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Fundamentos de Gestão - Aula 3.1

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Fundamentos de Gestão - Aula 3.1
1) Organizações: definição
As organizações são parte de um contexto social no qual estamos inseridos e com no qual mantemos contato desde os primeiros momentos de vida.
Com base nos conceitos apresentados, podemos pensar como sendo organizações:
·	Os primeiros aglomerados sociais com o objetivo de sobrevivência;
·	As articulações militares com objetivo de expansão territorial ou garantia de segurança;
·	As incursões políticas com a finalidade de manter a unidade social de uma região;
·	As indústrias com o objetivo de criar produtos com valor para os públicos de interesse;
·	Os movimentos sociais com a intenção de estabelecer equidade entre diferentes grupos.
Neste momento é importante que dois aspectos ligados às organizações sejam destacados e distanciados do senso comum:
·	As organizações existem desde que a relação entre pessoas com um objetivo comum foi constituída, ou seja, não são fruto da modernização das nações, embora os processos de gestão tenham sido sofisticados nesse período (HALL, 2004).
·	Organizações não estão ligadas apenas à obtenção de lucro, mas cumprem diversas finalidades nos diferentes setores da sociedade (CHIAVENATO, 2009).
Sobre os setores sociais e as organizações, podemos classificar basicamente em três grupos distintos segundo Gohn (1997):
1º Setor: Governo
2º Setor: Empresas com fins lucrativos
3º Setor: Sociedade civil organizada (engloba a população que se mobiliza em torno de uma causa específica não suportada pelos dois outros grupos - são empresas privadas mas sem fins lucrativos)
Na rotina de gestão dessas organizações, são estabelecidas relações comerciais entre elas, assim como são necessários recursos financeiros para o primeiro e o terceiro setores, mesmo que não visem o lucro. A diferença está no objetivo de cada organização e na possibilidade de divisão dos lucros entre os participantes, uma vez que os recursos adquiridos tanto nos governos quanto na sociedade civil organizada devem ser direcionados à organização. Essa distinção é importante, pois, atualmente, a relação entre esses setores é muito próxima, incluindo transações comerciais.
O gestor de Recursos Humanos deve levar em conta a proximidade entre os setores. 
Ainda sobre as organizações, é necessário que façamos uma distinção (MORAES, 2001):
·	Organizações formais: possuem proposições estabelecidas previamente, são intencionais e possuem comunicação formal. Como exemplos temos as empresas públicas ou privadas e os governos.
·	Organizações informais: são espontâneas, promovem o contato interpessoal e possuem normas sem registros formais. Podem ser vistas nas famílias, grupos de amigos com interesse comum e colegas de trabalho.
2) Eficiência e Eficácia
Eficiência
“Eficiência é operar de modo que os recursos sejam utilizados da maneira mais adequada” (SILVA, 2013, p. 18).
“Eficiência é realizar uma atividade com o mínimo possível de recursos” (Sobral; Peci, 2012).
É comum a utilização de termos como “entradas”, “processo” e “saídas” por autores da área. Para entender esses conceitos, vamos pensar na fabricação de refrigerante, tendo como entrada os recursos utilizados; como processo as atividades necessárias para transformar esses recursos em algo e como saída o produto final:
Entradas - Água, xarope, plástico, pessoas e máquinas
Processo - Conjunto de atividades necessárias para transformar esses recursos 
Saída - Refrigerante
Dessa forma, quanto menos entradas utilizarmos para produzirmos as mesmas saídas, mais eficiente é nosso processo. 
Com base no que vimos, o que seria para você um profissional de recursos humanos eficiente?
Esse profissional precisa realizar uma série de atividades na sua rotina de trabalho, como a análise de informações sobre colaboradores, o recrutamento e seleção e a remuneração de pessoas. Um colaborador eficiente é aquele que realiza essas atividades com o uso mais adequado dos recursos. Ou seja, com um processo bem definido, utilizando menos tempo, telefone, papel, dinheiro e outras entradas necessárias para sua atividade.
Eficácia
Enquanto a eficiência olha para a tarefa, a eficácia tem como foco os objetivos da organização. “A eficácia é a capacidade de alcançar os objetivos estabelecidos” (SOBRAL; PECI, 2012, p. 5).
Dessa forma, pode ser entendida como fazer a atividade certa para alcançar os objetivos da organização. Como seria, então, um gestor de Recursos Humanos eficaz? Basicamente, é aquele que cumpre os objetivos estabelecidos para si, realizando seu trabalho de forma assertiva, isto é, por meio de atividades que realmente trarão algum benefício para o alcance das finalidades. Conhecendo as duas definições, é possível estabelecer uma comparação segundo Silva (2013, p. 18):
Fica fácil entender que o ideal é conciliar ações em que tanto a eficiência quanto a eficácia estejam presentes para atingir os objetivos com a utilização correta dos recursos.
Quando falamos de eficiência e eficácia, é natural nos envolvermos na avaliação de desempenho das organizações. Venkatraman e Ramanujam (1987) expõem de maneira didática que o desempenho inclui as seguintes dimensões:
Financeira: envolve lucratividade e retorno sobre investimento
Organizacional: envolve a dimensão financeira e os resultados operacionais, como qualidade e produtividade
De efetividade: não apenas verifica questões da organização, mas olha para o ambiente que a cerca, procurando sustentar resultados futuros embasados na resposabilidade social e na ética, por exemplo.
Assim, como vemos na figura a seguir, a eficiência está orientada aos meios, a eficácia aos fins e a efetividade ao que é relevante para a manutenção e o avanço da sociedade, considerando diversos públicos de interesse.
