resistência às principais doenças que ocorrem na região. Estas informações podem ser obtidas em catálogos de empresas de sementes;
 Controlar os insetos que são vetores de viroses e que provocam ferimentos nas plantas, principalmente nos frutos;
 Evitar ferimentos à planta durante as operações de amarrio, capinas, irrigação ou outros tratos culturais;
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OBRIGADO PELA ATENÇÃO!!!

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