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AULA 03 – DIFERENÇAS INDIVIDUAIS E PROCESSOS DECISÓRIOS

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AULA 03 – DIFERENÇAS INDIVIDUAIS E PROCESSOS DECISÓRIOS
Todos os dias temos que fazer escolhas, não é mesmo?
Viver exige uma série de decisões.
Quando jovens decidimos que profissão vamos seguir; se casamos ou ficamos solteiros; se vamos ter filhos etc.
Enfim, o universo de cada um é sempre permeado de escolhas, tanto no plano pessoal quanto no profissional.
Josué Kardec, diretor do Hospital Souza Aguiar, no RJ, afirmou que as condutas médicas, em casos graves, exigem rapidez.
Não conseguimos dimensionar, no momento da escolha, se a emoção chega a interferir. Existe uma espécie de piloto automático.  (Revista Época, maio, 2010)
Existem decisões frequentemente tomadas em ambientes de muita pressão.
DIFERENÇAS INDIVIDUAIS/PERSONALIDADE
Decidir, portanto, envolve pessoa e ambiente. As pessoas divergem muito em suas escolhas, dadas as diferenças de personalidade que, para Bergamini (2010), é:
“a maneira de ser das pessoas, dos seus hábitos motores, das motivações psíquicas e, consequentemente, dos tipos de relacionamento interpessoal que mantêm”. (p. 104)
Robbins (1999) observa que, para fins de grupo, devemos defini-la como “a soma total de maneiras como um indivíduo reage e interage com os outros”. (p. 34)
Regato (2006) observa que não devemos desconsiderar que a presença de outros exerce influência significativa sobre a conduta.
SOCIAL – pode gerar aspecto inibitório.
SOCIAL – pode gerar exibição.
Fatores geneticamente herdados; fatores formados no ambiente, gênero, raça, cultura do ambiente e até mesmo a percepção que fazemos uns dos outros garantem que uma pessoa seja bem distinta da outra, embora possa existir afinidade.
*PERCEPÇÃO: Atividade cognitiva que permite identificar e nomear objetos/estímulos que nos chegam pelos órgãos dos sentidos. A partir da percepção, nos adaptamos às situações, emitindo respostas geralmente compatíveis com as situações percebidas.
ASPECTOS IMPORTANTES DA PERSONALIDADE QUE DEVEM SER CONSIDERADOS:
- Estrutura dinâmica e, portanto, mutável;
- Sofre influência de condições variáveis, que são percebidas de modo subjetivo, isto é, pessoal;
- Nunca está concluída.
TEORIA BEHAVIORISTA E DA APRENDIZAGEM
Baseia-se na formação da conduta conforme a apresentação de estímulos ambientais. Considera essencialmente os condicionamentos.
*CONDICIONAMENTOS: comportamentos de padrão habitual, exibidos em decorrência da percepção de um estímulo já conhecido que nos é apresentado.
Estes podem ser:
Operantes – condutas formadas a partir da apresentação proposital de estímulos que valham como prêmio ou punição. Os operantes são trabalhados na nossa educação e para o adestramento de animais inferiores.
Respondentes – envolvem hábitos que repetimos rotineiramente sem uma autocrítica. Estes são respostas automáticas conforme uma situação nos é apresentada.
PERSONALIDADE / TEORIAS EXPLICATIVAS
A TEORIA DE TRAÇOS - Usados para a descrição de pessoas há milhares de anos, definidos como padrões habituais de conduta.
Jung  - propõe em sua teoria os traços de Introversão X Extroversão, admitindo que um deles é o dominante. A alternância desses dois aspectos depende do estado emocional e do meio no qual a pessoa está inserida.
Allport - defende a ideia de que fazemos inferências pessoais a partir da observação da aparência física das pessoas.  Estabelecemos traços comuns às mesmas como preditores de comportamento (estereótipos).
Cattell (1930) - foi um grande pesquisador dos traços de personalidade, categorizando termos que pudessem medi-la.
Os traços derivados da pesquisa de Cattell são considerados dimensões básicas da conduta.
A TEORIA PSICANALÍTICA DE FREUD
A partir de 1895, Freud apresentou conceitos que causaram bastante agito à comunidade científica, estando entre eles:
INCONSCIENTE: Estrutura de aparelho psíquico proposta por Freud. No inconsciente, conforme a Teoria Psicanalítica, estes conteúdos aos quais não temos acesso pela via da memória, material arcaico de nossas vidas, instintos sexuais e impulsos básicos dos seres humanos.
HISTERIA DE CONVERSÃO: Psicopatologia proposta pela psicanálise que caracteriza a conversão, no corpo físico, de sintomas sem causa patológica.
Alguns dos primeiros casos analisados por Freud tratavam de histeria que podia revelar paralisias motoras, cegueiras temporárias etc., sem que tais sintomas pudessem ser justificados em exames clínicos. Freud propunha que estes pacientes falassem o que lhe viesse à cabeça, admitindo a ideia de que, ao chegarem a conflitos afetivos, os sintomas poderiam desaparecer. Isso aconteceu em vários casos que estão protocolados nas Obras Completas de Freud.
RECALQUE: Mecanismo de defesa do ego que permite “barrar”da memória conteúdos que geram dor psíquica que resulte em muito desconforto. O recalque não é voluntário. Não decidimos o que “deletar”de nossa memória. Se assim fosse, não teríamos lembranças ruins e/ou tristezas. Freud observa que as tristezas que ficam tem sua razão e nos preparam para revezes. Aquilo que o ego se encarrega de “enviar”para o inconsciente é de regulação própria da vida psíquica.
