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crânio-proximal articulada com os metacarpianos ou metatarsianos e a face crânio-distal com a falange proximal. Na imagem radiográfica o sesamóide lateral tem forma triangular, enquanto que o sesamóide medial possui uma forma mais arredondada. METACARPO E METATARSO (fig. 15.3) Didaticamente não se difere metacarpo de metatarso, embora existam diferenças anatômicas entre estas estruturas. CARPO (fig. 15.4) A articulação do carpo é constituída de sete ossos, divididos em duas linhas. A primeira é proximal e constitui-se dos ossos: carpo radial, localizado medialmente, carpo intermédio, carpo ulnar, localizado lateralmente, em forma de bico de flauta e carpo acessório, localizado na face palmar do carpo ulnar e intermédio. A segunda linha é distal e constitui-se dos ossos: segundo carpiano localizado medialmente, terceiro carpiano e quarto carpiano localizado caudolateralmente. Em projeção lateral flexionada, o carpo intermédio localiza-se levemente proximal em relação ao carpo radial. 112 Figura 15.3 – Anatomia radiológica da articulação do boleto em projeção dorsopalmar (A), lateral estendida (B), lateral flexionada (C) e dorsolátero- palmaromedial obliquada (DLPMO) (D). Legenda: 3ºmetacarpiano (a), sesamóide medial (b), sesamóide lateral (c) e falange proximal (d) FONTE (E e F): http://www.upei.ca/equinelimbs/html . 113 Figura 15.4 – Projeção dorsopalmar (A), lateral (B) e (C) dorsomédio-palmarolateral obliquada. Legenda: 3ºmetacarpiano (a), sesamóide proximal lateral (b), sesamóide proximal medial (c) e 4ºmetacarpiano (d), 2ºmetacarpiano (e), 4ºcarpiano (f), 2ºcarpiano (g) e 3ºcarpiano (h). FONTE: http://www.upei.ca/equinelimbs/html 114 Figura 15.4 – Anatomia radiológica do carpo em projeção dorsopalmar (A), (B) Dorsolátero-palmaromedial obliquada (DLPMO), (C) dorsomédio-palmarolateral obliquada (DMPLO), lateral (D) e lateral flexionada (E) dorsomédio-palmarolateral obliquada (DMPLO). Legenda: rádio (a), carpo radial (b), intermédio do carpo (c), carpo ulnar (d), acessório do carpo (e), 2º carpiano (f), 3ºcarpiano (g), 4º carpiano (h), 3º metacarpiano (i), 2º metacarpiano (j) e 4º metacarpiano (k). FONTE: http://www.upei.ca/equinelimbs/html 115 TARSO (fig. 15.5) Figura 15.5 – Anatomia radiológica do tarso em projeção dorsoplantar (A), lateral (B), (C) dorsolátero-plantaromedial obliquada (DLPMO) e (D) dorsomédio-plantarolateral obliquada (DMPLO). Legenda: tíbia (a), (b) talus (tarso tibial), (c) calcâneo (tarso fibular), 4ºtarsiano (d), central do tarso (e), 3ºtarsiano (f), 3ºmetatarsiano (g), 2ºmetatarsiano (h), 4º metatarsiano (i), maléolo medial (j) e maléolo lateral (k), 1º e 2ºtarsianos (m) e tróclea lateral (n). FONTE: http://www.upei.ca/equinelimbs/html 116 ARTICULAÇÃO ÚMERO-RÁDIO-ULNAR E ESCÁPULO-UMERAL (fig. 15.6) Figura 15.6 – Anatomia radiológica, em projeção médio lateral, da articulação úmero- rádio-ulnar (A) e escápulo-umeral (B). Legenda da articulação úmero- rádio-ulnar: úmero (a), epicôndilo medial do úmero (b), epicôndilo lateral do úmero (c), côndilo do úmero (d), olécrano (e), ulna (f), rádio (g). Legenda da articulação escápulo-umeral: escápula (a), traquéia (b), cabeça do úmero (c), úmero (d) e tubérculo maior (e). FONTE: http://www.upei.ca/equinelimbs/html ARTICULAÇÃO FÊMORO-TÍBIO-PATELAR (fig. 15.7) Figura 15.7 – Anatomia radiológica em projeção caudo-cranial (A) e lateral (B) da articulação fêmoro-tíbio-patelar. Legenda: fêmur (a), epicôndilo medial do fêmur (b), côndilo medial do fêmur (c), côndilo lateral do fêmur (d), eminência intercondilar medial da tíbia (e), eminência intercondilar lateral da