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* ATENÇÃO AO SOFRIMENTO DA EQUIPE DE SAÚDE FAFIRE joséliaquintas@yahoo.com.br * HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO – CTQ - RECIFE – PE * O CENTAURO QUIRÓN: o cuidador ferido * O CENTAURO QUIRÓN : o cuidador ferido MITOLOGIA GREGA: ASCLÉPIO : Deus da Medicina – possui os dons da cura. Filho de APOLO – Deus do sol – lado luminoso da Medicina. Filho adotivo de QUIRÓN – lado sofrido e sombrio da Medicina. * O CENTAURO QUIRÓN : o cuidador ferido O sentido do mito grego: A dualidade da condição humana. Aquele que se propõe a curar tem uma ferida incurável. A ferida do que cuida é proporcional a sua capacidade de acompanhar a dor do outro. * AS ANGÚSTIAS DA EQUIPE DE SAÚDE As mesmas dos pacientes e familiares... Mais uma grande demanda de solicitações, pressões e decisões. Provocadora de desgaste e stress. * AS ANGÚSTIAS DA EQUIPE DE SAÚDE O contato constante com : a patologia, a dor, o sofrimento e a morte / Luta pela vida. Ultrapassa questões como: Recursos tecnológicos. Capacidade profissional. Dinâmica relacional da equipe. * A RELAÇÃO TRABALHO X SAÚDE Fatores diversos provocadores de sofrimento, exigindo: Capacidade de tolerância e suportabilidade. Exposição a uma multiplicidade de sentimentos. Encontro e afetação múltiplas. * O STRESS DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE: o que contribui? Realidade do trabalho. Multiplicidade de afetações com conteúdos afetivos contraditórios: trabalho àrduo, sofrido e prazeroso. Relações de poder - do saber e do fazer com necessidade em cumprir o dever. Questões Institucionais e sobrecarga das jornadas de trabalho. * SINDROME DE BURNOUT LEI 3048/99 Grupo V – CID 10 no inciso XII Síndrome de Esgotamento Profissional ou Transtornos Mentais e do Comportamento relacionado ao trabalho. * SÍNDROME DE BURNOUT Ocorre pela cronificação do stress FRANÇA (1987) “ O Burnout é uma síndrome caracterizada pelo esgotamento físico, psíquico e emocional, em decorrência de trabalho stressante e excessivo. É um quadro clínico resultante da má adaptação do homem ao seu trabalho.” * SINTOMATOLOGIA Perda do interesse em relação ao trabalho. Dificuldades nos relacionamentos inter-pessoais. Sentimento de desqualificação. Atitudes negativas em relação aos usuários. Irritabilidade, agressividade, isolamento... Transtornos do sono, hipertensão, úlceras digestivas, palpitações, dores cervicais... Uso de drogas , consumo de álcool... Falta de concentração, sentimento de onipotência, apatia, ironia... * O DESAFIO COTIDIANO DE CUIDAR : difícil e prazeroso Pacientes sensíveis e vulneráveis. Querem: apoio, proteção e segurança. Atendimento eficaz. Esperam atenção, mas agridem; expressam sentimentos de forma ruidosa ou velada. São exigentes, queixosos, desligados, desleixados com as recomendações médicas. Doenças complexas, de difícil diagnóstico e tratamento geram no profissional incerteza, impotência e sentimento de incompetência. * O DESAFIO : PACIENTES/FAMÍLIAS DIFÍCEIS Estado emocional comprometido. Condutas manipulativas. Dificuldades nas relações interpessoais. Pacientes dependentes e poliqueixosos. Agressivos /impulssivos. Difícil diag./tratamento. Graves /terminais/idosos. A dinâmica da família. Desconfiança na equipe. Tenta manipular a equipe. Não respeitam as normas institucionais. Necessidade inesgotável de apoio/ informação. Arrogância/ intolerância. * ATENÇÃO À SAÚDE DO CUIDADOR Supervisão de apoio à equipe. Reuniões regulares em equipe. Discussão de caso clínico. Equipe estruturada em relação ao trabalho. Definição de papeis. Relações afetuosas, respeitosas e francas. Carga horária. Atenção ao lazer. Saúde Pública e políticas trabalhistas. * ATENÇÃO À SAÚDE DA EQUIPE Atenção aos porquês das nossas escolhas. O quê esperamos de nos mesmos? O quê esperamos alcançar com e para os nossos pacientes? * “Somos parceiros existenciais de quem nos propomos a acompanhar. Quem cuida não salva nem abandona, acompanha. Acompanhar o outro sem se abandonar, estar atentos ao seu próprio bem-estar e também as suas dores.” Tavares, 2001 * OBRIGADA !
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