TRAUMA: Refere-se à qualquer experiência vivenciada com desconforto pelas pessoas. Em termos psíquicos nos referimos à trauma quando pensamos em alguma situação de difícil administração, que retorna vez por outra à mente, provocando problemas e/ou tristezas. Muitas vezes, precisa-se recorrer à ajuda profissional para vencer barreiras pessoais e consequentemente sociais impostas por situações de trauma.
PSICANÁLISE: Fundada por Sigmund Freud é uma linha de tratamento para distúrbios de ordem neurótica e outras patologias. Pode ser administrada por médicos e psicólogos que tenham a especialização em psicanálise.
ESTRUTURAÇÃO PSÍQUICA, EM FREUD
ID – representa o núcleo primitivo da personalidade e os impulsos básicos do ser humano; é a única estrutura que já possuímos quando nascemos.
EGO – representa a consciência e vai se formando a partir do contato com o mundo.
SUPEREGO – representa também uma estrutura consciente e se forma a partir da aquisição de regras sociais, do entendimento do que é certo e errado.
As estruturas psíquicas se inter-relacionam, justificam a nossa conduta. O id representa impulsos relacionados ao alcance de prazer e o superego às obrigações, impostas pela realidade. O ego tenta uma mediação entre ambos.
DIFERENÇAS INDIVIDUAIS/PERSONALIDADE
A TEORIA HUMANISTA, DE CARL ROGERS
Rogers, indicado ao prêmio Nobel da paz em 1987, desenvolveu sua linha de estudo defendendo a ideia de que a pessoa é um ser cujo núcleo básico da personalidade tende à saúde, precisando estar aberta às experimentações para uma vida feliz. Em terapia deve desenvolver confiabilidade com o terapeuta que trabalha para o potencial crescimento do cliente.
Rogers foi um grande crítico de instituições de ensino, admitindo que estas formam comportamentos nos indivíduos, pela via do condicionamento, que não são genuínos.
Influenciou métodos de ensino, psicoterapias e empresas (nos treinamentos e na administração de pessoas).
Os três pilares de sua teoria são: 
• A consideração positiva incondicional (amor pelas pessoas, independente de como são); 
• A empatia (conseguir se colocar no lugar do outro) e 
• A congruência (relacionada à figura do terapeuta que deve possuir o perfil empático e de amor incondicional, de modo a lidar com os pacientes com naturalidade).
TEORIA DA DISSONÂNCIA COGNITIVA
A teoria da Dissonância cognitiva foi inicialmente desenvolvida por Leon Festinger, professor da New School for Social Research de Nova York para explicar que existe uma necessidade nos indivíduos de procurar uma coerência entre suas cognições (conhecimento, opiniões ou crenças). Quando existe uma incoerência entre as atitudes ou comportamentos que acreditam ser o certo com o que é realmente praticado ocorre a dissonância.
De acordo com a teoria da dissonância cognitiva de Festinger (1957), um indivíduo passa por um conflito no seu processo de tomada de decisão e dissonância depois quando pelo menosdois elementos cognitivos não são coerentes. Em outras palavras, quando uma pessoa possui uma opinião ou um comportamento que não condiz com o que pensa de si, das suas opiniões ou comportamentos vai ocorrer dissonância. Quando os elementos dissonantes são de igual relevância ou importantes para o indivíduo, o número de cognições inconsistentes determinará o tamanho da dissonância.
As organizações demandam decisões rotineiramente de suas equipes de trabalho. Nestes casos, como fica a ética?
●   Bom nível de educação não garante bom-senso e/ou cuidado com os colegas na hora de decidir;
●   Os limites de tempo impostos levam a estresses que precisam ser administrados;
●  Tentar manter a mente aberta não deixa o indivíduo limitado à própria percepção no processo decisório;
●  No Brasil muitas decisões são baseadas em utilitarismo (cultura nacional).
Decidir envolve três momentos de desgaste psíquico:
-Período pré-decisório (o sujeito avalia prós e contras das alternativas a escolher);
-Período decisório (período de maior tensão em que o sujeito define uma das alternativas como escolha);
-Período pós-decisório (a alternativa escolhida é creditada como a mais acertada, reduzindo o nível de tensão. Algumas vezes o sujeito reavalia a escolha e se arrepende, sendo necessário, então, reposicionar-se quando isso é possível).
Rowe & Boulgarides (1992) observam a existência de modelos decisórios distintos, sendo eles:
- Racionais (em que prevalece a análise sobre aspectos conceituais e da natureza das alternativas a escolher);
- Intuitivos (que se baseia mais na experiência pessoal de quem decide). 
O que determina se a decisão será racional ou intuitiva é a situação e o próprio agente. A decisão pode ser um processo solitário ou grupal, existindo aspectos positivos e negativos para cada uma destas situações.
Decidir sozinho
-O leque de possibilidades a escolher é sempre maior;
-As decisões podem ser reavaliadas a qualquer momento (despende menor energia psíquica);
-A responsabilidade se concentra numa única pessoa;
-Há um maior comprometimento com a decisão.
Decidir em grupo
-Diminui as chances de erro;
-A responsabilidade é dividida;
-O comprometimento com a escolha é menor;
-Dificilmente as pessoas reavaliam a decisão tomada em grupo (no momento pós-decisório despende menor energia psíquica).

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