tíbia (f), fossa intercondilar (g), fíbula (h), tíbia (i), tuberosidade da tíbia (j), patela (k), ápice da patela (l), base da patela (m) tróclea lateral (n) e tróclea medial (o). FONTE: http://www.upei.ca/equinelimbs/html 117 CAPÍTULO XVI ALTERAÇÕES RADIOGRAFICAMENTE VISÍVEIS CRESCIMENTO ÓSSEO PERIOSTEAL DA MARGEM DORSAL DA TERCEIRA FALANGE Esta lesão é vista em projeção lateral e indica tensão crônica no periósteo e resulta em pequena proliferação periosteal (fig. 16.1-A). As causas podem ser determinadas pela avaliação da extensão e localização específica da lesão. Reação periosteal focal pode ser provocada por lesões de tendão, ligamento ou cápsula articular. Lesões antigas que levam a torções de ligamentos ou tendões e estiramento de cápsula articular resultam em hemorragias ou efusão estimulando crescimento ósseo. A uniformidade da margem e a extensão da lesão periosteal podem ser usadas para determinar a agressividade e cronicidade da lesão. OSTEÍTE PODAL Radiograficamente, a osteíte podal (fig. 16.1-B) se caracteriza por presença de espículas ósseas na borda da falange distal em projeção dorso-palmar, irregularidade difusa criando um aspecto inacabado com aparência rendada quando vista em projeção lateral ou 65° dorsopróximo-palmarodistal obliquado podendo ser indicativo de lesão crônica ou breve resposta inflamatória. Outra alteração comum refere-se ao remodelamento da margem solar da falange distal, podendo ter largura aumentada dos canais vasculares e desmineralização óssea. Algumas vezes a osteíte podal apresenta-se inativa, onde há, frequentemente, pequena alteração na irregularidade fisiológica do contorno da margem da sola. Assim, os sinais clínicos devem ser usados para determinar se uma margem radiograficamente irregular é um indicador de doença antiga ou recente. Figura 16.1- Crescimento ósseo periosteal na parede dorsal da falange distal (A). Osteíte Podal, observar a irregularidade da superfície solar da falange distal (B). FONTE (A): http://www.upei.ca/equinelimbs/html . A B 118 DIMINUIÇÃO DA RADIOPACIDADE DA FALANGE DISTAL Em uma radiografia os fatores de exposição sempre têm que ser avaliados a fim de descartá-los como os responsáveis pela densidade diminuída. Uma diminuição difusa da radiopacidade da terceira falange pode ocorrer por desuso. Raramente o desequilíbrio cálcio-fósforo causa desmineralização do esqueleto apendicular identificável na radiografia. AUMENTO DE RADIOPACIDADE SUBCONDRAL Este achado é indicativo de esclerose, possivelmente causada por início de doença degenerativa articular (DDA) por instabilidade crônica, trauma prévio, ou conformação pobre, onde um espaço articular diminuído, osteófitos peri-articulares, e intra-articulares podem ser vistos em DDA avançada. DOENÇA DEGENERATIVA ARTICULAR (DDA) A origem desta afecção pode ser, artrite infecciosa, ferimento punctório, infecção adjacente (abscesso de tecido mole) via hematógena ou iatrogênica (nos casos de artrocentese ou terapia intra-articular com corticoides). As alterações ósseas representam osteomielite, necrose do osso subcondral e estreitamento do espaço articular devido à destruição da cartilagem. Dentre as características radiológicas de DDA crônica (fig. 16.2- A) e severa pode-se citar, múltiplos pontos radiolucentes subcondrais, osteófitos, estreitamento irregular do espaço articular e esclerose óssea. OSTEÍTE INFECCIOSA A falange distal não tem cavidade medular e, portanto, a infecção deste osso é chamada osteíte infecciosa e não osteomielite. A infecção do casco é comum e com pouca frequência atinge a terceira falange. Quando presente, geralmente, envolve a superfície solar