3) Administras: etimologia e significado
Segundo Chiavenato (2009), a palavra “administração” provém do latim, da junção de ad (junto de) e ministratio (prestação de serviço) que expõe o ato de ajudar alguém. 
Mas o termo é utilizado para designar diferentes funções em nosso cotidiano, o que torna confuso seu significado. Partindo da origem da palavra, é possível questionar se realmente vemos essa aplicação nas organizações. Na prática do gestor de Recursos Humanos, a prestação de auxílio está presente no entendimento das relações humanas para atingir objetivos e minimizar riscos, fornecendo retorno para os envolvidos.
Administração pode ser considerada o processo de planejar, organizar, direcionar e controlar o trabalho de pessoas em uma organização, e de usar recursos disponíveis para alcançar objetivos estabelecidos (STONER; FREEMAN, 1995). Após analisar diversas definições, Certo (2003) caracteriza a administração por meio de três elementos:
Uma série de atividades relacionadas + Para alcançar os objetivos da organização + Com e por meio de pessoas e outros recursos para realizar o trabalho proposto = Administração
Duas características são reforçadas nesses conceitos: a primeira é a exposição da eficiência e da eficácia estudada anteriormente; a segunda é a repetição do processo de administração chamado PODC.
Níveis Administração:
Operacional: Também chamado de Administração Operacional ou Supervisão, é responsável pela direção e supervisão do trabalho do pessoal operacional e dos processos de produção. Está diretamente ligado à produção e à entrega do produto ou serviço. Ainda são dispostos na base da pirâmide os executores das tarefas na organização, intitulados como não administrativos.
Gerencial: Também nomeado de Média Administração, realiza a coordenação entre o que é esperado e o que é realizado, trabalhando para que esses dois elementos fiquem muito próximos ou além das expectativas, ou seja, é responsável por tirar os sonhos do papel. Realiza a implementação das tarefas administrativas, de coordenação e solução de conflitos.
Estratégico: Também intitulado Alta Administração ou Diretoria, é onde os objetivos gerais, as políticas e as estratégias organizacionais são definidos.
4) Funções do administrador/gestor
Planejamento: determinaçãode objetivos e metas para desempenho organizacional futuro e decisão das tarefas e recursos utilizados para alcance desses objetivos.
Organização: processo de designação de tarefas, de agrupamentos delas em departamentos e de adoção de recursos para os departamentos.
Direção: influência para que outras pessoas realizem suas tarefas de modo a alcançar os objetivos estabelecidos, envolvendo energização, ativação e persuasão dessas pessoas.
Controle: função que se encarrega de comparar o desempenho atual com os padrões predeterminados, isto é, com o planejamento.
Alguns autores utilizam o termo “liderança” ao invés de “direção”, mas como relata Silva (2013), a liderança é uma condição esperada da função de dirigir, uma vez que pode ser executada sem a presença de um líder, mesmo não sendo ideal, já que ele é quem mobiliza o grupo de forma estimulante em torno dos objetivos.
O PODC é um processo na medida em que estabelece uma sequência das funções da administração, ainda que elas possam ser sobrepostas e a sequência alterada. 
Planejamento:
·	Estabelecer objetivos e missão;
·	Examinar as alternativas;
·	Determinar as necessidades de recursos;
·	Criar estratégias para o alcance dos objetivos organizacionais.
Organização:
·	Desenhar cargos e tarefas específicas;
·	Criar uma estrutura organizacional;
·	Definir as posições de staff;
·	Coordenar as atividades de trabalho;
·	Estabelecer políticas e procedimentos;
·	Definir a alocação de recursos da organização.
Direção:
·	Conduzir e motivar os empregados na realização das metas organizacionais;
·	Estabelecer comunicação com os trabalhadores;
·	Apresentar solução dos conflitos;
·	Gerenciar mudanças da organização.
Controle:
·	Medir o desempenho dos empregados;
·	Estabelecer a comparação do desempenho com padrões;
·	Tomar as ações necessárias para a melhoria do desempenho da organização.
5) As habilidades do administrador/gestor
Para cumprir as funções estudadas anteriormente, o profissional envolvido nas organizações precisa colocar em prática uma série de habilidades, as quais podem ser desenvolvidas.
Segundo Silva (2013, p. 13) “habilidades são destrezas específicas para transformar conhecimento em ação que resulte no desempenho desejado para o alcance de objetivos organizacionais".
Segundo Katz (1974), três tópicos são sugeridos como proposta para organizar as habilidades do administrador:
Habilidades conceituais: incluem atitudes que permitem enxergar a organização como um todo e entender como ela se relaciona com o ambiente.
Habilidades humanas: envolvem o contato com pessoas de forma que estimule a realização de atividades para um objetivo comum, como o contato com gestores de cada área; o acompanhamento de feedback das equipes ou ainda a relação com o público externo, como organizações de classe.
Habilidades técnicas: são focadas na execução do trabalho, como a execução de capacitações, a análise comportamental, a técnica em avaliações de desempenho e a produção de relatórios, por exemplo.
Segundo Mintzberg (1973), além das habilidades propostas, autores sugerem que os gestores desenvolvem alguns papéis nas organizações:
Papel interpessoal: é colocado em prática no relacionamento com pessoas de dentro e de fora da organização para alcançar objetivos.
Papel informacional: é colocado em prática ao coletar e processar informações, assim como representar a organização como porta-voz.
Papel decisório: é colocado é prática ao definir ações sobre recursos, conflitos, negociações e oportunidades.

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