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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA 1960 DIAGNÓSTICO POR IMAGEM EM MEDICINA VETERINÁRIA Carmen Lice Buchmann de Godoy Luiz Carlos de Pellegrini Ingrith Mazuhy Santarosa Gionani Krolikowski Santa Maria, 2010 2 DIAGNÓSTICO POR IMAGEM EM MEDICINA VETERINÁRIA CARMEN L.B.DE GODOY, M.V. Dra. Professora Associada do Departamento de Clínica de Grandes Animais Curso de Medicina Veterinária Universidade Federal de Santa Maria Santa Maria, RS LUIZ CARLOS DE PELLEGRINI, M.V. Professor Adjunto do Departamento de Clínica de Grandes Animais Curso de Medicina Veterinária Universidade Federal de Santa Maria INGRITH MAZUHY SANTAROSA, M.V. M.Sc. Mestre em Clínica Veterinária – Diagnóstico por Imagem GIOVANI KROLIKOWSKI, M.V. M.Sc. Mestre em Clínica Veterinária - Diagnóstico por Imagem 3 D536 Diagnóstico por imagem em medicina veterinária / por Carmen Lice Buchmann de Godoy ... [et al.] – Santa Maria : Ed. da Universidade Federal de Santa Maria, 2008. Revisado em 2010. 131 p. : il. (Caderno didático) 1. Medicina veterinária 2. Radiologia 3. Ultrassonografia 4. Grandes animais 5. Pequenos animais I. Godoy, Carmen Lice Buchmann de II. Pellegrini, Luiz Carlos de III. Santarosa, Ingrith Mazuhy IV. Krolikowski, Giovani V. Série CDU: 619:615.849 Ficha catalográfica elaborada por Luiz Marchiotti Fernandes CRB-10/1160 Biblioteca Setorial do Centro de Ciências Rurais/UFSM 4 APRESENTAÇÃO Este caderno didático tem por objetivo proporcionar um guia para o acompanhamento das aulas de Diagnóstico por Imagem, ministradas aos estudantes do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria. Não deve ser usado como única fonte de estudo, uma vez que a literatura existente é rica e ampliará os horizontes do aluno em busca de conhecimento. 5 SUMÁRIO CAPÍTULO I: Introdução à Radiologia ............................................................ 6 CAPÍTULO II: Sistema Digestório .................................................................... 12 CAPÍTULO III: Sistema Urinário ..................................................................... 27 CAPÍTULO IV: Sistema Reprodutor ................................................................ 33 CAPÍTULO V: Sistema Respiratório ................................................................ 37 CAPÍTULO VI: Coração e Grandes Vasos ....................................................... 45 CAPÍTULO VII: Introdução à Ultrassonografia .............................................. 49 CAPÍTULO VIII: Ultrassonografia do abdome de pequenos animais ........... 52 CAPÍTULO IX: Introdução à Radiologia Óssea e Articular ........................... 70 CAPÍTULO X: Radiologia do Crânio ................................................................ 72 CAPÍTULO XI: Radiologia da Coluna Vertebral ............................................ 78 CAPÍTULO XII: Radiologia do Aparelho Locomotor ..................................... 87 CAPÍTULO XIII: Introdução ao Estudo Radiográfico do Aparelho Locomotor de Equinos ......................................................................................... 100 CAPÍTULO XIV: Posicionamentos Radiográficos ........................................... 100 CAPÍTULO XV: Anatomia Radiológica ............................................................ 106 CAPÍTULO XVI: Alterações Radiológicas ........................................................ 113 6 CAPÍTULO I INTRODUÇÃO À RADIOLOGIA HISTÓRICO Wilhelm Conrad Röentgen nasceu em 1845 na Alemanha. Formou-se engenheiro mecânico em Zurich, Suíça, onde também obteve grau de doutor em 1869. Em 1895, Röentgen, professor do Instituto de Física da Universidade de Würzburg, fazia experiências com uma ampola de Crookes (fig.1.1), quando descobriu os raios-X. Figura 1.1- Ampola de Crookes. (Fonte: www.fisica.ufc.br/raiosx,15/09/04) A ampola de Crookes era de vidro, contendo gás no interior, composta por um cátodo (pólo negativo), que alimentado por corrente elétrica produzia elétrons e um ânodo (pólo positivo), para o qual estes eram atraídos e ao se chocarem contra o ânodo e contra as paredes do tubo produziam raios-X. Röentgen percebeu que, mesmo envolvendo a ampola em papel grosso preto (cartolina), esta continuava determinando luminosidade num cartão pintado com substância fluorescente (platino cianeto de bário), usado para verificar radiações catódicas. Em 28 de setembro de 1895, o pesquisador apresentou sua descoberta à Sociedade de Física e Ciências Médicas na Universidade de Würzburg e exibiu a primeira radiografia da história, a da mão de sua esposa. IMPORTÂNCIA DOS RAIOS-X EM MEDICINA VETERINÁRIA - No radiodiagnóstico, pela possibilidade de avaliar estruturas do corpo do indivíduo sem uso de técnicas invasivas como cirurgias exploratórias. - Na radioterapia, no tratamento de tumores, por exemplo. Esta disciplina se restringirá ao radiodiagnóstico. PRODUÇÃO DOS RAIOS-X Como visto anteriormente, os raios-X eram produzidos em ampola de Crookes. Existia, porém, a impossibilidade de controlar a quantidade e a intensidade da radiação emitida. 7 Foi, então, desenvolvida por Coolidge uma ampola (fig. 1.2), que levou o seu nome, a qual é acoplada a comandos que permitem imprimir corrente elétrica adequada aos fatores de exposição a serem empregados em cada caso. A ampola, em cujo interior é produzido vácuo, é de vidro com invólucro de metal, o qual apresenta uma janela de berílio por onde passa o feixe útil da radiação. Numa das extremidades encontra-se o cátodo (potencial negativo) com filamento de tungstênio em espiral que alimentado por corrente de baixa voltagem, medida em miliamperes (mA), é aquecido, fornecendo determinado número de elétrons que darão origem a proporcional quantidade de raios-X. A quantidade de raios-X é diretamente proporcional ao tempo, sendo esta relação denominada miliamperes/segundo (mAs). Na outra extremidade da ampola encontra-se o ânodo (potencial positivo) apresentando uma pequena placa de tungstênio. Através do circuito de alta voltagem, medida em quilovolts (kV), produz-se entre os pólos positivo e negativo da ampola uma diferença de potencial, fazendo com que os elétrons sejam atraídos pelo ânodo, colidindo contra o mesmo, produzindo raios-X e calor. Pelo descrito acima pode-se concluir que a miliamperagem é responsável pela quantidade de radiação produzida, enquanto a quilovoltagem determina a energia e, consequentemente, a penetração dos raios.